Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ninguém nos ama, ninguém nos quer...


Rodrigo Maia(DEM) tem 4% de intenções de votos à prefeitura do Rio de Janeiro, mas 28% de rejeição; José Serra tem 20% de intenções de votos à prefeitura de São Paulo e estratosféricos 43% de rejeição.
Dois ícones da direita brasileira expostos à avaliação da sociedade são repudiados vigorosamente por desempenharem o papel de opositores de tudo aquilo que vem dando certo no país e nos tirou da condição de país mais desigual do continente, fazendo ascender de classe mais de 20 milhões de brasileiros. Nem o PIG salva!

Viva o dízimo!


Cinco mil livros vendidos em três horas, cinco mil pessoas presentes na noite de lançamento do livro, por sinal, em que o ausente foi justamente o autor, no caso o bispo Edir Macedo, intitulado "Nada a Perder".
Se causará frustração ou não, não se sabe. Mas é quase certo que muito pouco será revelado do 'pulo do gato' que permite a nada perder. Faz sentido!

A omissão criminosa do PIG


Afirmação foi feita pela mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira ao juiz federal Alderico Rocha Santos; se deu durante tentativa de chantagem sobre ele, para que tirasse o marido da penitenciária da Papuda; Santos registrou ameaça à Justiça Federal, em julho, como mostra documento obtido com exclusividade por 247

247 – É muito mais surpreendente, perigosa e antiética a relação que une o contraventor Carlinhos Cachoeira e o jornalista Policarpo Júnior, editor-chefe e diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, a julgar pela ameaça feita pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, ao juiz federal Alderico Rocha Santos.

Documento obtido com exclusividade por 247 contém o ofício à Justiça Federal de Goiás, datado de 26 de julho, assinado pelo juiz Rocha Santos, no qual ele relata como foi e quais foram os termos da ameaça recebida de Andressa. A iniciativa é tratada como "tentativa de intimidação". Ele lembrou, oficialmente, que só recebeu Andressa em seu gabinete, na 5ª Vara Federal, em Goiânia, após muita insitência da parte dela.

Com receio do que poderia ser a conversa, Rocha Santos pediu a presença, durante a audiência, da funcionária Kleine. "Após meia hora em que a referida senhora inistia para que este juiz revogasse a prisão preventiva do seu marido Carlos Augusto de Almeida Ramos, a mesma começou a fazer gestos para que fosse retirada do recindo da referida servidora".

Em sua narrativa à Justiça, Rocha Santos afirma que perguntou a Andressa porque ela queria ficar a sós com ele, obtendo como resposta, após nova insistência, que teria assuntos íntimos a relatar, concernentes às visitas feitas a Cachoeira, por ela, na penitenciária da Papuda. Neste momento, o juiz aceitou pedir a Kleine para sair.

"Ato incontinenti à saída da servidora, a sra. Andressa falou que seu marido Carlos Augusto tem como empregado o jornalista Policarpo Jr., vinculado à revista Veja, e que este teria montado um dossiê contra a minha pessoa".

A importância do depoimento oficial obtido com exclusividade por 247 é fácil de perceber. Nunca antes alguém tão próximo a Cachoeira, como é o caso de sua mulher Andressa, havia usado a expressão "empregado" para definir o padrão de relação entre eles. Após essa definição, Andressa disse que Policarpo tinha pronto um dossiê capaz de, no mínimo, constranger o juiz Rocha Santos, a partir de denúncias contra amigos dele. O magistrado respondeu que nada temia, e não iria conceder, em razão da pressão, a liberdade solicitada a Cachoeira. O caso rendeu a prisão de Andressa, que precisou pagar R$ 100 mil de fiança para não enfrentar a cadeia por longo tempo. A fiança foi paga em dinheiro. O juiz, ao denunciar a "tentativa de constrangimento", fez a sua parte. Cachoeira continua atrás das grades, na Papuda. Policarpo Jr. permanece com a sua reputação em jogo. Um dos grampos da Polícia Federal revelou que ele pediu a Cachoeira para realizar um grampo ilegal sobre o deputado federal Jovair Arantes – e conseguiu o que queria.

Show de bola



I. Democracia e autoritarismo social
Estamos acostumados a aceitar a definição liberal da democracia como regime da lei e da ordem para a garantia das liberdades individuais. Visto que o pensamento e a prática liberais identificam a liberdade com a ausência de obstáculos à competição, essa definição da democracia significa, em primeiro lugar, que a liberdade se reduz à competição econômica da chamada “livre iniciativa” e à competição política entre partidos que disputam eleições; em segundo, que embora a democracia apareça justificada como “valor” ou como “bem”, é encarada, de fato, pelo critério da eficácia, medida no plano do poder executivo pela atividade de uma elite de técnicos competentes aos quais cabe a direção do Estado. A democracia é, assim, reduzida a um regime político eficaz, baseado na idéia de cidadania organizada em partidos políticos, e se manifesta no processo eleitoral de escolha dos representantes, na rotatividade dos governantes e nas soluções técnicas para os problemas econômicos e sociais.
Ora, há, na prática democrática e nas idéias democráticas, uma profundidade e uma verdade muito maiores e superiores ao que liberalismo percebe e deixa perceber.
Podemos, em traços breves e gerais, caracterizar a democracia ultrapassando a simples idéia de um regime político identificado à forma do governo, tomando-a como forma geral de uma sociedade e, assim, considerá-la:
1. forma sócio-política definida pelo princípio da isonomia ( igualdade dos cidadãos perante a lei) e da isegoria (direito de todos para expor em público suas opiniões, vê-las discutidas, aceitas ou recusadas em público), tendo como base a afirmação de que todos são iguais porque livres, isto é, ninguém está sob o poder de um outro porque todos obedecem às mesmas leis das quais todos são autores (autores diretamente, numa democracia participativa; indiretamente, numa democracia representativa). Donde o maior problema da democracia numa sociedade de classes ser o da manutenção de seus princípios – igualdade e liberdade – sob os efeitos da desigualdade real;
2. forma política na qual, ao contrário de todas as outras, o conflito é considerado legítimo e necessário, buscando mediações institucionais para que possa exprimir-se. A democracia não é o regime do consenso, mas do trabalho dos e sobre os conflitos. Donde uma outra dificuldade democrática nas sociedades de classes: como operar com os conflitos quando estes possuem a forma da contradição e não a da mera oposição?
3. forma sócio-política que busca enfrentar as dificuldades acima apontadas conciliando o princípio da igualdade e da liberdade e a existência real das desigualdades, bem como o princípio da legitimidade do conflito e a existência de contradições materiais introduzindo, para isso, a idéia dos direitos ( econômicos, sociais, políticos e culturais). Graças aos direitos, os desiguais conquistam a igualdade, entrando no espaço político para reivindicar a participação nos direitos existentes e sobretudo para criar novos direitos. Estes são novos não simplesmente porque não existiam anteriormente, mas porque são diferentes daqueles que existem, uma vez que fazem surgir, como cidadãos, novos sujeitos políticos que os afirmaram e os fizeram ser reconhecidos por toda a sociedade.
4. graças à idéia e à prática da criação de direitos, a democracia não define a liberdade apenas pela ausência de obstáculos externos à ação, mas a define pela autonomia, isto é, pela capacidade dos sujeitos sociais e políticos darem a si mesmos suas próprias normas e regras de ação. Passa-se, portanto, de uma definição negativa da liberdade – o não obstáculo ou o não-constrangimento externo – a uma definição positiva – dar a si mesmo suas regras e normas de ação. A liberdade possibilita aos cidadãos instituir contra-poderes sociais por meio dos quais interferem diretamente no poder por meio de reivindicações e controle das ações estatais.
5. pela criação dos direitos, a democracia surge como o único regime político realmente aberto às mudanças temporais, uma vez que faz surgir o novo como parte de sua existência e, conseqüentemente, a temporalidade é constitutiva de seu modo de ser, de maneira que a democracia é a sociedade verdadeiramente histórica, isto é, aberta ao tempo, ao possível, às transformações e ao novo. Com efeito, pela criação de novos direitos e pela existência dos contra-poderes sociais, a sociedade democrática não está fixada numa forma para sempre determinada, pois não cessa de trabalhar suas divisões e diferenças internas, de orientar-se pela possibilidade objetiva de alterar-se pela própria práxis;
