Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 30 de junho de 2015

mais uma vitória da medicina cubana

Pra desespero da coxinhada integrante da 'máfia de branco', eis essa notícia, mais uma, a respeito do alto padrão da medicina cubana, embora os idiotas pensem que os cubanos que servem ao 'Mais Médicos' eram apenas guerrilheiros;

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (30) que Cuba é o primeiro país a eliminar a transmissão de sífilis e HIV de mãe para filho. O destaque ficou para a eficácia do papel do sistema de cuidados primários de saúde existente na ilha.De acordo com Carissa Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o sucesso de Cuba demonstra que o acesso universal e a cobertura universal de saúde são viáveis, e são, de fato, a chave para o sucesso mesmo contra tais desafios complexos como o HIV.

Bom. Se pelo menos essa notícia servir pra que essa chusma de pascácios estude mais e pense menos em enriquecimento argentário já terá prestado um grande serviço. O diabo é a burrice travestir-se de ceticismo e essa corporação continuar com as mesmas convicções e alheios ao que há de mais sagrado na profissão que exercem mercenariamente: a pesquisa na perspectiva da melhora da qualidade de vida da humanidade.

Vira lata da GloboNews falou merda e Obama mandou limpar

DilmaObama300615
Uma repórter da Globo News passou uma grande vergonha agora, lá em suas terras favoritas!
Na coletiva da qual participam os dois presidentes, ela perguntou a Dilma como a presidenta lidava com o fato de saber que os EUA consideram nosso país como uma potência REGIONAL.
Obama interrompeu, pediu licença para responder à pergunta feita a Dilma, e disse à repórter brasileira:
Nós consideramos o Brasil como uma potência MUNDIAL, e não como uma potência regional, como vc destacou.
(As falas da Pólis/BR290

O pré julgamento de um Poder Judiciário dado a golpes

Belíssimo artigo a respeito do degenerado pacto das elites, feito pra continuar chafurdando na lama que criaram

Sempre que a seletividade das investigações da Lava Jato se torna um fato evidente como a silhueta do Pão de Açúcar na paisagem do Rio de Janeiro, aliados do juiz Sérgio Moro sacam um argumento conhecido: "um crime deve ser tolerado só porque outros o praticam?"

Inteligente na aparência, esse argumento tenta esconder uma verdade mais dura, inaceitável. Vivemos num país onde a seletividade não é um acaso — mas um método.

Essa visão benigna do problema ressurgiu agora, quando a delação premiada de Ricardo Pessoa, mesmo voltada para produzir provas e acusações contra o governo Dilma, Lula e o Partido dos Trabalhadores, não pode deixar de jogar luzes sobre a campanha do PSDB e outros partidos de oposição.

O recursos estão lá, demonstrando que Aécio Neves recebeu mais dinheiro do que Dilma. Que Aloysio Nunes Ferreira levou uma parte em cheque, a outra em dinheiro vivo. Julio Delgado, o relator da cassação de dois parlamentares — José Dirceu e André Vargas — foi acusado de embolsar R$ 150 000 reais de uma remessa maior enviada a Gim Argello para enterrar uma das diversas CPIs sobre a Petrobras.

Será a mesma que permitiu ao senador Sergio Guerra, então presidente do PSDB, levar R$ 10 milhões, uma quantia 66 vezes maior que a de Julio Delgado, para fazer a mesma coisa? Ou essa era outra CPI?

Não sabemos e dificilmente saberemos. A presença de altas somas nos meios políticos é uma decorrência natural das regras de financiamento de campanha, criadas justamente para que os empresários sejam recebidos de portas abertas pelos partidos e candidatos, com direito às mesuras merecidas por quem carrega uma mercadoria tão essencial, não é mesmo?

Não custa lembrar: justamente o PSDB foi responsável pela entrega de votos essenciais para a manutenção das contribuições de empresas privadas em campanhas eleitorais. Os tucanos gostam tanto desse tipo de coisa que, quando ocorreu uma segunda votação, na última chance para se conservar o sistema, até os dois parlamentares — só dois, veja bem –que se abstiveram na primeira vez foram chamados a fazer sua parte e não se negaram a participar de uma manobra que, além de tudo, tinha caráter anticonstitucional.

O PT, seletivamente investigado na Lava Jato, votou contra.

Não é curioso? Não seria muito mais proveitoso entender o imenso interesse tucano pelo dinheiro dos empresários, os mesmos, exatamente os mesmos, que agora são interrogados e presos por longos meses depois que resolveram ajudar o PT?

Isso acontece porque a seletividade não é um acidente de percurso. Está na essência de investigações de grande interesse político — como a Lava Jato, a AP 470 — porque não interessa investigar todo e qualquer suspeito num país onde o Estado "se legitima" quando atua em defesa do "grupo dominante," nas palavras da professora Maria Silvia de Carvalho Franco.

Quando você escolhe o alvo e seleciona o inimigo, a regra fundamental de que todos são iguais perante a lei, qualquer que seja sua raça, origem social ou credo, deve ser ignorada porque só atrapalha o serviço. A igualdade deve ser substituída pela seletividade.

No Brasil colônia, a Coroa portuguesa procurava hereges que pudessem ser julgados pela inquisição. Eles eram procurados até nos banheiros, acusados de proferir blasfêmias que ofendiam a Igreja Católica. Localizados e presos, eram conduzidos a Portugal, aprende-se nos relatos do livro Tempo dos Flamengos, do pesquisador Antônio Gonsalves (com "s" mesmo) de Mello.

Esse tratamento, brutal, inaceitável, era coerente com um regime absolutista, no qual homens e mulheres eram desiguais por determinação divina. A seletividade fazia parte natural das coisas.

Em tempos atuais, onde a democracia é um valor universal, é preciso escolher muito bem os alvos e ter noção de seu significado. Quem legitima a escolha? Os meios de comunicação, a principal correia de transmissão entre as ações do Estado e o conjunto da sociedade, que também espelha o ponto de vista do mesmo "grupo dominante".

Não vamos esquecer que os mesmos jornais e revistas que hoje glorificam Sérgio Moro e em 2012 endeusaram Joaquim Barbosa também aplaudiram o delegado Sérgio Fleury e outros torturadores que eram apresentados como caçadores de terroristas. Questão de momento, vamos combinar.

Se a denúncia do caráter parcial de uma investigação obviamente beneficia quem está sendo prejudicado, o problema real é muito maior. A seletividade modifica a natureza do trabalho de apuração. Deixa de ser expressão de um erro, humano como todos os outros, para se tornar um método.

Quando uma investigação que deveria produzir uma decisão judicial isenta se transforma numa operação política, os objetivos mudam e os resultados também. Muitos culpados são apenas "culpados", porque sua culpa está definida de antemão e só precisa ser confirmada pelas investigações. Vice-versa para quem se torna "inocente."

Para dar um único exemplo, entre vários: policiais que trabalharam para AP 470 descobriram que o ex-ministro Pimenta da Veiga recebeu R$ 300 000 de Marcos Valério, em quatro cheques caídos em sua conta, meses depois do final do governo FHC. Embora essa soma seja seis vezes superior aos R$ 50 000 que João Paulo Cunha recebeu em sua conta, cumprindo pena de prisão por esse motivo, a investigação sobre Pimenta sequer está encerrada — doze anos depois dos cheques de Valério terem caído em sua conta. O ex-ministro tucano é culpado? Suspeito? Quem saberá?

(Paulo Moreira Leite/247)

Direita brazuca é mais ridícula que essa foto

serralibia
A estupidez é tão ridícula quanto esta foto aí de José Serra em roupas de beduíno, como as que vestia o líbio Muammar Gaddafi.
Mas a postei porque contradiz tudo o que os tucanos e a coxinhada em geral invocaram para condenar os investimentos do Brasil na construção do Porto de Mariel, em Cuba, ganhando dinheiro não apenas no empréstimo e nas compras de bens e serviços no Brasil como, de quebra, posicionando o nosso país para usar, através de suas empresas, a ilha como plataforma de exportações para o Caribe e, se a distensão das relações cubano-estadunidenses seguir até o fim do embargo comercial.
Fui tornar a buscar, em 2009, o então  governador de São Paulo, José Serra, e seu secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, cuidando de receber uma delegação enviada por Gaddafi e se esmerando em oferecer São Paulo para receber investimentos dos petrodólares daquele país.
Nem conversinha sobre direitos humanos, democracia, liberdade de imprensa. Negócios.
23769Aí do lado vai a foto de Serra com o vice de Gaddafi, Imbarek Ashamikh, como se vê na foto do governo paulista.
E Serra ainda fez o lobby – civilizado, ressalte-se – da Odebrecht, na presença do atualmente “preso de Moro”, segundo a nota da Assessoria do Palácio dos Bandeirantes reproduzida pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira:
“Serra ressaltou que, além da exportação de produtos industriais ou agrícolas, São Paulo pode fornecer serviços para a Líbia, citando como exemplo o trabalho já realizado pela construtora Norberto Odebrecht no país. A empresa está à frente da construção dos dois novos terminais do Aeroporto Internacional de Trípoli e da construção do terceiro anel viário da capital líbia. O presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, participou da reunião no Palácio dos Bandeirantes e hoje o vice-premiê vai conhecer um projeto do grupo no ramo sucroalcooleiro.”
É claro que o ex-governador e o atual governador fizeram muito bem. É seu papel estimular negócios lucrativos para ambos os lados com qualquer nação, seja Líbia, Israel ou Cuba, sem que isso signifique endosso a todas as suas políticas.
O ridículo é achar que isso é heresia, como fizeram os tucanos.
E mais ridículo ainda é achar que elogiar e apoiar empresas brasileiras que conquistam contratos no exterior é lobismo corrupto.
Lobismo é procurar a direção de uma multinacional e se oferecer para retirar o controle brasileiro, através de sua empresa de petróleo, das jazidas brasileiras, como fez Serra com a Chevron.
Isso sim é vergonhoso e devia causar escândalo, não é, Senador?
(Fernando Brito)

MP-PR responsabiliza governador por massacre a professores. Já no Pará...

Foto: Via WhatsaApp/DOL

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) responsabilizou o governador Beto Richa (PSDB) pelo massacre aos professores e servidores que participavam de manifestação no dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba.Por meio de uma ação civil pública, ajuizada nesta segunda-feira (29), o MP-PR aciona o tucano por improbidade administrativa.No episódio, mais de 200 pessoas ficaram feridas devido a ação violenta Polícia Militar (PM), em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O MP-PR considerou, ainda, que muito dinheiro e força foram gastos desnecessariamente.

Quanto aos professores do Pará, restará apenas invejar tamanha independência do Mp em relação ao Poder Executivo coisa que, tudo indica, jamais será visto por aqui.

Primeiro, porque jamais será vista por aqui qualquer contestação ao gasto governamental excessivo para colocar a população contra a categoria, através de cara campanha veiculada pela mídia; e segundo, porque a repentina preocupação com os direitos da estudantada, manifestada pelo MP-PA apenas nessas situações, o resto do ano, até imediatamente após uma longa greve de professores, a omissão tem sido ampla, geral e irrestrita sendo ignorada até a condição de 'aluno Tarzan', amplamente retratados pela mídia assistindo aula entre árvores sem provocar reações de quem jura(pela fé da mucura?) que se preocupa com seus direitos. Lamentável! 

Tal e qual o infame Stephen

Foto/247
Joaquim Barbosa é um bandido. Do mesmo nível de Stephen, mordomo do cruel escravocrata Calvin Candie, personagens do filme de Quentin Tarantino 'Django Livre', cuja característica é assimilar toda a crueldade dispensada pelos donos da casa grande contra a senzala.

A declaração do celerado Barbosa, dada contra Dilma por esta denunciar o caráter depravado das delações orquestradas pelo tucano/togado Sérgio Moro pra incriminá-la e a Lula, vão na mesma linha bandalha com que orquestrou, junto com o salafrário Roberto Gurgel, conduziu e consumou a famigerada AP Nº470, o mais vil ato de banditismo já cometido em nome da justiça, mais infame até que o caso dos irmãos Naves.

Depois disso, quando acabou seu império à frente do STF, antecipou a aposentadoria indo atuar nas sombras do contra-poder da vira lata direita brasileira, reaparecendo esporadicamente para prestar serviços aos seus Candies.

Há quem especule que sonha com a presidência da República. Pouco provável. Afinal, essa figura repugnante não ultrapassa as dependências aparentemente asseadas que os "senhores" que o fabricaram lhe concedem na casa grande, assim como sua fama de homem sério não resiste a um simples passeio fora desse ambiente.

Em contato com os ares da democracia certamente contrairia uma infecção pulmonar gravíssima, contra a qual nesses casos desconhece-se a cura. Sabedores disso, os controladores de sua coleira apenas afrouxam o laço em situações dessa natureza. Mas obviamente jamais cometerão o desatino de ir além do que cobrar aquilo que esse vil mastim é capaz de oferecer enquanto serviçal.

O BANDO DA LAMPARINA


Espertalhões


Crente na credibilidade da degenerada mídia aliada, o bandalho alcaide Zenaldo  solerte e impunemente atribui ao Ministério da Saúde o impedimento da tenebrosa transação que pretendia transferir aos donos do hospital 'Porto Dias' cerca de R$100 milhões de dinheiro público, em troca de um imóvel abandonado há mais de cinco anos.

Omite cinicamente a recomendação feita pelo Ministério Público Federal, a quando do anúncio da dita trambicagem, de escusar-se da compra a medida em que a mesma era lesiva ao interesse público. Depois, visando diminuir a vergonha que passou, anunciou que lá não seria construído um hospital de urgência e emergência, mas uma clínica que atenderia os casos mais graves oriundos do PSM.

Não satisfeito, posteriormente anunciou, através do vil panfleto tucano/liberal uma parceria com o governo do estado, transferindo o custo da bandalheira aos cofres do governo estadual. Enfim, com a tragédia ocorrida semana passada no HPSM da 14 de Março, fruto de sua estupidez e deboche administrativos, voltou a transferir ao governo federal o ônus.

Pessimamente avaliado, idem colocado em recente pesquisa de intenção de voto às eleições do ano que vem, disponibilizou o aparato midiático a serviço da privataria parauara a fim de os efeitos dessa antipatia natural. Tudo com jeito de tiro no pé, pois, ao contrário do que pensam patrocinadores e patrocinados dessas administrações virtuais, a credibilidade de todos eles está rés ao chão e nada indica que esse abraço de antipáticos os livrará do repúdio das urnas.

Tudo indica que as esperanças, assim como no ano passado, continuarão depositadas em "são" Cheque Moradia e assemelhados do tipo beneficiários da malsinada PIF( política de incentivos fiscais) que, de tão indigente, só merece ser alvo de trocadilhos infames.

Orfandade à vista


Em tempos de espetacularização de vários processos judiciais, nada mais natural, embora igualmente indecente, do que a espetacularização midiática ao veicular notícias que deveriam obedecer um tom mais discreto. Como ocorre no caso da matéria do 'caladão do HSBC', Fernando Rodrigues, no caso da fatia publicitária destinada à Rede Globo durante os governos petistas(2003-2014).

A ênfase é em cima dos recursos bilionários dispendidos em 12 anos, sem ao menos referir quanto isso importa quando discriminado ano a ano. Também, o tal título esconde aquilo que se constitui no fato novo da notícia: a perda de recursos da mídia tradicional para a internet.

Mas uma coisa chama a atenção. No primeiro ano do governo Lula, quando o ministro das comunicações era o global Hélio Costa, a Rede Globo deitou e rolou recebendo 53% do total dos recursos destinados à remuneração da publicidade oficial, maior até que a do último ano de FHC, que foi de 49%.

Quem conhece minimamente como funciona uma engrenagem do serviço público percebe que isso deve ter chamado a atenção e a excessiva generosidade de Costa deve ter sido inibida pela Casa Civil, o que deve ter aumentado o ódio contra José Dirceu, alimentado desde o início por sua postura combativa contra o regime que criou e cevou a emissora que comanda política e midiaticamente a direita brasileira.

Porém, com bem menos recursos do que seu padrão estava acostumado, terminou o ano passado com 36% desse bolo. Pior que a Globo, provavelmente só a enlameada 'Veja', que chegou a ter R$ 43,7 milhões dessas verbas em 2009 (o seu recorde) e em 2014, desceu para R$ 19,9 milhões. Fica claro, então, que aquela capa lavada e enxaguada nas águas da delinquência, às vésperas do segundo turno entre Dilma e Aécio, era atitude desesperada contra a bancarrota que se aproxima, sem que a tempestade esperada por essas corporações máfio/midiáticas se abata sobre os governos petistas.

Pelo andar dos números, é quase certo que, ao final deste ano, o Portal UOL já tenha ultrapassado a degenerada revista semanal da Abril no quesito recebimento de recursos, já que no ano passado atingiu aos 70% da receita da famigerada revista, puxando outros portais e consolidando essa ferramenta eletrônica como um veículo poderoso de consulta. Pena que a informação a respeito dessa tendência seja acintosamente represada, seguramente porque esses veículos tradicionais vejam nisso um incentivo à troca de opções, embora saibam que isso é inevitável. Típicos escorpiões.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

PEC financia a cultura e frustra o obscurantismo da PMB

Derrotados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da de proposta de emenda à Constituição (PEC 421/14) que estabelece percentual mínimo de recursos públicos a serem aplicados em produção, difusão e preservação do patrimônio cultural. A autora, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), anunciou que vai requerer que a proposta seja apensada à PEC 150/03, do ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), que atualmente exerce mandato de senador.

Isso porque a tramitação da PEC 150 está mais adiantada: já foi aprovada em comissão especial e aguarda para ser apreciada no plenário da Câmara desde 2009. A proposta estabelece o repasse anual de 2% do orçamento federal, 1,5% do orçamento dos estados e do Distrito Federal, e 1% do orçamento dos municípios, oriundos de receitas resultantes de impostos, para a cultura.

A diferença da PEC 421 com relação à PEC 150 é que ela propõe um escalonamento desses percentuais, como maneira de facilitar as negociações com o governo federal, a fim de amenizar os impactos nos orçamentos da União, estados e municípios, dando mais tempo a cada ente federado para se adaptar aos repasses.

A proposta aprovada na terça-feira (23) estabelece que o mínimo de recursos a serem aplicados pelo governo federal será aumentado gradualmente durante os três primeiros exercícios financeiros após a promulgação da emenda constitucional resultante da PEC. No primeiro ano, seria destinado 0,5%; no segundo, 1%; e no terceiro, 1,5%. No caso de estados, municípios e do DF, também deverá haver um escalonamento, nos cinco primeiros exercícios financeiros, até que se alcance o índice estabelecido.
(Hiroshi Bogea Online)

