Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

OAB Federal cria comissão em defesa da Reforma Política


Uma portaria assinada nesta quarta-feira (27) pelo presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, criou a Comissão Especial de Mobilização para a Reforma Política. O tema é considerado prioritário na agenda do Conselho Federal da OAB — e objetiva contribuir para o aperfeiçoamento democrático do país.
A comissão será presidida pelo membro honorário vitalício da entidade, Cezar Britto, e tem como vice-presidente o conselheiro federal Gedeon Batista Pitaluga Junior. O ex-deputado e atual secretário nacional de Meio Ambiente do PCdoB, o advogado Aldo Arantes foi nomeado secretário da comissão.

Segundo Aldo, a decisão de criar a Comissão Especial de Mobilização para a Reforma Política retoma a tradição de luta democrática da OAB. “Hoje uma das questões decisivas para o avanço democrático do país tem a ver com a Reforma Política. O aspecto decisivo dessa reforma está relacionado com o financiamento privado de campanhas. A questão de fundo agora da reforma política é tratar das causas da corrupção e da constituição de um poder distante, em certa medida, das aspirações da grande maioria da sociedade”.

No entendimento da OAB, o atual sistema político está viciado, abre caminho para a corrupção eleitoral e para uma representação política que, em muitos casos, não atende às aspirações da população. Nesse sentido, a Lei da Ficha Limpa cumpriu um importante papel ao atacar as consequências da corrupção eleitoral, mas é necessário enfrentar suas causas.

Ele afirma que a Reforma Política está na ordem do dia no Congresso Nacional e da opinião pública que quer exatamente avançar no sentido da democratização do Estado brasileiro. Ao lado de um conjunto de entidades nacionais como a Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a OAB integra o movimento de combate à corrupção eleitoral, que passa, a partir de agora, a concentrar esforços na questão da reforma política.

Aldo explica que está sendo elaborado um projeto de iniciativa popular que pretende reunir milhares de assinaturas em todo o país e levar ao Congresso a proposta da Reforma Política Democrática — cujo núcleo principal diz respeito ao problema do combate ao financiamento de campanhas por grupos privados. “O objetivo é a mobilização pelo financiamento público democrático, em que o poder público possa assegurar condições iguais ou ao menos democráticas para o conjunto de partidos políticos que disputam o processo eleitoral — impedindo que grupos financeiros favoreçam determinados partidos políticos”.



(Portal Vermelho)

Culpado por revelar que o governo dos EUA é terrorista



Agência Efe

Imagem de Manning em 24 de outubro de 2010

O soldado norte-americano Bradley Manning se declarou culpado nesta quinta-feira (28/02) por ter vazado de centenas de milhares de documentos confidenciais da diplomacia norte-americana ao site Wikileaks, além de outras nova acusações menores. As informações são do jornal britânico Guardian, da agência Efe e do Wikileaks.
No entanto, o militar de 25 anos nega ter “ajudado o inimigo”, acusação mais grave que pesa sobre ele e que, se confirmada, poderá resultar até em prisão perpétua
No depoimento, Manning afirma que uma das razões que o motivaram a tomar a iniciativa de tornar as informações públicas foi o caso conhecido como “Assassinato Colateral”, durante a guerra no Iraque, que culminou na morte de um jornalista da Reuters, seu motorista e outras pessoas no bairro de Nova Bagdá pelo exército norte-americano. Eles foram mortos por um helicóptero apache que atacou indiscriminadamente civis. A Reuters tentou, sem sucesso, obter o vídeo através da Freedom Information Act, lei que determina a abertura de arquivos do governo, mas este vídeo só veio a público através do Wikileaks.
“Fiquei perturbado com o tratamento que deram às crianças feridas”, referindo-se a duas crianças que ficaram gravemente feridas no episódio. “Os que estavam no vídeo não pareciam se preocupar com o valor da vida humana, ao se referirem a elas (às vítimas) como bastardos”.
Outra revelação importante feita por Manning é que, antes de procurar o Wikileaks, ele chegou a ligar para o mais tradicional jornal norte-americano, o The New York Times, gravando mensagens e deixando contatos, além de explicar o que tinha em mãos. E também contatou seu principal concorrente, o Washington Post. Simplesmente não obteve respostas. Foi quando procurou o Wikileaks e manteve uma conversa com um internauta identificado como “OX”, provavelmente o jornalista australiano Julian Assange, fundador do site. Ele também tentou contatar o site progressista norte-americano Politico.com. Porém, o mau tempo impediu o contato.
Através de seu advogado, David Coombs, Manning admitiu ter divulgado documentos sigilosos a terceiros não autorizados. No entanto, negou ter colocado a informação diretamente na internet.
Ele também negou que, na época que repassou as informações ao Wikileaks, “tinha razões para acreditar que essas informações não seriam usadas para prejudicar” o país.
O acusado do maior vazamento de documentos secretos da história americana para o Wikileaks reconheceu através de seu advogado, David Coombs, ter possuído e transmitido a algumas pessoas não autorizadas informações sigilosas.
A admissão de culpa pode acarretar em uma pena mínima às acusações de menor gravidade, do total de 22 apresentadas pelo governo dos EUA. Por cada acusação, ele poderá responder por dois anos. Se for considerado pelas acusações mais graves, ele poderá passar o resto dos dias na prisão.
A coronel Denise Lind, juíza militar responsável pelo caso (não haverá júri), explicou posteriormente que isso implica ter "revelado sem autorização informações sigilosas a uma pessoa não autorizada". Manning afirmou também que prefere ser julgado em um tribunal militar por Denise.
Manning respondeu rapidamente às perguntas da juíza, que lembrou ao soldado de 25 anos que, com esta declaração, admite ter utilizado de maneira inadequada vídeos secretos, memorandos e registros das operações no Iraque, Afeganistão e do Comando Sul.
Denise ressaltou que a acusação deverá provar durante o julgamento, que é esperado para julho, que a informação vazada por Manning foi prejudicial à "defesa nacional" e que o soldado se excedeu em sua autoridade quando era analista de inteligência no Iraque.
A declaração de culpabilidade de hoje não evita que a Procuradoria tente que Manning seja declarado culpado por todas as 22 acusações, já que não houve acordo entre acusação e defesa. O julgamento deverá começar em meados de junho.
(Opera Mundi)

O catastrofismo durou pouco



Um dos pressupostos essenciais do noticiário econômico é a busca da objetividade, e basta um pequeno desvio de método para que o resultado seja jornalismo de qualidade discutível. O risco maior é sempre dos diários, condicionados por um limite de tempo que nem sempre coincide com a possibilidade de uma boa análise.

No entanto, nesta semana, uma revista de informações que hipoteticamente tem mais tempo para elaborar seus conteúdos, e com isso oferecer um produto mais denso aos seus leitores, produz o efeito contrário. Em tom de profecia, a reportagem de capa de Época anuncia o apocalipse: “O eclipse do Brasil: A festa acabou. A economia empacou. O investidor fugiu. E agora?”

Acontece que a blague sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade durou poucos dias. Na edição de quinta-feira (28/2), o insuspeito Estado de S.Paulo traz resultado de consulta a representantes do mercado financeiro e outras fontes para afirmar exatamente o contrário: “Mercado prevê alta de 3% no PIB em 2013, mas já há quem aposte em 4%”, diz o título no alto da página.

A contradição evidente entre a notícia do Estadão e o cenário apocalíptico apresentado por Época levaria o leitor distraído a considerar que, como tem mais tempo para a apuração e análise dos dados, uma revista semanal estaria mais próxima da verdade quanto aos fatos da economia. Mas uma leitura mais crítica revela que a revista fez uma aposta errada, baseada em opiniões comprometidas.

A reportagem de capa da revista Época se desmanchou no ar: já na segunda-feira (25), portais noticiosos e sites especializados traziam previsões de queda da inflação e retomada do crescimento; no dia seguinte, a boa notícia era sobre a preservação dos índices de emprego; na terça-feira, sinais de retomada de atividades na indústria; na quarta, indicadores parciais do IBGE sobre o fraco desempenho da economia em 2012 conviviam com previsões de mais crescimento para este ano.

Na quinta-feira (28), a reportagem do Estadão sobre perspectivas otimistas para 2013 é complementada por registro da Folha de S.Paulo sobre o superávit mensal recorde nas contas públicas e reportagem do Globo,mostrando que os investimentos se recuperam nos dois primeiros meses do ano.

A besta do apocalipse

Qual teria sido a trajetória da ideia por trás da reportagem de Época? Como a revista chegou à conclusão de que o Brasil estaria à beira do abismo, com seu futuro comprometido por um “eclipse econômico”?
Contrariando a prática deste observador, de evitar a personalização da análise da mídia, é preciso andar para trás e registrar que o autor da reportagem, muito ativo nas redes sociais digitais, não faz questão de parecer isento – pelo contrário, suas iniciativas e intervenções demonstram claramente sua posição política, manifestamente em oposição ao atual governo.

Diferente de outros repórteres e editores de economia, que em geral preservam um perfil mais discreto, embora sempre críticos com relação à condução da economia nacional, o autor da reportagem de Época é um ruidoso militante no campo político. Tal característica não pode ser condenada a priori, uma vez que o jornalista deve ser transparente em suas escolhas, mas é de se questionar se esse ativismo não poderia afetar a credibilidade do seu trabalho.

Vejamos, então, de onde o autor tirou a ideia de que o Brasil vai a pique.

Uma leitura cuidadosa da reportagem, aliada à análise de sua linguagem, indica que ele tirou a conclusão que justifica a manchete ao manipular opiniões muito marcadas por interesses específicos: suas fontes centrais são, entre outros, o veterano investidor Mark Mobius, o financista Armínio Fraga e o economista e diplomata Rubens Ricúpero.

De Mobius pode-se dizer que se trata de um investidor com apetite para riscos em países emergentes, que em várias ocasiões se mostrou contrariado com a decisão do governo brasileiro de desestimular o ingresso de capital especulativo. Ricúpero e Fraga são carimbados como ex-colaboradores do governo do PSDB.
Ainda assim, Mobius afirma na reportagem que “mesmo com a queda dos juros e o IOF, os ganhos no Brasil continuam atraentes” e Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, entende que o pessimismo de alguns investidores estrangeiros é exagerado.

