Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Lá vem de novo o "novo"


PCB, PPS, PPSB; ARENA, PDS, PP; ARENA, PFL, DEM. Eis aí como funciona a dança das letras com o claro intuito de ludibriar o povo, apresentado o requentado como novo.

Chama a atenção que duas siglas fizeram isso para tentar desligar seu presente do passado golpista de vassalos políticos da ditadura militar/empresarial de 1964; após viverem a glória de ter ser o mais numeroso partido do ocidente e hoje experimentam a decadência rumo à extinção adiada circunstancialmente por não passarem de linha auxiliar de governos, quaisquer governos que os aceitem como serviçais.

Curiosa é a situação daquela sigla que teima em intitular-se de esquerda e até coloca sempre à frente do rótulo o adjetivo 'nova', uma artimanha que não se explica propositadamente na medida em que esse vagar ideológico permite desfiar os mais reacionários argumentos, usados aqui e alhures pela velha direitona, agora tomados como se fosse formulação vanguardista. Empulhação que não encontra similar em qualquer outra parte do planeta e só expõe a falta de caráter de quem comanda essa vigarice.

Dizem por aí que a fusão com o PSB trará efeitos benéficos, como o abandono da tese golpista do impeachment. Pode ser. No entanto, o histórico recente demonstra que essa promessa é igual a de um recém saído de clínica de recuperação de drogados, que jura nunca mais recorrer ao vício, mas à primeira oportunidade que tem, volta e ele põe tudo a perder.

É sabido por todo mundo, que o eterno presidente da sigla citada saiu do Nordeste como um retirante político fugido da "seca" de votos e hoje vive das migalhas da gigantesca máquina eleitoreira dos tucanos de São Paulo, fato que o coloca como bóia-fria dessa máquina. Então, caso seja absolutamente estratégico aos interesses dos que o sustentam, claro que haverá recaída e consequentemente a apologia do golpismo, tudo, porém, enfeitado como se fosse uma nova forma de enxergar a política. Credo!

Poder destrutivo


Na noite desta terça-feira (27), a Câmara dos Deputados aprovou em plenário o Projeto de Lei que prevê a não obrigatoriedade da rotulagem de alimentos que possuem ingredientes transgênicos.

Foram 320 votos a favor e 120 contra. Muitos consideram o PL 4148/2008, do deputado ruralista Luiz Carlos Heinze (PP/RS), um atentado ao direito à informação da população, cujo projeto só beneficiaria as empresas do agronegócio que querem esconder a origem do produto comercializado. Agora, o PL segue para o Senado.

Como funciona

Pela atual lei, desde 2003, todos os produtos que contêm os chamados Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) devem trazer em seus rótulos o símbolo T amarelo e a informação da espécie doadora dos genes.

O projeto 4148 pretende, no entanto, suplantar essa conquista do consumidor em favor da liberdade da indústria alimentícia de não informar o real conteúdo que disponibiliza nas prateleiras.

Com isso, a população corre o risco de consumir produtos, como óleos, bolachas, margarinas, enlatados e papas de bebê sem saber se não seguros ou não.

Retirar o símbolo T amarelo violaria o artigo 6º do Código do Consumidor, que prevê o direito à informação sobre o que se está adquirindo ao se comprar e consumir um produto.

Muitas das empresas já descumprem essa legislação e camuflam a real procedência do alimento. Atualmente, 92,4% da soja e 81,4% do milho do país são de origem transgênica.
A grande questão é que ainda não se sabe os reais riscos do uso dos transgênicos para a saúde do ser humano nem para o meio ambiente.

Porém, existe um elemento jurídico do Direito Ambiental chamado Princípio da Precaução, pelo qual o Estado tem o dever de evitar intervenções indevidas para a manutenção dos processos ecológicos em seus mais diversos âmbitos, mesmo não conhecendo seu real perigo.

Interferência do poder econômico

Numa recente entrevista à Adital, o sociólogo Rubem Siqueira, membro da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), chamou a atenção para a interferência do poder econômico das grandes empresas privadas na política institucional brasileira.
Para ele, existe, uma estratégia do poder econômico global, cerca de seis ou oito conglomerados da indústria de tecnologia de alimentos, que pretendem controlar a cadeia produtiva mundial.

"Essas empresas, que detêm essa tecnologia, querem fazer um grande oligopólio de alimentos no mundo. Imagine o poder político que isso tem”, explicou Siqueira.
"São essas empresas que bancam os deputados que estão propondo e boa parte dos que estão votando. No submundo disso, há o financiamento de campanha. Por isso é que as campanhas, hoje, são tão caras. Quando a gente vota, não está outorgando um poder para um político baseado no que ele diz”, apontou.

"Essas empresas é quem tem o poder real. Temos a ilusão de que se está decidindo pelo voto, mas o poder econômico é que é o grande poder político no Brasil”, acrescentou o sociólogo.

O coordenador da CPT ressaltou que é obrigação do Estado garantir o acesso à informação à população. No caso dos produtos transgênicos, saber do que se trata para optarmos se queremos comprar ou não.
(Portal MST/ Carta Maior)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Rola bosta ladeira abaixo


Eis aí a bela resposta que o autor do livro prefaciado por Luiz Edson Fachin, este indicado por Dilma Rousseff pra ministro do STF, dá ao infame blogueiro da ultra conservadora 'Veja', um boquirroto fundamentalista empenhado em combater todos os atos do governo. Trata-se de um dos mais cruentos desmascaramentos de um patife obsessivo, que aluga sua hidrofobia a gangues midiáticas exasperadas com quatro governos populares seguidos, relacionando-os ao fracasso comercial daquelas pocilgas;

“A RAZÃO NÃO ADERE AO ERRO TOTAL”
(CARTA ABERTA DE DESAGRAVO FACE AO REPUGNANTE TEXTO DE REINALDO AZEVEDO PUBLICADO NO BLOG DA VEJA, EM 28/04/2015)
‘Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus próprios olhos.’
Provérbios 26:4-5
O sábio poeta hebreu dá um conselho ambíguo. Devemos ou não responder ao tolo? Há na resposta um risco intrínseco. A arena de debate do tolo situa-se no campo da irracionalidade, da ignorância, da vaidade e, por vezes, do ódio. Posta-se o tolo em sítio distante da razoabilidade, do bom senso, da ponderação. Então, o conselho: não desça a essa arena jamais. Logo, não responda ao tolo segundo a sua estultícia. Mas, em aparente contradição, ensina o sábio: não deixe o tolo sem resposta para que não passe por sábio.
Considerado esse paradoxo, é que externo publicamente meu mais veemente repúdio ao que o Sr. Reinaldo Azevedo escreveu em sua lastimável coluna, no blog da Revista Veja, intitulado ‘Esta vai para o Senado’.
O senhor Reinaldo Azevedo que, nada lê muito além de orelhas de livros, busca ávido entre escritos jurídicos algum texto que lhe sirva de pretexto para atacar a indicação do professor Luiz Edson Fachin ao Supremo Tribunal Federal.
Este pretenso jornalista valeu-se de um livro de minha autoria, resultado de tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, para tentar agredir e infamar a imagem do professor Fachin.
Somente quem não leu o livro, como Reinaldo Azevedo, é que pode fazer a absurda assertiva de que há, na tese, uma defesa da poligamia e, concomitantemente, um ataque à família formada pelo casamento. O autor não subscreve esse disparate e, muito menos, o ilustre professor que prefaciou o livro.
O ‘blogueiro’ da revista Veja promoveu distorção rasteira e fraudulenta de um complexo tema, que remonta às raízes da formação do Brasil e guarda estreita relação com a dominação masculina.
Trata-se de um ataque desleal, covarde, oportunista. O que lastimo profundamente é que uma pessoa como essa, que tem coragem de lançar mão de tão sórdida mentira, seja albergado por uma Revista que se pretende formadora de opinião. Lamento que tantos desavisados leiam estas postagens de textos desqualificados, tomando-os como expressão de verdade.
Ah! Se conhecessem quem é Luiz Edson Fachin e o que a sua obra e atuação jurídica significam para o Direito, no Brasil. É lamentável que sua indicação ao Supremo Tribunal Federal tenha ocorrido neste momento em que a irracionalidade, patrocinada por alguns veículos de comunicação de massa, vem tomando vulto e se verifica um notável esvaziamento do verdadeiro debate político.
Evoco, contudo, as sábias palavras de Dom Hélder Câmara, que sempre me serviram de alento quando vejo avolumar a barbárie, a brutalidade e, às vezes, a bestialidade. Ensinava o sábio Bispo de Olinda: “A razão não adere ao erro total”. Tenho viva esperança de que o Senado Federal não há de deixar-se conduzir pela fúria dos tolos. A luz da razão há de prevalecer.
Marcos Alves da Silva
Professor de Direito Civil
Advogado
Pastor Presbiteriano”

Saem os empreiteiros, entram os barões da mídia. Será?


Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Leio que a Globo ficou chateada porque o STF deu habeas corpus aos empresários presos há mais de 100 dias, sem condenação, pelo juiz Sergio Moro, responsável pela operação Lava Jato.

Ué, por que a Globo não fica chateada com o fato do Judiciário, na Operação Zelotes, não ter aprovado NENHUM pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público?

Na Lava Jato, o Judiciário prende indiscriminadamente, e por tempo indeterminado, sem acusação, sem sentença, sem condenação, um monte de gente. Por 100, 200 dias.

Na Zelotes, que lida com desvios muito maiores, o Judiciário não prende ninguém nem por 24 horas.

Que desequilíbrio é este?

Claro que isso tem a ver com as pressões da mídia, que afetam profundamente um Judiciário conservador e pusilânime.

O juiz Sergio Moro mandou prender a cunhada de Vaccari porque achou que era ela que aparecia num vídeo depositando R$ 2 mil na conta da irmã…

Não era ela, mas mesmo se fosse, é um motivo ridículo para prender uma pessoa.

Semanas antes, o mesmo Sergio Moro veio ao Rio receber uma propina, em forma de prêmio, das mãos de um cidadão acusado pela Receita Federal de sonegar quase R$ 1 bilhão.

Era o Prêmio Faz Diferença, a propina que a Globo dá aos juízes que se “comportam bem”, ou seja, que seguem à risca o roteiro traçado pela Vênus.

Esse é o Judiciário brasileiro. Castiga o pequeno e bajula o grande.

Por que a mídia não se interessa pela Operação Zelotes, que lida com desvios dezenas de vezes superiores aos da Lava Jato?

Segundo a Polícia Federal, já foram identificados R$ 6 bilhões em desvios, mas estes podem chegar a mais de R$ 19 bilhões.

E a corrupção de que falamos aqui é parecida à cocaína encontrada naquele helicóptero do senador (que a mídia abafou, e o Judiciário fingiu que não viu): 100% pura.

É uma corrupção que não construiu uma pracinha de interior.

A corrupção mais pura que se possa imaginar.

Merval Pereira, colunista da Globo, diria que é a corrupção “do bem”.

Diferentemente da Lava Jato, onde o juiz mandou prender a cunhada de Vaccari porque achou que ela tinha depositado R$ 2 mil na conta da irmã, na Zelotes não tem essas operaçõezinhas miseráveis.

Na Zelotes, ninguém vai ser preso porque, como é a ridícula denúncia do Ministério Público contra a mulher do Vaccari, movimentou R$ 300 mil em oito anos…

Na Zelotes, as movimentações são de bilhões para cima.

Por que a mídia nunca pediu acesso ao processo da Zelotes, em mãos da Polícia Federal e do Ministério Público?

Por que a mídia nunca fez infográficos, que explicassem o esquema?

No entanto, a Zelotes permitirá à sociedade, caso seja tocada adiante com valentia pelo Ministério Público e com imparcialidade pelo Judiciário, desmontar uma cultura histórica de sonegação.

Uma cultura que põe o Brasil, segundo denúncia da Tax Justice, uma ong internacional, na posição de país com a maior taxa de evasão fiscal do mundo.

Paulo Pimenta, relator da submissão da Câmara dos Deputados criada para acompanhar a Operação Zelotes, visitou nesta terça-feira o Procurador da República, Frederico Paiva, que lidera a equipe que atua no caso.

O deputado estranha que a Justiça tenha negado todos os 26 pedidos de prisão preventiva feitos pelo Ministério Público, e pede que o Conselho Nacional de Justiça monitore o caso.

O deputado não pede que o juiz da Zelotes seja um Sergio Moro, e prenda indiscriminadamente, pelo tempo que quiser.

Não precisa ser medieval como Moro.

Mas não aceitar nem UMA prisão?

O deputado podia acionar também o Conselho Nacional do Ministério Público, e perguntar ao órgão porque a Procuradoria Geral da República dá tantos poderes à Lava Jato, faz até mesmo um hotsite especial, e a Zelotes não recebe quase nada.

A Força-Tarefa da Zelotes tem muito menos recursos do que a Força-Tarefa da Lava Jato.

Os procuradores da Zelotes não podem se dedicar exclusivamente a esta investigação, como podem os da Lava Jato.

Ou seja, é uma Força-Tarefa pela metade. Seus procuradores não podem se dedicar exclusivamente à uma investigação que envolve, repito pela enésima vez, desvios muito superiores a qualquer outro escândalo nacional.

Pior, a Zelotes pode furar o olho de uma corrupção que, segundo o Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) desvia mais de R$ 500 bilhões ao ano.

O deputado Pimenta também estranha a indiferença da mídia.

Seria porque, entre os sonegadores, estariam as próprias empresas de mídia?

A RBS, a filial da Globo no Rio Grande do Sul, está lá. A RBS sozinha roubou mais do que uns vinte mensalões.

Estaria a Globo com medo de encontrarem o seu DARF, não pago, no meio da papelada da Zelotes?

*****

Abaixo, segue o texto que o deputado federal Paulo Pimenta, distribuiu à imprensa ontem à noite.

Zelotes: Subcomissão da Câmara apresenta plano de trabalho nesta quarta-feira (29)

Relator, deputado Paulo Pimenta, esteve hoje com o Procurador da República que atua no caso

Relator da subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha a Operação Zelotes, da Polícia Federal, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) esteve na manhã desta terça-feira (28) com o Procurador da República Frederico Paiva que lidera a equipe que atua no caso. Segundo o parlamentar, as agendas estão servindo para ajudar na construção do plano de trabalho que será apresentado na tarde desta quarta-feira (29).