RETARDADOS


Você acreditou? 25 mentiras que contam sobre Dilma, Lula e o PTAos que chamam os eleitores de Dilma de “burros”, blogueiro reuniu uma lista com mais de vinte falácias que grupos como Revoltados Online contam e disseminam nas redes sociais; confira
Ou racha!
Aos que chamam os eleitores de Dilma de “burros”, blogueiro reuniu uma lista com mais de vinte falácias que grupos como Revoltados Online contam e disseminam nas redes sociais; confira
Por Daniel Dantas Lemos, em seu Facebook / via revista Forum
Quando estiver no seu momento de Revoltado Online, chamando os eleitores da Dilma de “burros” lembre-se disso:
1-Você acreditou que o filho do Lula era dono da Friboi
2-Você acreditou que Alberto Youssef tinha sido assassinado no dia da eleição
3-Você acreditou que Dilma tinha cometido suicídio
4-Você acreditou que Lula estava aposentado por invalidez
5-Você acreditou que a Dilma ia congelar a poupança
6-Você acreditou que o litro de gasolina ia custar 5 reais em novembro de 2014
7-Você acreditou que o PT trouxe haitianos para votar nas eleições
8-Você acreditou que o deputado Jean Wilys apresentou projeto de emenda à bíblia
9-Você acreditou que o dólar custaria 6 reais após as eleições
10-Você acreditou que a Petrobras estava quebrada
11-Você acreditou que Dilma implantaria um chip para controlar seus pensamentos
12-Você acreditou que a filha de Dilma era dona de mais de 20 empresas
13-Você acreditou que a Dilma havia criado uma lei que proibia investigação de acidentes aéreos
14-Você acreditou que Dilma usou um ponto eletrônico durante o debate presidencial
15-Você acreditou que Fidel Castro e que Aleida (filha de Che Guevara) recebiam aposentadoria do governo brasileiro
16-Você acreditou que o governo brasileiro gastou 4 milhões de reais na construção de um “Memorial do Funk”
17-Você acreditou que o PT criou o “Bolsa Prostituição”
18-Você acreditou que as urnas eletrônicas estavam adulteradas
19-Você acreditou que o governo gastaria 13 milhões para construir estátua do Lula
20-Você acreditou que a comitiva de senadores que foi a Venezuela não teve o pouso do avião autorizado
21-Você acreditou que o governo mandou fechar a pista de uma rodovia para evitar que os senadores brasileiros se locomovessem na Venezuela
22-Você acreditou que esses senadores foram “apedrejados”
23-Você acreditou que Lula tinha pedido Habeas Corpus
24-Você acreditou que os médicos cubanos eram guerrilheiros
25-Você acreditou que a Copa do Mundo estava comprada
Não seja bobão, pare de repetir boatos, se informe e repense sobre quem realmente é o ignorante da historia.
Dá uma olhada nos links

Alforria de empreiteiros. Vigarice de privatas

Doação da UTC que senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) diz ser legal não consta do site do TSE

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Aécio defendeu o ex-candidato a vice em sua chapa, e agora senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse que a doação de R$ 300 mil reais que Ricardo Pessoa, dono da UTC,  que deu para Aloysio,  foi para dar "alforria" a empreiteiros
O tucano Aloysio Nunes, também confirmou a delação de Ricardo Pessoa, afirmando que realmente recebeu, mas que ao contrário dos petistas, a doação dele era legitima e declarada ao TRE.Pois bem. O jornal do Brasil, foi conferir se a conversa de Aloysio era verdadeira e descobriu que não existe  nenhuma  doação declarada. Veja o texto a seguir

Estranha a doação ao senador Aloysio Nunes (PSDB), que foi vice de Aécio Neves na campanha eleitoral para a Presidência, feita pela UTC. Aloysio declara que a relação dele com a UTC é de amizade, e não de relações que permitissem qualquer pedido para proteger empreiteiros na Lava Jato.

De acordo com a reportagem da Veja, Aloysio recebeu  oficialmente R$ 300 mil, e outros R$ 200 mil em dinheiro vivo, segundo delação premiada de Ricardo Pessoa, da UTC. Aloysio confirma a doação "efetiva e legalmente arrecadada" de R$ 200 mil para a campanha ao Senado em 2010.

Este mesmo senador, que também foi vice de Orestes Quércia, não deve também ter participado nem tomado conhecimento, como vice, das várias denúncias feitas contra o governador Orestes Quércia, na época ligado a empreiteiras em construção de um prédio do governo do Estado.

E o mais estranho ainda é que o dinheiro não consta na prestação de contas publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
(Os Amigos do Presidente Lula)

A tragédia como sucessão da farsa

cunhaprimeiro
Inacreditável a cara de pau de Eduardo Cunha.
Ciente de que é impossível eleger-se Presidente da República com os métodos que o levaram ao cargo de presidente da Câmara, encontrou a solução para assumir todo (uma parte ele já tem) o poder.
O parlamentarismo, que ele descaradamente “propõe” em sua entrevista na Folha de S. Paulo, a mesma Folha onde Monica Bergamo informa queele tem sido poupado nas revelações da Lava-Jato deliberadamente pelos delatores.
“O tema tem ganhado força. Tenho conversado com quase todos os agentes políticos, PSDB, DEM, PPS, PMDB, PP, PR, com todos os partidos. Com José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Tasso Jereissati (PSDB-CE). Com certeza, vamos tentar votar (a adoção do parlamentarismo)na minha presidência.”
Note que sequer fala em que haja, como em 1993, uma consulta popular para verificar a concordância do eleitor que continua votando para um Presidente da República-Rainha da Inglaterra”, sem poder algum, na prática.
Ele assume que é preciso um “esquema” para ludibriar o eleitor:
“Porque você não consegue convencer a população de que ela vai perder o direito de votar no presidente da República. Então, se a gente construir uma figura em que ela continua votando no presidente, você pode ter um parlamentarismo.”
Ou seja, povo vota num presidente que não apita e o país – e máquina pública é dirigida pelos “índios do Parlamento” que querem muitos e sonantes apitos.
E, claro, numa eleição pelo Congresso, a tendência seria o próprio Cunha tornar-se Primeiro-Ministro.
A única concessão, hipócrita, é a de dizer que o regime seria adotado só ao final do mandato de Dilma.
A leitura, obvia, é a de que morrem de medo da eleição de Lula, outra vez.
Faz tempo que as ambições políticas de Cunha não são mais uns trocados, um carguinho aqui outro ali para seus “fiéis”.
Cunha, sentindo que sempre existe algo de podre no Reino da Dinamarca, resolveu ser rei.
(Fernando Brito)

A OPERAÇÃO LAVA-JATO, A DEFESA NACIONAL, A CONTRA-INFORMAÇÃO E A ESPIONAGEM


Em suas críticas ao tamanho do Estado e na defesa da privatização a qualquer preço, os neoliberais tupiniquins se esforçam por defender a tese de que o poder de algumas das maiores nações do mundo “ocidental”, os EUA à frente, teria como únicos, principais esteios, o capitalismo, a livre iniciativa e o livre mercado, e defendem, sempre que podem, alegando a existência de “cabides de emprego”, e o grande número de ministérios, a diminuição do setor público no Brasil.

A informação, divulgada na semana passada, de que, com três milhões e duzentos mil funcionários, o Departamento de Defesa dos EUA é o maior empregador do mundo, tendo em sua folha de pagamento, sozinho, mais colaboradores que o governo brasileiro, com todos seus 39 ministérios, mostra como essa gente tem sido pateticamente enganada, e corrobora o fato de que a tese do enxugamento do estado, tão cantada em prosa e verso por certos meios de comunicação nacionais, não é mais, do ponto de vista da estratégia das nações, do que uma fantasia que beira a embromação.

Dificilmente vai se encontrar uma nação forte, hoje – como, aliás, quase sempre ocorreu na história – que não possua também um estado poderoso, decidida e vigorosamente presente em setores estratégicos, na economia, e na prestação de serviços à população.

Enquanto em nosso país, o número total de empregados da União, estados e municípios, somados, é de 1,5% da população, na Itália ele passa de 5%, na Alemanha, proporcionalmente, ele é de 80% a mais do que no Brasil, nos EUA, de 47% a mais e na França, também um dos países mais desenvolvidos do mundo, de 24% da população ativa, o que equivale a dizer que praticamente um a cada quatro franceses trabalha para o Setor Público.

Esses dados derrubam também a tese, tão difundida na internet, de que no Brasil se recebe pouco em serviços, comparativamente aos impostos que se  pagam. Por aqui muitos gostariam de viver como na Europa e nos Estados Unidos, mas ninguém se pergunta quantos funcionários públicos como médicos, professores, advogados, técnicos, cientistas, possuem a mais do que o estado brasileiro, os governos dos países mais desenvolvidos do mundo, para prestar esse tipo de serviços à população.

E isso, sem ter que ouvir uma saraivada de críticas a cada vez que lança um concurso, e sem ter que enfrentar campanhas quase que permanentes de defesa da precarização do trabalho e da terceirização.

Aos três milhões e duzentos mil funcionários, cerca de 1% da população norte-americana, fichados apenas no Departamento de Defesa, é preciso agregar, no esforço de fortalecimento nacional dos Estados Unidos, centenas de universidades públicas e privadas, e grandes empresas, estas, sim, privadas, ou com pequena participação estatal, que executam os principais projetos estratégicos de um país que tem o dobro da relação dívida pública-PIB do Brasil e não parece estar, historicamente, preocupado com isso.

Companhias que, quando estão correndo risco de quebra, como ocorreu na crise de 2008, recebem dezenas de bilhões de dólares e novos contratos do governo, e que possuem legalmente, em sua folha de pagamento, “lobistas”, que defendem seus interesses junto à Casa Branca e ao Congresso, que, se estivessem no Brasil, já teriam sido, neste momento, provavelmente presos como “operadores”, por mera suspeição, mesmo sem a apresentação de provas concretas.

Da estratégia de fortalecimento nacional dos principais países do mundo, principalmente os ocidentais, faz parte a tática de enfraquecimento e desestruturação do Estado em países, que, como o Brasil, eles estão determinados a continuar mantendo total ou parcialmente sob seu controle.

Como mostra o tamanho do setor público na Alemanha, na França, nos Estados Unidos – ampla e propositadamente subestimado no Brasil – por lá se sabe que, quanto mais poderoso for o Estado em um potencial concorrente, mais forte e preparado estará esse país para disputar um lugar ao sol com as nações mais importantes, em um mundo cada vez mais complexo e competitivo.

Daí porque a profusão de organizações, fundações, “conferencistas”, “analistas” “comentaristas”, direta e indiretamente pagos pelos EUA, muitos deles ligados a braços do próprio Departamento de Defesa, como a CIA, e a aliança entre esses “conferencistas”, “analistas”, “filósofos”, “especialistas”, principescos sociólogos – vide o livro “Quem pagou a conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura”, da jornalista inglesa Frances Stonor Saunders – etc, com a imprensa conservadora de muitos países do mundo, e mais especialmente da América Latina, na monolítica e apaixonada defesa do “estado mínimo”, praticada como recurso para o discurso político, mas também por pilantras a serviço de interesses externos, e por ignorantes e inocentes úteis.

Em matéria de capa para a Revista Rolling Stone, no final da década de 1970, Carl Bernstein, o famoso repórter do Washington Post, responsável pela divulgação e cobertura do Caso Watergate, que derrubou o Presidente Richard Nixon, mostrou, apresentando os principais nomes, como centenas de jornalistas norte-americanos foram recrutados pela CIA, durante anos, a fim de agir no exterior como espiões, na coleta de informações, ou para produzir e publicar matérias de interesse do governo dos Estados Unidos.

Muitos deles estavam ligados a grandes companhias, jornais e agências internacionais, como a Time Life, a CBS, a NBC, a UPI, a Reuters, a Associated Press, a Hearst Newspapers, e a publicações como o New York Times, a Newsweek e o Miami Herald, marcas que em muitos casos estão presentes diretamente no Brasil, por meio de tv a cabo, ou têm seu conteúdo amplamente reproduzido, quando não incensado e reverenciado, por alguns dos maiores grupos de comunicação nacionais.

Assim como a CIA influenciou e continua influenciando a imprensa norte-americana dentro e fora do território dos Estados Unidos, ela, como outras organizações oficiais e paraoficiais norte-americanas, também treina, orienta e subsidia centenas de veículos, universidades, estudantes, repórteres, em todo o mundo, em um programa que vem desde antes da Guerra Fria, e que nunca foi oficialmente interrompido.

O próprio Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, USAID, o Fundo Nacional para a Democracia, NED, o Conselho Superior de Radiodifusão, BBG, e o Instituto dos EUA para a Paz, USIP, bancam atividades de “desenvolvimento de meios” em mais de 70 países, em programas que mantêm centenas de fundações, ONGs estrangeiras, jornalistas, meios de informação, institutos de “melhoramento” profissional, e escolas de jornalismo, com um investimento anual que pode chegar a bilhões de dólares.

Além deles, são usados, pelo Departamento de Estado, o Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais, (Bureau of Educational and Cultural Affairs, BECA), o Bureau de Inteligência e Investigação, (Bureau of Intelligence and Research, INR) e o Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor, DRL), que apenas no ano de 2006 organizou, na Bolívia, por exemplo, 15 diferentes “oficinas” sobre “liberdade de imprensa e expressão”, além do Escritório de Diplomacia e Assuntos Públicos (Office of Public Diplomacy and Public Affaires, OPDPA).

“O que nós estamos ensinando – explica Paul Koscak, porta-voz da USAID – é a mecânica do jornalismo, na imprensa escrita, no rádio ou na televisão. Como fazer uma história, como escrever de forma equilibrada … tudo o que se espera de um verdadeiro profissional de imprensa.”

Isabel MacDonald, diretora de comunicação da Fairness And Accuracy in Reporting (FAIR) – Imparcialidade e Transparência na Informação – um observatório de meios de comunicação de Nova Iorque sem fins lucrativos, não tem, no entanto, a mesma opinião.

Para ela, “esse tipo de operação do governo norte-americano, a despeito de sua alegada defesa das normas da objetividade, trabalha, na verdade, contra a democracia, apoiando a dissensão sufocante, e divulgando informações deliberadamente falsas que são úteis para os objetivos da política exterior dos Estados Unidos.’

Um exemplo clásssico desse tipo de resultado, quanto aos objetivos norte-americanos, foi o envolvimento de Washington, denunciado pela comissão legislativa Church-Pike, no Congresso dos EUA, com o financiamento a jornais de oposição na América Latina, como o grupo “El Mercúrio” do Chile, por exemplo, na conspiração que levou ao golpe militar contra o presidente eleito de orientação nacionalista Salvador Allende, em 1973.

Em abril de 2015, a Associação dos Jornalistas Chilenos decidiu expulsar de seus quadros o dono do Grupo El Mercúrio, Agustín Edwards Eastman, de 87 anos, por violação do código de ética, depois que documentos oficiais revelados nos Estados Unidos mostraram, em 2014, que ele havia recebido dinheiro da CIA para publicar informações falsas contra o governo chileno.

A diferença entre os Estados Unidos, que se dizem “liberais” e “privatistas”, e na verdade não o são, e o Brasil, que cede a todo tipo de pressão, na tentativa de provar, todos os dias, que não é comunista nem estatizante, é que, mesmo quando envolvidas com corrupção – considerada uma espécie de “dano colateral” que deve ser “contornado” e “absorvido”, no contexto do objetivo maior, de permanente fortalecimento do complexo-industrial militar dos EUA – a existência das principais empresas de defesa norte-americanas nunca é colocada em risco.

Apenas como exemplo, a Lockheed Martin, uma das principais companhias de aviação e de defesa dos EUA, pagou, como lembrou André Motta Araújo no Jornal GGN outro dia, entre as décadas de 1950 e 1970, mais de 300 milhões de dólares, ou 3.7 bilhões de dólares em dinheiro de hoje, de propina para autoridades estrangeiras, entre elas – para quem acha que isso só acontece em paises “sub-desenvolvidos” – o então Ministro da Defesa da Alemanha Ocidental, Franz Joseph Strauss, os ministros Luigi Gul, e Maria Tanassi, o Primeiro-Ministro Mariano Rumor e o Presidente da República Italiana, Giovanni Leone, o general Minoru Genda e o Primeiro-Ministro japonês Kakuei Tanaka, e até o príncipe Bernhard, marido da Rainha Juliana, da Holanda.

E alguém acha que a Lockheed foi destruída por isso ? Como também informa Motta Araújo, seus principais dirigentes renunciaram alguns anos depois, e o governo norte-americano, no lugar de multar a empresa, lhe fez generoso empréstimo para que ela fizesse frente, em melhores condições, aos eventuais efeitos do escândalo sobre os seus negócios.

A Lockheed, conclui André Motta Araújo em seu texto, vale hoje 68 bilhões de dólares, e continua trabalhando normalmente, atendendo a enormes contratos, com o poderoso setor de defesa norte-americano.

Enquanto isso, no Brasil, os dirigentes de nossas principais empresas nacionais de defesa, constituídas, nesses termos, segundo a Estratégia Nacional de Defesa, em 2006, para, com sede no Brasil e capital votante majoritariamente nacional, fazer frente à crescente, quase total desnacionalização da indústria bélica, e gerir alguns dos mais importantes programas militares da história nacional, que incluem novos mísseis ar-ar, satélites e submarinos, entre eles nosso primeiro submersível atômico, encontram-se, quase todos, na cadeia.

O Grupo Odebrecht, o Grupo Andrade Gutierrez, o OAS e o Queiroz Galvão têm, todos, relevante participação na indústria bélica e são os mais importantes agentes empresariais brasileiros da Estratégia Nacional de Defesa. Essas empresas entraram para o setor há alguns anos, não por ter algum privilégio no governo, mas simplesmente porque se encontravam, assim como a Mendes Júnior, entre os maiores grupos de engenharia do Brasil, ao qual têm prestado relevantes serviços, desde a época do regime militar e até mesmo antes, não apenas para a União, mas também para estados e municípios, muitos deles governados pela oposição, a quem também doaram e doam recursos para campanhas políticas de partidos e candidatos.

Responsáveis por dezenas de milhares de empregos no Brasil e no exterior, muitos desses grupos já estão enfrentando, depois do início da Operação Lava-Jato, gravíssimos problemas de mercado, tendo tido, para gaúdio de seus concorrentes externos, suas notas rebaixadas por agências internacionais de crédito.

Projetos gigantescos, tocados por essas empresas no exterior, sem financiamento do BNDES, mas com financiamento de bancos internacionais que sempre confiaram nelas, como o gasoduto do Perú, por exemplo, de quase 5 bilhões de dólares, ou a linha 2 do metrô do Panamá, que poderiam gerar centenas de milhões de dólares em exportação de produtos e serviços pelo Brasil, correm risco de ser suspensos, sem falar nas numerosas obras que estão sendo tocadas dentro do país.

Prisões provocadas, em alguns casos, por declarações de bandidos, que podem ser tão mentirosas quanto interesseiras ou manipuladas, que por sua vez, são usadas para justificar o uso do Domínio do Fato – cuja utilização como é feita no Brasil já foi criticada jurídica e moralmente pelo seu criador, o jurista alemão Claus Roxin – às quais se somam a mera multiplicação aritmética de supostos desvios, pelo número de contratos, sem nenhuma investigação, caso a caso, que os comprove, inequivocamente, e por suposições subjetivas, pseudo-premonitórias, a propósito da possível participação dessas empresas em um pacote de concessão de projetos de infra-estrutura que ainda está sendo planejado e não começou, de fato, sequer a ser oficialmente oficialmente estruturado.

