Além dessa troca do dever por uma agradável pescaria em local paradisíaco, lembro quando Simão solicitou à Alepa licença pra se ausentar do país por duas semanas, com destino à França onde trataria de interesses do estado, no entanto, com menos de uma semana e em pleno domingão, foi visto batendo perna na av. Paulista. Eu mesmo fui companheiro de voo de Simão, no início deste ano depois de seu aparato midiático anunciar que ele estava em lugar não divulgado pra realizar uma bateria de exames, pois não andava passando bem e até era especulado que talvez nem concorresse à reeleição. No entanto, no amanhecer de uma terça-feira, lá estava ele, bem disposto, indo para São Paulo.
Claro que não se está aqui questionando o preço dessas mudanças de rota, até mesmo porque o cipoal de leis e resoluções que disciplinam o assunto são extremamente generosos na concessão do dinheiro público para patrocinar as atividades do governante de plantão, sejam essas públicas ou particulares. O que espanta é ver a gana com que Simão ora se atira à disputa do cargo, depois de passar quatro anos dando inúmeros sinais de que o dia a dia do ofício de governar é algo tão enfadonho que se dispensou até a fixação em uma sede onde pudesse estabelecer uma rotina de trabalho.
Resta agora saber se esse 'tesão' é algo novo, ou se não passa daquele sentimento esquisito que acomete certos casais casais que, mesmo vivendo às turras, não opera a separação porque não consegue viver sem as rusgas usuais. Será que essa relação de amor e ódio com o poder é a razão de tanta apatia, que o fez transformar o Pará em um dos estados campeões em vários indicadores políticos, administrativos, econômicos e etc?
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