Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

O covil do metrô


Seul, na Coreia do Sul, inaugurou a sua malha de metrô apenas um mês antes da capital paulista, em 1974. Mas hoje, enquanto os paulistanos contam com uma rede de 80,6 km, a cidade asiática possui 326,5 km —fazendo 8 km de metrô por ano, enquanto São Paulo inaugurou menos de 2km/ano.

No entanto, há indícios fortíssimos de que mais de R$4 Bilhões foram distribuídos em propinas à autoridades desse setor metroviário, por parte de empresas que queriam vender equipamentos ou tocar obras de construção civil. E mais: executivos de empresas estrangeiras envolvidos nessa ladroagem foram punidos em seus respectivos países, enquanto os servidores públicos corrompidos continuam impunes e beneficiários da lerdeza da justiça brasileira, muitos dos quais até exercendo mandato parlamentar e até vociferando contra a corrupção em repugnante show de hipocrisia.

Não por acaso, dia sim outro também privatas falam em impeachment da presidenta Dilma, sonhando beneficiar-se de golpe paraguaio para voltar ao comando político/administrativo do país, de onde foram enxotados em 2002 pela população, que não aguentava mais viver sob o tripé arrocho salarial, ladroagem e entreguismo de nossas riquezas e nosso patrimônio ao capital estrangeiro ao mesmo tempo em que explodiam o desemprego, a inflação e nossa dívida pública.

Hoje, quando esses mesmos privatas apostam na falta de memória da população pra apresentarem-se como alternativa, como se o criminoso trabalho midiático de ocultar os malfeitos dessa corja de flibusteiros em governos estaduais e prefeituras, felizmente percebe-se que a sociedade brasileira ainda não esqueceu aquele que foi um dos mais tristes ciclos políticos experimentados, sendo muito difícil o retorno dessa súcia, seja pelas vias normais permitidas pela democracia seja pelo atalho golpista que buscam obsessivamente. O Brasil não merece viver esse pesadelo novamente.

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