Dos demais entrevistados, como Carlos Langoni, também ex-presidente do BC, e outros economistas e investidores, não saiu a palavra eclipse ou outra justificativa para o catastrofismo que caracteriza a reportagem.

Não há, nas citações, razões para acreditar que a besta do apocalipse está solta. Tudo saiu direto da cabeça do repórter para a capa de Época.
(Por Luciano Martins Costa/via Blog Sujo)

O omisso Hélio e o (im)paciente Lorota

Quando Simão Lorota formou seu secretariado e anunciou a investidura de Hélio Franco à titularidade da SESPA, este blog saudou a escolha como feliz, pois,desde os tempos em que este escriba trabalhou com o então líder do governno municipal petista Arnaldo Jordy, já tinha informações do enorme cunho humanitário que Hélio imprimia a seu trabalho.
Por isso, foi com muita tristeza que assistiu a postura resignada do secretário aos ditames da "ação entre amigos" vigente na SESPA, ao ser questionado pelo Sindemepa a respeito do corte do repasse de recursos a municípios do interior e a lentidão no andamento das obras da Santa Casa, seguindo as ordens do "patrão" e recitando a velha e rota desculpa da transferência da culpa para terceiros, como justificativa para a flagrante inação da SESPA, isto, mesmo entrando já no terceiro ano de gestão.
Sabe-se que a roda-viva da politicagem carrega tudo pra lá, no entanto, de alguém com o currículo que Franco ostenta era plausível supor que não aceitasse tudo passivamente como aceitou. Desde licitações escabrosas, passando pela compra de clínica particular, em socorro aos proprietários em situação financeira complicada, culminando em transformar a saúde do estado em mero espetáculo de computação gráfica, algo que ficará nas costas do secretário, embora seja evidente que, se tivesse autonomia, não seria esse o estilo de administração que adotaria.
Diante do quadro tragicômico que vive a saúde pública no Pará, é perfeitamente justificável que Simão tenha escolhido o avião como o agente dos primeiros socorros a que se submeteu, dando-se ao luxo de ir fazer cateterismo em São Paulo, mesmo que este seja um exame quase rotineiro, aqui e alhures. Como já havia externado em outra oportunidade, penso que o que determinou a decisão de Simão foi a máxima, "cachorro mordido por cobra corre até de linguiça", e Lorota sabe muito bem o papel que tem na área da saúde. Credo!

A radiografia de um catolicismo em crise

Um em cada seis habitantes da Terra é católico. O mundo tem 32% de cristãos em sua população, dos quais 15, 9 milhões são católicos; 11,6 % são protestantes e 3,8% são ortodoxos. Existem ainda 23 milhões de muçulmanos; 16,3% dos homens e mulheres do mundo não têm filiação religiosa. A cada dia são visíveis os sinais da crise do Catolicismo, assim como o seu imenso potencial de superação. A primeira das crises refere-se ao descompasso entre os valores da pós-modernidade e algumas realidades que ainda persistem na Igreja. Por outra parte, destaca-se que Roma praticamente esmagou os teólogos da libertação e se deslegitimou como interlocutor junto ao setores mais comprometidos com as lutas sociais, sobretudo na América Latina.O novo Papa encontrará também um clima pesado de denúncias que atingem duramente os princípios éticos cultivados pela Igreja. O principal problema é o do uso de instituições do Estado do Vaticano para atividades de lavagem de dinheiro. Uma parte desconhecida das finanças ilegais do mundo já passou ou irá passar pelos cofres do Vaticano. Entre os dias 15 a 20 de março será realizado o conclave para escolher o substituto de Bento XVI, que renuncia hoje. Participarão 115 cardeais sendo necessários 2/3 dos votos para que o papa seja eleito (77 votos). Os cardeais votarão quatro vezes por dia. Um sinal de fumaça será visto na praça de São Pedro de manhã e a tarde. Se a fumaça estiver clara isso significa que o novo papa foi eleito.
(Dermi Azevedo- Carta Maior)

LEI GAROTINHO FECHA MINA DE OURO DA IMPRENSA


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Deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) prometeu e cumpriu: nesta quarta, ele apresentou o projeto 5061, que acaba com a obrigatoriedade da publicação de balanços corporativos em jornais impressos; publicação mais afetada, se a lei vier a ser aprovada, será o Valor Econômico, dos grupos Globo, de João Roberto Marinho, e Folha, de Otávio Frias Filho, onde um balanço chega a custar R$ 800 mil; deputado, que é também líder do PR, apontou ganhos econômicos e ambientais na justificativa do seu projeto; será que ele, candidato ao governo do Rio em 2014, suportará o massacre que vem pela frente? "Não tenho medo de retaliação", avisa o parlamentar
247 - O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), líder da bancada do PR na Câmara dos Deputados e candidato ao governo do Rio de Janeiro em 2014, acaba de se transformar no inimigo número um da grande imprensa brasileira. Nesta quarta, cumprindo uma promessa anunciada dias atrás no 247, ele apresentou o projeto de lei 5061, que acaba com uma mina de ouro da grande imprensa brasileira, ao eliminar a obrigatoriedade para que empresas publiquem seus balanços em jornais impressos regionais e de circulação nacional. "Isso já acabou no mundo inteiro", disse Garotinho ao 247. "O certo é que as empresas publiquem seus balanços na internet e comuniquem seus acionistas".

Segundo o parlamentar, não faz sentido garantir um subsídio à imprensa brasileira, por meio de uma lei que onera o setor produtivo e também causa danos ambientais. De acordo com seu projeto, as empresas terão apenas que comunicar seus investidores num prazo de 72 horas e também publicar seus balanços em suas próprias páginas na internet. Se a lei vier a ser aprovada, a publicação mais afetada será o jornal Valor Econômico, uma joint-venture entre os grupos Folha, de Otávio Frias Filho, e Globo, de João Roberto Marinho, onde a publicação de um balanço chega a custar R$ 800 mil.

Candidato ao governo do Rio, Garotinho diz que não pretende recuar, mesmo ciente de que enfrenta interesses poderosos. "Não tenho medo de retaliação", afirma. "Vão me atacar porque apresentei um projeto que é bom para o Brasil?" Ele lembra ainda que seu projeto aumenta o corpo mínimo de leitura, para que todos possam, efetivamente, ler as demonstrações financeiras. "O subsídio é tão escandaloso, que as empresas hoje publicam os balanços com corpo seis, para não serem ainda mais oneradas".

Coincidentemente, a proposta do parlamentar fluminense foi apresentada no mesmo dia em que o ex-presidente Lula criticou a mídia tradicional e sugeriu que os trabalhadores organizassem seus próprios canais de comunicação, ao falar no congresso que comemorou 30 anos da CUT (leia mais aqui).

Enquanto o PT fala em apresentar uma Lei de Meios, para desconcentrar o poder dos veículos tradicionais, Garotinho preferiu atacar um privilégio, que mexe com o bolso dos barões da imprensa. "Vem o tiroteio, mas faz parte da política", diz o deputado.

Confira, abaixo, o projeto de lei apresentado por Garotinho:


















quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Indicadores confirmam crescimento da economia e queda da inflação


Presidenta Dilma Rousseff com o ministro interino da Fazenda, Nélson Barbosa (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que os indicadores econômicos mais recentes confirmam a recuperação da economia brasileira.



O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que os indicadores econômicos mais recentes confirmam a recuperação da economia brasileira. Durante a 40ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada, nesta quarta-feira (27), no Palácio do Planalto, Barbosa afirmou que, para 2013, são positivas as perspectivas econômicas com aumento da taxa de crescimento, redução da inflação, manutenção da baixa taxa de desemprego e continuação do crescimento da massa salarial. “Tanto o mercado quanto o governo esperam aumento do investimento, redução da inflação e manutenção da taxa de desemprego em patamar reduzido”, disse Barbosa. Ele citou como exemplos números de janeiro de 2013 relativos ao aumento da produção e ao licenciamento de veículos, à comercialização de cimento e à consulta para vendas no varejo.

Nelson Barbosa ainda acrescentou que a inflação dos alimentos tem mostrado sinais de desaceleração, o que revela uma tendência de queda. “Esse choque começa a ser revertido. Nós temos trabalhado para aumentar a produtividade e a produção na agricultura [por meio de planos governamentais]”, destacou referindo-se ao choque no preço dos alimentos, ocorrido no ano passado, responsável por grande parte do aumento da inflação. Para o ministro interino, a expectativa do Governo é que a inflação caia ao longo do ano, principalmente no segundo semestre.

Ele reiterou que o combate à inflação é indispensável à qualquer estratégia de desenvolvimento. “Não há crescimento sustentável sem controle da inflação. Não há expansão de salários reais sem controle da inflação. Por isso, consideremos uma prioridade o controle, com a aceleração da economia brasileira neste ano. É possível fazer as duas coisas”, prometeu Barbosa.



Além das perspectivas para 2013, o ministro interino falou durante a reunião sobre as oportunidades na área de infraestrutura apresentadas a investidores ontem (26), em Nova York, nos Estados Unidos, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Todos concordam que teremos mais crescimento, menos inflação, baixa taxa de desemprego e continuação da expansão da massa salarial”, disse Nelson Barbosa. O ministro destacou que o bom desempenho do mercado de trabalho é fundamental para viabilizar e sustentar o crescimento do País.

Em sua explanação, Nelson Barbosa afirmou que a política econômica adotada pelo Governo nos últimos anos tem conseguido uma redução gradual do desemprego. A taxa de desocupação nos últimos dez anos caiu de aproximadamente 11% para em torno de 5,5%. Esta queda veio acompanhada do crescimento da massa salarial, que teve aumento médio de 3,5%. “É por meio da expansão do mercado interno e da classe média, que tem como principal fonte de renda os salários, que sustentamos a expansão do mercado interno. Poucos países no mundo têm a opção do Brasil”. Segundo ele, a estratégia de desenvolvimento para o Brasil tem que incluir “expansão de empregos e expansão sustentável de salários, com o desafio de aumentar a produtividade”.


Em busca desta meta, o Governo Federal tem promovido seguidas reduções de custos tributários, financeiros e de infraestrutura. O governo espera acelerar o crescimento “puxado pelo investimento, sobretudo em infraestrutura”.

Barbosa também ressaltou a importância do investimento em infraestrutura. Para reforçar esse setor, as regras das concessões de rodovias e ferrovias foram melhoradas. Durante a reunião, ele anunciou a ampliação do prazo de concessão para rodovias de 25 para 30 anos e de ferrovias de 30 para 35 anos. “A melhor resposta vai acontecer quando ocorrerem os leilões”, afirmou.

Barbosa citou ainda a redução dos juros cobrados ao consumidor pelos bancos públicos. “No início do ano passado, quando os bancos públicos passaram a reduzir o spread, a medida foi, na época, criticada, pois traria o aumento da inadimplência. Mas os bancos, nos últimos dias, apresentaram seus resultados, que respondem as críticas com números. O mercado respondeu positivamente. A medida foi acertada e se mostrou viável no mercado financeiro. E em outros setores também haverá essa mudança, em que se ganha mais no volume e não na margem”, disse.(PT/Senado)

O que o PIG esconde

Imagina se a américa latina resolve copiar o esquema? Dá boas idéias para a tal da reforma política não é?
Não se sinta culpado por não saber disso antes. A impren$a não tem interesse em divulgar estas informações nem em fazer essas comparações.
Extraído de um post do companheiro Fábio Castro, compartilhando foto de Wilson Guerra

Fórum Nacional tem reunião para preparar encontros municipais



O Fórum Nacional de Educação (FNE) está reunido nesta quarta-feira, 27, em Brasília, para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE) e a organização da Conferência Nacional de Educação (Conae). Espaço de interlocução entre a sociedade civil e o Estado, o fórum é composto por 39 entidades e órgãos ligados à educação brasileira.

A reunião é preparatória para os encontros municipais e intermunicipais de educação previstos para março, abril e maio próximos. As propostas debatidas nesses encontros serão levadas às conferências estaduais, que servirão de orientação aos delegados designados para a conferência nacional.

A Conae será realizada de 17 a 21 de fevereiro de 2014, em Brasília. Nela serão elaboradas propostas para auxiliar o Distrito Federal, estados e municípios a implementar o PNE. A conferência terá como base para os debates o documento-referência O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação – Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração publicado pelo fórum em outubro último.

APROVADOS ACORDOS PARA DUAS RESERVAS EXTRATIVISTAS NO PA



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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou as regras no Diário Oficial da União; foram beneficiadas a Resex Terra Grande-Pracuúba, na Ilha de Marajó, e a Resex Arióca Pruanã, localizada no município de Oeiras, no Pará
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou nesta segunda-feira 25 as regras de acordo de gestão para duas reservas extrativista (Resex) no Pará. Foram beneficiadas a Resex Terra Grande-Pracuúba, na Ilha de Marajó, nos municípios de Curralinho e São João da Boa Vista, e a Resex Arióca Pruanã, localizada no município de Oeiras. As portarias que aprovam os acordos foram publicadas no Diário Oficial da União.

A portaria que aprova o acordo da Resex Terra Grande-Pracuúba define as regras de uso dos recursos naturais e a convivência entre os moradores da Resex Terra Grande-Pracuúba, de modo a resultar no ordenamento econômico e social, na melhoria da qualidade de vida das comunidades e no cotidiano da Resex, garantindo a conservação dos recursos naturais para as presentes e futuras gerações.

Há regras para moradia, ocupação de terreno, exploração de produtos florestais madeireiros e não madeireiros, cultivo em roça, uso do fogo, criação de animais, caça, pesca, manejo de lixo, embarcações, e também de responsabilidade pelo cumprimento do acordo.

A comercialização de madeira é permitida somente com plano de manejo florestal comunitário para complementar a renda familiar, e é estimulada a utilização de produtos florestais não madeireiros, como frutas, sementes e cascas, entre outros.

A Resex Terra Grande-Pracuúba foi criada por decreto presidencial em 2006 e tem por objetivo proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, além de assegurar o uso sustentável dos recursos naturais renováveis tradicionalmente utilizados pela população extrativista residente na área de sua abrangência.

A Resex Arióca Pruanã foi criada por decreto presidencial em 2005. Segundo o acordo de gestão da reserva extrativista, a utilização de áreas consideradas de uso comum deve ser determinada por regras estabelecidas por cada comunidade, considerando a realidade de cada uma e respeitando as formas tradicionais de uso.

O acordo de gestão da Resex Arióca Pruanã publicado hoje, assim como foi aprovado para a Terra Grande-Pracuúba, permite a utilização de madeira apenas para uso familiar e comunitário – por exemplo, na construção de casas, barcos e igrejas. A comercialização exige plano de manejo florestal comunitário.

De acordo com os dois documento de gestão, os moradores da reserva extrativista são os responsáveis pelo cumprimento do acordo e devem observar os direitos e deveres contidos no acordo. Segundo as normas aprovadas, os moradores têm ainda o papel de informar, monitorar e denunciar qualquer desrespeito ao compromisso.

(247/Agência Brasil)

NA CUT, LULA CONFRONTA: "MÍDIA SUSTENTOU DITADURA"

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A uma plateia de sindicalistas, ex-presidente disse que mídia tradicional nunca quis eleições diretas para presidente da República; ao abrir comemorações de 30 anos da Central Única dos Trabalhadores, em São Paulo, Lula defendeu uma mídia própria dirigida pelos "do andar de baixo"; "Por que não organizamos o nosso pensamento coletivo?", perguntou, sob aplausos; TV dos Trabalhadores, da CUT, está recebendo novos investimentos; movimento, sem dúvida, despertará mais críticas sobre chefe petista nos chamados jornalões

247 – Bem humorado e iniciando um discurso com histórias para "aliviar a alma", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas à mídia tradicional durante evento de lançamento dos 30 anos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) nesta quarta-feira 27, em São Paulo. Em sua avaliação, os movimentos sindicais precisam parar de reclamar por não terem saído no jornal, nem ganhado destaque na mídia. "Esses formadores de opinião pública defenderam a ditadura", disse Lula.

O ataque prosseguiu: "Essa gente nunca quis que houvesse eleições, só publicaram os protestos da Diretas Já quando já havia 300 mil nas ruas, só publicaram quando já estávamos na rua", disse o ex-presidente. Segundo ele, o ideal é que se formasse um pensamento coletivo em relação à mídia, ao invés de cada um dizer o que pensa separadamente. Dessa forma, seria criada a mídia dos "do andar de baixo".

"Por que a gente não começa a organizar a nossa mídia? Ao invés de cada um ficar falando o que pensa, por que não organizamos um pensamento coletivo? Nós podemos fazer isso", defendeu, num discurso entrecortado por aplausos. Em mais uma provocação à imprensa, o petista disse ainda que muitas vezes são realizados protestos da sociedade ignorados pelo grandes jornais, mas que "quando é contra o governo, sai".

Movimento sindicalista

O ex-presidente fez uma série de elogios à Central em termos de organização e representatividade no movimento trabalhista atual. Ele afirmou que a CUT é a entidade dos trabalhadores "mais importante da América Latina, não tem igual" e que "não deve historicamente para ninguém no mundo".

Lula lembrou que a central sindical conseguiu um feito muito importante, que foi introduzir a conscientização política nos trabalhadores. "O que a CUT conquistou aqui é algo a ser comemorado e algo a ser lembrado por muitas gerações", disse o petista. Sobre a situação econômica do País, Lula disse que o cenário irá melhorar, "apesar daqueles que torcem para que não".

"Essa CUT não pode perder a sua radicalidade", disse, ao plenário da central sindical. "Mas isso não significa que pode fazer bobagem. Uma ou outra bobagem pode fazer, mas não o tempo todo", ironizou, arrancando aplausos dos ouvintes. Ele fechou o discurso expressando otimismo. "Eu quero dizer a vocês que eu estou feliz".

Jararaca e Ratinho, Simão Lorota e os cemitérios

Enquanto o agente distrital de Icoaraci chegou quase às raias do sucupirismo, ao avisar que quem morresse naquele distrito sem prévia autorização da Agência, corria o risco de não ser enterrado, Simão Lorota começa a fazer propaganda de um anteprojeto(é isso mesmo, pode ver no Repórter da Ditadura(70) a nota) de um Parque da Saudade novinho, suntuoso, evidentemente caríssimo, e, pra coroar a inovação, já vindo dotado com os mortos.
A saudosa dupla de comediantes, Jararaca e Ratinho, que costumava apresentar-se no velho Arraial de Nazaré, sempre dizia, evidentemente em tom de blague, que "gente que nunca morreu tá morrendo". Simão levou a sério e, a julgar pelos exemplos de Icoaraci e do futuro Parque da Saudade, aperfeiçoou a brincadeira criando um lema funesto: quem enterraram enterraram, quem não enterraram não enterram mais. Égua!!

A surrealista lorota da corrupção

Depois que tiveram seu sonegômetro aéreo abatido em pleno voo pelo fisco federal, proprietários do papelucho maiorânico, inconformados com a ampla divulgação do fato pela mídia do "coronel" Barbalho, resolveram contratacarcom mais do mesmo: recorreram ao mega larápio Mário Couto, que prometeu ir até ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na semana que vem, para pedir o julgamento de ações contra "Aqueles que ficaram ricos com dinheiro público e precisam ir para a cadeia".
Risos! Gargalhadas! Chufas! Motejo! Galhofa! Em seguida, Joaquinzão deve dizer que pra alguma coisa serviu aquela vigarice do advogado corintiano, na tentativa de dar veracidade à possível farsa montada para livrar o Corinthians da punição que ora cumpre, ao afirmar que tinha a convicção que seu cliente ainda ia provar sua culpa, pois eis aí o primeiro meliante tocado por aquela rara sinceridade vindo até aqui entregar-se. Em seguida, fazendo caretas pelo sofrimento com as dores na coluna, o ministro pega à mesa uma chave, abre uma gaveta, tira um par de algemas e enfia nos punhos do larápio visitante.
Claro que isso não passa de conjectura do blogueiro, já que o assaltante dos cofres da Alepa não é besta de ir ao STF, por motivos óbvios. A tal bravata é semelhante àquela feita em relação ao presidente da Federação Paraense de Futebol, ainda ano passado, quando prometeu pro dia seguinte a apresentação de documentos que comprovavam vários atos de corrupção na FPF. Até hoje!

O herói acidental

Como disse o senador tucano Aébrio Never, hoje em dia político só pensa em reeleição. No 'Bom Dia, Pará' deste dia, Zenaldo fez as contas, calculou o tempo que os imbroglios do BRT terão pra ser desfeitos, calculou ainda o tempo que será gasto pra refazer os projetos e sentenciou: será inaugurado em 2016, e não mais em 2015 como era a ideia inicial.
Ou seja, será inaugurado em ano eleitoral, certamente com muita pompa e encômios ao alcaide que finalizou a obra, embora o governo federal tenha bancado 90% da dita cuja, fazendo do povo seu devedor, algo que a propaganda tucana cobrará enfaticamente pelo rádio, jornal, televisão, call center, out-doors e por onde der pra cobrar gratidão a quem não passa de herói acidental.

Substituição na equipe neoLiberal: sai impostômetro, entra sonegômetro


A ORM Air Táxi Aéreo, de propriedade de Romulo Maiorana Jr., não é mais fiel depositária do jatinho de luxo de fabricação norte-americana de cerca de US$ 15 milhões apreendido pela Receita Federal em agosto do ano passado sob a suspeita de descaminho (entrada de produtos importados sem o devido pagamento de impostos). Auditores da Receita estiveram no final da manhã de ontem no hangar da empresa e apreenderam a aeronave, que foi transferida para um pátio do aeroporto.
A ORM Air estava como fiel depositária do jatinho há seis meses, à espera de uma decisão do processo, e ontem a Receita Federal decidiu remover o bem. Especialistas consultados pelo DIÁRIO afirmam que, quando a Receita age dessa forma, é praticamente certa a decretação do perdimento do bem, decorrente da prática de descaminho. “Nesse caso, a empresa aérea de Romulo Jr. perde a posse sobre o bem, que fica sob a tutela da União”, observou um advogado tributarista consultado pelo jornal.
A ORM Air ainda pode recorrer no âmbito administrativo na Receita Federal; e no âmbito da Justiça Federal se o perdimento ocorrer de fato, mas a chance de sucesso é remota. “Se for confirmado o perdimento, a aeronave permanece no pátio até que a Receita Federal decida leiloá-la. O descaminho pode ser sanado caso o réu arque com toda a dívida perante o fisco, com juros e correção. Nesse caso o réu admite o crime tributário”, esclarece o especialista.
As equipes do DIÁRIO e da RBATV foram impedidas de entrar na área dos hangares para acompanhar a apreensão, mas fontes que presenciaram a operação dizem que um dos funcionários da ORM Air teria se descontrolado com os agentes da Receita Federal e a Polícia Federal foi chamada para garantir a integridade dos funcionários públicos e o cumprimento da ordem. 
Um dos seguranças da ORM Air chegou a esmurrar o vidro de um dos carros de reportagem do DIÁRIO na tentativa de impedir o fotógrafo que tentava registrar a apreensão do jatinho.
A ORM Air entrou com pedido de liminar (processo nº 24.350-07.2012.4.01.3900) junto à 5ª vara da Justiça Federal, na tentativa de liberar o jatinho, mas teve a solicitação negada e a aeronave permaneceu retida. Um agravo foi interposto no Tribunal Regional Federal da 1ª. Região, pela ORM Air, para tentar mudar a decisão de primeira instância e liberar o avião. No último dia 18, a sétima turma do TRF, à unanimidade, negou provimento ao agravo.
(DOL)

O Capetinha

Apresentador do 'Bom Dia, Pará' interrompe a entrevista que fazia com o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho Jr, e anuncia a apresentação do último pronunciamento do Papa Bento XVI. Aí aparece a imagem de um sujeito todo rebolativo cantando uma imundície chamada "Capetinha". Égua, bem a calhar!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

c]Cabra marcado pra morrer






Um jornal australiano obteve um documento do governo americano em que Julian Assange e o Wikileaks são classificados como “inimigos do Estado”.






“Inimigos do Estado” é a mesma categoria em que estão catalogados o Talibã e a Al-Qaeda, por exemplo. Na prática, pela legislação de segurança americana, significa que eles podem ser presos sem processo formal por tempo indeterminado.



Podem também ser executados. Mortos. Eliminados. Como se estivéssemos vivendo o seriado 24 horas.



Onde, no Brasil, o repúdio à perseguição movida pelo governo americano a Assange? Ninguém se importa com ele? Algum colunista brasileiro o defendeu? Assange foi alvo de um único editorial? Ou, por criticar os Estados Unidos, ele não pode ser defendido?



Não só a perseguição americana já passou dos limites. Também a intransigência inglesa em não dar a ele salvo conduto para que pegue um avião rumo ao Equador vai passar para a história como um dos maus momentos da história recente do Reino Unido, em seu alinhamento com a política externa americana.



Assange está confinado na modesta embaixada equatoriana em Londres. Ontem, numa fala na ONU, o ministro das relações exteriores do Equador, Ricardo Patiño, alertou para os riscos físicos que Assange enfrenta em sua presente situação. Lembremos que o pretexto para isso é o sexo que duas suecas fizeram consensualmente com ele.



Por teleconferência, Assange também falou ontem num fórum da ONU. Como sempre, num gesto de elegância, falou menos de si mesmo e mais do soldado Bradley Manning. (Também numa atitude admirável, Assange recusou um prêmio de “liberdade de expressão” concedido pela editora argentina Perfil — que no Brasil é sócia da Abril na Caras — quando soube que também estava sendo homenageado um jornalista do Equador que recebe subvenções americanas e trata a patadas o governo constitucional de Rafael Correa.)



Manning é acusado de ter passado ao Wikileaks os documentos americanos que, entre outras coisas, mostravam a Guerra do Iraque como ela era e é, não como os Estados Unidos fingiam que era.



Manning está preso à espera de julgamento, e pode ser condenado à morte por traição. Até que ativistas fizessem pressão, ele foi submetido a condições degradantes numa cadeia militar americana. Estava privado de qualquer contato com outros presos, e durante boa parte do tempo era impedido de vestir qualquer roupa. Tecnicamente, como lembraram os ativistas, estava sob tortura contínua.



E agora: o mundo vai esperar o quê para gritar pela libertação de Assange? Que ele morra?
(Diário do Centro do Mundo)

Muita calma nessa hora!

Lindberg(PT) é candidato, assim como Pezão(PMDB) também é candidato. É pouco provável que os petistas cometam o mesmo erro de quando retiraram a candidatura de Vladimir Palmeira para apoiar Garotinho; assim como é insensatez se Sérgio cabral fizer tal exigência em relação ao candidato petista.
O resto é barulho do PIG que, desesperado, tenta fazer com que o governo perca aliados, fique enfraquecido e torne a disputa mais equilibrada. Principalmente agora, que ficou esclarecido que Dilma terá 50% do total do tempo disponível às candidaturas presidenciais. ou seja, quem tme que estar deseperado é a oposição, e não o governo que já parte de um patamar confortável e disputando contra candidatos bem fraquinhos, de resto, tal e qual a oposição.

Superávit recorde em janeiro indica solidez fiscal, diz secretário do Tesouro







O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foi cauteloso ao avaliar o recorde do superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) no mês de janeiro, mas comemorou o resultado, que, segundo ele, sinaliza a solidez fiscal do governo. Para ele, ainda é cedo para anunciar se o superávit primário com valores elevados será uma tendência ao longo de 2013, pois trata-se do resultado do primeiro mês do ano.


“O valor é muito alto", disse Augustin, ressaltando que R$ 26,1 bilhões é quase um quarto da meta esperada para o ano. Segundo o secretário, esse resultado tende a auxiliar na compreensão do mercado quanto à solidez da política fiscal do governo.


Hoje (26), o Tesouro Nacional anunciou que o Governo Central registrou, no mês passado, o melhor superávit primário da série histórica para meses de janeiro, com R$ 26,146 bilhões. O superávit primário indica a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida pública. O valor representa 24,1% da meta para o Governo Central no ano, de R$ 108 bilhões.


Para Augustin, esse resultado histórico facilita a renegociação da dívida pública pois sinaliza aos credores o empenho do governo para melhorar as contas e, com isso, a tendência é melhorarem os preços dos títulos brasileiros. “Tanto os nossos títulos negociados no mercado interno quanto os negociados no mercado externo têm indicado um processo de melhoria, com menores taxas, o que é muito bom, pois sinaliza resultados positivos na velocidade de redução entre a relação da dívida pública com o Produto Interno Bruto [PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país].”


De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, isso significa que o Brasil poderá ter uma dívida cada vez menor ante o volume do crescimento da economia do país.


Augustin também anunciou que o Tesouro deverá realizar operações de títulos públicos nas próximas semanas no mercado financeiro internacional. O objetivo é fazer um teste para verificar a aceitação dos títulos brasileiro no exterior. “O objetivo é mostrar, mais uma vez, que os fundamentos da economia brasileira são sólidos. É também um trabalho importante porque as empresas privadas têm no financiamento externo uma fonte importante para continuar seus trabalhos”, disse ele.


(Agência Brasil)

Alegres artilheiros

Segundo meu consultor para assuntos bizarros do blog, um time do Peru(arghhh) vai jogar amanhã na altitude de 3.000 mts de uma cidade, se não estou enganado, na Bolívia. Ainda, me diz o informante, que a receita do departamento médico do clube é ingerir viagra para que os atletas não sintam os efeitos da temida altitude.
Tudo bem que em determinada altura acima do nível do mar a respiração torna-se mais dificultosa. Porém, resta saber se, na comemoração de um gol e diante de tanta descontração advinda desse fato, se a formação daqueles trenzinhos de mau gosto, ou o pulo de algum incauto no colo de eventual artilheiro não irão gerar cena constrangedora causada, sim, pela medicação a ponto de provocar comentários maldosos, do tipo o medicamento servido não cria nada, apenas desperta aquilo que adormecia há anos.
É por isso que um amigo meu defende a tese de que a televisão deveria restringir as imagens da comemoração de certos gols, dada a efusividade excessiva na hora de externar tanta alegria. Credo!

