Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 18 de outubro de 2014

Envenenados pela própria saliva


Ao lado da anacrônica coluna intitulada 'Repórter70', talvez única homenagem explícita ainda vigente ao famigerado Ato Institucional Nº5, aquele que endureceu ainda mais a ditadura empresarial/militar, acirrando a carnificina contra desafetos do golpe, os editoriais do jornal tucano/conservador, O Liberal, igualmente primam pela inoportunidade.

Hoje, por exemplo, a infame coluna volta sua garrucha tomada pela ferrugem contra o tesoureiro do PT, João Vacari Neto, acusado genericamente como "operador" de cobrança de propina na Petrobras. De tão vaga, diga-se, a tal "denúncia" não chegou a ser encampada sequer pela malsinada 'Veja', pois o delator transferiu de si para o doleiro e este amarelou(novidade!) na hora de confirmar a 'bomba', ou melhor, o traque. Apenas o senador 'Menino do Rio', aquele que não provoca arrepio, mas indignação diante de seu comportamento degenerado, deu guarida ao boato, todavia, é notória a finalidade eleitoreira do sócio dos Perrela.

Se quiser antenar-se, o panfleto do moralismo lorótico terá que voltar ao assunto e abordar os fatos novos, surgidos ontem nas páginas da Folha de São Paulo e dando conta que o propineiro-mor do esquema foi ninguém menos que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, morto em março deste ano em consequência de um câncer no pulmão, porém, antes, denunciado como o mais voraz lactante daquelas tetas prostituídas pelo aluguel ao dinheiro de grandes empresas.

Foram fabulosos R$10 milhões, colocados nas mãos do então senador pelo PSDB pernambucano a fim de encerrar uma CPI que investigava exatamente a participação de empresários naquele esquema de corrupção, que a operação Lava-Jato desbaratou e hoje é objeto de vazamentos seletivos com o intuito claro de produzir imundícies jornalísticas Brasil afora, como o citado editorial, de forma eleitoreira e falseada, mas que agora vai no âmago da corrupção identificando corruptores e corruptos, dessa vez sem tergiversações ou aqueles vagos 'ouvi dizer', 'fulano sabe'. Não. Paulo Roberto afirma com todas as letras quem era o larápio/operador, quanto ele recebeu, além da finalidade do dispêndio da propina.

Talvez, agora, o papelucho portador do vil e sectário editorial consiga entender na prática o significado da expressão, "Quem for podre que se quebre."  

Nenhum comentário: