Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Segurança estatística


As vozes oficiais do governo já responsabilizaram o governo federal pelo descalabro administrativo da segurança pública em nosso estado; viajaram na maionese, repetindo a fantástica lorota da redução da criminalidade conforme os números da Secretaria de Segurança, por sinal, de tanto baixar deve estar próximo do índice zero...na mágica planilha governamental; e, por último esboçaram a providência de colocar o bloco, ops...o policiamento na rua, remanejando pessoal das funções administrativas que executa.

Fora o atabalhoado festival de lorotas, nada disso pode ser levado em conta como coisa séria e decorrente de administradores competentes que planejam suas ações. Relembre-se que a Força Nacional de Segurança manteve contingente quase que permanente aqui pelo nosso estado, de 2007 a 2010, ajudando em muito nossa PM no policiamento ostensivo, daí nunca termos chegado ao pandemônio atualmente vivido. Portanto, a responsabilização do governo federal é irresponsável e torpe.

Nem se deve levar em conta os números divulgados pela SEGUP na medida em que representam um escárnio contra a população paraense, especialmente com os que perderam parentes.

Pulando essa lábia de mascates políticos querendo vender tapete mágico a incautos, sobra a ladainha do deslocamento de efetivo da burocracia às ruas. Localizando o orifício bem direitinho, chegaremos à conclusão que nossas autoridades metem o bedelho no local errado. Com efeito, antes da burocracia, a segurança pública no Pará padece de um mal crônico que a acomete desde o desvirtuamento de sua finalidade. Ou seja, de pública ela tem pouquíssimo, executando mesmo é segurança privada a quem ajuda o governador a mitigar o arrocho o salarial que pratica, pagando por fora grande parte do efetivo.

Quando a governadora Ana Júlia enviou ofício pra Deus e o mundo recambiando os vários policiais que faziam serviços particulares e poderiam muito bem estar nas ruas cuidando de toda a população, conseguiu o retorno de mais de 500 servidores públicos. Mas encontrou muita resistência e jeitinho daqueles que aparentam preocupação, mas tudo da boca pra fora. Houve até um senador que inventou uma ameaça de morte que teria sofrido, apenas para manter os cinco PMs que lhe prestavam serviços particulares, mesmo que seu cargo exigisse que procurasse a Polícia Federal.

Constata-se, assim, que com vontade política já é difícil imagine quando se age de forma bonachona e reverente ao patrimonialismo de certa elite que imagina ser a coisa pública extensão de seu patrimônio, como faz Simão. Só resta fugir para as planilhas oficiais, refugiando-se naquele mar de tranquilidade onde até a folclórica "sensação de insegurança" foi banida. Credo"

Nenhum comentário: