Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 31 de agosto de 2013

Na véspera do 'Criança Trapaça', Cade dá um basta em outra falcatrua global



grilhaoglobo
Alertado pelo Paulo Henrique Amorim – e seu afiadíssimo Conversa Afiada – fico sabendo que a Globo terá de por fim à prática anticoncorrencial de captação de anúncios nos jornais do grupo: O Globo, Extra e Expresso.
A coisa funcionava assim: preços especiais para quem anunciasse em todos os jornais, ou com exclusividade para estes ou, ainda, de forma “casada” com a Rede Globo de Televisão. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica – o Cade – determinou ontem a cessação imediata “das práticas com possíveis efeitos anticompetitivos”.
A investigação começou em 2005 a partir de denúncia dos veículos Jornal do Brasil e O Dia. A prática anticompetitiva adotada pela Infoglobo, emprega global controladora dos jornais, segundo a representação, ”consistiria na imposição de exclusividade na compra de espaços para publicação de anúncios publicitários; concessão de descontos condicionados à compra de espaços publicitários em mais de um jornal editado pelo grupo Globo; concessão de condições diferenciadas para divulgação de propaganda em televisão aberta, em decorrência de a Rede Globo de Televisão pertencer ao mesmo grupo econômico da acusada; comercialização do jornal Extra com preço de venda ao leitor abaixo do custo; e fornecimento de espaço de propaganda abaixo do preço de custo no Extra”.
O Cade impôs uma multa de R$ 2 milhões à Infoglobo.
Pena que demorou tanto que o Jornal do Brasil teve de sumir das bancas e se limitar à internet.
Antes tarde do que nunca, porém.
Por: Fernando Brito

Cagando e limpando a bunda com canjica

O coronelão de barranco Agripino Maia imagina ter encontrado a fórmula exata para bater no programa 'Mais Médicos'. Segundo o vassalo dos golpistas de 1964, basta poupar os médicos e esculachar  a 'ditadura que governa Cuba'.
Coisa de quem não tem o mínimo contato com a realidade do país, fora aquele círculo restrito de patifes direitistas que só lembram do povo na hora de pedir voto. Esse povo caga e anda pra esse proselitismo 'cansado' que a direita brasileira ainda imagina causar algum efeito. Ademais, depois das revelações do Wiki Leaks e de Edward Snoden ninguém mais acredita nessas teorias furadas surgidas durante a guerra fria e difundida pelos celerados da CIA. Vai procurar o que fazer, Agripino Merda!

Cinemania

Lendo os jornais, constato satisfeito que nem só de imundícies wolverínicas e comédias aporrinhantes estreladas por globais vive o circuito cinematográfico da cidade. Há, no cine Líbero Luxardo, a exibição de "Sacco e Vanzetti", filmaço do italiano Giuliano Montaldo a respeito da condenação(política) à morte dos dois operários e anarquistas italianos pela justiça cega, surda e torpe dos EUA; há "Rastros de Ódio", versão dirigida por mestre John Ford; e há, ainda, "O Homem que Matou Facínora", também de Ford, a respeito da carreira de um senador, a morte de um bandido que vivia aterrorizando uma comunidade e a relação política entre os dois fatos, bem como o tratamento jornalístico dispensado ao entrelaçar dos acontecimentos, genialmente resumidos na célebre frase, "Se a versão superou os fatos, publique-se a versão".
Tudo da melhor qualidade e com a vantagem, no caso do filme italiano, de não dar sopa nem no Telecine Cult, este o único canal que exibe frequentemente bons filmes. Eu, pelo menos, nunca vi "Sacco e Vanzetti" na TV, assim como nunca tive a oportunidade de assistir a uma outra obra-prima do mesmo cineasta, "Giordano Bruno", a respeito da 'churrascada' que os salafrários da inquisição fizeram com aquele filósofo que ousou provar a cretinice clerical e sua teoria geocêntrica.

Senado torna violência contra a mulher crime de tortura

A CPI Mista da Violência contra a Mulher foi aprovada por unanimidade pelo Senado nessa quinta-feira (29). Quatro projetos foram votados, entre eles, o que classifica a violência doméstica como crime de tortura. Agora, eles serão submetidos à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara de Deputados (CCJ) antes de seguirem para o Plenário da Câmara.

O crime de tortura contra a mulher será caracterizado quando alguém, em qualquer relação familiar ou afetiva, vivendo ou não sob o mesmo teto, submeter alguém a intenso sofrimento físico ou mental como forma de exercer domínio, “com emprego de violência ou grave ameaça”.

Outro projeto que o Senado aprovou é o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) às mulheres vítimas de violência. Essa aprovação garante a elas benefício temporário da Previdência e também a exigência de rapidez na análise do pedido de prisão preventiva aos agressores.

Mais três projetos propostos pela CPI foram encaminhados à Comissão de Constituição e Justiça. Entre eles, o que estabelece o feminicídio como agravante de homicídio. O outro cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres e destina parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional à manutenção de casas de abrigo que acolham vítimas de violência doméstica.

Durante um ano e meio, a CPI da Violência contra a Mulher pesquisou e verificou que a ausência do Estado é um dos fatores que causam a violência doméstica.

(Brasil de Fato)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Respeitável Público! Não perca as peripécias desse príncipe!


O maior corno que este país já conheceu, desde D. João VI; o maior larápio de nossas riquezas, desde que desterraram o contratador João Fernandes; o mais salafrário de todos os políticos pátrios, desde Carlos Lacerda.
Depois d'A Privataria Tucana, livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr que radiografou a pilhagem, por parte dos privatas tucanos, dos recursos financeiros e naturais do país entesourando-os no Caribe; esse livro de Palmério Dória disseca o projeto pessoal de poder desse que já entrou para a história da delinquência como um dos homens públicos mais inescrupulosos de todos os tempos.

Economia cresce 1,5% no segundo trimestre. A agropecuária 3,9%; a indústria 2%; serviços 0,6% mandando à merda a urubologia piguenta, a canalhice itaúnica e a lábia propineira da tucanalha

A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, totalizou R$ 1,2 trilhão no período de abril a junho, segundo dados divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre, o PIB havia crescido 0,6% em relação ao trimestre anterior. Pelo lado da produção, o principal destaque foi a agropecuária, que teve alta de 3,9% no trimestre em relação ao trimestre anterior. Também registraram crescimento os setores da indústria (2%) e serviços (0,8%)

Pelo lado da demanda, houve crescimento na formação bruta de capital fixo - que representa os investimentos, de 3,6%, no consumo do governo (0,5%) e no consumo das famílias (0,3%). As exportações tiveram alta de 6,9%, enquanto as importações subiram apenas 0,6% no período.

Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB teve crescimento de 3,3%. A economia também cresceu 2,6% no acumulado do ano e 1,9% no acumulado de 12 meses.

Agropecuária e construção civil são destaques no segundo trimestre


Os segmentos da agropecuária e da construção civil, com altas de 3,9% e 3,8%, respectivamente, foram os destaques da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

Segundo a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o bom desempenho da agropecuária é puxado pelo aumento da produção de soja, milho, feijão e arroz. "Todos com safra relevante nesse trimestre. E todos com ganho de produtividade, isto é, com um aumento de produção maior do que a área plantada", disse.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,5% no período. Todos subsetores da economia tiveram crescimento. A indústria da transformação e o comércio tiveram alta acima da média, ambos com 1,7%.

Os demais subsetores tiveram as seguintes taxas de aumento: intermediação financeira, previdência complementar e serviços relacionados (1,1%); indústria extrativa mineral (1%); transporte, armazenagem e correio (1%); serviços de informação (0,9%) ; produção e distribuição de eletricidade, gás e água (0,8%); outros serviços (0,7%); atividade imobiliária e aluguel (0,7%); e administração, saúde e educação públicas (0,1%).

Na comparação com o segundo trimestre de 2012, a agropecuária também foi o principal destaque, com alta de 13%. Também cresceram acima da taxa de 3,3% do PIB, os setores da indústria da transformação (4,6%); construção civil (4%); e comércio (3,5%).

(Agência Brasil)

Adriane Fugh-Berman: Indústria farmacêutica expande diagnósticos e inventa novas doenças para vender remédios

por Heloisa Villela, de Nova York, especial para o Viomundo

– Existe um número muito maior de pessoas saudáveis do que de pessoas doentes no mundo e é importante, para a indústria farmacêutica, fazer com que as pessoas que são totalmente saudáveis pensem que são doentes. Existem muitas maneiras de se fazer isso. Uma delas é mudar o padrão do que se caracteriza como doença. Outra é criar novas doenças.

Parece teoria conspiratória. Mas a declaração da médica e professora Adriane Fugh-Berman é baseada em anos de pesquisa a respeito das práticas da indústria farmacêutica e da facilidade com que ela manipula os médicos, usados não apenas para vender remédios, mas também para promover doenças. No momento, ela está pesquisando algo que descobriu faz pouco tempo. Representantes de fabricantes de material cirúrgico muitas vezes são vistos dentro de salas de operação “ajudando” os cirurgiões. “Que relacionamento é esse?”, quer saber a pesquisadora.

Adriane Fugh-Berman é formada pela escola de medicina da Universidade Georgetown com especialização em medicina familiar. Militou em uma organização voltada à saúde da mulher e ouviu muitos desaforos de médicos, há duas décadas, quando reclamava que não existiam estudos comprovando a necessidade de tratamentos hormonais para mulheres na menopausa. Existia, isso sim, risco — como mais tarde ficou comprovado. O tratamento hormonal aumentou em muito os casos de câncer de mama e a prática mudou. Antes disso, ela ouviu muitas críticas em conferências e seminários médicos.

Quando embarcou no estudo e no programa de educação a respeito da relação dos médicos com a indústria farmacêutica, ela esperava uma reação ainda pior. Professora adjunta do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da Georgetown, ela recebeu uma verba para estruturar o programa voltado para a educação dos médicos e para expor as práticas de marketing da indústria, os métodos que ela emprega para influenciar a prescrição de medicamentos. Tarefa espinhosa.

Filha de um casal ativo nos anos sessenta, nos protestos contra a guerra do Vietnã, a médica e professora Adriane Fugh-Berman abraçou a oportunidade e criou um blog bem sucedido, com informações e denúncias de gente que trabalhou na indústria farmacêutica e aprendeu as técnicas empregadas para conquistar e influenciar os médicos. Nos últimos dez anos, ela viu resultados do trabalho nos Estados Unidos. Mas alerta que a indústria farmacêutica vê o Brasil, a China e a Índia como os principais mercados para a expansão da venda de remédios.

Fugh-Berman escreveu vários artigos mostrando que a indústria seleciona profissionais ainda em formação, nos chamados Cursos de Educação Continuada (CME). Vendedores bem preparados identificam possíveis formadores de opinião nos centros médicos das universidades: médicos, enfermeiros e assistentes. Eles são paparicados.

Recebem presentes, atenção, são convidados para jantar. Depois de uma checagem, são escolhidos os que poderão falar em nome da indústria e servir aos propósitos mercadológicos. Enquanto falam o que a indústria quer ouvir e divulgam, no setor, a visão das empresas, continuam recebendo todos os privilégios. Assim, as farmacêuticas vão comprando acesso aos profissionais que podem prescrever e promover remédios.



Viomundo – Como, quando e por que você lançou o blog Pharmedout, da Universidade Georgetown, do qual é diretora?

AFB – Originalmente, fomos financiados com dinheiro de uma punição. A Warner Lambert, que era uma subsidiária da Pfizer, foi processada pelos 50 estados americanos mais o Distrito de Columbia por causa da propaganda de um composto que aqui nos EUA se chama Gabapentin.

É um remédio para convulsões, para epilepsia, que estava sendo vendido e promovido como sendo um remédio para depressão e bipolaridade, dor muscular, tudo…

Houve um acordo na justiça a respeito da propaganda ilegal desse remédio. [Nota do Viomundo: Em 2004, a Pfizer foi obrigada a pagar US$ 430 milhões pela propaganda fraudulenta do remédio, vendido com o nome de Neurontin].

Os procuradores estaduais decidiram usar parte do [dinheiro do] acordo para financiar esforços de educação de médicos e do público a respeito das propagandas da indústria farmacêutica. Acho que eles financiaram 26 centros médicos universitários para criar modelos educativos.

Nós recebemos financiamento por dois anos e tivemos melhores resultados do que os outros projetos e somos o único projeto que continua sobrevivendo. Ao menos dos que não existiam antes disso. Existem uns dois que já funcionavam antes.

Eu venho de um ativismo na área de saúde. Trabalhei com um grupo chamado Rede de Saúde da Mulher que não recebe dinheiro algum da indústria e já tinha experiência com essa história de tentar promover mudança social sem ter orçamento…

Produzimos vídeos com gente que trabalhou na indústria, escrevemos análises de artigos acadêmicos, divulgamos material educacional na internet e não recebemos mais dinheiro desde 2008.

Viomundo – Como estão sobrevivendo?

AFB – Estamos sobrevivendo de doações individuais e organizamos uma conferência todo ano. Pedimos algum dinheiro para a escola e cobramos uma taxa de inscrição, apesar de deixarmos todo mundo que não tem dinheiro entrar de graça porque tem muitos estudantes e eles não pagam nada, por exemplo.

Levantamos um pouquinho de dinheiro com a conferência e algumas doações da escola. Por exemplo, a verba para estudar a relação entre cirurgiões e representantes dos fabricantes de material cirúrgico que ficam dentro da sala de operações ajudando os cirurgiões e ninguém sabe nada a respeito dessas relações e como começaram.

Ganhamos um dinheiro do departamento de filosofia da Georgetown para essa pesquisa. Mas a maior parte da nossa verba vem de contribuições individuais. Temos apenas um funcionário remunerado. Eu não ganho nada do projeto e temos voluntários. Quando o dinheiro acabou, em 2008, ninguém saiu. Todo mundo ficou no projeto. E continuaram fazendo trabalho voluntário nos últimos cinco anos.

Viomundo – Em um de seus artigos você diz que a indústria farmacêutica promove doenças e não apenas a venda de remédios. Você pode explicar e dar exemplos do que está falando?

AFB – Existe um número maior de pessoas saudáveis do que de pessoas doentes no mundo e é importante para a indústria fazer com que as pessoas que são totalmente saudáveis pensem que são doentes. Existem muitas maneiras de se fazer isso.

Uma delas é mudar o padrão do que caracteriza uma doença. Essa é uma área muito vasta e interessante. O padrão para diagnóstico de pressão alta e diabetes e colesterol alto caiu ao longo dos anos.

Viomundo – Para incluir mais gente nessas categorias de doentes?

AFB – Exatamente. Quando eu estava na escola de medicina, uma pressão de 12 por 8 era considerada perfeita. Era o alvo. E agora é considerada pré-hipertensão.

Viomundo – Como aconteceu essa mudança?

AFB – Existem comitês que fazem as recomendações para essas mudanças e eles estão cheios de gente que recebe dinheiro das grandes empresas farmacêuticas.

Por exemplo, o Programa Nacional de Educação sobre o Colesterol é supostamente independente e assessora o governo a respeito da maneira de administrar o colesterol.

O comitê que decidiu reduzir as metas tinha uma única pessoa com menos de três conflitos de interesse com os fabricantes de remédios de colesterol. Não sei nem se era zero, mas menos de três!

Obviamente, qualquer pessoa tomando decisões a respeito de remédios para um hospital ou um país não deve ter nenhum conflito de interesse com nenhum fabricante de remédios.

Outra forma de fazer com que pessoas saudáveis pensem que são doentes é expandir a categoria da doença ou até mesmo criar doenças.

Por exemplo, restless leg syndrome (síndrome da perna que não para). É uma doença real, neurológica, raríssima.

Mas foi redefinida de forma que se você está agitado durante a noite, pode ser diagnosticado com essa doença.

Outro exemplo é a doença da ansiedade social. É bom notar que a psiquiatria é a profissão mais suscetível a diagnósticos questionáveis porque todos os diagnósticos são subjetivos.

Dependem muito da cultura e não existe nenhuma prova, nenhum exame para comprovar a existência da doença. Por isso é um alvo.

Uma das categorias que talvez tenha sido criada é essa doença da ansiedade social que antes chamávamos de vergonha.

Outra que foi criada é osteopenia, ou baixa massa óssea, que agora é considerada precursora da osteoporose e a osteoporose é apenas um fator de risco. Não é uma doença, é uma indicação de risco para quedas e fratura de ossos.

Então a osteoporose é um fator de risco para um fator de risco de uma doença. E a osteopenia é um fator de risco para um fator de risco para um fator de risco.



Nicotina para sempre, mas não no cigarro

Viomundo – E eu aposto que existe um remédio para isso…

AFB – Claro. E os remédios mais usados podem aumentar o risco de fraturas se forem tomados por mais de cinco anos!

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) também seria um exemplo de algo que provavelmente existe, mas agora qualquer criança que não se comporta na sala de aula é diagnosticada com TDAH e medicada.

Outra coisa que foi inventada é TDAH em adultos. Antes só existia em crianças. Agora também existe em adultos e assim podem continuar tomando remédios o resto da vida.

Existe também um esforço para classificar o vício em nicotina como uma doença porque as empresas que vendem produtos para ajudar a parar de fumar… as empresas de seguro de saúde só cobrem os gastos com esses produtos por dois meses porque eles devem te ajudar a parar de fumar. Depois de dois meses você parou de fumar e pronto.

Mas existe um movimento das empresas que fabricam esses produtos para classificar esse vício como uma doença para que os seguros cubram o custo do uso desses produtos pelo resto da vida.

Assim, eles tentam provar para os fumantes que eles não podem parar e que é melhor substituir o cigarro por um desses produtos. Talvez seja melhor mesmo usar um substituto da nicotina do que fumar, mas quem está tomando essa decisão são as empresas farmacêuticas que usam formadores de opinião na comunidade médica. E essas decisões não são baseadas em Ciência.

São tomadas apenas porque empresas biomédicas poderosas garantem que as opiniões que são favoráveis a elas calem as opiniões contrárias.

Metads das pessoas que consegue eliminar o cigarro com sucesso simplesmente param de fumar. E a indústria farmacêutica odeia isso. Quer fazer com que as pessoas acreditem que necessitam da ajuda dela. E que não podem parar sozinhas ou talvez não possam nunca parar.

É um recado horrível não somente para os consumidores, mas para os profissionais de saúde dizer: “Seus pacientes não conseguem parar de fumar”. Porque isso é o que você tenta primeiro. Se isso não funcionar, então você usa um substituto. Mas alguns desses produtos também têm efeitos adversos.

Viomundo – Você diria que no fim do dia o dinheiro é a causa de todos esses problemas? A ganância?

AFB – Acho que o mais importante é separar a indústria farmacêutica da educação, da regulamentação e das decisões a respeito de que remédios e tratamentos devem ser cobertos.

Não se pode permitir que a indústria se envolva com a educação, que influencie a regulamentação e participe dos comitês que decidem que remédios são cobertos.

Eles podem apresentar argumentos e, se tiverem informações, podem apresentar para o comitê. Mas as pessoas que participam desses comitês não podem ter conflitos de interesse.

E uma das armadilhas é o seguinte conceito: “Eu não tenho conflito de interesses com essas empresas em particular”. Se estou avaliando um remédio, talvez eu tenha uma relação com a empresa B, mas estamos avaliando um produto da empresa A. Então não é um conflito de interesse.

Isso é uma tremenda armadilha por vários motivos. Um deles é que promover um remédio é muito mais do que divulgar os benefícios daquela droga. Pode ser também divulgar informações negativas a respeito de outros remédios. Divulgar informações negativas a respeito de dietas e exercícios. E não está mencionando o remédio da empresa com a qual tem relações.

O que muita gente não sabe e é muito importante é que a promoção de um remédio às vezes começa dez anos antes dele chegar ao mercado. Essa droga pode nem ter sido testada em humanos ainda, mas a empresa já está tentando plantar a semente na cabeça dos médicos de que a doença é um grande problema, que não é brincadeira.

“TDAH destrói vidas. Síndrome da ansiedade social destrói vidas. É uma epidemia trágica. Muito mais séria e abrangente do que você pensa”.

Isso começa anos antes. Pessoas são pagas para falar sobre isso. Quando a droga chega ao mercado você diz “graças a Deus surgiu um remédio para essa doença incurável da qual ouço falar há anos!”.

Viomundo – Por que a população em geral e os médicos, em particular, caem nessa armadilha tão facilmente e com tanta frequência?