Tudo igual

Com todo o respeito que deve ser dispensado a Zezinho Lima, atual presidente estadual do PTdoB, mas sua investidura à frente da Guarda Municipal de Ananindeua é decisão claramente pautada no desepero, ou seja, no célebre "não tem tu, vai tu mesmo". Como a própria guarda está tipo cabelo de freira, então, o risco é zero de que alguma barbeiragem seja cometida.
Aliás, Zezinho, que na eleição de 2010 fez mais campanha pra Ana Júlia do que muito petista "estrelado", deve ficar atento para o fato do prefeito ananin ter tomado doril, o que aumenta o risco de queimação aos secretários pela péssima administração que inexoravelmente virá, preservando o principal responsável e atirando ao fogo dos infernos da incompetência aqueles que não podem ser responsabilizados por serem apenas auxiliares.
Certo é, até aqui, que o cinturão tucano metropolitano está longe de ser de couro, antes parecendo mais ter sido fabricado em miriti, por isso a população já começa a angustiar-se, pois percebe que Zenaldo e Pioneiro não passam de mais do mesmo do desastre lorótico.

Do jeito que o PIG gosta

(Blog Sujo)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Merdocinema

Semana passada, um cretino(redundância) crítico cinematográfico da Folha de São Paulo qualificou o Festival de Cinema de Berlim como de muito militância e pouco cinema.
Que dirá o intragável Oscar, que premiou como melhor(?) filme o panfleto islamofóbico do marionete Ben Afleck, desmentido cabalmente pelo diplomata canadense Ken Taylor, pois os resgatados após a deposição do Xá Reza Pahlevi só sobreviveram graças à ação da Embaixada canadense, jamais pelo heroísmo de agentes da CIA, conforme panfletado mentirosamente por Afleck. Não por acaso, a dita premiação foi anunciada diretamente da residência do senhor Obama, que vem provando ser imbatível no quesito islamofobia.

Vem aí a roda

Segundo o Repórter da Ditadura(70) de hoje, Zenaldo deve extinguir a Belemtur. Melhor faria se desse a dita cuja de presente ao 'cara de paisagem' Adenauer Góes, titular da Secretaria Estadual de Turismo. Assim, juntariam a fome com a vontade de comer e talvez daí resultassem vários convescotes. A Secretur(é essa a sigla?) não tem sede, mas está cheia de planos mirabolantes, dignos da criatividade do anãozinho Tatoo daquela finada série. Já a tal Belemtur tem sede e nada mais.
Com efeito, juntas não valem um centavo, separadas não valem um tostão. No entanto, poderiam muito bem render uma daquelas xaroposas matérias dominicais tão a gosto do papelucho maiorânico a respeito da parceria entre entes governamentais do município e estado como a grande invenção da roda das atuais administrações. Égua!!

O que está acontecendo?

Creio que é a primeira vez, desde que o ICMS foi instituído como o principal tributo do estado, que Belém perde a liderança no recebimento de sua cota-parte. Segundo dados divulgados pela SEFA, no Diário Oficial do dia 18 último, a cota da capital ficou em R$30.315.891,73; enquanto Parauapebas recebeu R$33.330.914,74.
Naquela parcela(25%) em que os critérios da distribuição levam em conta o tamanho da população, o tamanho do território e há ainda uma parte dividida entre todos igualmente, é evidente que Belém leva nítida vantagem.
Porém, quando entram nos cálculos finais outros componentes do tal Valor Adicionado(VA), que representam 75% daquilo que é distribuido entre os municípios, que englobam valor das mercadorias, prestação de serviços, gastos com transporte, energia elétrica, combustíveis, lubrificantes aí a porca torce o rabo e desnuda a triste condição de Belém, a de ser uma cidade que nada produz, vivendo quase que exclusivamente daquilo que é importado de outras praças e parecendo ter uma economia estagnada, por isso chegou nessa situação.

Decreto zenáldico era de inspiração lorótica, logo, de efeito meramente midiático

Pois é, o Decreto Municipal Nº72.744/13, que, entre outras medidas de austeridade, visava a redução das despesas com pessoal, através do corte na concessão de horas extras; e reduzir em 30% o percentual de ocupação em cargos comissionados, foi mandado ás favas na sexta-feira(22), quando o Diário Oficial do Município trouxe a 'bagatela' da nomeação de cento e setenta e seis(176) assessores especiais, farra completada com a concessão de dezenas de gratificações de tempo integral a felizardos que o dito decreto lorótico/zenáldico não atingiu.
Essas quase duas centenas de nomeados, preenchem tranquilamente umas duas ou três galerias de fotos de celebridades(?) locais, semanalmente publicadas naquela revistinha do papelucho maiorânico, Troppo, por sinal, a melhor pista para localizar a maioria desses 'aspones'. Credo!

Projeto anticorrupção enfrenta divergências




O governo federal trabalha para conseguir chegar a um consenso com o PMDB que permita a aprovação do projeto de lei que prevê a punição de empresas pela prática de corrupção ainda neste ano. O Projeto de Lei nº 6.826 foi citado na mensagem da presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional na abertura do ano legislativo como sendo uma das prioridades do governo e uma "medida de extrema importância para a prevenção e combate à corrupção na administração pública federal". No entanto, o PT anda tenta negociar com o partido aliado alguns pontos da proposta, que em junho do ano passado recebeu um voto em separado do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - hoje líder do partido na Câmara - que altera substancialmente o projeto original, de autoria do Executivo.

O Projeto de Lei nº 6.826 tramita em caráter conclusivo em uma comissão especial da Câmara dos Deputados e ainda precisa passar pelo Senado. De acordo com o relator da proposta, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), a expectativa é a de que ele consiga negociar com o PMDB as divergências que ainda existem entre as posições dos dois partidos. "Em cima do voto em separado [de Eduardo Cunha] estamos conversando sobre essas divergências", diz. O deputado afirma que em torno de 90% dos pontos de conflito já foram acordados entre PT e PMDB, mas que ainda restam algumas questões a serem negociadas. "Existem opiniões no governo de que já cedemos demais", diz.

Zarattini, no entanto, levará o projeto à votação na comissão apenas quando obtiver um consenso, para que consiga sua aprovação por unanimidade. Do contrário, diz, o PMDB levará a proposta a plenário e ela corre o risco de jamais ser colocado em pauta. "É melhor caminharmos para um acordo para termos uma lei que não será perfeita, mas que representará um avanço, do que não termos lei nenhuma".

As divergências entre PT e PMDB envolvem principalmente a forma de responsabilização e as sanções previstas para as empresas que corrompem funcionários públicos. A proposta original, praticamente mantida por Zarattini, prevê a responsabilidade objetiva de pessoas jurídicas nas esferas administrativa e cível por atos de corrupção - ou seja, não será necessário provar que a empresa cometeu ilícitos, bastando que se prove que ela foi beneficiada por eles. Já o voto em separado de Eduardo Cunha estabelece que a responsabilidade é objetiva no âmbito administrativo, mas sanções mais duras, como a suspensão de atividades, exigirão prova de culpa ou dolo no âmbito cível. Cunha também alterou algumas sanções do projeto. Ele limita, por exemplo, a aplicação da multa de 0,1% a 20% do faturamento bruto da empresa ao valor do bem ou serviço contratado entre ela e o poder público e estabelece que a sanção não poderá exceder 50% do patrimônio líquido da companhia.

De acordo com o advogado Bruno Maeda, do escritório Trench, Rossi e Watanabe e do Instituto Brasileiro de Direito Empresarial (Ibrademp), essas regras podem não atender aos preceitos da convenção internacional de combate à corrupção da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual o Brasil é signatário. "As limitações das sanções são o que mais nos preocupam no substitutivo", afirma. Mas o advogado Thiago Jabor, sócio do Mattos, Muriel Kestener Advogados, diz que as divergências entre as duas versões do projeto são técnicas. "Mas a importância do projeto já foi compreendida pelos parlamentares e pelo empresariado", diz.- Do Valor Economico/via Os Amigos do Presidente Lula.

Elio Gaspari defende com unhas e dentes o entulho deixado por Golbery

Como Elio Gaspari foi do velho Partidão e depois se tornou confidente do General Golbery, fazendo, a partir daí, uma carreira de jornalista mordaz e corregedor de todos os hábitos do país, ele se dá o direito de não só inventar tolices nas suas colunas, como também enganar os mais desavisados.

Defende as suas teses principalmente a partir da falsificação da posição dos seus adversários de opinião. Para defendê-las, Elio sempre desqualifica os seus adversários com textos de estilo ferino, que não raro beiram a difamação. Os que se sentem agredidos raramente se defendem, não só porque ele não publica as respostas na sua coluna, mas porque talvez temam despertar nele uma ira ainda maior, que também não abre espaços para o contraditório.

Já fui alvo algumas vezes das suas distorções e falsificações, mas sobre este tema da reforma política preciso responder formalmente, porque se trata de um assunto extremamente relevante para o aperfeiçoamento democrático do país, sobre o qual existem divergências elevadas, tanto dentro da esquerda como da direita democrática.

A estratégia usada por Elio Gaspari para promover suas crônicas foi muito comum na época da ditadura, quando o SNI - através de articulistas cooptados - recheava de informações manipuladas a grande imprensa, sobre a “subversão” e as “badernas estudantis”. O regime tentava, desta forma, tanto manter o controle da opinião pública, como dividir a oposição legal e a clandestina, num cenário em que povo já estava cansado do regime. Elio Gaspari parece que se contaminou com este vício e combinou-o com uma arrogância olímpica: desqualifica todo mundo, não respeita ninguém, o que pode significar uma volúpia de desrespeito a si mesmo, ensejada pela sua trajetória como jornalista com idéias muito próximas de um ceticismo anarco-direitista.

Vários dirigentes políticos, tanto da oposição como da situação - da direita e da esquerda - que não estão satisfeitos com o sistema político atual, debatem uma saída: uma reforma política para melhorar a democracia no país. Todos sabemos que não existe um sistema ideal e perfeito, mas que é possível uma melhora no sistema atual, que pode tornar mais decente a representação e os próprios partidos. Este debate para melhorar a democracia e dar maior coerência ao sistema de representação tem despertado a santa ira de Elio Gaspari, que dispara para todos os lados, mas nunca diz realmente qual é a sua posição sobre o assunto.

