Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Violência se combate com mais violência. Sinal dos tempos.

A Câmara dos Deputados aprovou projeto do deputado Arnaldo Faria de Sá(PTB-SP), ontem(23), que regulamenta o uso de armas de fogo por guardas municipais. Na verdade, autoriza esse uso, com base naquilo que diz a Lei Nº10.826(Estatuto do Desarmamento) prevendo o porte de arma aos guardas municipais nas capitais dos estados e nos municípios com mais de 500 mil habitantes; e em cidades com mais de 50 mil e menos de 500 mil habitantes, quando em serviço.
Enfim, o que teremos é mais armas nas ruas e com isso a possibilidade do uso dessas de forma mais condizente com o momento que se vive, nesses tempos sombrios da espetacularização midiática da violência, que leva parte da população a ulular diante de certas atitudes de justiçamento em parte, diga-se, como reação aterrorizada à violência que campeia nas grandes e médias cidades.
Por isso mesmo é que não se pode afirmar que a proposta simplesmente aumenta a barbárie atualmente vivida, precisamente quando algum guarda extrapolar seu dever funcional. Há que se levar em conta, também, que diante de um quadro onde se verifica tantos delinquindo de armas de fogo em punho ser até ingênuo esperar que o guarda municipal dê uma de guarda Belo, ajudando a manter a paz pública servindo-se apenas de um prosaico cassetete.
Infelizmente esse é o quadro que enfrentamos, sem tergiversações. Tanto que o presente projeto, como se viu, é baseado no Estatuto do Desarmamento, na verdade uma lei que mais abriu brechas à proliferação do uso de armas de fogo do que inibiu esse uso. Então, diante do mantra reacionário que prega o direito da população defender-se armando-se, preservou-se a possibilidade do crime organizado continuar impunemente armado até os dentes. Resultado. A indústria armamentista saiu vitoriosa e a violência não diminuiu. Antes, ao contrário, aumentou vertiginosamente, principalmente em locais onde há cerca de duas décadas podia-se andar tranquilamente a qualquer hora. Paciência!

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