AFB – Olha, é mais difícil enganar a população do que os médicos. É muito fácil enganar os médicos. Por vários motivos. Ao menos nos EUA, os médicos, em geral, vêm das classes mais altas da sociedade. Nunca venderam nada. Não têm vendedores na família. Não têm familiaridade com técnica de vendas.

Às vezes conversamos com estudantes que têm vendedores na família e eles identificam claramente as técnicas de vendas. Os médicos não reconhecem. Não apenas vêm das classes mais altas, mas também são ingênuos.

Aparentemente, nos Estados Unidos, e não sei se isso se aplica também ao Brasil, os médicos são mais suscetíveis a golpes financeiros. Eles são inteligentes. São muito bons nas provas de múltipla escolha. Mas não têm esperteza. São crédulos. Para mim foi muito interessante descobrir isso.

Viomundo – Isso não é apenas uma maneira de desculpá-los facilmente? Eles não deveriam ter mais responsabilidade sobre o que estão fazendo?

AFB – Mas eles não são expostos… Ok, nós fazemos uma apresentação chamada “Porque o almoço é importante” e trabalhamos nela com muito cuidado. Usamos psicologia social para ajudar os médicos a perceber esses truques. Uma das coisas que fizemos na apresentação foi, numa das primeiras vezes que a testamos, espalhei pessoas na plateia para anotar os comentários que os médicos faziam. Pegamos os comentários mais comuns e transformamos em slides. Depois usamos esses slides com outras plateias e teve um efeito impressionante.

Um deles, por exemplo, dizia: “Você está errado, os representantes das indústrias farmacêuticas são meus amigos!” ou “eu sou muito inteligente para ser comprado por uma fatia de pizza e você está sugerindo isso!”

Pusemos esses comentários nos slides e depois explicamos porque estavam errados. Os médicos ficaram chocados. Realmente chocados! Porque mostramos o que estavam pensando. Foi muito eficaz.

As pessoas saíram das nossas apresentações jurando que jamais receberiam um representante da indústria novamente. Nunca iriam a um jantar pago pela indústria novamente. Ninguém gosta de ser enganado e quando você descobre que está sendo enganado você fica com raiva. E eles não estavam com raiva de nós e sim dos fabricantes de remédios.

A grande maioria dos médicos quer fazer o melhor para seus pacientes. Existem alguns que fazem qualquer coisa por dinheiro. Mas eles são a minoria. A maioria quer fazer o melhor para os pacientes. Mas eles não se dão conta de que as fontes das informações que recebem são contaminadas, que estão sendo manipulados pela indústria de diversas maneiras.

Que a indústria controla a informação sobre remédios apresentados em encontros médicos, em publicações médicas, em toda fonte de informação da qual eles dependem. E não gostam quando descobrem isso.

Viomundo – Como é possível mudar tudo isso se a indústria controla a pesquisa e o desenvolvimento de novos remédios, os testes em humanos, tem um dos maiores lobbies no Congresso e assim controla as leis escritas a respeito dela. Como escapar dessa situação?

AFB – Acho que é preciso promover mudanças em várias frentes. Algumas coisas mudaram um bocado, nos EUA, nos últimos cinco a dez anos. Ainda existe muito a fazer, mas acho que boa parte é expor os problemas.

Trabalhos como o da ProPublica divulgando na internet os pagamentos para médicos, de forma simples e acessível. A divulgação obrigatória [do que os médicos recebem da indústria] é importante. Mas não é suficiente.

Algumas mudanças tem que vir da profissão médica mesmo. Ela tem que recusar a relação com a indústria em nível individual ou no nível das sociedades médicas que aceitam dinheiro da indústria. As sociedades médicas têm que parar de receber dinheiro.

Os médicos têm que recusar presentes e temos que tirar todas as pessoas que tenham qualquer conflito de interesse com a indústria farmacêutica dos órgãos decisórios sobre riscos e benefícios de remédios.

Tem que haver reformas legislativas também. Você mencionou a pesquisa, que é muito importante. Nos EUA, há 30 anos, o Instituto Nacional de Saúde financiava 70% de todas as pesquisas biomédicas. Agora, é a indústria que financia 70% das pesquisas biomédicas. Isso é um problema.

Precisamos de mais financiamento do governo. Testes financiados pelo governo às vezes descobrem que remédios antigos são melhores do que os novos. A indústria nunca vai financiar esse tipo de estudo. A indústria financia vários estudos e só publica aqueles dos quais gosta, o que faz sentido de um ponto de vista de negócios.



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Viomundo – Sim. Mas não faz o menor sentido para a minha saúde.

AFB – Exato. Existe um movimento internacional para obrigar as empresas a divulgarem as informações de testes em humanos. Se não publicarem, têm que disponibilizar os dados para que outros pesquisadores possam publicá-los, o que é ótimo!

Isso vem do ativismo da comunidade da saúde. Mas algo tem que ser feito pela comunidade médica. Quando vamos à comunidade médica com nossas apresentações, quando explicamos a eles, em geral reagem bem.

Eles vão eliminar essas relações se acharem que são ruins para os pacientes. Então, parte da solução é a educação e também divulgação obrigatória, exposição, legislação, regulamentação… são várias frentes.

Os 'aliados' de Simão Lorota

Há poucos dias, aquele papelucho mentiroso e reacionário que se acha liberal publicou mais uma daquelas suas notinhas falsárias tentando fazer crer que Simão Lorota racha o PMDB ao atrair para sua base parlamentares da legenda comandada com mão castrense pelo 'coronel' Barbalho. E citava o exemplo do deputado Martinho Carmona, tido pelo tal papelucho como exemplo de pemedebista na legenda, mas lorotista na ação.
Ontem, Carmona demonstrou todo o seu apreço pela lorotocracia implantada por Simão, ao subir a tribuna da Assembléia Legislativa e expor o que pensa a respeito da ação movida pelo governador contra a famigerada Lei Kandir. Chamou Lorota de frouxo, chamou o finado Almir de frouxo, chamou FHC de Fernando 'Patife' Cardoso e 'Carrasco do Pará'. E mais, que“Jatene era secretário de Planejamento de Almir e os dois ficaram calados durante 17 anos, foram omissos. Foram frouxos."
Esse 'carinho' talvez explique, embora não absolva, o porquê da oposição manter-se sempre em atitude discreta. É que pode estar faltando espaço para dar porrada no governo de Simão Lorota já que, dia sim outro também, os 'situacionistas' passam a maior parte do tempo praticando esse doce esporte. Credo!

'Boca na botija' derruba mais um santinho do pau oco inventado pelo ex-nazista Ratzinger



Em dezembro do ano passado, o vigário episcopal com status de bispo auxiliar de Massachusetts (EUA), Arthur M. Coyle (foto acima), foi nomeado, pelo Papa Bento XVI, Prelado de Honra, o segundo posto de três destinados a monsenhores na Igreja Católica.


Na última segunda-feira, entretanto, o religioso foi flagrado com uma prostituta atrás de um cemitério em Boston.



De acordo com o "Boston Globe", Coyle estava no banco traseiro de um carro com a garota de programa, que já tinha ficha na polícia por prostituição.

Flagrado por policiais, Coyle admitiu em delegacia ter oferecido US$ 40 (R$ 92) para que a prostituta fizesse sexo oral nele.

A área atrás do cemitério é bastante frequentada por profissionais do sexo. Após o incidente, a Igreja tirou Coyle de cena e pediu orações. Boston foi o coração de recentes denúncias de casos de pedofilia envolvendo padres católicos nos EUA.
com oglobo
(A Justiceira de Esquerda)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Passe livre estudantil exigiria orçamento de R$ 15,5 bilhões

Caso os projetos de lei que propõem o Vale Transporte Social e o Passe Livre sejam aprovados sem as desonerações do REITUP (Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros, PL 310/2009 cujo foco é o barateamento da tarifa), o impacto orçamentário será de 15 bilhões por ano. A estimativa está na Nota Técnica Ampliação do acesso ao transporte público urbano - Propostas em tramitação no Congresso Nacional, lançada nesta quinta-feira, dia 29, em Brasília.

O valor do subsídio foi calculado com base no índice de mobilidade das 44 principais cidades brasileiras e considera apenas os cadastrados no Cad.Único. Caso se considere a universalização do acesso ao transporte pelos estudantes, independente do critério de renda, o recurso necessário seria acrescido de 12 bilhões.

O estudo avaliou três projetos de lei (PLs) em tramitação no Congresso Nacional referentes ao transporte público urbano (TPU): o PL 2965/2011, anterior às manifestações de junho/julho deste ano, que propõe o Vale Transporte Social, ou a gratuidade para a parcela mais pobre da população; o PLS 248/2013 que trata do Passe Livre Estudantil e foi proposto após as manifestações; e o PL 310/2009, REITUP, que propõe a desoneração de todo o serviço. Além disso, foi analisada também a PEC 90/2011 que define constitucionalmente o TPU como direito social, fundamento de todo esse debate.

Os autores propõem que as gratuidades e/ou a busca por uma maior acessibilidade ao TPU sejam associadas a mecanismos de desoneração, como o REITUP, garantindo o mais amplo benefício da política social, e justificando enfim a escala da desoneração, que se pretende grande e nos três níveis da federação. O técnico do Ipea e um dos autores do estudo Renato Balbim reforça a justificativa de desoneração para viabilização da gratuidade, ou seja, de vinculação de mecanismos como o REITUP a politicas de caráter social no TPU. “Ao pretender-se realizar justiça social por meio de gratuidades, deve-se considerar também a justiça tributária”, afirma.

A NT aponta também que nem o projeto do Vale Transporte Social nem do Passe Livre Estudantil fazem qualquer menção à política nacional de mobilidade, e tampouco quaisquer diretrizes e/ou princípios que associem a iniciativa aos sistemas de transporte, à acessibilidade, etc. Segundo o estudo, fica clara a intenção do legislador em instituir a gratuidade, apontando a fonte de recurso, como define a atualmente a legislação, mas não tratando da mobilidade. “É preciso trabalhar os projetos de maneira coordenada para que possam efetivar a política nacional de mobilidade urbana”, destaca Balbim.
(IPEA)

Lei Orçamentária Anual(LOA) propõe salário mínimo de R$722,90, a partir de 1º de janeiro próximo

Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, falaram sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2014.