No seu artigo “O comissariado não toma jeito”, no qual sou citado nominalmente como defensor de fisiologismos, ele atinge o auge na deformação das opiniões de pessoas que ele não concorda. Vincula, inclusive de maneira sórdida estas opiniões a dirigentes políticos condenados na ação penal 470, para aproveitar a onda midiática que recorre diariamente a estas condenações, não só para desmoralizar a política e os partidos, mas para tentar recuperar os desastrados anos do projeto neoliberal no país, nos quais, como todos sabemos, não ocorreu nenhuma corrupção ou fisiologismo.

As deformações de Elio são explícitas quando ele examina dois pontos importantes da reforma política: o “voto em lista fechada” e o “financiamento público” das campanhas eleitorais. Sobre o voto em lista “fechada” ele argumenta, em resumo, que a “escolha deixa de ser do eleitor”, que vota numa lista preparada pelo Partido, que captura o seu direito de escolha.

Pergunto: será que Elio não sabe que a escolha na “lista aberta” (sistema atual), é feita, também, a partir de uma relação de nomes que é organizada pelos Partidos? E mais: será que Elio não sabe que a diferença entre um e outro sistema é que, no atual, o voto vai para a “fundo” de votos da legenda e acaba premiando qualquer um dos mais votados da lista, sem o mínimo nexo com a vontade do eleitor? Repito, qualquer um da lista, sem que o eleitor possa saber quem ele está ajudando eleger!

Na lista fechada é exatamente o contrário. O eleitor sabe em quem ele está votando. E sabe da “ordem de preferência”, que o seu voto vai chancelar, a partir do número de votos que o Partido vai amealhar nas eleições. O eleitor faz, então, previamente, uma opção partidária - inclusive a partir da qualidade da própria lista que os Partidos apresentaram - e fica sabendo, não só quem compõe a lista do seu partido, mas também a ordem dos nomes que vão ter a preferência do seu voto.

Na lista aberta, ao invés de crescer o poder político dos partidos - que Elio parece desprezar do alto da sua superioridade golberyana - o que aumenta é o poder eleitoral pessoal de candidatos que, neste sistema de lista aberta, carreiam os votos dos eleitores para qualquer desconhecido. Por mais respeito humano que se tenha por figuras folclóricas que ajudam eleger pessoas com meia dúzia de votos, não se pode dizer que a sua influência pessoal possa ser melhor que a influência das comunidades partidárias, por mais defeitos que elas tenham.

A tegiversação sobre o financiamento público das campanhas não é ridícula, porque é simplesmente uma falcatrua argumentativa. Elio diz que este tipo de financiamento não acabará com o “caixa 2” e que tal procedimento vai levar a conta para o povo, que ele chama gentilmente de “patuléia”. Vejamos se estes argumentos são sérios.

Primeiro: ninguém tem a ilusão de acabar com o “caixa 2”, que acompanhará as campanhas, enquanto tivermos eleições. O que devemos e podemos buscar é um sistema que possa diminuí-la, substancialmente, através - por exemplo - de um controle “on line”, de todos os gastos das campanhas, num sistema financiado por recursos conhecidos e previamente distribuídos aos partidos.

Este sistema certamente diminuirá a dependência dos partidos em relação aos empresários e permitirá um controle mais detalhado dos gastos, pois cada partido terá um valor previamente arbitrado, para ser fiscalizado à medida que os recursos forem sendo gastos. Reduzir, portanto, a força do poder econômico sobre as eleições, este é o objetivo central do financiamento público.

Quanto à transferência das despesas para o povo, qualquer aluno do General Golbery - digo aqui da modesta situação de fisiológico que me foi imputada - sabe que as contribuições dadas pelas empresas aos partidos e aos políticos, são “custos” de funcionamento de uma empresa, que integram o preço dos seus produtos e serviços, que são comprados pelo consumidor comum ou pelo Estado.

Quem paga por tudo, sempre, é o povo que trabalha e compra e o Estado que encomenda, compra e paga. O defensor da patuléia, portanto, não está defendendo nem a “viúva” metafórica nem o Estado concreto. Está, sim, defendendo a atual influência do poder econômico sobre os processos eleitorais, de uma forma aparentemente moralista, mas concretamente interessada: acha que o sistema assim está bem. Uma forma de fisiologismo altamente disfarçado. O alto comissário do Golbery não toma jeito.
(Tarso Genro- Carta Maior)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

A colaboração do Arcebispo de Belém, entre outros, com a ditadura militar.

As Igrejas Cristãs que atuam no Brasil de forma ecumênica deverão dispor ainda este ano de informações sobre a colaboração de padres, bispos, pastores e leigos com a repressão política durante a ditadura de 1964. Um grupo de pesquisa, integrado por cientistas sociais e políticos, além de líderes eclesiásticos, já está dando os primeiros para realizar essa tarefa.

Antes mesmo de serem iniciados os trabalhos, já foram identificados foram identificados vários colaboradores, entre os quais três arcebispos já falecidos. São eles o ex-arcebispo de Belém (PA), d. Alberto Gaudêncio Ramos e seus colegas, da corrente tradicionalista da Igreja, d. Geraldo Sigaud, de Diamantina (MG), e d. Antônio de Castro Meyer de Campos (RJ), um dos fundadores, ao lado de Plinio Corrêa de Oliveira, da organização de extrema-direita Tradição, Família e Propriedade, a TFP.

D. Alberto era uma das principais fontes de denúncias contra os seus colegas e subordinados, na Igreja Católica da Amazônia. Já d. Sigaud liderou uma campanha contra seu colega d. Pedro Casaldáliga, de São Félix do Araguaia e contra d. Tomás Balduíno, da ordem dominicana, de Goiás Velho/GO. Com base em dossiês preparados por Sigaud e Meyer, o governo militar decidiu expulsar Casaldáliga do Brasil. Para a ditadura, d. Pedro, por ser catalão, estava proibido de denunciar problemas brasileiros, como o fez em uma carta em que denunciava o caráter escravocrata do latifúndio na região amazônica.

A ameaça de expulsar Casaldáliga provocou uma discreta, mas objetiva e imediata reação do papa Paulo VI. Em reunião com seu staff, declarou que pela primeira vez na história da diplomacia do Vaticano, a Igreja poderia romper as suas relações com o Brasil. À ameaça abortou, de acordo com o relato do ex-cardeal arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns.

D. Eugênio
Entre as personalidades da Igreja permanentemente vigiadas por colaboradores da repressão está também incluído o ex-cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, d. Eugênio de Araújo Sales. Investigações oficiosas em andamento, feitas por organizações de Direitos Humanos, indicam que d. Eugênio era espionado por assessores do seu próprio staff. A mesma espionagem atingiu um outro arcebispo de Natal/RN, d. Nivaldo Monte.

Ele promoveu, nos anos 70, uma reunião reservada com o governador do Rio Grande do Norte José Cortez Pereira e o clero arquidiocesano. No dia seguinte, foi convidado a comparecer ao comando do então IV Exército (atual Comando Militar do Nordeste), em Recife, onde foi questionado sobre vários itens de sua palestra para o clero sobre a situação socioeconômica do seu Estado.

Deops
Outro ponto a ser levado ao grupo de trabalho das igrejas é o funcionamento informal e ilegal, durante a ditadura de uma "delegacia" no Deops paulista, no centro paulistano, dedicada especialmente às denúncias de clérigos e de pastores contra seus colegas.

Entre os colaboradores dessa "delegacia" – chefiada pelo delegado Alcides Cintra Bueno – estava o jornalista Lenildo Tabosa Pessoa, do jornal "O Estado de S. Paulo". Formado em Filosofia e em Teologia na Universidade Gregoriana de Roma, Lenildo dispunha da formação adequada para participar, até mesmo, no interrogatório de integrantes das pastorais católicas, presos pela repressão...
(Dermi Azevedo,  jornalista e cientista político- Carta Maior)

Tiro no pé

Pelo caminhar do ardil midiático, Aébrio Never é carta quase fora do baralho da sucessão presidencial. Não adianta juras de amor a FHC e seu legado(risos), não adianta qualquer manifestaçãopública da devoção ao credo neoliberal e muito menos a pose do bom moço que promete guardar distância da "mamadeira noturna". Nada disso convence os 'Judith Boys and Girls' de sua competitividade, de resto bastante vulnerável à simples exposição de um vídeo de alguns segundos.
Assim, a nova tática impõe o lançamento de várias candidaturas, quantas mais melhor, de Marina Silva a Cristovam Buarque; de Aébrio a Eduardo Campos; e, pasmem, passando pela volta da turma da Casa da Dinda, sem medo da repetição da farsa em forma de tragédia, tudo a fim de equilibrar o jogo e, na perspectiva da garantia de um segundo turno, as deseperadas gangues midiáticas terem a opção de escolher aquela que julguem mais apta a quebrar a hegemonia petista de 12 anos.
Infelizmente, para eles, é pouco provável que essa tática dê o resultado esperado, correndo até o risco de representar um tiro no pé do tucanato, na medida em que as candidaturas postas têm mais possibilidades de dividir os já parcos votos da "oposiçao fraquinha", sendo quase insignificante o percentual que subtrairãodo governo, este, então, pode acabar sendo o grande beneficiário da tal pulverização. Depois, alguns dos derrotados voltam aninhar-se nos braços nos aconchegantes braços governistas, fortalecendo-o ainda mais e praticamente garantindo uns oito anos de domínio petista, além dos 12 atuais, dada a insignificância da oposição que sairá das urnas. Por isso dizem que o apressado come cru.

A crise existencial da incipiente indústria paraense.

A volta dessa aporrinhante lenga lenga, da lesividade dos feriados na produção industrial paraense, depõe mais contra a indústria do que contra os feriados. Esses são eventos que levam às pessoas a consumir em shoppings, balneários, cinemas, teatros, enfim, colocam pra funcionar os espaços de lazer. Se a idústria não abastece esses espaços com produtos que ali são consumidos em grandes volumes nessas datas, execre-se a notória incompetência da indústria.
Por sinal, ontem, no papelucho maiorânico, responsável pela pachorrenta e jmprocedente imprecação contra os feriados, há uma nota revelando um clamor ao presidente da Federação das Indústrias do Pará, para que reative o Serviço Social da Indústria de Bragança, que se encontra fechado há anos. Ora, se tratam com desdém a qualificação do pessoal responsável pela fabricação dos seus produtos, claro fica que não passa de sartreanismo de fancaria essa demonização de outros eventos, indevidamente responsabilizados pela incipiência infernal de nossa indústria. Paciência!

23/02/2013 INGLATERRA, DA ECONOMIST, É REBAIXADA PELA MOODY'S



Classificação de risco do país administrado por David Cameron já não é mais AAA; até recentemente, a revista inglesa The Economist praguejava contra o Brasil



NOVA YORK, 22 Fev (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's reduziu nesta sexta-feira o rating da dívida do Reino Unido de "Aaa" para "Aa1", citando uma fraqueza na perspectiva de crescimento da economia britânica no médio prazo que deve se estender por anos.
A Moody's é a primeira das principais agências a derrubar o Reino Unido de sua classificação mais alta. A Moody's voltou a atribuir a perspectiva "estável" para o rating, enquanto tanto a Standard & Poor's quanto a Fitch mantêm perspectivas negativas.
A notícia provavelmente vai intensificar críticas do Partido Trabalhista em oposição ao programa de austeridade do ministro das Finanças, George Osborne, cujo plano está dois anos atrasado em relação a sua meta original de eliminar em larga escala o déficit orçamentário britânico até 2015.
A Moody's disse que, apesar de consideráveis forças econômicas, o crescimento deve ser fraco devido à combinação de atividade econômica global mais reduzida e ao impacto na economia britânica "do contínuo processo de deslavancagem dos setores público e privado".
A tendência de crescimento para a economia britânica é de entre 2 por cento e 2,5 por cento, disse a analista de rating soberano da Moody's Sarah Carlson em entrevista à Reuters.
"Vemos o crescimento se recuperando lentamente em direção a essa tendência (...) mas, se você levar em conta uma combinação das dinâmicas de crescimento e fiscais, o resultado é que o peso da dívida sobre o Produto Interno Bruto (PIB) atinge o pico em 2016, significativamente mais tarde do que o esperado há alguns anos", completou.
A Moody's estima que a proporção da dívida sobre o PIB do Reino Unido atinja seu ponto máximo em 2016 a 96 por cento, contra apenas pouco menos de 90 por cento agora.
"É um acontecimento bastante importante. Não vemos uma grande reação no mercado porque é tarde no horário de Nova York. Mas veremos vendas mais agressivas quando os mercados abrirem (na Ásia) no domingo", disse a diretora de operações da BK Asset Management em Nova York, Kathy Lien.
(Sintonia Fina)

Miopia

Em entrevista publicada ontem/hoje no Diário do Pará, o pesquisador da UFPA, Aiala Colares, revela um dado alarmante, divulgado pelo IBGE, a respeito da segurança pública em nosso estado: mais de 63% da nossa população não acredita na segurança pública que o governo do estado oferece, daí viverem sob forte estado de tensão. Se levamos em conta que ainda existem municípios, em nosso imenso território, em que a tranquilidade ainda impera por que a bandidagem felizmente lá ainda não chegou, então, esses números chegam perto dos 100%.
A Região Metropolitana de Belém; ali no Sudeste do estado, no entorno de Marabá; na região guajarina, nas imediações de Abaetetuba, onde existe forte presença do tráfico de drogas e ausência de uma política governamental de combate a ele, os índices de criminalidade são assustadores. Tão assustadores que a SEGUP já nem os considera mais em seus registros, apenas declara ser acerto de contas e...deixa prá lá, conforme rezam os ensinamentos de um conhecido alcaide recém eleito.
Enquanto isso, cidades do Pará, como Ananindeua e Marabá, vão ultrapassando as fronteiras nacionais e colocando-se entre as mais violentas do mundo, em razão dos milhares de jovens que anualmente são vítimas desse flagelo, mitigado apenas no conformista discurso do secretário, de resto, seguidor da velhaca retórica tucana alckmista, de que esse é um problema do governo federal que não consegue fechar nossas fronteiras à passagem da droga.
Infelizmente, vivemos sob o signo desse discurso velhaco e perversamente conveniente aos interesses do governo tucano paraense, que negligencia seu papel ao ocultar sua incapacidade na responsabilização alheia. Já que  tudo pode ser colocado nas costas do "culpado"(o governo federal), então, a inapetência para enfrentar o problema, além da falta de um planejamento estratégico que crie políticas públicas de inclusão dos jovens, assim evitando que eles seja alvo fácil dos traficantes, serão maquiadas pela caríssima propaganda enganosa veiculada na mídia e o problema está resolvido(credo!). Claro que não está. Só serve de incentivo para que o delegado Luis Fernandes dirija-se á população e, na maior cara de pau, desminta os fatos vividos pela população. Lamentável! 

Lá vem o golpe!

Depois de passar quase vinte anos impávidas cobrindo as barracas do Ver-O-Peso, sem que até aqui tenha aparecido um furinho sequer nelas, agora surge uma conversa escabrosa dizendo que aquelas lonas importadas da Itália não servem, por conta do nosso clima e blábláblábláblá.
Tudo conversa pra camarão nadar de costas, pois é flagrante que estão ainda em bom estado de conservação e aptas ao uso, inclusive em melhor estado de uso do que as da feira clone, ali na Cidade Nova IV, próximo a lateral do supermercado Yamada, que até aqui só sentiram as águas da chuva. Lá, sim, parece cueca de carvoeiro de tão encardidas que estão.
Recorde-se que, durante os anos petistas à frente da PMB, anualmente, durante o aniversário da cidade, as tais lonas eram lavadas e sempre apresentavam bom aspecto. Depois que entrou o voraz larápio D. Costa é que a situação ficou do jeito que se encontra, porém, nada que uma boa limpeza não resolva.
Por isso, substituir as tais lonas dá pinta de que há uma "pontinha" no ar, em forma de propina, para quem conseguir agenciar a ameaçadora negociata. Concluida a dita cuja, a negociata, certamente a grana será deslocada de alguma outra atividade, provavelmente a que garante a manutenção de nossas feiras livres, algumas das quais precisando urgentemente de melhorias, enquanto outras têm que passar por frequentes ações de manutenção a fim de oferecer as mínimas condições de higiene aos usuários que as frequentam. No frigir dos ovos, tudo indica, estamos próximos a experimentar mais do mesmo, ou seja, ver "probos administradores" sairem mais ricos, ao final de suas passagens pelo serviço público; e a cidade assistir a deterioração de alguns de seus mais diletos equipamentos públicos, pois, segundo a lenga lenga esfarrapada, "não havia recursos suficientes à sua manutenção". Triste!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Mil dias de cadeia sem julgamento


“Yoani denuncia Cuba e está livre. Bradley Manning denunciou atrocidades dos EUA e pode ser condenado à morte”
— Roberto Locatelli


O calvário de Bradley Manning, o recruta acusado de ter vazado documentos para o Wikileaks.
1000 dias preso sem julgamento
1000 dias preso sem julgamento
A Personalidade do Ano, segundo os leitores do Guardian, foi Bradley Manning.
Clap, clap, clap. De pé.
Só que Manning está na cadeia há mil dias, completados hoje, sob a acusação de ter vazado os célebres documentos com os quais o Wikileaks mostrou ao mundo a natureza da Guerra do Iraque.
Sem julgamento, além de tudo.
Um leitor do Guardian expressou assim sua escolha por Manning: “Ele se manteve firme em sua batalha pelo uso democrático da informação, a despeito da imensa pressão física, moral e psicológica posta sobre ele por seus superiores bas Forças Armadas, incluído o presidente dos Estados Unidos.” Palavras do editor do Guardian que coordenou o projeto: “Aprendemos um bocado sobre nossos leitores e sobre nossos herois “.
Manning, se fez mesmo o vazamento, o que é provável, combateu o bom combate. Não é à toa que muitas pessoas o indicaram para o Nobel da Paz. Mas o que ele ganhou mesmo foi um regime de prisão solitária capaz de destruir a sanidade rapidamente. Manning só saiu da solitária por pressão de ativistas, entre os quais se destaca o jornalista americano Glenn Greenwald. Greenwald foi a primeira voz a denunciar as condições desumanas em que vivia Manning.
Graças ao vídeo vazado, o mundo pôde ver o que era a Guerra do Iraque. Pôde ver, também, o caráter das guerras movidas no Oriente Médio pelos Estados Unidos em nome da civilização e da democracia. Pôde ver, ainda, o terror da Guerra ao Terror.
Os iraquianos viviam melhor sob Saddam Hussein do que sob os americanos. Da mesma forma, os afegãos viviam melhor sob o Talibã do que sob os americanos.
Manning contribuiu para que todos pudéssemos entender melhor as coisas.  Você não resolve um problema se não consegue enxergá-lo. Manning nos ajudou a todos a enxergar o problema.
Pessoas nas ruas comemoram a
chegada das tropas americanas
A humanidade como que acordou depois dos vazamentos atribuídos a Manning. A Primavera Árabe é, em boa parte, fruto dos documentos que foram publicados. A corrupção e a violência de governos de países como o Egito e a Tunísia ficaram dramaticamente expostas. E isso foi essencial para que as pessoas tomassem as ruas e varressem administrações predadoras — apoiadas, aliás, pelos Estados Unidos.
A Primavera Árabe acabou contagiando até os americanos. O movimento Ocupe Wall St foi inspirado nela.
Com tudo isso, a agenda planetária mudou. Foi numa atmosfera internacional de protesto e inconformismo que emergiram estatísticas que mostram a espetacular concentração de renda ocorrida nos países ricos nos últimos trinta anos. Bradley Manning está na origem dessa mudança formidável que vai se operando no mundo.
Por isso é um herói, como reconheceram os leitores do Guardian. 
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo

Na surdina, Congresso pode dar um golpe nos trabalhadores



Para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal, de que o veto de Dilma Rousseff à alteração das regras de distribuição de royalties do petróleo só possa ser analisado após a análise de outros 3 mil vetos, o Congresso está desenterrando alguns esqueletos. Alguns com cara de bem feia.


Há parlamentares que, na surdina, estão se articulando para que um dos vetos presidencial, em especial, seja derrubado: o que trata da chamada Emenda 3.