Ao final do encontro, Pimenta informou que irá propor à subcomissão que encaminhe ao Procurador Frederico Paiva convite para uma reunião entre ele e o colegiado. Amanhã, o deputado Pimenta será recebido pelo delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pela Operação Zelotes.

Preocupado com o rumo que a Zelotes terá na Justiça – o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva de 26 investigados, mas todas foram negadas pelo Poder Judiciário – o deputado Pimenta estuda solicitar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que acompanhe o caso. “A sociedade não aceitará operação abafa sobre a Zelotes”, garantiu o parlamentar.

O deputado também criticou a cobertura da mídia sobre o maior esquema de sonegação fiscal do País. “Curiosamente, a Zelotes não é noticia, e a chamada grande mídia não demonstra nenhum interesse em ter acesso ao processo, em cobrar providências. Como explicar à sociedade brasileira que um esquema que causou um prejuízo aos cofres públicos de R$ 19 bilhões não seja de interesse público”, questiona Pimenta.

Especialistas acreditam que, comprovadas as denúncias de que grupos criminosos agiram em processos no Carf – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – será possível que o órgão determine a revogação dessas decisões, e o Estado recupere parte dos recursos desviados. Pelo esquema, grandes empresas atuavam em conjunto com escritórios de advocacia e pagavam propinas a servidores e conselheiros do Carf para escaparem de dívidas tributárias. Segundo informações, as primeiras denúncias serão oferecidas pelo Ministério Público Federal entre os meses de junho e julho.

Pra exorcizar o fantasma do Centrão, Esquerdão é criado no Senado


Uma nota de cinco linhas, publicada na edição de quarta-feira (29/4) da coluna “Panorama político”, do Globo, contém uma das questões centrais para entender como a crise alimentada pela mídia tradicional contribui para o retrocesso de direitos alcançados na Constituinte de 1988. Diz o texto:

“Criada no Senado, com 14 senadores, a Frente Progressista. Liderada por Lindbergh Farias (PT-RJ), ela pretende barrar a agenda conservadora: redução da maioridade penal e as mudanças nos estatutos da Família e do Desarmamento”.

A notícia tem apenas um reparo: a frente de senadores não é liderada por Lindbergh Farias — ele é um dos fundadores, responsável por contatar novos integrantes.

Criada oficialmente na terça-feira (28|), a Frente Progressista Suprapartidária tem também entre seus integrantes o ex-ministro Cristovam Buarque (PDT-DF), que a batizou de “grupo do não passarão”. O grupo, formado originalmente por senadores do PT, PMDB, PSB, PCdoB, PDT e PSol, pode chegar a trinta senadores nos próximos dias.

A solitária nota na coluna do Globo diz pouco mas revela muito: a motivação principal da Frente Progressista é se contrapor à onda de propostas oriundas na Câmara dos Deputados, que ameaçam eliminar conquistas essenciais da sociedade brasileira.

A informação não será encontrada em grandes reportagens ou em artigos dos mais lustrosos colunistas da imprensa, por uma razão muito simples: embora mantenha um discurso cuidadoso em relação a essas iniciativas das bancadas mais conservadoras da Câmara, a imprensa nutre envergonhada simpatia por algumas delas.

O manifesto assinado pelos senadores se refere aos projetos que propõem a redução da maioridade penal, a redefinição do Estatuto da Família — que embute a limitação de direitos dos homossexuais —, a precarização de direitos do trabalhador e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento.

E o que a imprensa tem a ver com isso?

Simples: essas propostas só têm encontrado acolhimento na Câmara dos Deputados por causa do contexto da crise política insuflada pelos principais veículos de comunicação do país.

Maioridade penal

A iniciativa da Frente Progressista Suprapartidária cria um abrigo institucional para mobilizações esparsas pela sociedade, que não encontram apoio na mídia tradicional. Em muitas cidades do Brasil, entidades sindicais, coletivos de cultura e organizações não governamentais promovem debates e esclarecimentos sobre algumas das questões que formam a agenda conservadora da Câmara e preparam manifestações que podem se juntar, por exemplo, às greves de professores que a imprensa insiste em ignorar.

Em São Paulo, grupos de educadores e ativistas participaram nesta semana de debates promovidos por entidades como a Ação Educativa e a Fundação Perseu Abramo, nos quais foram relatadas iniciativas de esclarecimento sobre a questão da maioridade penal.

A ativista Verónica Silveira, uma das coordenadoras da campanha que levou à rejeição de uma proposta de redução da maioridade penal no Uruguai em 2014, explicou como os movimentos sociais conseguiram superar o bloqueio da mídia e realizar o plebiscito no qual a maioria da população daquele país decidiu não alterar a legislação de proteção da criança e do adolescente.

No Brasil, questões como essa são conduzidas por grupos reacionários no Congresso Nacional, sob o olhar omisso da mídia tradicional. Os argumentos primários em favor da redução da maioridade penal invertem a lógica que levou a Constituinte a criar o arcabouço jurídico dos direitos da infância e a imprensa se mostra vacilante diante dessa e de outras propostas que, segundo muitos juristas, ameaçam a ordem constitucional.

O interesse explícito das grandes empresas de comunicação é apoiar as manobras que mantêm o governo federal refém dos interesses de líderes do Parlamento ameaçados no inquérito que investiga a corrupção na Petrobras. Esse é o contexto no qual as frações mais reacionárias do Congresso tentam contrabandear para o sistema legal medidas que, em circunstâncias normais, não passariam pelo crivo do Parlamento.

A criação da Frente Progressista não ganha destaque no noticiário porque é do interesse da imprensa manter ativa a agenda reacionária.
(Luciano Martins Costa)

Melhora nas contas

O mês de março registrou melhorias não apenas em atividades empresariais que vinham em queda, como também na administração pública federal. Segundo balanço divulgado nessa quarta-feira (28), pela Secretaria do Tesouro Nacional, órgão do Ministério da Fazenda, as contas do País registram superávit primário de R$ 1,4 bilhão, depois de fechar fevereiro com déficit de R$ 7,4 bilhões.O resultado demonstra que a diferença entre o que o governo gastou e a arrecadação voltou a ficar positiva. O número sinaliza sucesso do esforço fiscal do governo em aumentar a poupança interna nacional, indicando que poderá honrar seus compromissos.

Na avaliação oficial, o bom resultado do mês foi puxado pelas contas específicas do Tesouro, superavitárias em R$ 8 bilhões, enquanto previdência social e Banco Central registraram déficit de R$ 6,5 bilhões e R$ 42,9 milhões, respectivamente.Na avaliação oficial, o bom resultado do mês foi puxado pelas contas específicas do Tesouro, superavitárias em R$ 8 bilhões, enquanto previdência social e Banco Central registraram déficit de R$ 6,5 bilhões e R$ 42,9 milhões, respectivamente.Considerado o primeiro trimestre do ano, o superávit é de quase R$ 4,5 bilhões ou apenas 34,2% do resultado de igual período de 2014, quando o saldo positivo foi de R$ 13,1 bilhões. Em relação a março do ano anterior, o resultado representa apenas 54,3% do superávit de R$ 3,2 bilhões.

De acordo com o Tesouro, as receitas do governo federal cresceram em R$ 5,6 bilhões no mês, ou 6,1% a mais que o resultado de fevereiro, com R$ 97,4 bilhões. Mas as transferências da União para estados e municípios tiveram redução de R$ 6,9 bilhões, menos 31,8%, decorrentes do encolhimento nas transferências constitucionais em R$ 4,4 bilhões, queda de 26,6%.Considerado o primeiro trimestre do ano, o superávit é de quase R$ 4,5 bilhões ou apenas 34,2% do resultado de igual período de 2014, quando o saldo positivo foi de R$ 13,1 bilhões. Em relação a março do ano anterior, o resultado representa apenas 54,3% do superávit de R$ 3,2 bilhões.De acordo com o Tesouro, as receitas do governo federal cresceram em R$ 5,6 bilhões no mês, ou 6,1% a mais que o resultado de fevereiro, com R$ 97,4 bilhões. Mas as transferências da União para estados e municípios tiveram redução de R$ 6,9 bilhões, menos 31,8%, decorrentes do encolhimento nas transferências constitucionais em R$ 4,4 bilhões, queda de 26,6%.
(Agência PT)


Corrupção, democracia e capitalismo: a purgação do PT

Ricardo Stuckert/Instituto Lula





















O reencontro com seus valores originais representa a única chance de o PT recuperar a credibilidade para compartilhar com o povo o comando do seu destino.


A mais habilidosa e eficaz jogada do conservadorismo nas últimas décadas foi acuar a agenda progressista brasileira carimbando no PT a marca da degeneração ética.

Se isso pode ser revertido é outra história, mas o fato é que a operação foi concluída com sucesso.

E a tal ponto que hoje ela é a pedra angular do golpe branco, igualmente bem sucedido, que mantém o PT, o governo e o campo progressista submetidos aos ditames de uma agenda conservadora repisada diuturnamente como a ‘única’ saída para o país.

Não se trata apenas – e isso é sistematicamente reiterado — de denunciar a existência de ilícitos na vida do partido.

Fosse assim a ofensiva neoudenista apenas o nivelaria à norma da política brasileira.

Não. A mensagem subliminar, não raro quase caricata, inoculada dia e noite em poções fartamente distribuídas pelo dispositivo midiático é a de que a corrupção no PT, leia-se, na esquerda, representa uma degeneração metabólica.

Coisa só sanável cortando-se o mal pela raiz, tornando proscrito o Partido dos Trabalhadores que impôs quatro derrotas presidenciais sucessivas à elite brasileira.

O ardil almeja atingir o fundo da alma brasileira, ou seja, secar a esperança na política como espaço dos que nunca tiveram vez, nem voz, na vida do país.

O que falta para espetar esse último prego no caixão da esperança?

Falta capturar Lula no redil da degeneração ética.

A isso se debruçam as investigações de seletividade autoexplicativa, os meios de comunicação e as milícias conservadoras que pisoteiam o imaginário popular incansavelmente com ilações, meias-verdades, calúnias e a falta de respeito habitual com que são tratados os interesses e as lideranças populares por aqui.

Ao despolitizar a luta pelo desenvolvimento, o PT praticou o haraquiri político que agora se volta contra a sua alma na forma de um esfolamento cotidiano em praça pública.

A saída do labirinto implica, em primeiro lugar, em desmistificar a falácia da política como um espaço de confronto entre querubins e demônios.

Virtude não é um traço do genoma humano.

Para que ela prospere como valor compartilhado –nunca definitivo-- a sociedade teve que se resguardar historicamente construindo instituições virtuosas, estas sim, com poder de sedimentar anteparos ao interesse egoísta, incensado pela leitura rudimentar de Adam Smith.

Faz parte desse mutirão civilizatório reforçar comportas que reduzam a pressão do dinheiro grosso sobre as urnas, os partidos, seus programas, as lideranças e seus mandatos.

Negligenciá-lo e, ao mesmo tempo, cobrar ética na política, equivale a estuprar a democracia até a morte e acusa-la de complacente.

Um artigo do economista Jeffrey Sachs, que está longe de ser um carbonaro, publicado no Portal do Project Syndicate, em 2011, encerra interessante atualidade no Brasil no momento em que violadores crassos acusam a esquerda de transformar o bordel capitalista em um ambiente sem escrúpulos.

Fosse hoje, Sachs poderia ter incluído nesse prontuário o malabarismo moral de juízes tropicais que, valendo-se da toga, insistem em manter a democracia refém da bacanal plutocrática.

O desafio das forças democráticas e progressistas não se limita apenas em viabilizar uma reforma política que liberte a vítima da hipocrisia de seus algozes.

Essa reforma não se completará sem um protagonista social que lhe dê nervos e musculatura popular.

Ou seja, sem a criação de organizações que revertam o mais grave erro do PT no ciclo iniciado em 2003: ter subestimado o peso da democracia participativa na construção de uma política desenvolvimento.

Os avanços sociais inegáveis esbarraram no economicismo que levou o partido, ao mesmo tempo, a se distanciar das bases e a negligenciar a mobilização popular por reformas e democracia, sem as quais a máquina do crescimento não se renova e a ética política se evapora.

As chances de uma regeneração do PT é o tema do artigo do ex-senador Saturnino Braga‘Mudar o PT’.

O reencontro petista com os valores de sua origem -- e o do Brasil com um novo ciclo de crescimento mais justo e participativo -- converge assim para um mesmo desafio.

Ou seja, criar condições de força e consentimento na sociedade para pautar os mercados, em vez de mendigar a sua indulgência.

Essa é a tarefa intransferível de uma frente ampla democrática, progressista e nacionalista maior e mais forte que a soma das partes que hoje ainda subestimam o alcance dessa união.

Frequentemente na história, transformações democráticas fornecem a única alavanca capaz de remover obstáculos econômicos que se mostram intransponíveis quando abordados no âmbito de sua própria lógica.

É o caso do impasse atual do desenvolvimento brasileiro em que o requisito de elevar a produtividade sistêmica parece se opor à manutenção dos salários reais e à expansão de investimentos que assegurem a provisão de serviços públicos universais à população.

Mais que isso.


Devolver ao discernimento popular a escolha dos fins e dos meios necessários à construção do país que o Brasil poderia ser, mas que ainda não é, representa a única chance de o PT, e como ele todo o campo progressista, reconquistar a credibilidade necessária para compartilhar com o povo brasileiro o comando do seu destino.

(Saul Leblon/ Carta Maior)

Um baque na espetacularização justiceira

: Como era de se esperar, a avaliação global a respeito da decisão do STF em tirar da prisão os empreiteiros acusados de pagar propina pra conseguir contratos vantajosos e foras da lei na Petrobras, primou pelo golpismo intrínseco ao grupo porta-voz dos donos do poder pós 1964.

Com efeito, alegar que "a decisão do STF estremeceu o comando da Lava Jato, pois a manutenção das prisões preventivas acabava forçando os executivos das empreiteiras a aceitar os benefícios da delação premiada" é deboche inconcebível com a legislação vigente, bem como chantagem explícita contra presos ao arrepio da lei. Na medida em que essa essas prisões já caminhavam para completar seis meses de duração e, até aqui, a tão aguardada delação que incriminasse Lula e Dilma não foi feita, então, o que viesse daqui por diante teria o mesmo status jurídico da prisão da cunhada do ex-tesoureiro do PT. Ou seja, zero de cumprimento da lei.

Assim, a "medida medievalesca, que cobriria de vergonha nossa sociedade", como bem ressaltou o ministro do STF, pode até ter frustrado o golpismo amplo, geral e irrestrito. No entanto, deu uma enorme força ao estado de direito e derrotou a espetacularização da ação da justiça, impedindo que outro pop star togado surja diante das câmeras fazendo justiçamento seletivo e alimentando o pantagruelismo dos que deliram por estarem à míngua diante da 'seca' de poder que experimentam há treze anos.

Parece que, finalmente, os trabalhos da Operação Lava Jato iniciarão podendo até casar-se com aquilo que está sendo investigado na CPI da Petrobras, ora desenrolando-se no Congresso Nacional. Com transparência e livre dos recorrentes vazamentos seletivos, a referida investigação pode ir muito além do sepultamento da artimanha privata intitulada 'regime diferenciado de compras'. Pode ferir de morte a impunidade de quem passou esse tempo todo apontando o dedo para outros, cheio de culpas pelos acontecimentos. Promete!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Paysandu é o melhor da Região Norte


O Paysandu é o melhor clube do Norte do Brasil, levando em consideração o Ranking Nacional de Clubes, que foi divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol e adota critérios diferentes dos usados nos últimos anos.

O Papão agora é o 37° colocado, com 3740 pontos. Em seguida aparece o Sampaio Corrêa, com 2323, na 53° colocação. Vale ressaltar que o Maranhão é um estado do Nordeste do Brasil, mas a CBF o considera como se fosse do Norte, assim como o Piauí.

Uma posição abaixo está o Águia de Marabá, com 2284. A quarta melhor equipe do Norte é o Rio Branco, que ocupa a 57° com 1874 pontos. Já o quinto melhor da região é o Remo com 1646 pontos, na 62° posição.

A lista dos 10 melhores é completada por Penarol (70°), Araguaína (72°), Vilhena (77°), Comercial (78°) e São Raimundo (79°).

(G1)

Mais uma grande contribuição de Lula pela paz mundial



O Instituto Lula recebeu na manhã desta terça-feira (28) o israelense, Yitzhak Frankenthal e o palestino, Sweety Nabeel, do Instituto Arik de Reconciliação, Tolerância e Paz, para falar sobre o projeto “No To The Conflict”, que estuda um método para contribuir no restabelecimento da paz entre Israel e Palestina. Os pacifistas se reuniram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e em seguida, fizeram uma apresentação para convidados da sociedade civil interessados na paz israelo-palestina, organizado pela diretora do Instituto Lula, Clara Ant.

Segundo Frankenthal, é muito importante divulgar o projeto para o mundo e isso inclui o Brasil. “Lula colocou o Brasil como um país forte no mundo. E se mostrou como um homem que se preocupa com as pessoas e queremos a ajuda dele”. Lula disse que eles “escolheram o caminho difícil, mas sólido e mais bonito de conquistar. Se conseguirem convencer uma pessoa por dia já é um avanço extraordinário para a paz”.

Lula afirmou ainda que suas viagens para o Oriente Médio mostraram que “o povo de Israel e da Palestina querem viver paz”. E completou: “acho que vocês podem ter sucesso nesta jornada e o desafio é convencer as pessoas que depende somente delas o processo de paz”.

Ambos perderam parentes na guerra. Frankenthal perdeu seu filho, Arik, que foi sequestrado e morto pelo Hamas em 1994. E Nabeel perdeu a irmã Siham no mesmo ano, assassinada pelo exército israelense. Desde então, trabalham para o processo de paz. “Sou um homem que luta pela paz desde que perdi meu filho”, disse Frankenthal.

Questionado pelos participantes, Nabeel afirmou que enfrentam bastante resistência, mas que não pretendem desistir. “Eles perguntam como nós conseguiremos fazer o que nem os grandes líderes conseguiram. E digo: conseguiremos fazer com nosso desejo de paz”.

O projeto “No To The Conflict" adota uma metodologia criada conjuntamente por pesquisadores israelenses e palestinos para tentar mudar a mentalidade das pessoas a respeito do conflito entre os dois povos, usando peças publicitárias e espaços na mídia. Frankenthal afirmou que a maioria das pessoas em Israel e Palestina quer a paz, “mas quando chegam as eleições não elegem homens que querem a paz”, por estarem motivadas pela emoção e não pela razão. O estudo dará início a um projeto educacional primeiro para o público israelense, por meio de anúncios na mídia digital e tradicional, com a finalidade de expor ao público a sua situação de “viciados no conflito”. E depois será levado para a público palestino.
(Instituto Lula/ via Os Amigos do Presidente Lula)

Devolva o mandato, relaxe e goze


A lei eleitoral vigente é clara, o mandato pertence a legenda e não a quem eventualmente o exerce. Como não é permitida candidatura avulsa, então, mesmo quem exerce o mandato no Senado Federal está submetido à perda, caso troque por outra legenda já existente.

Assim, como filiado ao Partido dos Trabalhadores há mais de três décadas, espero que o partido recorra à justiça eleitoral e peça de volta o mandato da senadora Marta Suplicy, que hoje entregou ao Diretório Municipal do município de São Paula uma carta desfiliando-se do PT.

Claro que ela tem todo o direito de sentir-se cerceada, discriminada, decepcionada ou seja o que for. O que não pode é ser labiosa e tentar iludir a opinião pública pregando que os votos são seus, pessoais e intransferíveis, forma enviesada de tentar intimidar a direção partidária no cumprimento do dispositivo que prevê a perda do mandato de quem troca de partido.

Em 2016, em 2018 ou quando bem entender e já filiada a outro partido ela prova que os 8 milhões de votos obtidos em 2010 representam apenas seu prestígio pessoal, nada tendo a ver com a campanha vitoriosa de Dilma Rousseff contra José Serra. Por hora, apenas desligue-se, cumpra-se a lei e devolva-se o mandato ao partido. Só isso.

Não à televisão!


Todo mundo festeja a decadência da audiência da tevê, maior repositório da viralatice direitista que emburrece a população. No entanto, quando o governo toma uma posição corajosa de não contribuir para que seja dado um sopro extra de vida ao moribundo, aí todo mundo cai de pau no governo e clama pelo uso convencional daquele espaço.

Usar esse espaço quer dizer, anunciar que a presidenta da República irá falar à nação por uma cadeia de televisão, mobilizar a mídia conservadora e partidarizada pra contraditar alegando uso indevido, a oposição pra encenar tentativa de impedimento do uso por todas as razões anteriormente alegadas, tais como invadir os lares pra fazer proselitismo, ainda mais usando roupa vermelha enfim, só as redes de televisão lucrarão com o evento na medida em que do pronunciamento nada falarão, restando como efeito mais somente levantar a audiência dessas televisões.

Por isso, penso que a ideia, caso seja procedente, de fazer a presidenta dirigir-se às redes sociais e bater um grande papo informal com a população, não só é inovadora como também poderá marcar uma nova era no diálogo entre povo e governantes.