Um dos principais pontos é o aumento de 6,6% no salário mínimo, que, pela proposta, passaria de R$ 678 para R$ 722,90 a partir de 1º de janeiro do ano que vem. “O novo valor incorpora a regra de valorização do salário mínimo que tem sido uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil, que tem nos levado a patamares de qualidade de vida muito superiores”, disse Belchior.

Os parâmetros macroeconômicos para 2014 preveem uma alta de 4% para o Produto Interno Bruto (PIB), e a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5%. “A projeção de crescimento de 4% para o ano que vem se baseia numa perspectiva de melhora no cenário internacional”, diz Mantega.

De acordo com o Ploa, as prioridades e metas físicas da Administração Pública Federal para o exercício de 2014 incluem o investimento de R$ 63,2 bilhões nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC (incluindo o programa Minha Casa, Minha Vida) e R$ 32,5 bilhões no Plano Brasil Sem Miséria. Na Saúde serão investidos R$ 100,2 bilhões, e na Educação, R$ 92,4 bilhões.

Superávit primário

A meta do resultado primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) é 2,2% do PIB (R$ 116,1 bilhões). Já a meta fiscal de empresas estatais é zero, e a de estados e municípios e suas estatais fica em 1% do PIB (R$ 51,3 bilhões). Com isso, o superávit primário do setor público deve atingir R$ 167,4 bilhões ou 3,2% do PIB.

O governo estimou ainda o abatimento do Governo Central no Projeto de Lei Orçamentária Anual em R$ 58 bilhões, o que representa 1,1% do PIB. Com isso, o resultado primário pode ficar em R$ 109,4 bilhões ou 2,1% do PIB.

O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública, esforço fiscal que permite a redução do endividamento do governo. Desde o fim dos anos 1990, o governo segue uma meta de superávit primário.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A (LDO) é o instrumento por meio do qual o governo estabelece as principais diretrizes e metas da Administração Pública para o prazo de um exercício. Ela institui um elo entre o Plano Plurianual de Ação Governamental e a Lei Orçamentária Anual, uma vez que reforça quais programas terão prioridade na programação e execução orçamentária.

(Portal Brasil)

Centrais sindicais realizam nesta sexta nova jornada de manifestações em todo o país

As centrais sindicais organizam um novo ato amanhã (30) durante todo o dia com mobilizações programadas para ocorrer em todo o país. O Dia Nacional de Mobilização, como é chamado no meio sindical, está sendo organizado por CUT, Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e CSP-Conlutas para reafirmar a pauta trabalhista entregue à presidenta Dilma Rousseff no dia 6 de março, que cobra o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, o reajuste para os aposentados, 10% do PIB para a educação, 10% do orçamento da União para saúde, transporte público de qualidade, reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo do pré-sal.

Em julho, após as passeatas realizadas em junho em todo o país, as centrais já haviam se reunido para uma mobilização deste tipo, seguida por um protesto específico sobre a terceirização no dia 6 de agosto.


Metalúrgicos, bancários, petroleiros, professores e químicos, entre outras categorias, também somam forças pela modificação do Projeto de Lei 4.330/2004, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia as possibilidades de terceirização e precariza o trabalho. O PL está previsto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) no dia 10 de setembro. Eles propõem um novo texto, fruto de negociação que reúne centrais, governo federal, empresários e parlamentares.


“Queremos avançar na nossa pauta de reivindicações. Já tivemos uma abertura de negociação, porém, sem resultados concretos. Temos uma boa expectativa em relação ao fator previdenciário, que é um tema muito caro para nós, mas queremos debater todos os temas nos locais de trabalho, ganhar visibilidade”, afirma o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Em São Paulo, as centrais organizam concentração a partir das 15h, no vão livre do Masp, na avenida Paulista, após manifestações em vários pontos da cidade.

Os professores e os metalúrgicos do ABC paulista fazem ato às 13h na Praça da República, no centro da capital paulista, de onde saem em passeata até o Masp. “Sem o empenho dos trabalhadores, sem estarmos firmes nas ruas, nossas reivindicações enfraquecem. A manifestação será uma forte demonstração da unidade do povo brasileiro na luta por um país mais próspero, soberano e justo”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, em nota emitida pela entidade.


Também em São Paulo, os bancários programam atrasar em uma hora a abertura das agências da região central da cidade, das avenidas João Dias e Faria Lima, na zona sul, e de Osasco, na região metropolitana. “Vamos para as ruas em defesa dos trabalhadores e pelo fim do fator previdenciário, mais investimento em educação e saúde e contra a terceirização, que reduz direitos trabalhistas garantidos em acordos e convenções coletivas, na CLT e na Constituição Federal”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.

No Rio, às 15h, os trabalhadores se reúnem na Central do Brasil tendo como ponto central da mobilização a pressão contra o PL 4.330.


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), filiada à CUT, inicia um acampamento em frente ao Senado, em Brasília, em cobrança pela votação do Plano Nacional de Educação (PNE) e pela aplicação, por estados e municípios, da Lei do Piso, que inclui plano de carreira e jornada de trabalho para a categoria.

Já os aposentados filiados à Força Sindical realizam um acampamento a partir de hoje, em frente ao prédio do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, centro de São Paulo, onde passarão a noite em vigília. Para amanhã, a central organiza paralisações a partir das 5h, entre os metalúrgicos de São Paulo e atos nas rodovias Raposo Tavares, Anchieta, Bandeirantes, Castelo Branco e Dutra. Às 10h, se concentram no Viaduto Santa Ifigênia, centro.

Em São Paulo, os protestos da Força também incluem atividades em Campinas, Santos, Ribeirão Preto, Franca, Piracicaba, Sertãozinho, Mogi Guaçu, Osasco e Guarulhos. Os sindicalistas também já confirmaram paralisações totais ou parciais, das atividades de diferentes categorias no Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

“Nossos atos serão organizados visando a sensibilizar o governo e o Congresso sobre a importância de acabar com o fator previdenciário e de reduzir a jornada de trabalho”, afirmou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, em nota publicada no site da entidade.

Trabalhadores do Judiciário Estadual, filiados à central CSP-Conlutas, organizam ato público às 12h em frente ao Fórum João Mendes, no centro de São Paulo. Em São José dos Campos, os metalúrgicos fazem paralisações por período parcial ou integral. A Conlutas confirma atos em Santos de petroleiros, metalúrgicos, portuários, bancários e trabalhadores da construção civil, assim como atividades de diferentes categorias no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e Ceará.

Em nota, a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) informou que não participará dos protestos. “Entendemos que o momento não é oportuno, tendo em vista que as recentes manifestações, sem uma ampla e maciça participação, não chegou a atingir os seus reais objetivos.”

Segundo a assessoria da União Geral de Trabalhadores (UGT), a central segue unida às demais em defesa das bandeiras de lutas que serão defendidas amanhã, mas não vai participar do ato. “Nossas reivindicações são as mesmas e prezamos por essa unidade, mas temos uma visão estratégica diferente sobre o dia 30, por isso nossos filiados preferem se retirar dessa organização e seguir um alinhamento político com ações mais fortes centralizadas em Brasília, a partir de setembro”.

(Rede Brasil Atual)

Tem gato na tuba


Aquele papelucho infame e reacionário que se acha liberal vem repetindo sorrateiramente que existe uma negociação(ou negociata) entre o alcaide Zenaldo Lorota Jr e a Associação Rural da Pecuária do Pará envolvendo aquele terreno no Entroncamento, segundo a tal matéria, em torno de R$93 milhões. Pelo visto, o alcaide vai dispor dinheiro público aos ruralistas para adquirir um imóvel que já lhe pertence, só está cedido em comodato à Associação.
É bom lembrar que, quando o voraz ladravaz D. Costa quis desapropriar o imóvel para ali construir um terminal de integração do BRT houve chiadeira dos ruralistas, mas sempre de uma forma lamuriosa e sem aquela arrogância que demonstrariam caso fossem, de fato, os proprietários do terreno. Como o antecedente da tenebrosa transação condena o atual alcaide, agora, todo o cuidado é pouco para evitar que doe uma fábula de dinheiro público a uma entidade particular, sem que traga algum benefício à população. Um perigo!  

O primeiro atendimento a gente nunca esquece de jogar na cara da máfia de branco

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PE247 - Um médico presencia um atropelamento e sai em socorro da vítima. A situação até poderia ser considerada rotineira se não fosse por um detalhe. O médico é uruguaio e está no meio da polêmica causada em torno do programa Mais Médicos, do governo federal. O socorro prestado por Gonzalo Lacerda Casaman, 31 anos, à vendedora de amendoins Helena Paulina de Araújo, 63 anos, pode ter sido o primeiro atendimento feito por um médico estrangeiro incorporado ao programa.

O socorro aconteceu no município de Vitória de Santo Antão, no Agreste pernambucano, onde 115 médicos de vários países participam do curso de capacitação oferecido pelo Ministério da Saúde. Sobre a polêmica em torno das críticas e do preconceito contra os médicos formados no exterior e que vão atuar no âmbito do programa, Casaman passou o recado: “Estamos aqui para isso”, disse.

O acidente aconteceu por volta das 13h desta quarta-feira (28), em uma rua da região central do município de Vitória de Santo Antão, quando Helena Paulina atravessava uma rua e foi atingida por uma motocicleta. O local do atropelamento fica próximo à Faculdade Miguel Arraes, local onde está sendo feito o curso de capacitação dos médicos formados no exterior. Casaman, que morava na cidade de Rivera, próximo da fronteira com o Brasil, realizou os primeiros atendimentos e pediu que um guarda municipal acionasse o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Em seguida, a vítima foi levada para uma unidade de saúde para a realização de exames de raios-X. A vendedora de amendoins, que sofreu escoriações e ferimentos leves, foi liberada pouco depois. Ela sofreu traumatismos simples no joelho, tórax e cotovelo.

“Ele me pediu para ficar calma e me tirou da rua. Me examinou e eu entendi tudo o que ele disse. Graças a Deus ele estava aqui”, declarou a vendedora à imprensa. Já o médico Gonzalo Lacerda Casaman diz que não fez mais por conta do atendimento ter sido feito no meio da rua. “Eu estava voltando do almoço. Vi o momento do acidente e voltei para socorrer a mulher. Fiz uma avaliação primária para ver a consciência e os sinais dela. Não pude aprofundar o exame físico por conta das condições”, afirmou.

Mafioso de branco, sobrinho de Marconi 'Cachoeira' Perillo, tenta usar cubanos para fazer safadezas


O médico Rogério Perillo é um espertalhão.
Que se deu mal, como acaba acontecendo com os espertalhões.
Espalhou na internet que havia sido demitido para “dar lugar a médicos cubanos”.
Esta é verdadeira história do Dr. Rogério.
É sobrinho do Governador Marconi Perillo, do PSDB.
É ativo cabo eleitoral do PSDB.
Conseguiu, com o prefeito tucano de Trindade, Jânio Darrot, um contrato como médico.
Foi contratado no dia 5 de agosto, este mês.
Em apenas duas semanas , meteu-se numa confusão com funcionários do posto e foi demitido.
Telefonou ao secretário de Saúde, que o demitira, aos berros, num caso sobre horário em que chegava ao trabalho, filas de paciente furadas, suposta falta de medicamentos e diferença entre o salário pretendido e o contratado. Gravou tudo e ainda ameaçou “gastar todo o seu dinheiro”para acabar com uma possível candidatura do secretário a vereador.
Depois, com o escândalo, levou o Prefeito a recontratá-lo.
Essa é a história, nada além.
A história de um espertalhão que, para cuidar dos próprios interesses e fazer pressão política, mentiu à opinião pública e procurou criar comoção contra colegas médicos cubanos, que, goste ele ou não, vem tratar de pessoas em locais carentes.
Espalhou e beneficiou-se de um boato imoral e apelativo.
A propósito, não há nenhum cubano entre os médicos selecionados pelo “Mais Médicos” para Trindade, Goiás.
(Fernando Brito/Com Texto Livre)

'Toupeira' em transe


Depois que publicou. Publicou, não, porque o público ignorou. Imprimiu um livro distribuindo-o em seguida à meia dúzia dos mais chegados, a respeito do julgamento do dito 'Mensalão', o escrevinhador Merdal Toupeira parece ter virado monotemático e obsessivo porta-voz da fúria condenatória do relator do referido processo. Dia, sim, outro, também, Merdal despeja nas páginas enlameadas do eterno porta-voz dos golpistas de 1964, transcritas em outros papeluchos dessa Rede de sandices, um amontoado de excrementos jurídicos, quase sempre na linha de tentar desqualificar os pontos de vista do mais lúcido e sereno integrante daquele colegiado, o ministro Ricardo Lewandowski.
Hoje, o patife em tela saiu-se com esta pérola que costuma ornamentar o colo da direita tupiniquim, "A sucessão de recursos é que dá a sensação de que os criminosos de colarinho branco no país não vão para a cadeia."
Nem sempre, abominável Merdal! Frequentemente, essa sensação de impunidade escuda-se na relação promíscua que esses delinquentes estabelecem com as gangues midiáticas que monopolizam e manipulam a informação decente que deveriam prestar ao povo brasileiro, surgindo dessa convivência de lupanar o ocultamento da ladroagem do metrô paulista, por exemplo, da safadeza da compra da reeleição de FHC, do trancamento da tramitação da Operação 'Castelo de Areia' e, principalmente, da manutenção embaixo do tapete daquela que seguramente é a maior roubalheira de dinheiro público já havida  em toda a América Latina nesses séculos de existência continental, mantida impune, como se sabe, não porque os julgadores tenham protelado o exame de intermináveis recursos jurídicos(chicanas?), sua apreciação, mas, porque nem chegaram aos tribunais, exatamente pela ação deletéria dos cúmplices midiáticos desses mega ladrões, que ocultaram essa bandidagem a ponto de impedir que a sociedade se mobilize e cobre a devida punição. Simples assim, Merdal Toupeira!

Zenaldo Lorota Jr oferece mais um 'S' à população: Sem aula.

Testemunhas reforçam acusações aos réus no júri da Chacina de Unaí

Prosseguiu nesta quarta-feira (28), em Belo Horizonte (MG), o julgamento de três dos oito acusados de participar do assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho. O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2004, na cidade de Unaí (MG). Os depoimentos das testemunhas no primeiro dia do tribunal do júri reforçaram as acusações contra os três réus.

A previsão é que o julgamento de Rogério Allan Rocha Rios, Erinaldo de Vasconcelos Silva e William Gomes de Miranda se estenda até sexta-feira (30). Os três são acusados de emboscar e atirar nos fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e também no motorista Aílton Pereira de Oliveira.

Em episódio que ficou conhecido como a Chacina de Unaí, os quatro servidores do Ministério do Trabalho foram mortos enquanto faziam uma fiscalização de rotina na zona rural da cidade mineira, a cerca de 500 quilômetros de Belo Horizonte e 160 quilômetros de Brasília. O júri é composto por cinco mulheres e dois homens. Das 18 testemunhas arroladas, dez foram ouvidas e uma dispensada até o encerramento do primeiro dia do julgamento, por volta das 22h30 de terça-feira (27).

A primeira testemunha a depor ontem foi o ex-delegado da Polícia Federal (PF) Antônio Celso Santos, que voltou a acusar os fazendeiros e irmãos Norberto e Antério Mânica de terem ordenado o assassinato dos quatro servidores públicos. Também prestaram depoimento as viúvas de dois servidores assassinados.

O julgamento foi retomado hoje às 9h20 com o depoimento do delegado Wagner Pinto de Souza. Atual chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil de Minas Gerais, ele também participou das investigações do crime.

Durante sua intervenção, a procuradora da República Mirian Moreira Lima reforçou as acusações contra os réus, especialmente contra os irmãos Mânica, apontados como os principais mandantes do crime. Autora da denúncia criminal, a procuradora mencionou a existência de testemunhos de que os Mânica continuariam depositando dinheiro nas contas de Rios, Silva e de Miranda.

Acusado de homicídio qualificado, crime de resistência e frustração de direito trabalhista, Norberto Mânica deve ir a julgamento no dia 17 de setembro, junto com Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro e Humberto Ribeiro dos Santos. Fazendeiro, Pimenta é acusado de ter encomendado a seu empregado, Castro, a contratação dos pistoleiros. Os dois respondem pelo crime de homicídio qualificado.

Já Humberto Ribeiro dos Santos é acusado de formação de quadrilha. Segundo a acusação, ele recebeu R$ 3 mil para arrancar as folhas do livro de registro de hóspedes de um hotel de Unaí no qual os pistoleiros haviam se hospedado e onde Rios, um dos acusados em julgamento, teria assinado a ficha de hóspede com o nome verdadeiro.

Segundo a Justiça Federal, Rios, Silva e Miranda estão sendo julgados antes dos demais acusados porque já estão presos em Contagem (MG). Os três acusados de executar o crime foram detidos poucos meses após o crime, depois que a Polícia Federal apontou o envolvimento deles.

A data do julgamento do oitavo acusado, o fazendeiro Antério Mânica ainda não foi definida, mas a expectativa é que ocorra juntamente com os demais, no dia 17 de setembro. Apontado como um dos maiores produtores de feijão do país, Antério foi eleito prefeito de Unaí poucos meses após o crime e reeleito em 2008. Outro envolvido no crime, Francisco Elder Pinheiro, acusado de ter contratado os pistoleiros, morreu em janeiro deste ano, aos 77 anos de idade.

(Agência Brasil/Brasil de Fato)

Barões do PIG fazem parte da lista dos bilionários do país

A revista Forbes divulgou uma prévia da lista das 15 pessoas mais ricas do Brasil. No ranking, aparecem quatro barões da mídia: os três herdeiros de Roberto Marinho, das Organizações Globo, e Giancarlo Civita, herdeiro da editora Abril.

Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, filhos de Roberto Marinho, fundador da Rede Globo, estão na 5º, 6º e 7º posição, respectivamente, com uma fortuna acumulada de R$ 51, 64 bilhões.

Giancarlo Civita é herdeiro de Roberto Civita, criador da revista Veja. Gianca, como é chamado na Abril, fundada por seu avô, Victor Civita, assumiu a empresa familiar em março de 2013, dois meses antes da morte do pai.

Os dados apontam que a Rede Globo se tornou muito lucrativa para a família Marinho. Dados de uma pesquisa divulgada na última sexta-feira (16) pela Fundação Perseu Abramo apontam que cerca de 70% dos brasileiros não sabem que as emissoras de tevê aberta administram concessões públicas e 60% acreditam que elas são empresas privadas como “qualquer outro negócio.”

A lista é liderada pelo sócio da AB Inbev, Jorge Paulo Lemann, com R$ 38,24 bilhões. Logo atrás, o banqueiro Joseph Safra, com R$ 33,90 bilhões.

Eike Batista

O empresário Eike Batista, que em 2012 era o primeiro da lista, com uma fortuna acumulada de R$ 30,26 bilhões, não aparece no ranking de 2013. A Forbes irá divulgar a lista com os 124 bilionários brasileiros em sua 12º edição, ainda neste ano. Confira os 15 mais ricos:

1º Jorge Paulo Lemann
Fortuna: R$ 38,24 bilhões

2º Joseph Safra
Fortuna: R$ 33,90 bilhões

3º Antônio Ermírio de Moraes e família
Fortuna: R$ 25,68 bilhões

4º Marcel Herrmann Telles
Fortuna: R$ 19,50 bilhões

5º Roberto Irineu Marinho
Fortuna: R$ 17,28 bilhões

6º João Roberto Marinho
Fortuna: R$ 17,26 bilhões

7º José Roberto Marinho
Fortuna: R$ 17,10 bilhões

8º Carlos Alberto Sicupira
Fortuna: R$ 16,78 bilhões

9º Norberto Odebrecht e família
Fortuna: R$ 10,10 bilhões

10º Francisco Ivens de Sá Dias Branco
Fortuna: R$ 9,62 bilhões

11º Walter Faria
Fortuna: R$ 9,08 bilhões

12º Aloysio de Andrade Faria
Fortuna: R$ 8,25 bilhões

13º Abílio dos Santos Diniz
Fortuna: R$ 7,95 bilhões

14º Giancarlo Civita e família
Fortuna: R$ 7,68 bilhões

15º Renata de Camargo Nascimento, Regina de Camargo Oliveira Pires e Rosana Camargo de Arruda Botelho
Fortuna: R$ 7,46 bilhões (cada uma)

Um grande negócio.

(Política Nacional)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Bandos de arruaceiros, travestidos de torcidas organizadas, são banidas do estádio 'Mané Garrincha'

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(247)
O governo do Distrito Federal tomou uma decisão que, se mantida, pode dar uma grande contribuição para trazer tranquilidade a quem vai aos estádios apenas para torcer e não para brigar. Decidiu banir a presença, no estádio Mané Garrincha, da 'Gaviões da Fiel' do Corinthians; e da 'Independente', do São Paulo Futebol Clube, ou seja, apetrechos como bandeiras, instrumentos musicais, camisas dessas torcidas estão terminantemente proibidos de entrar naquele estádio.
Trata-se de medida exemplar na medida em que corta o mal pela raiz ao impedir que esses símbolos da selvageria, responsáveis por inúmeras tragédias ocorridas em vários estádios, ao provocar a dispersão dessa turba enfurecida, resgatando a verdadeira paixão pelo futebol. Melhor ainda se servir de exemplos e motive outros organizadores das nossas competições a tratar com o rigor necessário esses celerados que vão aos estádios só pra provocar desordens.

Aécio defende importação de corruptos estrangeiros, mas é contra médicos cubanos

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), defendeu a importação de corruptos estrangeiros para o Brasil. O senador tucano emitiu nota em defesa do seu colega no parlamento boliviano, o também senador Roger Pinto Molina, que havia se refugiado na embaixada brasileira em La Paz. Alvo de mais de 20 processos na Justiça boliviana, incluindo casos graves de corrupção, Molina tem na ficha a participação em um massacre de indígenas, com a morte de 11 agricultores no estado em que governava, em 2008, venda irregular de terras do Estado para particulares, desmatamento criminoso, sumiço de verbas públicas sem prestar contas e outros delitos. Por isso estava impedido de deixar o país.

Em um dos processos, Molina já foi condenado a um ano de prisão, em primeira instância, por causar um rombo nos cofres públicos de cerca de US$ 1,6 milhão, de acordo com a denúncia da promotoria.

Molina alegou perseguição política e refugiou-se na embaixada brasileira há mais de um ano. O governo boliviano não concedeu salvo-conduto, ordem necessária para ele sair do país, e o Brasil ainda avaliava se concederia asilo político em definitivo ou não. O diplomata brasileiro Eduardo Saboia, sem ordens superiores, quebrando a hierarquia do Itamaraty, deu fuga em carro da embaixada até o Brasil, agindo na contramão dos acordos internacionais. O fato provocou a demissão do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A presidenta Dilma Rousseff ficou bastante irritada com a crise e a confusão provocadas pelo diplomata indisciplinado que violou regras internacionais.

“A questão central é o que o governo brasileiro nesses cerca de 450 dias não se empenhou para que houvesse por parte do governo boliviano aquilo que dele se esperava: o salvo-conduto. Em não havendo, o diplomata tomou a decisão correta, que foi de preservar a vida do senador, trazendo-o para o Brasil. E aqui ele deve receber o asilo formal e, obviamente, ter as garantias de vida dadas pelo governo do Brasil”, disse ontem o tucano, provável adversário de Dilma Rousseff no próximo ano.

O senador Aécio Neves, em campanha de oposição, quis se aproveitar da crise para desferir críticas. Acabou defendendo a importação de supostos políticos corruptos estrangeiros para o Brasil.

“O que foi feito pelo diplomata brasileiro sediado na Bolívia foi um gesto humanitário, que me faz lembrar gestos de outros diplomatas brasileiros que, no tempo de Hitler, contrariaram ordens superiores do próprio Itamaraty para que inúmeros refugiados do nazismo viessem para o Brasil. Hoje, são reconhecidos como heróis, até pelo governo do PT. Uma decisão extremamente equivocada mostra o governo brasileiro, que tinha uma tradição secular de respeito aos direitos humanos, se curvando a um alinhamento ideológico”, continuou.

Assim, o senador mostra sua completa falta de sintonia com os anseios populares. Recentemente, o senador atacou a contratação de médicos estrangeiros pelo Ministério da Saúde para atender no SUS.

Do que o Brasil precisa e o que o povo quer? Mais médicos, como está fazendo o governo federal, ou "mais corruptos", como defende o presidente do PSDB.

(Rede Brasil Atual)

Em defesa da cultura paraense.Fora, Paulo 'Lenço Branco'!

(A Perereca da Vizinha)

O Brasil que o conservadorismo não gosta de ver

Depois que a empulhação dos coxinhas, de "hospitais padrão FIFA", foi desmascarada pelos próprios, que investiram hidrófobos contra o 'Mais Médicos', que nem tem a pretensão blatteriana para com a rede hospitalar, mas objetiva resgatar a decência com que o poder público deve tratar o direito da população à saúde, uma outra situação de estima nacional vem à tona sem que mereça desses estratos sociais privilegiados quaisquer manifestações de admiração, provavelmente por achar que isso seria colocar empada na azeitona do governo federal, tudo que essas camadas mais abominam em 500 anos, como diria Nelson Rodrigues.
Trata-se da valorização do Brasil através do olhar lançado pelo cinema mundial às nossas paisagens enquanto cenários, autores e atores conforme mostrou reportagem da revista Isto É, em seu número 2283. Segundo a dita matéria, o Rio de Janeiro virou a terceira cidade, depois de Nova York e Paris, em que a franquia "Cities of Love" ambientará essas tramas amorosas e dentro daquele padrão costumeiro, de fazer as locações cartões postais tão protagonistas como os personagens de carne e osso.
São vários curtas metragens sobre o amor, dirigidos por vários e consagrados cineastas, entre os quais os brasileiros Fernando Meirelles('Cidade de Deus') e José Padilha('Tropa de Elite'), passando pelo mexicano Guillermo  Arriaga('Babel') e o australiano Stephan Elliott)'Priscila, A Rainha do Deserto'), tudo tendo como pano de fundo belezas naturais e monumentos como o Teatro Municipal, no melhor estilo do clássico do gênero 'Candelabro Italiano', que os maiores de 60 anos conhecem muito bem.
Some-se a isso o sucesso de atores como Wagner Moura(cujo desempenho foi considerado "fantástico", pelo jornal The New York Times) e Alice Braga, que contracenam na película "Elysium", que faturou US$30 milhões em três nos EUA e tem estréia no Brasil marcada para 20 de setembro, dirigida pelo sul-africano Neill Blomkamp, com Matt Damon e Jodie Fost,  constata-se que o cinema nacional tem mais prestígio lá fora do que aqui dentro, principalmente quando foge daquele circuito medíocre capitaneado pela Globo Filmes. Impressionante!
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(Fotos/Isto É)

Deu merda no script

Escorregão fatal
Revoltados com a dupla cobrança do IPTU por morarem na fronteira de Belém com Ananindeua, moradores do UNA fecharam aquela artéria em protesto contra essa trapalhada topográfica dos orgãos públicos.
Antenada, como sempre, a Rádio Clube, de propriedade do senador Jader Barbalho e que tem em seu elenco de apresentadores o filho do dono e ex-prefeito ananin, Helder Barbalho, mandou uma equipe ao local do protesto, certamente na esperança de tirar uma casquinha da atual administração tucana, seja em Belém seja em Ananindeua.
Qual nada. Um ouvinte revoltado desceu o malho na gestão anterior, justamente do neo radialista Helder, responsabilizando-o diretamente pela chegada anual de dois carnês de cobrança do referido tributo, pois passou oito anos afirmando que resolveria a situação. Saiu e tudo ficou como sempre esteve e esse foi um dos motivos do protesto.
Quedo e mudo, ao repórter restou segurar o microfone para que o cidadão espinafrasse o ex-prefeito, agora colega/patrão. Salomônico, o apresentador do programa ainda tentou dourar a pílula sugerindo altivo, agora não é hora de buscar culpados , mas, de resolver a situação daqueles moradores. Em vão. O estrago já estava feito. Credo!

Movimentos sociais cearenses pedem desculpas pela canalhice dos médicos


Depois do protesto com vaias e xingamentos na abertura do curso, os médicos estrangeiros que chegaram ao Ceará pelo Mais Médicos receberam flores e aplausos de integrantes de movimentos sociais nesta terça-feira (27) na Escola de Saúde Pública, em Fortaleza. Na saída do primeiro dia de aula do curso preparatório, os estrangeiros deram sorrisos e sinais de positivo para quem os esperavam e receberam aplausos e gritos como “Cubano amigo, o povo está contigo”.

“Estamos seguros. Confiamos no povo brasileiro e temos uma tarefa que vamos cumprir”, afirmou o médico cubano José Armando Molina, ao sair do primeiro dia do curso. Segundo ele, os médicos estrangeiros não ficaram assustados e tristes com o ato hostil que aconteceu na segunda-feira (26) quando foram chamados de “escravos” e “incompetentes”.
“Vimos que aquilo foi feito por uma minoria de pessoas. Hoje (terça-feira), foi o dia mais bonito desde que chegamos ao Brasil. Conhecemos que o povo brasileiro é irmão como somos dele. Estamos aqui para trabalhar para o povo brasileiro”, completa.

Cerca de 100 pessoas faziam parte do grupo que distribuiu flores para os médicos estrangeiros. No fim do dia, eles entraram no auditório onde são realizadas as aulas e mostraram solidariedade aos profissionais. “O que aqueles médicos fizeram foi uma questão de classe. Estamos aqui para um ato de acolhida”, afirma Camila Silveira, da União da Juventude Socialista (UJS), um dos movimentos que participaram do ato.

Além da UJS, também acolheram os médicos estrangeiros nesta terça-feira (27) representantes do Movimento Sem Terra, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira de Mulheres e da Casa da Amizade Brasil-Cuba no Ceará. “Temos que ser solidários. Temos que ser respeitosos. Quem tiver que fazer o protesto faça ao governo e não aos profissionais”, afirma o presidente da Casa da Amizade Brasil-Cuba no Ceará, Antônio Ibiapina da Silva.
(G1/SQN)

ESTAMOS NA IMINÊNCIA DE UM “XEQUE-MATE” DO PT?