A emenda, que integrou o projeto que criou a Super Receita, propõe que auditores fiscais federais não possam apontar vínculos empregatícios entre empregados e patrões, mesmo quando forem encontradas irregularidades. Apenas a Justiça do Trabalho, de acordo com o texto, é que estaria autorizada a resolver esses casos. Na prática, a nova legislação tiraria o poder da fiscalização do governo, o que dificultaria o combate ao tráfico de pessoas, ao trabalho escravo, ao trabalho infantil e a terceirizações ilegais que burlam direitos do trabalhador.


Originalmente, a emenda foi proposta atendendo à solicitação de empresas de comunicação e de entretenimento que contratam funcionários por meio de pessoas jurídicas, conhecidas como “empresas de uma pessoa só”. O problema é o efeito colateral que isso pode criar para o restante da sociedade.


O Congresso Nacional aprovou a emenda, mas o então presidente Lula a vetou em março de 2007. Na época, trabalhadores foram às ruas para apoiar o veto – milhares de metalúrgicos fizeram passeatas na região do ABC, metroviários cruzaram os braços e bancários protestaram na capital paulista. Com as manifestações, a medida foi posta em compasso de espera, uma vez que assustaram deputados e senadores favoráveis à medida. Agora, como parte da discussão sobre o pacote de vetos, reapareceram articulações, contando com a breve memória do brasileiro e com a dificuldade de analisar atentamente uma única matéria quando são milhares os vetos discutidos ao mesmo tempo.
(Blog do Sakamoto)

Simão Lorota e o Haiti

Em janeiro, enquanto Simão Lorota e sua intrépida troupe preparavam seus esqueletos para os requebros às custas do dinheiro público na Marques de Sapucaí, o Pará perdia 3000 postos de trabalho, continuando a célere marcha...ré na nossa economia, por conta dessa inação governamental. Curioso é que a arrecedação federal em nosso estado cresceu algo em torno de 15% no mês passado, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, algo que projeta uma arrecadação recorde para este ano, no entanto, com a perspectiva de não aproveitamento, conforme demonstrou o deputado Cláudio Puty, em artigo publicado domingo passado, porque o governador cortou os investimentos estatais que deveriam alavancar o nosso desenvolvimento, bem como deu de ombros para as obras estruturantes deixadas pelo governo passado.
E como desgraça só quer começo, Belém manteve-se entre as capitais 'top de linha' no quesito custo de vida, registrando a 3ª maior inflação do país. Enquanto a maioria das capitais pequisadas obteve números abaixo dos verificados no mês correspondente do ano passado, o custo de vida para os belenenses ficou praticamente igual ao verificado como média nacional em fevereiro de 2012, o que nos coloca nesse triste pódio.
Não fossem os programas de erradicação da miséria, bancados pelo governo federal, certamente estaríamos vivendo os terríveis tempos fernandohenriquistas, quando a pobreza absoluta atingia mais de 54% de nossa população e provava por A+B que o Haiti era aqui. Com o perdão da rima infame, se o Haiti é ou não aqui, certo é que Simão Lorota não está nem aí. Credo!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Fernando Morais: O outro Brasil, de Lula e Dilma

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Por Fernando Morais, especial para o 247
A festa de celebração dos 10 anos de governo do PT, realizada nesta quarta-feira, me fez lembrar de um episódio ocorrido em 2002, durante a vitoriosa campanha de Lula. 
No começo de junho daquele ano fui chamado para um encontro com o ex-governador Orestes Quércia, presidente do Diretório Estadual do PMDB, partido ao qual eu era – e sou – filiado. Sem muitos prolegômenos, ele foi direto ao assunto: o partido me convidava para ser candidato a governador de São Paulo. Ele, Quércia, disputaria uma das duas vagas de senador em jogo naquelas eleições. 
Mal refeito do susto, respondi que era uma honra etc etc, e que eu aceitava – mas havia uma questão que certamente inviabilizaria minha candidatura. Eu estava decidido a fazer a campanha de Lula e votar nele para presidente, a despeito da decisão da direção nacional do partido de apoiar José Serra. A aliança com os tucanos havia sido cimentada com a indicação da senadora Rita Camata, do PMDB capixaba, para vice de Serra. Para minha surpresa, Quércia topou, mesmo sabendo que sua decisão poderia implicar em uma intervenção da direção nacional na Executiva paulista. Estendeu-me a mão a anunciou: “Então está fechado. E você não vai sozinho com o Lula. O PMDB paulista, como um todo, vai apoiá-lo para presidente.”
Durante dois meses eu acordava todos os dias às seis da manhã, chovesse ou fizesse sol, pegava um avião e saía pelo Estado pedindo votos. Nesse período devo ter percorrido mais de cem municípios. Participei de um único debate, na TV Bandeirantes – do qual saí com um processo movido contra mim pelo governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin, do PSDB. Minha pele foi salva pelos craques Manuel Alceu Afonso Ferreira e Camila Cajaíba, meus defensores. Derrotado na Justiça, o governador ainda teve que pagar as custas do processo – os tais “honorários de sucumbência” – dinheiro que eu pretendia que fosse doado ao MST, mas que acabou sendo destinado ao Fundo Social de Solidariedade de São Paulo. Anos depois recebi um polido telefonema de Alckmin, sugerindo que puséssemos uma pedra sobre o assunto. Mas isso é outra história.
Minha campanha foi muito difícil. Embora tivesse que enfrentar pesos-pesados com máquinas poderosas, como Alckmin, Maluf e Genoíno, eu contava com pouquíssimos recursos e estrutura muito precária. Com índices miseráveis nas pesquisas (acho que nunca passei dos 5%), eu apostava no grande trunfo do PMDB: no horário eleitoral eu iria dispor de cinco minutos diários – que na verdade eram dez minutos, já que o programa era exibido duas vezes por dia. Quem quer que tenha elementar noção do poder da televisão sabe que cinco minutos diários na TV são uma eternidade. E era na TV que eu pretendia virar o jogo.
No dia 15 de agosto, quando faltavam duas semanas para a estreia do horário eleitoral, liguei para o marqueteiro contratado pelo PMDB para sugerir que começássemos a gravar meus pilotos para o programa de televisão. Para meu espanto, o publicitário respondeu que na primeira semana o horário do partido seria integralmente ocupado por Quércia – que já dispunha dos três minutos destinados ao candidato ao Senado.  “São ordens do próprio Quércia”, reiterou, “e eu obedeço ordens de quem paga as minhas contas”. Para encurtar a conversa, no dia seguinte denunciei a tramoia publicamente e retirei minha candidatura.
Entrei na campanha do PT e passadas algumas semanas fui convidado a participar de um ato de artistas e intelectuais em apoio a Lula no Rio de Janeiro. Ao chegar ao salão apinhado de gente (acho que era na churrascaria Porcão), fui informado de que eu falaria “em nome dos escritores”. Apanhado de surpresa, eu não sabia direito o que dizer. Foi então que me lembrei que trazia na mochila uma preciosidade: um poema escrito em 1926 por Gilberto Freyre que me fora mandado dias antes por e-mail por uma amiga de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Na verdade eu ignorava que o autor de “Casa Grande e Senzala” era dado à poesia. Mas não tinha dúvidas de que aqueles versos septuagenários de pouco mais de trezentas palavras caíam como uma luva para o momento vivido pelo Brasil, na iminência de eleger pela primeira vez um operário para a Presidência da República. O poema parecia atual também pela circunstância de que dias antes a atriz Regina Duarte aparecera no programa de TV de José Serra afirmando “ter medo” – medo, claro, de que Lula ganhasse a eleição. Enquanto Regina falava em medo, Gilberto Freyre semeava esperança.
Quando chamaram meu nome, subi ao palco e anunciei que, em vez de fazer um discurso, eu leria uma ode à esperança, o poema de Freyre:
O outro Brasil que vem aí
Gilberto Freyre, 1926
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
de outro Brasil que vem aí
mais tropical
mais fraternal
mais brasileiro.
O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados
terá as cores das produções e dos trabalhos.
Os homens desse Brasil em vez das cores das três raças
terão as cores das profissões e regiões.
As mulheres do Brasil em vez das cores boreais
terão as cores variamente tropicais.
Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,
todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor
o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.
Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil
lenhador
lavrador
pescador
vaqueiro
marinheiro
funileiro
carpinteiro
contanto que seja digno do governo do Brasil,
que tenha olhos para ver pelo Brasil,
ouvidos para ouvir pelo Brasil,
coragem de morrer pelo Brasil,
ânimo de viver pelo Brasil,
mãos para agir pelo Brasil,
mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis
mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e
norte-americanos a serviço do Brasil
mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem trabalhar).
mãos livres
mãos criadoras
mãos fraternais de todas as cores
mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos,
sem Irineus
sem Maurícios de Lacerda.
Sem mãos de jogadores
nem de especuladores nem de mistificadores.
Mãos todas de trabalhadores,
pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,
de artistas
de escritores
de operários
de lavradores
de pastores
de mães criando filhos
de pais ensinando meninos
de padres benzendo afilhados
de mestres guiando aprendizes
de irmãos ajudando irmãos mais moços
de lavadeiras lavando
de pedreiros edificando
de doutores curando
de cozinheiras cozinhando
de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.
Mãos brasileiras
brancas, morenas, pretas, pardas, roxas
tropicais
sindicais
fraternais.
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.
Emocionado, e diante da emoção daquela multidão, não resisti e repeti o verso final:
Eu ouço as vozes
eu vejo as cores
eu sinto os passos
desse Brasil que vem aí.
À saída Lula me pediu uma cópia do poema, que passou a ler no encerramento de todos os comícios dali em diante.  Na primeira entrevista depois de eleito, ele declarou aos jornalistas: “O mais importante é que a esperança venceu o medo” – expressão que o ágil marqueteiro Duda Mendonça havia transformado em bordão de campanha. 
Seria arriscado afirmar que o poema de Gilberto Freyre tenha sido profético em relação à Revolução de 30 – até porque a primeira providência do grande sociólogo, após a chegada de Vargas ao poder, foi asilar-se em Portugal. Nem acredito que Freyre, se vivo fosse, estaria ao lado dos petistas. Mas ao reler “O outro Brasil que vem aí” é impossível deixar de pensar que o país sonhado no poema começou com Lula. E continua com Dilma.  
Fernando Morais, jornalista e escritor, é autor, entre outros, dos livros “Olga”, “Chatô” e “Os últimos soldados da Guerra Fria”.