Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Carnificina sem fim. No 15º dia de ofensiva, Israel bombardeia escola-abrigo da ONU e mortos passam de 600

O Exército israelense bombardeou hoje (22) uma escola da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA), onde cerca de mil pessoas se protegiam dos ataques realizados por Israel contra a Faixa de Gaza. Não houve vítimas porque o diretor havia ordenado a retirada das pessoas do local devido à falta de segurança, como informou a agência Efe

O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha confirmou hoje a morte de sete cidadãos alemães em Gaza. Segundo fontes de saúde palestinas, o número total de pessoas mortas já supera os 600 em Gaza, após 15 dias do lançamento da Operação Margem Protetora, ofensiva que se intensificou depois que Israel decidiu invadir por terra o território palestino.

Apesar do apelo da comunidade internacional por um cessar-fogo entre as partes, os bombardeios seguem hoje. Após o ataque de um foguete perto do aeroporto internacional de Ben-Gurion em Israel, grandes companhias aéreas internacionais como as norte-americanas Delta, American Airlines, US Airways e United Airlines; a francesa Air France e a alemã Lufthansa anunciaram a suspensão imediata de todos os voos para Tel Aviv. Um voo da Delta, proveniente de Nova York que sobrevoava o Mediterrâneo foi desviado para Paris.

Além das mais de 600 vítimas, a quantidade de feridos está em torno de 4 mil. De acordo com um informe da ONU divulgado hoje, 80% das vítimas em Gaza são civis, e pelo menos 121, crianças. Do lado israelense, foram 27 baixas de soldados. Mais de 100 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas, segundo informações da organização internacional.

Contrariando o direito internacional, o Exército israelense bombardeou dezenas de edifícios civis, além de várias mesquitas. Ontem, agências internacionais relataram o bombardeio de um hospital matando pelo menos quatro pessoas. “Literalmente não há um espaço que seja seguro para os civis”, disse o porta-voz de Assuntos Humanitários da ONU, Jens Laerke.

O porta-voz da UNRWA na região, Chris Gunness, informou que a entidade mantém 69 albergues-escola. Além das escolas do organismo, os habitantes de Gaza não têm para onde ir já que o Egito mantém fechada a única fronteira que comunica a região com o mundo. “Estamos sendo testemunhas de uma enorme e acelerada onda de refugiados devido à ofensiva terrestre israelense. É da máxima importância que as duas partes no conflito cumpram de forma escrupulosa suas obrigações a respeito do direito internacional humanitário”, disse à Efe.

Para fugir dessa situação, palestinos que possuem cidadania europeia e cidadãos europeus estão deixando Gaza.
(Opera Mundi/ via Blog da Helena)

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