Mais um jagunço à beira de um ataque de nervos


Mãos limpas entrelaçam-se em um fraternal cumprimento. Há quem se incomode
Repórter Diário de hoje ressalta que o truculento e eterno presidente da Federação da Agricultura do Pará enviou carta ao governador de Minas Gerais, o petista Fernando( e não Ricardo, como diz o RD) Pimentel protestando por ele ter condecorado João Pedro Stédile com a medalha da Inconfidência.

Nada mais natural para quem é tido e havido como um dos que incentivaram o então governador Almir Gabriel a manchar sua biografia, naquela que é a maior vergonha já vista por aqui, quando 19 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados pela PM, após "conselheiros" como Xavier persuadirem o governador a desobstruir a Curva do S a qualquer custo. Deu no que deu.

Além disso, à época em que o deputado estadual João Batista(PSB) foi assassinado, o partido da vítima tinha como um dos suspeitos de ser o mandante justamente Xavier, por sinal, o substituto de Batista na ALEPA.

Não por coincidência, o Pará lidera o triste ranking de estado onde ocorrem mais execuções impunes de trabalhadores rurais e aqueles que dedicam-se a defende-los; bem como é, disparado, campeão de trabalho escravo. Diante disso,  fica claro que o jagunção da FAEPA não nutre qualquer simpatia por Stédile, o que não quer dizer muita coisa principalmente depois que o líder do MST foi recebido com todas as honras pelo papa Francisco.

Adeus, Inês Etienne Romeu

Tânia Rego / Abr

















Inês foi a única sobrevivente da Casa da Morte, um aparelho clandestino de tortura da ditadura que seviciou e executou adversários do regime militar.

A ex-presa política Inês Etienne Romeu morreu hoje de manhã (segunda-feira, dia 27 de abril de 2015), dormindo. Foi a melhor maneira que a morte encontrou para compensá-la da dor que foi sua vida. Inês viveu 72 anos de idade porque teimou em viver. Foi a única sobrevivente da Casa da Morte, em Petrópolis, um aparelho clandestino de tortura da ditadura que seviciou e executou adversários do regime militar. Saiu de lá graças a denúncias de sua prisão ilegal, que repercutiram internacionalmente.
 
Sobreviveu porque a família e os advogados a entregaram para a Justiça. A prisão não clandestina, por uma condenação para o resto da vida, a salvou de torturadores clandestinos.
 
Inês integrava o comando da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foi delatada por um camponês que tinha o codinome de Primo e presa em 5 de maio de 1971 pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, na avenida Santo Amaro, em São Paulo, por suposta participação no sequestro do embaixador suíço Giovanni Bucher, uma operação feita pela sua organização meses antes sob o comando de Carlos Lamarca. Foi barbaramente torturada no DOI-CODI paulista, até que “entregou” um “ponto” que não existia, em Cascadura, no Rio, onde encontraria com um companheiro de organização. Levada para lá, dirigiu os torturadores até uma avenida – e lá, livre para se encontrar com o suposto guerrilheiro, atirou-se na frente de um ônibus. E sobreviveu.
 
Depois de uma passagem pelo Hospital da Vila Militar, pelo hospital Carlos Chagas e, por fim, pelo Hospital Geral do Exército, Inês conheceu o inferno dos infernos. Foi transferida para o lugar de onde nenhum prisioneiro conseguiu sair, a Casa de Petrópolis. Lá, enfrentou novo e intensivo período de torturas que durou até agosto e valeu a ela mais quatro tentativas fracassadas de suicídio. Todavia, quando em julho um Dr. Teixeira, seu torturador, sugeriu que suicidasse para escapar das sevícias, Inês resistiu. Na avenida escolhida pelos algozes, ajoelhou-se abraçada às pernas de um dos agentes e apenas gritou, para chamar a atenção dos transeuntes. Os torturadores a tiraram rapidamente do local e a levaram de novo para a Casa da Morte, onde enfrentaria mais duas semanas de torturas intensas.
 
Em agosto de 1971, foi jogada na casa de uma irmã pesando apenas 32 quilos, mas com a memória intacta e disposta a denunciar o que sofrera. Lá, fez um primeiro dossiê: lembrava dos codinomes dos torturadores, de presos que foram executados dentro da casa, ouvira em determinado momento que estava em Petrópolis, viu o dono da propriedade ser chamado de Mário e registrou o número do telefone que algum incauto deixou escapar perto dela. Até novembro, enquanto a família e os advogados definiam uma estratégia para mantê-la viva e a salvo dos torturadores, Inês registrou o que sabia – e de memória conseguiu mapear a casa dos horrores por dentro.
 
Para livrá-la das garras da tortura, os advogados decidiram-se pela prisão oficial de Inês, que foi entregue à Justiça e encaminhada ao Presídio Tavarela Bruce, condenada à prisão perpétua. Foi libertada oito anos depois, pela lei da anistia. Desde então, dedicou sua vida a denunciar a desumanidade das torturas e a esclarecer mortes de presos políticos que passaram pela Casa da Morte enquanto lá esteve.
 
Graças a Inês, vários torturadores foram identificados. Foi com seu testemunho também que se descobriu o papel que o médico Amílcar Lobo desempenhou na casa dos horrores de Petrópolis: ele era responsável por manter vivos os presos, para que eles fossem submetidos a mais torturas, pelo tempo que os torturadores considerassem necessário para arrancar deles as informações que queriam. Lobo, codinome “Dr. Carneiro”, teve o seu registro de médico posteriormente cassado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).  
 
Em 2003, aos 61 anos, Inês sofreu uma agressão dentro de sua casa, de um suposto marceneiro, e foi internada com traumatismo cranioencefálico. Foi um longo período de tratamento até que conseguisse novamente falar e andar. A polícia do 77o. Distrito de São Paulo registrou a agressão como “acidente doméstico”. Até hoje o agressor não foi identificado.
 
Foi-se embora hoje, enfim, a Inês, aquela que sobreviveu ao Fleury, à Casa da Morte, a cinco tentativas de suicídio, o atropelamento por um ônibus e à agressão de um desconhecido. Porque viveu, as famílias de vários desaparecidos puderam reconstituir os últimos momentos de seus entes queridos e chorar, enfim, suas perdas. Porque viveu, o Brasil ficou sabendo dos horrores a que foram submetidas as pessoas presas em aparelhos clandestinos da ditadura, e de como a vida humana valia tão pouco para eles. Porque viveu, lutou. E até o fim. Adeus, Inês Etienne Romeu. Sentiremos sua falta.
(Maria Inês Nassif/ Carta Maior)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A sensibilidade tecnocrática parece elefante em loja de cristais


Diante de tantas manobras encetadas por Simão Lorota, bem como pelo panfleto tucano/liberal, que cada dia diz uma coisa sobre retorno às aulas, contratação de temporários, sobre o não reconhecimento da greve e outras sandices visando desacreditar o movimento, surgiu uma outra preocupação.

Trata-se da possibilidade do governo do estado desviar recursos destinados pelo Fundeb pra pagar  o piso salarial dos professores, inclusive o retroativo. Segundo a entidade, até o próximo dia 2, a SEDUC receberá R$63.741.723,66(informação contida no Portal da Confederação Nacional dos Municípios) para essa finalidade, mas pode desvir esses recursos para outra finalidade, isto é, para a contratação de professores temporários, que não prestaram concurso público para o exercício do magistério.

Fato é que, longe de buscar uma solução que pactue o atendimento das conquistas dos professores já consagradas em lei, o governo do Pará parece ter uma obsessão pra fazer delas, as conquistas, uma inimiga a ser derrotada fazendo triunfar o arrocho, apesar da propaganda mentirosa que tenta ludibriar a população e jogá-la contra os professores. Um mínimo de boa vontade, certamente já teria resultado em retorno às aulas e o prejuízo aos alunos, usado de forma demagógica, seria evitado.

CNBB emite nota contra PL 4330 e PEC 171

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota sobre a conjuntura do país, com críticas ao projeto de lei que regulamenta a terceirização de mão de obra nas empresas e à proposta de redução da maioridade penal. A nota, publicada na última sexta-feira (24), foi divulgada no encerramento da 53ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). Na reunião também ocorreu a cerimônia de posse de dom Sérgio da Rocha na presidência da CNBB.
De acordo com a nota, a entidade avaliou "com apreensão" a realidade brasileira, "marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do país". A nota acrescenta que "a retomada de crescimento do país, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres”.
Sobre o projeto que trata da terceirização, o texto expressa que ele não deve restringir direitos. “A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise”, registra.
Na avaliação dos bispos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/1993), que propõe redução da maioridade penal para 16 anos, é um “equívoco que precisa ser desfeito”. Para a CNBB, a redução da maioridade penal não é solução para a violência no país. “Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência”, aponta.
Outro tema abordado na nota é o projeto de lei que altera o Estatuto do Desarmamento. A avaliação é de que se trata de ilusão a ideia de que facilitando o acesso da população à posse de armas se combate a violência.
Ao final do texto, a CNBB salienta que muitas destas e de outras matérias que incidem diretamente na vida do povo têm, entre seus caminhos de solução, uma reforma política. A reforma política também foi tratada pelo recém-empossado presidente da conferência, dom Sérgio da Rocha, em entrevista a jornalistas.
Ele disse que “o fato de a Igreja falar da reforma política, mostrar a importância da palavra política, não quer dizer que esteja adotando uma posição que seja do governo que aí está, ou então de um partido ou outro. Nós fazemos isso [falar da reforma política] com sentimento de corresponsabilidade e de responsabilidade na vida social”.
(Agência Brasil)

Para 85% dos usuários, 'Mais Médicos' melhorou a qualidade da assistência.


Pesquisa do Ministério da Saúde realizada com 14 mil pessoas mostra que a qualidade da assistência à população melhorou com a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. Para os entrevistados, aumentou o número de consultas, o acompanhamento e a resolução do seu problema de saúde após o atendimento do médico. Os dados foram apresentados pela primeira vez na Convenção Internacional de Saúde Pública – Cuba Salud 2015, que reuniu nas duas últimas semanas deste mês, experiências de diferentes países para a promoção do acesso universal à saúde.

Este ano, o Programa Mais Médicos chegará a um total de 18.247 médicos em mais de 4 mil municípios, 72% de todas as cidades do país, ampliando a assistência em atenção básica para 63 milhões de brasileiros. As entrevistas para o estudo foram realizadas entre novembro e dezembro de 2014 em 699 municípios atendidos pela iniciativa por meio de parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Ipespe.

“Antes, não tínhamos a possibilidade de garantir a cerca de 63 milhões de brasileiros o acesso à atenção primária na saúde. Com o Mais Médicos, que conta com a cooperação da OPAs, nós temos efetivamente garantido a cada brasileiro o direito de uma atenção primária qualificada. Por meio do Programa, conseguimos levar profissionais onde vivem as pessoas com maior vulnerabilidade, nas periferias das grandes cidades brasileiras, nos quilombolas, assentamentos rurais, aldeias indígenas, na floresta amazônica, onde os brasileiros precisam de médicos”, disse o ministro Arthur Chioro.

Mais Assistência - Do total de entrevistados, 85% disseram que a qualidade do atendimento médico está melhor ou muito melhor após a chegada dos profissionais do Programa Mais Médicos. Um índice alto de usuários (87%) apontou que a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde.

Nas perguntas em que o entrevistado respondeu de forma espontânea sobre as melhorias que o Programa trouxe nos serviços de saúde, 41% dos entrevistados citaram o aumento do número de consultas, 35% disseram que os médicos estão mais atenciosos e 8% destacaram que o tempo das consultas é maior. Já sobre os pontos positivos promovidos pelo Programa, 60% destacou a presença constante do médico e o cumprimento da carga horária e 46% disseram que o acesso às consultas melhorou. Entre os desafios do atendimento nos municípios, 63% destacaram a falta de especialistas e 45% falaram da demora para conseguir exames.

“A pesquisa demonstra que quanto mais tempo o médico estava no municípios, maior é o percentual de pessoas que estavam muito satisfeitos com o Programa. A tendência de avaliação do Mais Médicos é de melhor”, destacou o o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Hêider Pinto, que é responsável pela iniciativa. “A pesquisa reforça o sucesso do Programa para a população, os gestores e os próprios médicos que dele participam. Esses três grupos estabeleceram notas médicas de 9,0, 8,7 e 9,1, respectivamente. É uma avaliação muito positiva, que corresponde a alta adesão de municípios, mais de 70% das cidades de todo o país hoje participam da iniciativa, e o porquê de os médicos brasileiros agora ocuparem 90% das vagas”, completou.

O Programa Mais Médicos conta com a atuação de médicos brasileiros e estrangeiros, que se inscreveram no edital da iniciativa, e de médicos cubanos, cuja participação foi viabilizada por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). São mais de 11 mil médicos que estão atuando por meio deste acordo.

Na expansão realizada este ano por meio de novo edital, em que foram disponibilizadas mais 4.146 vagas para médicos, 92% delas foram preenchidas por médicos brasileiros, a maior adesão desses profissionais desde o início do Programa.

Além do provimento emergencial de médicos, o Mais Médicos também prevê investimento na infraestrutura e formação profissional. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil UBS e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de 943 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em relação à expansão e reestruturação da formação médica estão previstas a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas até 2018, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS.

Cooperação– Durante o Cuba Salud, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou outras cooperações realizadas pelo governo brasileiro na área da saúde. Atualmente, o país já realizou 108 projetos de cooperação, sendo que 44 em execução e 10 em negociação. Do total de projetos, 42% estão localizados na América do Sul. Entre as ações, além do Mais Médicos, destacam-se projetos na área de saúde bucal, implantação de bancos de leite, além de pesquisa e desenvolvimento.

(Agência PT)

A 'FANTÁSTICA'


Alguém me pergunta se assisti o programa 'Fantástico', da Rede Globo, ontem(26), especificamente uma reportagem que teria como tema uma cidadezinha de interior(sei lá de qual estado) em que os vereadores receberiam de remuneração cerca de R$80 mil. Como não assisto por convicção qualquer programa da famigerada Vênus Platinada, lógico que só tomei conhecimento da dita matéria hoje(27), quando meu interlocutor me fez a pergunta.

Tampouco me senti arrependido de ter perdido o programa global para matar a curiosidade em saber o porquê dessa auto cortesia com dinheiro público, até mesmo porque conheço bem a realidade da Câmara Municipal de Belém, onde são muitas as manobras feitas para engordar os ganhos dos vereadores, sendo bem provável que suas respectivas remunerações nada fiquem a dever daquilo que foi mostrado.

Senão vejamos. Consta que a CMB conta com cerca de 700 assessores, para atender 35 vereadores, média de 20 assessores por vereador. Levando-se em conta que esses assessores, ao arrepio da CF, recebem gratificações privativas de servidores efetivos, ou seja, daqueles que estão no serviço público porque prestaram concurso público, na ordem de 100%, às vezes até mais e que essas gratificações, apesar de constar do contracheque desses servidores comissionados, acaba indo parar na conta bancária(evidentemente sob sigilo, apesar dos indícios fortes de irregularidades) dos vereadores. Então, nada do que é feito na tal cidadezinha é estranho à Câmara Municipal de Belém.

Exemplo: se um servidor comissionado recebe R$1500,00, mais gratificação de dedicação exclusiva e hora extra, esses ganhos tendem, no mínimo, a triplicar. No entanto, por acordo que condiciona a nomeação, dois terços dessa remuneração vão parar na conta do vereador. Só nesse exemplo, a remuneração do vereador pode chegar a R$60 mil. Somando-se a outros penduricalhos e ao próprio salário do edil chegamos fácil, fácil aos R$80 mil. Portanto, continuo não tendo motivos pra ver a Rede Globo.

Panfletário e boquirroto


Como senador da República e presidente do maior partido de oposição, Aécio Neves parece mais um candidato a vereador iniciante. Pediu parecer que embasasse o impeachment da candidata que o derrotou na corrida à presidência do Brasil a um jurista e este recusou-se; recorreu a outros dois juristas que também disseram NÃO, deixando-o exposto à tática política tão ineficiente quanto burra.

Destacado pela Folha tucana como grande frasista, saiu-se com essa a respeito do escândalo envolvendo a Petrobras, "Diante de R$6 bilhões pelo ralo, o Brasil exige dois pedidos de desculpas. Quem terá coragem de falar: Lula ou Dilma?"

E o jornalista Juca Kfouri arrematou: quem deve primeiro desculpas é o próprio Aécio, por ter construído com dinheiro público um aeroporto em terras de sua família. Desmascarada a frase, pintada pelo panfleto paulista como pensamento de estadista, quando não passa de mero sectarismo politiqueiro, poder-se-ia, também, perguntar: e por que não FHC? Aquele que inventou o regime de compras diferenciadas na empresa, driblando a Lei Nº8666/96, abrindo as portas da Petrobras à corrupção?

Definitivamente, a maior briga que Aécio travará a partir de agora deve ser interna. Se tem pretensões de continuar comandando a nau privata até 2018, de lá saindo para uma nova disputa presidencial, terá que estancar essa sangria de desatinos pessoais e intransferíveis, embora alguns sejam em parceria com porra loucas do nível de Carlos Sampaio, mas, de qualquer jeito tendo Aécio como o número um da parceria.

A seguir nessa toada, será facilmente derrotado voltando a mero papel de coadjuvante e jogará ao mar as cinzas dos 51 milhões de votos obtidos nas últimas eleições. Enquanto isso, a economia parece começar a entrar nos eixos, queda do dólar, subida da BOVESPA, saldo positivo na geração de empregos, publicação do balanço da Petrobras, entre outras notícias otimistas. Alheio a tudo isso, o senador tucano continua tocando o mesmo samba de uma nota só. Mesmo com a ameaça de não agradar a plateia.

Rosa, Edir e o Leão


Lapidar a frase do cientista político Edir Veiga no facebook, "Remo ganhou o segundo turno e pronto. Tudo bem... o juiz afanou. Mas os leões estão se achando spartakus. Tomara que não cabem como Rosa Luxemburgo."

Pena que a análise dos "especialistas" careça dessa coragem e enveredem pela ambiguidade que tenta mostrar equidistância, quando, na verdade, nada mais faz do que sucumbir aos interesses financeiros em jogo.

Com efeito, a intenção não era prejudicar o Paissandu, mas garantir ao Remo um rito de passagem no calendário futebolístico nacional, pois assim a Federação Paraense de Futebol nutrirá seu parasitismo no corpo da torcida do Leão, a mídia manterá seu faturamento, pois os patrocinadores continuarão compromissados em dispender um "troco" a mais a fim de bancar a divulgação dessa parte do calendário e algumas empresas envolvidas manterão seus respectivos nomes envolvidos nessa festa.

O incômodo é Rosa Luxemburgo, como bem lembra Edir. Talvez, esses spartakistas que hoje festejam nem se deem conta que os mentores dessa celebração fabricada serão os mesmos que apontarão o dedo na cara dos agora festejados, caso a tragédia do ano passado repita-se como farsa este ano.

Assim, da festa à execução, ninguém lembrará mais da euforia que celebrou esse heróico momento de superação. Lembrarão, lá adiante, apenas do fracasso(sempre tomando como base o exemplo do ano passado) oriundo da incompetência dos que tiveram confiado à sua expertise uma tarefa tão nobre, mas que, depois ficou-se sabendo, não estavam à altura de desempenhá-la. E aí a história voltará a ser escrita como "uma execução de acordo com as condições de lei marcial".

Até chegarmos a 2016 e ficarmos diante da necessidade da encenação da mesma farsa novamente. Tomara que não.

Por infidelidade, PT expulsa 3 dos 5 vereadores do partido em Juruti(PA)

Por 16 votos a zero, o PT decidiu expulsar 3 dos 5 vereadores eleitos em 2012 e fazem parte da bancada do partido na Câmara Municipal de Juruti.
PTA expulsão de Peruano (Edjânio Figueira, 41 anos), Pedrinho (Pedro Natividade Santarém, 41) e Cleverson (Mafra de Souza, 43) foi tomada ontem (22), em reunião que contou com a participação de 16 dos 21 integrantes do diretório municipal petista.
Os três ainda podem recorrer da decisão junto ao diretório estadual.
Eles têm 10 dias para apresentar defesa junto ao PT, em Belém.
A expulsão do trio, conforme o blog antecipou, era dada como certa. Peruano, Pedrinho e Cleverson foram penalizados por infidelidade partidária e desobediência à resoluções internas do partido, como a de integrar a base de apoio ao prefeito Marquinho Dolzane (PSD).
Agora, o PT vai requerer na Justiça Eleitoral o mandato dos 3 vereadores, para dar posse aos suplentes Dorli Souza, Marcelo Pereira e Andréa Alves – 1º, 2º e 3º suplentes, respectivamente.
É a segunda vez na história do município que o PT expulsa um vereador de suas fileiras. O primeiro caso ocorreu em 1994.
Alcançado pelo blog, o vereador Pedrinho disse que o processo que resultou na sua expulsão foi feito ao arrepio do estatuto do partido, pois não foi notificado a fazer a sua defesa pela comissão de ética, e sim pelo diretório municipal.
“Nós não reconhecemos a decisão tomada ontem pelo diretório, já que não se respeitou o que reza o estatuto”, frisou.
(Blog do Jeso)