6. única forma sócio-política na qual o caráter popular do poder e das lutas tende a evidenciar-se nas sociedades de classes, na medida em que os direitos só ampliam seu alcance ou só surgem como novos pela ação das classes populares contra a cristalização jurídico-política que favorece a classe dominante. Em outras palavras, a marca da democracia moderna, permitindo sua passagem de democracia liberal á democracia social, encontra-se no fato de que somente as classes populares e os excluídos (as “minorias”) reivindicam direitos e criam novos direitos;
7. forma política na qual a distinção entre o poder e o governante é garantida não só pela presença de leis e pela divisão de várias esferas de autoridade, mas também pela existência das eleições, pois estas ( contrariamente do que afirma a ciência política) não significam mera “alternância no poder”, mas assinalam que o poder está sempre vazio, que seu detentor é a sociedade e que o governante apenas o ocupa por haver recebido um mandato temporário para isto. Em outras palavras, os sujeitos políticos não são simples votantes, mas eleitores. Eleger significa não só exercer o poder, mas manifestar a origem do poder, repondo o princípio afirmado pelos romanos quando inventaram a política: eleger é “dar a alguém aquilo que se possui, porque ninguém pode dar o que não tem”, isto é, eleger é afirmar-se soberano para escolher ocupantes temporários do governo.
Dizemos, então, que uma sociedade — e não um simples regime de governo — é democrática quando, além de eleições, partidos políticos, divisão dos três poderes da república, respeito à vontade da maioria e da minoria, institui algo mais profundo, que é condição do próprio regime político, ou seja, quando institui direitos e que essa instituição é uma criação social, de tal maneira que a atividade democrática social realiza-se como uma contra-poder social que determina, dirige, controla e modifica a ação estatal e o poder dos governantes.
Se esses são os principais traços da sociedade democrática, podemos avaliar as enormes dificuldades para instituir a democracia no Brasil. De fato, a sociedade brasileira é estruturalmente violenta, hierárquica, vertical, autoritária e oligárquica e o Estado é patrimonialista e cartorial, organizado segundo a lógica clientelista e burocrática. O clientelismo bloqueia a prática democrática da representação — o representante não é visto como portador de um mandato dos representados, mas como provedor de favores aos eleitores. A burocracia bloqueia a democratização do Estado porque não é uma organização do trabalho e sim uma forma de poder fundada em três princípios opostos aos democráticos: a hierarquia, oposta à igualdade; o segredo, oposto ao direito à informação; e a rotina de procedimentos, oposta à abertura temporal da ação política.
Além disso, social e economicamente nossa sociedade está polarizada entre a carência absoluta das camadas populares e o privilégio absoluto das camadas dominantes e dirigentes, bloqueando a instituição e a consolidação da democracia. Um privilégio é, por definição, algo particular que não pode generalizar-se nem universalizar-se sem deixar de ser privilégio. Uma carência é uma falta também particular ou específica que se exprime numa demanda também particular ou específica, não conseguindo generalizar-se nem universalizar-se. Um direito, ao contrário de carências e privilégios, não é particular e específico, mas geral e universal, seja porque é o mesmo e válido para todos os indivíduos, grupos e classes sociais, seja porque embora diferenciado é reconhecido por todos (como é caso dos chamados direitos das minorias). Assim, a polarização econômico-social entre a carência e o privilégio ergue-se como obstáculo à instituição de direitos, definidora da democracia.
A esses obstáculos, podemos acrescentar ainda aquele decorrente do neoliberalismo, qual seja o encolhimento do espaço público e o alargamento do espaço privado. Economicamente, trata-se da eliminação de direitos econômicos, sociais e políticos garantidos pelo poder público, em proveito dos interesses privados da classe dominante, isto é, em proveito do capital; a economia e a política neoliberais são a decisão de destinar os fundos públicos aos investimentos do capital e de cortar os investimentos públicos destinados aos direitos sociais, transformando-os em serviços definidos pela lógica do mercado, isto é, a privatização dos direitos transformados em serviços, privatização que aumenta a cisão social entre a carência e o privilégio, aumentando todas formas de exclusão. Politicamente o encolhimento do público e o alargamento do privado colocam em evidência o bloqueio a um direito democrático fundamental sem o qual a cidadania, entendida como participação social, política e cultural é impossível, qual seja, o direito à informação.

