Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Muita calma nessa hora!

Por mais santa que seja a indignação do ator José de Abreu. Por mais oportuna que seja sua tentativa de conclamar mobilizações contra a prisão politiqueira a que estão submetidos especialmente José Dirceu e José Genoino, ícones da resistência ao regime golpista instalado em 1964, daí a vingança da elite reacionária que decaiu politicamente com a queda do golpe e tenta derrubar por todos os meios um governo democrático e popular, não cabe a Lula ou a Dilma liderar qualquer movimento nesse sentido, seria dar munição à essa direita para que iniciasse mais uma campanha pela tal da "tempestade perfeita" dos seus sonhos, denunciando a tentação autoritária da atual e do ex-presidente no sentido de desqualificar uma decisão da mais alta Corte do país.
Assim como seria insano exigir que José de Abreu invadisse o estúdio onde atrizes globais fizeram uma foto trajando luto, em protesto contra a aceitação, pelo mesmo STF, dos embargos infringentes como mais uma etapa do julgamento da AP Nº470, não é razoável que a chefia do Poder Executivo do país imiscuam-se em embates institucionais com outros poderes. Deve o admirável ator recordar a situação desagradável quando, no auge do seu delírio autoritário, Joaquim Barbosa tentou arrancar à força os mandatos parlamentares de alguns dos réus que ainda não tinham sentenças condenatórias definitivas contra si. À época, o presidente da Câmara Federal Marco Maia soube colocar Joaquinzão no seu lugar, devolvendo ao país a harmonia que deve presidir a relação entre os três poderes republicanos.
Pela exemplo de coragem que dá e pela oportunidade que ajuda descortinar frente ao Partido dos Trabalhadores, ao qual parece ser filiado, de que é hora de iniciar uma luta política contra o solo autoritário emanado de forma dissonante pelo atual presidente do Supremo, pode muito bem o autor iniciar uma mobilização nessa direção. Vontade não há de faltar à militância, basta ver a reação ocorrida em um restaurante de Brasilia, quando alguns militantes do PT botaram Barbosa pra correr, incomodado com os protestos atirados contra suas fuças despóticas. Basta não dar palmada no bumbum errado e nem deixar dominar-se pelo voluntarismo.

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