Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 24 de maio de 2015

CBF tenta mais golpe contra a MP do futebol


Acostumada a agir nas sombras, a Confederação Brasileira de Futebol(CBF) cria amanhã(25) a comissão do fair play para atuar especificamente na normatização do sistema de licenciamento dos clubes brasileiros. O detalhe é o atraso de oito anos na adoção da medida, já que a FIFA fazia a exigência desde 2007.

Agora, diante de uma conjuntura adversa à política de conchavos adotada desde sempre pela entidade que comanda nosso futebol, com a edição da MP em março assinada pela presidente Dilma Rousseff, a CBF mexeu-se para fazer valer seus interesses particulares e inconfessáveis, em prejuízo da moralização que a MP impõe aos clubes.

Pela MP, o  licenciamento dos clubes tem como base o "fair play financeiro". Vale dizer, um clube não obterá licença para participar de competições organizadas pela CBF se estiver, por exemplo, com salários atrasados ou em dívida com a União. A Confederação foge disso como o diabo da cruz, tanto que já reclamou da intromissão do estado em uma atividade privada, de resto uma vigarice retórica recorrente que sempre desvia o foco do principal a ser debatido, a austeridade administrativa.

Não por acaso, a tal comissão a ser criada amanhã fez questão de ignorar os integrantes do Bom Senso F. C. e convidou para o seu convescote dez integrantes: com dois clubes (Flamengo e Fluminense), dois dirigentes da CBF, dois representantes do sindicato nacional dos clubes, dois atletas, e dois membros de entidades representativas dos atletas (excluindo-se aqui nomes do Bom Senso FC, que não foram convidados nem para a reunião).

O vexame seria muito pior, caso um outro convidado(bem trapalhão) não tivesse declinado. Eurico Miranda, ícone das más práticas esportivas, pulou fora porque vive em conflito com os dirigentes da dupla FlaXFlu e deve ter pressentido algum sinal de honestidade no trabalho daí, em náusea, tenha pulado fora.

Aguardemos, pois,  a votação da dita MP na esperança de que finalmente o futebol brasileiro tenha um instrumento legal que o oriente a seguir práticas republicanas e livre-se definitivamente da ditadura dos 'abnegados', cuja trajetória pessoal aproxima-se mais da crônica policial que de feitos admiráveis.

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