Eis que o partido dos trabalhadores, aparentemente, fez uma jogada de mestre no xadrez político que joga hoje com o PSDB, com a assistência dos demais partidos, notadamente PSB e PMDB, que a tudo acompanham, lance a lance a lance, atentamente. E já dá o tradicional alerta, que serve como uma espécie de aviso-prévio de uma derrota anunciada ao seu contendor:

- "Xeque!".

Mas quem será o enxadrista por detrás de tão desconcertante e improvável jogada?

Enquanto seus opositores, distraídos e displicentes e, pelo visto, mais familiarizados ao jogo de damas ou a um singelo dominó, ainda celebravam a queda da aprovação do governo Dilma nas recentes pesquisas de opinião, o governo lançou, incontinente, o programa Mais Médicos, que, se efetivamente implementado, poderá acarretar nas eleições de 2014, guardadas as devidas proporções, o mesmo impacto que teve o Plano Real para as eleições de 1994. Ou, melhor comparando, pode significar o mesmo que o PAC representou para a candidatura Dilma.

Não é gratuita ou forçada essa comparação com o Plano Real – ao qual o PT inicialmente, lembre-se, para marcar (o)posição, também foi contra. Tal qual faz a oposição agora, com relação ao Mais Médicos. Tal qual o Plano Real, na época, a força desse programa é incomensurável, tamanha são as carências da população na área da saúde e tamanho é o seu apelo social.

Os políticos de oposição e seus ghost writers na chamada "imprensa de mercado" têm toda a razão do mundo para essa grita intempestiva que ora se escuta e se lê nos "jornalões". Não tem dinheiro, seja oriundo do fundo partidário, de doação legal de grande empresa; não tem "mensalão" ou "trensalão" que pague essa publicidade que o ministro de Lula/Dilma está recebendo graciosa e forçosamente nessas mesmas empresas de "jornalismo" que exercem, com impressionante desenvoltura, seu "pluralismo" e "imparcialidade" mercantis.

Mas como ser contrário a uma política pública de importação de médicos para áreas desassistidas, carentes? Não lhes parece, independente de colorações partidárias, do corporativismo dos médicos e do conservadorismo delinquente de parte de nossa classe média, um despautério, uma insensatez ser contrário a tal medida? Quem for "do contra", parece-me, não ficará muito bem na foto – não aos olhos do eleitorado, ao menos.

Um problema adicional para a oposição: se o programa der de fato certo, e existe grande possibilidade que isso ocorra, a antes débil, e, inclusive, por mim aqui criticada, candidatura do ministro Alexandre Padilha ao governo do estado de São Paulo em 2014, ganha a força e a mobilidade de um trem-bala.

Vale ressaltar que Padilha – mais um "poste" de Lula? – enfrentará, com seu "charme novidadeiro", um Geraldo Alckmin [que seus opositores chamam de "picolé de chuchu"] desgastado pelo devastador escândalo do "propinoduto" tucano e pela chamada "fadiga de material", causada por 20 anos de um governo medíocre – para dizer o mínimo (ou seria o máximo?). Some-se a isso o atabalhoado e inacreditável "bate-cabeça" no PSDB, em face da disputa Serra X Aécio (outra vez?!), e estaremos diante de um quadro nada auspicioso para o tucanato paulista.

Isso, claro, considerando-se a premissa de que tal iniciativa não seja apenas mais um tiro n'água do governo Dilma e do PT. Ou apenas mais uma jogada de marketing eleitoral. Pois hoje em dia, venhamos e convenhamos, as ações e políticas públicas se confundem, muitas das vezes, com meras peças de propaganda criadas por marqueteiros pagos a peso de ouro. E o do PT parece valer quanto pesa – ou pesar quanto vale, sei lá eu.

Para completar a jogada, o ministro Mercadante [chamado pela oposição de "o consultor trapalhão"], impávido, como se fosse a coisa mais natural do mundo, já anuncia o próximo lance: um tal "Mais Professores". Vale lembrar que educação não é propriamente o forte dos tucanos e do governo Alckmin. Vale lembrar ainda que existe um déficit de 49.085 professores efetivos no estado de São Paulo – 21% do efetivo necessário. A cada cinco escolas quatro (eu disse 4!)tem uma classe sem professor. Precisa dizer mais? Mais professores.

Imaginem quando vierem os recursos dos royalties do petróleo para a saúde e a educação?! Alguém precisa parar essa locomotiva!
Irão recorrer ao Supremo? Irão contar com o amparo providencial de algum Tribunal de [Faz de] Contas amigo? A oposição irá recorrer ao seu braço armado na Justiça? No parlamento? Na mídia? De onde partirá o golpe dessa vez?

Como se sabe, já tentaram "derrubar" o PT do poder no "tapetão". Julgaram, com um rigor fora da curva, o "mensalão" petista e deitaram em cima do "mensalão" tucano, esse dentro da curva. Um autêntico e sub-reptício golpe político via Supremo. Mas, ao que tudo indica, não deu muito certo. Não surtiram os efeitos esperados a "dosimetria" e os cálculos feitos pelos engenheiros do tucanato e sua "peculiar" Justiça. O golpe foi assimilado.

Se os "supremos" ministros de sempre não socorrerem, novamente e providencialmente, a oposição em mais essa empreitada, a coisa vai ficar feia para tucanos e assemelhados, e um pouco mais bonita para o partido dos trabalhadores. E, espera-se, para o povo brasileiro.

Será que a Justiça vai, dessa vez, proibir que os médicos cubanos, espanhóis e portugueses exerçam a medicina nos rincões do Brasil? Será que chegarão a tanto?

Essa é a pergunta que vale dois palácios: o dos Bandeirantes e o Alvorada.

Bandeirantes e Alvorada – eis aí duas palavras-chaves, plenas em significados e sentidos.

- "Xeque-Mate?!"

(Lula Miranda/247)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Escândalo! Presidente da Federação Nacional dos Médicos é um patife que ganha dinheiro público sem trabalhar

Há poucos dias, o Brasil inteiro tomou conhecimento do caso do médico paulista Cesar Camara, assistente de um dos urologistas mais caros do Brasil, que apareceu na “Folha de S. Paulo” decepcionado com o programa 'Mais Médicos' cujo alvo são médicos no início da carreira.
Soube-se depois que Camara – que cobra 450 reais por consulta -, se inscreveu no programa para boicotá-lo.
Agora os telejornais estão inundados de denúncias contra médicos que ganham do governo e sequer vão lá assinar o ponto, como revelou reportagem do SBT.
O caso mais emblemático e não mencionado pela emissora é do médico potiguar Geraldo Ferreira, presidente da poderosa Federação Nacional dos Médicos.
Ferreira é um combatente full time do 'Mais Médicos'. Todos os dias, chova ou faça sol, ele aparece na televisão, no rádio e nos jornais criticando o programa e acusando o governo em querer tapar o sol com a peneira.
Pois bem. Esse doutor, representante nacional dos médicos, é funcionário do Hospital Onofre Lopes, da UFRN, onde recebe um salariozinho de R$ 6.700,00, para uma jornada de 20 horas semanais, devendo prestar só um turno por dia, de segunda a sexta, como anestesista (Portal da Transparência).
Mas há um pequeno problema: Geraldo Ferreira não coloca os pés ali há anos.
Como é mesmo? Geraldo ganha sem trabalhar? É o que parece. Uma fonte do hospital me contou que criaram uma espécie de escala, mas o médico nunca é chamado.
Perguntar que não quer calar: Onde anda o bravo Ministério Público Federal?
(Ailton Medeiros)

O bêbado desequilibrado




Quanta sandice, em nome de uma candidatura fracassada e desesperada, bostejou o bebum Aébrio Never contra Dilma a pretexto de tirar proveito político desse episódio envolvendo a fuga do narco/senador boliviano para o Brasil, gerando uma crise diplomática que custou o cargo do chanceler Antônio Patriota.
Em uníssono com as gangues midiáticas que monopolizam a informação, resolveram tratar o assunto como capricho ideológico de Evo Morales alimentado por Dilma. Como capachos dos métodos mais canalhas da diplomacia estadunidense, que trata qualquer criminoso comum de Cuba como preso político, Aébrio e os gangsters da manipulação também tentam passar a imagem do senador pego com a boca na botija do tráfico de drogas como perseguido político.
Pior é tratarem o patranhanento adido brasileiro na Bolívia como alguém vítima de Dilma e submetido à execração pública. À execração pública foi submetida toda a história da diplomacia brasileira pelo capacho Celso Laffer quando este sujeitou-se resignado a tirar os sapatos diante de dois esbirros estadunidenses em um aeroporto de Nova York, sem dizer um "ai" que significasse descontentamento. Ademais, como oportunamente declarou o deputado Cláudio Puty, o sr.Saboia não honrava as funções para as quais foi designado e sim destilava seu vil preconceito contra o povo e o governo bolivianos, sendo o único pecado do governo brasileiro não ter defenestrado aquele salafrário bem antes evitando, assim, que delinquisse da forma que delinquiu.
De qualquer modo e independente das bazófias do cachacista praticante Aébrio, o governo brasileiro vai resolvendo a situação de uma forma a manter o bom relacionamento com os irmãos bolivianos, como em situações anteriores, independente dos esgares desses patifes que adoram falar grosso aqui no continente, no entanto, vivem descalços e de calças arrriadas quando se trata de dirigir-se a europeus e estadunidenses. Uns salafrários!

Ladrar, para impedir que a caravana passe

(3931) Armando Paiva: FORTALEZA, CE, 26.08.2013: MAIS MÉDICOS/CE -  Manifestantes ligados ao Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce) , realizam protesto durante a saída do grupo de 79 médicos selecionados pelo programa Mais Médicos, do governo Federal, participavam de curso na
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde(ANS), atualmente 47,9 milhões de brasileiros possuem planos de saúde, vale dizer, cerca de um quarto da população recorre à medicina privada para cuidar da sua saúde. Os três quartos restantes, quando muito, dependem do Sistema Único de Saúde, sendo certo que muitas vezes nem isso está disponível, daí a repetição das inúmeras tragédia com que nos deparamos diariamente, pela inacessibilidade d maioria da a esse direito básico.
Vale ressaltar que esses planos faturaram, ainda, segundo a ANS, R$95 bilhões no ano passado. Seguramente, grande parte dessa fábula é oriunda do dinheiro do SUS, exatamente porque este carece de condições estruturais para garantir a universalidade que lhe cabe, daí frequentemente recorrer aos péssimos préstimos, quando se trata de atendimento a pacientes encaminhados pelo SUS, da medicina privada.
Por isso, quando o governo anuncia a vinda de quatro mil médicos cubanos para atender nas periferias mais longínquas do país, onde poucos profissionais brasileiros aventuram-se a ir porque é fácil ficar nas cidades, cooperativar-se nesses planos garantindo um faturamento que lhes desobriga do cumprimento da função social inerente à profissão que escolheram, principalmente os formados em universidades públicas, fica claro que a hostilidade específica aos médicos cubanos, conforme a foto acima dessa duas párias formadas em medicina, é fruto da experiência daqueles em um tipo de atendimento social que prescinde da indústria do tratamento fora de domicílio, implicando isso na drástica redução da injeção industrial de dinheiro público na medicina privada.
Voltando às salafrárias da foto, claro que a exposição de seus ódios não é pessoal, talvez, nem político, mas ideológico na medida em esses cubanos representam a desconstrução de um fetiche, o do compromisso social, paradoxalmente praticado através da mais vil usura. Desnudadas em sua vilania, só resta apelar ao ladrar como forma de impedir que a caravana passe. Triste!

A safadeza dos coxinhas de jaleco

(...) “A relação médico-paciente já foi considerada especial, quase sagrada. Agora, políticos e supostos reformistas tratam o atendimento médico como se ele fosse uma transação comercial igual à compra de um carro (...) A medicina, afinal de contas, é uma área em que decisões cruciais – decisões de vida ou morte – devem ser tomadas. Para que esse arbítrio ocorra de maneira inteligente, requer-se um vasto conhecimento técnico dos profissionais do setor. Como se isso não bastasse, as escolhas dos médicos são frequentemente feitas enquanto o paciente está incapacitado, sob muito estresse ou quando a ação precisa ser imediata, sem tempo para discussões, muito menos para a pesquisa de preços.(...) É por isso que existe a ética médica. É por isso que os médicos são tradicionalmente vistos como uma categoria especial, da qual se espera um comportamento de padrão mais elevado do que a média dos demais trabalhadores. Há um motivo sobre por que assistimos a séries televisivas que retratam médicos – e não gerentes administrativos – como heróis. Sugerir que essa realidade possa ser reduzida a um simples comércio – que os médicos sejam meros “fornecedores” vendendo serviços a “consumidores” de saúde – é, com o perdão do trocadilho, uma ideia doentia. O fato de essa noção equivocada ter se tornado dominante é sinal de que há algo de muito errado não apenas nessa discussão, mas também nos valores da sociedade ... “ (Paul Krugman; NYT 22/04/2011/via Causa-me Espécie)

'Operação Bolívia' não foi um acidente

A fuga do senador boliviano que custou o cargo do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, não foi obra individual de um destemido diplomada brasileiro, mas uma ação organizada pela direita com apoio de setores conservadores do Itamaraty, que mantêm estreitos laços em questões políticas e econômicas, como o boicote aos governos socialistas e a defesa intransigente do agronegócio
 A avaliação é do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que participou de uma missão oficial à Bolívia, em março, onde conheceu os três principais personagens envolvidos na trama: o então embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, que patrocinou a aceitação brasileira ao pedido de asilo político do senador, o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que afirma ter organizado sozinho a fuga do político, e o próprio senador oposicionista Roger Pinto, que viveu 545 dias na embaixada brasileira na Bolívia."Eles (Biato e Sabóia) falavam sobre a Bolívia, os bolivianos e o Evo com tanto preconceito que o jantar de recepção à nossa delegação terminou em bate-boca", recorda Putty, ressaltando a cumplicidade ideológica entre diplomatas e o senador.
(Carta Maior)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vitor Teixeira: Sobre o avião negreiro da colunista(extraído do Viomundo)


Conchavos não produzem justiça

Um mistério ronda o Supremo Tribunal Federal (STF). Em maio do ano passado, o então presidente da corte, Carlos Ayres Britto, chegou a chamar o julgamento da ação cível, aquela que permite a recuperação de recursos desviados, do mensalão mineiro, também conhecido como valerioduto tucano. Por algum motivo, que nem Ayres Britto nem os demais ministros sabem explicar, o processo saiu da pauta. E não voltou mais. Esta foi a primeira denúncia envolvendo o esquema de caixa dois do empresário Marcos Valério Fernandes com políticos a chegar ao Supremo, ainda em 2003, dois anos antes, portanto, das primeiras acusações que abalaram o governo petista, como revelou a Revista Congresso em Foco. Enquanto a ação cível contra os tucanos não sai da gaveta, o Supremo já condenou 25 réus envolvidos no esquema de desvio de dinheiro montado pelo PT e analisa agora os respectivos recursos.
Veja vídeo em que valerioduto tucano é adiado duas vezes pelo STF
Veja vídeo em que valerioduto tucano é adiado duas vezes pelo STF

O Congresso em Foco teve acesso à íntegra da transmissão das duas sessões em que o Supremo ensaiou julgar o mensalão mineiro – de acordo com o Ministério Público, um esquema de desvio de dinheiro do governo tucano de Minas Gerais em benefício da campanha eleitoral do hoje deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e do atual senador Clésio Andrade (PR-MG), que disputaram o governo estadual em 1998.
Produzido pelo site com base em imagens da TV Justiça, o vídeo acima mostra a tentativa do então presidente e relator do caso, ministro Carlos Ayres Britto, de levar a julgamento uma questão técnica para destravar o andamento da denúncia do Ministério Público, proposta em 2003 pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles.
Apesar de pautado duas vezes em maio de 2012, a última antes do intervalo para um lanche, o caso não foi julgado até hoje. Duas semanas depois, em 6 de junho de 2012, o STF definiria o calendário do mensalão do PT. Ayres Britto disse que esse calendário contribuiu para adiar o valerioduto do PSDB. “Qual foi a intercorrência? O mensalão. Fizemos uma pauta temática para ganhar um pouco de tempo enquanto não viesse o julgamento do mensalão”, disse ele.
Ouvidos pela reportagem nas últimas semanas, os ministros disseram não se lembrar de eventuais conversas no cafezinho que teriam tirado o mensalão mineiro de pauta pela segunda vez.
Ministros em falta

Joaquim: “Por que não julgar o mensalão mineiro?”
Valter Campanato/ABr

O objetivo do julgamento do mensalão mineiro nem era o conteúdo da denúncia da primeira versão do valerioduto, mas apenas julgar se um caso de improbidade administrativa como aquele deveria ser analisado pela Justiça de primeira instância de Minas Gerais ou pelo próprio STF. Em 2005, o Supremo já havia decidido, na ação direta de inconstitucionalidade (Adin) 2797, que situações de improbidade deveriam ser analisadas nos estados, sem direito a foro privilegiado para deputados e senadores. Mas Eduardo Azeredo e Ruy Lage, outro réu no mensalão do PSDB, recorreram para manter o caso no Supremo.
Em 16 de maio de 2012, os ministros tinham acabado de julgar justamente recurso sobre a Adin 2797, cujas decisões determinaram que casos de improbidade deveriam correr nos estados, sem foro especial.
Ao anunciar o julgamento do recurso no mensalão mineiro cível (petição PET 3067), Ayres Britto, relator do caso, informa que o ministro Gilmar Mendes havia pedido o adiamento do caso. O motivo era a ausência de Dias Toffoli e Celso de Mello no plenário. Pela mesma lógica, também seria adiado um outro processo semelhante (PET 3030), que decidiria se mantinha no Supremo ou mandava para a primeira instância de Rondônia uma ação de improbidade contra políticos locais.
“Por que não julgar?”
Inicialmente, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio questionam o motivo de adiar o mensalão mineiro e o outro processo. O atual presidente do STF lembra que, pouco antes, haviam acabado de julgar uma Adin sobre o mesmo tema com a ausência de ministros.
“Se nós julgamos o mais importante, por que não podemos julgar o agravo regimental [no mensalão mineiro]?”, questionou Joaquim. “É consequência do que ficou acertado ainda há pouco”, continuou.
Ricardo Lewandowski é um dos que defendem o adiamento para a semana seguinte, quando o plenário estivesse completo. Ayres Britto se diz, então, pronto para julgar o valerioduto do PSDB, mas consulta o plenário. Joaquim Barbosa desiste da tese e apoia a postergação do caso, mas Marco Aurélio mantém-se contra. “Há quórum até para matéria de maior envergadura [Adin]”, reclamou. O caso é adiado para 23 de maio de 2012.
Voto longo
Naquela data, os ministros julgam o outro caso de improbidade administrativa, a PET 3030. Como era de se esperar, mandam o processo para a primeira instância de origem. Chega a vez de julgar a PET 3067 e Ayres Britto anuncia seu voto. “Mas é um voto longo. Faço o pregão propriamente dito quando do retorno”, disse ele. Os ministros vão para o lanche.
Entretanto, o presidente volta do intervalo e não chama o processo. Procurado pela Revista Congresso em Foco, o hoje ex-ministro diz que provavelmente não teve condições de pautar o processo na volta do intervalo. “É porque eu não obtive condições de colocar [em votação]”. “Sou uma pessoa atenciosa, eu converso com os ministros, ninguém vai me negar essa qualidade de buscar a todo instante o consenso”, disse ele.
O voto de Britto fora feito em 2005, determinando a remessa da papelada do mensalão mineiro para a Justiça de primeira instância de Minas Gerais. O ex-ministro é um conhecido opositor do foro privilegiado. O caso agora está com o ministro Roberto Barroso, que ainda não estudou o processo porque, segundo sua assessoria, está concentrado nos embargos de declaração do mensalão do PT.
Os mensalões
No caso do PT, o Supremo condenou réus por esquema que desviou dinheiro público e privado para a compra de apoio político de deputados durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula por meio do empresário Marcos Valério e dos bancos Rural e BMG entre 2002 e 2004. O esquema, segundo a PGR e o STF, era chefiado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
No caso do PSDB, o Ministério Público abriu três ações no STF por esquema de desvio de dinheiro do governo de Minas Gerais em benefício da campanha eleitoral do hoje deputado Eduardo Azeredo e do atual senador Clésio Andrade, que disputaram o governo estadual em 1998. Os valores foram repassados, segundo a denúncia, por patrocínios operados pela agência de publicidade de Marcos Valério.
(Congresso em Foco/Blog do Saraiva)