O caso Lockheed, o caso Siemens, e mais recentemente, o do HSBC, em que o governo suiço multou esse banco com uma quantia mínima frente à proporção do escândalo que o envolve, nos mostram que a aplicação da justiça, lá fora, não se faz a ferro e fogo, e que ela exige bom senso para não errar na dose, matando o paciente junto com a doença.

Mais uma vez, é necessário lembrar, é preciso combater a corrupção, mas sem arrebentar com a Nação, e com alguns dos principais pilares que sustentam nossa estratégia de desenvolvimento nacional e de projeção nos mercados internacionais.
No futuro, quando se observar a história do Brasil deste período, ao tremendo prejuízo econômico gerado por determinados aspectos da Operação Lava-Jato,  mutíssimo maior que o dinheiro efetivamente, comprovadamente, desviado da Petrobras até agora, terá de ser somado incalculável prejuízo estratégico para a defesa do país e para a nossa indústria bélica, que, assim como a indústria naval, se encontrava a duras penas em processo de soerguimento, depois de décadas de estagnação e descalabro.

No Exército, na Marinha, na Força Aérea, muitos oficiais – principalmente aqueles ligados a projetos que estão em andamento, na área de blindados, fuzis de assalto, aviação, radares, navios, satélites, caças, mísseis, submarinos, com bilhões de reais investidos – já se perguntam o que irá acontecer com a Estratégia Nacional de Defesa, caso as empresas que representam o Brasil nas joint-ventures empresariais e tecnológicas existentes vierem a quebrar ou a deixar de existir.

Vamos fazer uma estatal para a fabricação de armamento, que herde suas participações, hipótese que certamente seria destroçada por violenta campanha antinacional, levada a cabo pelos privatistas e entreguistas de sempre, com o apoio da imprensa estrangeira e de seus simpatizantes locais, com a desculpa de que não se pode “inchar”” ainda mais um estado que na verdade está sub-dimensionado para as necessidades e os desafios brasileiros?

Ou vamos simplesmente entregar essas empresas, de mão beijada, aos sócios estrangeiros, com a justificativa de que os projetos não podem ser interrompidos, perdendo o controle e o direito de decidir sobre nossos programas de defesa, em mais um capítulo de vergonhoso recuo e criminosa capitulação ?

Com a palavra, o STF, o Ministério da Defesa, e a consciência da Nação, incluindo a dos patriotas que militam, discreta e judiciosamente, de forma serena, honrosa e equilibrada, no Judiciário e no Ministério Público.

(Mauro Santayana- Jornal do Brasil/ via Conversa Afiada)

A DERRUBADA EM MARCHA


Dê-se a isso o nome que se quiser. Estamos em meio a um processo de derrubada do governo da Presidenta da República, Dilma Rousseff.

Todos sabemos qual é a hora congelada no relógio da história brasileira neste momento.

Certamente não é hora de reiterar platitudes.

Ou de repetir lamentos, ainda que justos, pertinentes. Tampouco de replicar constatações.

Todas as constatações que de forma procedente apontam a cota de equívocos do governo e do PT na crise atual já foram feitas. Não será a sua reiteração que levará o partido assumi-las ou equaciona-las.

Os fatos caminham à frente das ideias: a história apertou o passo.

A dinâmica política assumiu a vertiginosa transparência de um confronto em campo aberto no país.

Trata-se de escolher um dos lados e tomar posição para o combate. Este que já começou e avança de forma acelerada.

É o seu desfecho que decidirá o aluvião das pendências, críticas, autocríticas, repactuações, concessões e escolhas estratégicas que vão modelar o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.

De um modo direto: o desfecho desse confronto vertiginoso consolidará o novo ponto de equilíbrio da correlação de forças que se esgarçou e caminha para definir seu novo ponto de coagulação.

Qual será esse ponto?

Depende do discernimento histórico, do sentido de urgência e da capacidade de articulação das forças progressistas nessa hora decisiva.

Estamos em meio a um processo de derrubada do governo democraticamente eleito da Presidenta da República, Dilma Rousseff.

Dê-se a isso o nome que se quiser.

Todos aqueles ensaiados pela direita latino-americana nos últimos anos:  golpe constitucional; derrubada parlamentar; golpe em câmera lenta. Ou as marcas de fantasia da mesma ofensiva, todas elas embrulhadas no rótulo de uma peculiar luta anticorrupção.

A singularidade dessa maratona ética é ter o PT como único grande alvo; Lula como meta antecipada, a mídia como juiz do domínio do fato e a consagração do financiamento empresarial como a nota de escárnio e desfaçatez a desnudar toda lógica do processo.

Tudo isso já foi dito pelos canais disponíveis, que não são muitos, e dentre os quais Carta Maior se inclui com muito orgulho.

Vive-se um adestramento da resignação brasileira para o desfecho golpista deflagrado no processo de reeleição de Lula, em 2005/2006, quando ficou claro que a direita brasileira não tinha capacidade de voltar ao poder pelas urnas.

Passo a passo vem sendo cumprido desde então o objetivo histórico a que se propôs a elite brasileira e internacional.

Trata-se de um objetivo ancorado em três metas:
a) desqualificar o Partido dos Trabalhadores e tornar suas lideranças sentenciadas e inelegíveis;

b) inviabilizar, levar ao impeachment o governo da Presidenta Dilma; e

c) desmontar e fazer regredir todos os avanços populares obtidos na organização da economia, do mercado de trabalho, das políticas públicas e sociais e da soberania geopolítica.

Em uma palavra: completar o trabalho iniciado no ciclo de governo do PSDB nos anos 90, com o desmonte do Estado, a regressão dos direitos sociais democráticos e a substituição desses direitos por serviços pagos, acessíveis a quem puder compra-los.

A crispação da escalada, agora aguda, valeu-se de um componente da correlação de forças intocado em todos esses anos naquele que talvez tenha sido o erro superlativo dos governos liderados pelo PT: a hegemonia do aparato comunicação nas mãos da direita brasileira.

Esse trunfo sabotou cada iniciativa do projeto progressista e coordenou o cerco que ora se fecha.

Alimentou, ademais, a disseminação do ódio na opinião pública, que se expressa na agressividade inaudita observada nas redes sociais desde a campanha de 2014.

É nessa estufa de preconceito e ódio de classe que brotam os esporos da ofensiva fascista, traduzida na escalada em curso.

Inclui-se nessa espiral as agressões públicas a ministros e ex-ministros de Estado, o ataque à reputação de lideranças progressistas e a de seus familiares, a onda de boatos e acusações infundadas contra o governo, as lideranças petistas e populares; enfim, o adestramento progressivo e diuturno do imaginário social para a aceitação passiva, ou engajada, da derrubada do governo da Presidenta Dilma.

Iludem-se os que confundem esse aluvião tóxico como evidência da banalidade do mal.

É de luta de classes que estamos falando. Não de Hannah Arendet.

É de intolerância fascista a pavimentar a derrubada de um governo escolhido por 54 milhões de brasileiros.

Os que pautaram o grito de ’escravo’ no desembarque dos cubanos engajados no ‘Mais Médicos’, agora conduzem o jogral que grita ‘corruptos e impeachment’.

Não sejamos ingênuos.

É curta a ponte que leva o ódio antipetista a se propagar em ódio anticomunista,  em intolerância religiosa e desta para a demonização da livre escolha sexual e daí para a higienização social.

Em nome do combate ao crime e à violência ultimam-se as providências legais para lotar penitenciárias com adolescentes pretos e pobres.

Quando uma sociedade simplesmente interna o seu futuro assim, em jaulas, qual futuro reserva a sua gente?

Um futuro nascido do intercurso entre a intolerância fascista e a livre mobilidade dos capitais chama-se regressão.

É esse o programa da derrubada em marcha do regime democrático brasileiro.

Não errará quem encontrar pontos de identidade com outras escaladas em curso na política latino-americana, marmorizada  de redes sociais, movimentos e  lideranças jovens treinados e financiados por fundações de extrema direita dos EUA. Os novos  braços privados da CIA e do Departamento de Estado.

O processo que ora avulta na caçada ao PT culminará com a caça a todo e qualquer desvio à norma de conduta que determina a subordinação esférica da sociedade à lógica rentista local e global.

Carta Maior nasceu como um espaço de reflexão da intelectualidade progressista brasileira.

Seu compromisso explícito com a construção da democracia social  torna-a um veículo imiscível com a derrubada em marcha do governo do país –em relação ao sustenta um apoio crítico claro e independente.

Elegemos uma prioridade diante das provas cruciais que nos impelem –os progressistas , democratas e nacionalistas sinceros—ao engajamento nesse divisor que se aproxima.

Exortamos os intelectuais a irem além do debate convencional.

Estamos propondo a incômoda operação de concretizar o geral no particular.

Trata-se de uma exortação à Universidade pública, para que ela volte a ser um ator do desenvolvimento. E não apenas um cronista da crise. Ou um coadjuvante do mercado.

Não basta mais produzir manifestos contra os golpistas.

É preciso afrontar o projeto de país embutido no golpe com um outro projeto.

E, sobretudo, com um outro método de escrutiná-lo .

Estamos exortando a universidade brasileira a se declarar uma trincheira em vigília permanente contra a derrubada do governo da Presidenta Dilma Rousseff.

E de fazê-lo transformando essa trincheira na rede da legalidade dos dias que correm.

Uma rede debruçada no debate do projeto de desenvolvimento que rompa os gargalos e as subordinações responsáveis pelo impasse atual.

E que transforme em práxis anti-golpista a costura das linhas de passagem do Brasil que somos, para o país que queremos ser.

O desafio de vida ou morte nesse momento consiste em restaurar a transparência dos dois campos em confronto na sociedade.

Na aparente neutralidade de certas iniciativas pulsa a rigidez feroz dos interesses estruturais que impulsionam a derrubada em marcha do governo.

A universidade pode, deve e precisa assumir a sua cota como um solvente, capaz de devolver à sociedade a clareza sobre as escolhas em confronto agudo nas horas que correm.

É essa urgência que CM quer compartilhar com a comunidade universitária, à qual se oferece como um canal de expressão democrático e progressista.

Mãos à obra.

(por: Joaquim Palhares – Diretor de redação da Carta Maior)

domingo, 28 de junho de 2015

A última novidade do golpe: vazamentos foram distorcidos

midia-mente
Nota publicada no Painel, da Folha:

“Ministros e coordenadores da última campanha de Dilma refutavam a acusação de que Pessoa foi pressionado a doar para a petista para não perder contratos”, diz uma das notas, reproduzindo a fala de um membro do QG eleitoral. “Quem está no governo nem precisa pressionar ninguém. O empresário doa porque tem perspectiva de se manter próximo”.

Acho que nem a jornalista percebeu a gravidade do que publicou.

O jornal, com certeza, não percebeu, senão não tinha publicado. Nem vai repercutir ou fazer editorial.

A informação agrega mais uma denúncia grave ao crime dos vazamentos seletivos promovidos/autorizados/incentivados por Sergio Moro.

Além de seletivos e criminosos, os vazamentos estão sendo distorcidos, e, no caso, nem importa mais saber se a distorção parte dos procuradores ou da mídia, porque fazem parte da mesma conspiração anti-governo.

Merval Pereira, principal colunista da Globo, passa dia e noite gritando por impeachment, e para isso mente freneticamente em suas colunas.

A mentira virou lei.

Parodiando Millor, a imprensa é para dar golpe.

O resto é secos e molhados.

(Miguel do Rosário/ Tijolaço)

Réu confesso. Ou ladrão assumido?


Em inacreditável ato falho, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) confessou que só tinha a oferecer "alforria" (livrar) a empreiteira UTC em troca das doações eleitorais para sua campanha.

Aécio disse "alforria" do governo do PT, mas a expressão cai como uma luva na prática delatada de tucanos pedirem CPI's da Petrobras e depois exigirem propinas dos empreiteiros envolvidos para enterrar a investigação. 

O ex-diretor corrupto da Petrobras, Paulo Roberto Costa, delatou o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Declarou que o tucano exigiu R$ 10 milhões de propina para dar "alforria" na CPI da Petrobras, realizada em 2009. Costa confirmou no depoimento da CPI atual.

Aécio Neves é sucessor de Sérgio Guerra na presidência do PSDB, e promoveu outra CPI em 2013.

Anotações apreendidas pela PF na sede da UTC apontam Aécio negociando "alforria" a empreiteiros na CPI.

Anotações apreendidas pela PF no escritório da UTC em São Paulo, no ano passado, apontam negociações de bastidores de empreiteiros com o senador Aécio Neves para não aprofundar na CPI. As anotações dizem que Aécio teria escalado Mario Couto (PSDB-PA) e Álvaro Dias (PSDB-PR) para “fazer circo”. 

Uma das anotações diz que no Senado a apuração estava esvaziada e que o problema maior seria no Judiciário. E ainda destacava que objetivo da CPI não era apurar, somente “gerar noticiário” (só contra o PT, é claro).
( Os Amigos do Presidente Lula)