II. Os meios de comunicação como exercício de poder
Podemos focalizar o exercício do poder pelos meios de comunicação de massa sob dois aspectos principais: o econômico e o ideológico.
Do ponto de vista econômico, os meios de comunicação fazem parte da indústria cultural. Indústria porque são empresas privadas operando no mercado e que, hoje, sob a ação da chamada globalização, passa por profundas mudanças estruturais, “num processo nunca visto de fusões e aquisições, companhias globais ganharam posições de domínio na mídia.”, como diz o jornalista Caio Túlio Costa. Além da forte concentração (os oligopólios beiram o monopólio), também é significativa a presença, no setor das comunicações, de empresas que não tinham vínculos com ele nem tradição nessa área. O porte dos investimentos e a perspectiva de lucros jamais vistos levaram grupos proprietários de bancos, indústria metalúrgica, indústria elétrica e eletrônica, fabricantes de armamentos e aviões de combate, indústria de telecomunicações a adquirir, mundo afora, jornais, revistas, serviços de telefonia, rádios e televisões, portais de internet, satélites, etc..
No caso do Brasil, o poderio econômico dos meios é inseparável da forma oligárquica do poder do Estado, produzindo um dos fenômenos mais contrários à democracia, qual seja, o que Alberto Dines chamou de “coronelismo eletrônico”, isto é, a forma privatizada das concessões públicas de canais de rádio e televisão, concedidos a parlamentares e lobbies privados, de tal maneira que aqueles que deveriam fiscalizar as concessões públicas se tornam concessionários privados, apropriando-se de um bem público para manter privilégios, monopolizando a comunicação e a informação. Esse privilégio é um poder político que se ergue contra dois direitos democráticos essenciais: a isonomia (a igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito à palavra ou o igual direito de todos de expressar-se em público e ter suas opiniões publicamente discutidas e avaliadas). Numa palavra, a cidadania democrática exige que os cidadãos estejam informados para que possam opinar e intervir politicamente e isso lhes é roubado pelo poder econômico dos meios de comunicação.
A isonomia e a isegoria são também ameaçadas e destruídas pelo poder ideológico dos meios de comunicação. De fato, do ponto de vista ideológico, a mídia exerce o poder sob a forma do denominamos a ideologia da competência, cuja peculiaridade está em seu modo de aparecer sob a forma anônima e impessoal do discurso do conhecimento, e cuja eficácia social, política e cultural está fundada na crença na racionalidade técnico-científica.
A ideologia da competência pode ser resumida da seguinte maneira: não é qualquer um que pode em qualquer lugar e em qualquer ocasião dizer qualquer coisa a qualquer outro. O discurso competente determina de antemão quem tem o direito de falar e quem deve ouvir, assim como pré-determina os lugares e as circunstâncias em que é permitido falar e ouvir, e define previamente a forma e o conteúdo do que deve ser dito e precisa ser ouvido. Essas distinções têm como fundamento uma distinção principal, aquela que divide socialmente os detentores de um saber ou de um conhecimento (científico, técnico, religioso, político, artístico), que podem falar e têm o direito de mandar e comandar, e os desprovidos de saber, que devem ouvir e obedecer. Numa palavra, a ideologia da competência institui a divisão social entre os competentes, que sabem e por isso mandam, e os incompetentes, que não sabem e por isso obedecem.
Enquanto discurso do conhecimento, essa ideologia opera com a figura do especialista. Os meios de comunicação não só se alimentam dessa figura, mas não cessam de institui-la como sujeito da comunicação. O especialista competente é aquele que, no rádio, na TV, na revista, no jornal ou no multimídia, divulga saberes, falando das últimas descobertas da ciência ou nos ensinando a agir, pensar, sentir e viver. O especialista competente nos ensina a bem fazer sexo, jardinagem, culinária, educação das crianças, decoração da casa, boas maneiras, uso de roupas apropriadas em horas e locais apropriados, como amar Jesus e ganhar o céu, meditação espiritual, como ter um corpo juvenil e saudável, como ganhar dinheiro e subir na vida. O principal especialista, porém, não se confunde com nenhum dos anteriores, mas é uma espécie de síntese, construída a partir das figuras precedentes: é aquele que explica e interpreta as notícias e os acontecimentos econômicos, sociais, políticos, culturais, religiosos e esportivos, aquele que devassa, eleva e rebaixa entrevistados, zomba, premia e pune calouros — em suma, o chamado “formador de opinião” e o “comunicador”.
Ideologicamente, o poder da comunicação de massa não é um simples inculcação de valores e idéias, pois, dizendo-nos o que devemos pensar, sentir, falar e fazer, o especialista, o formador de opinião e o comunicados nos dizem que nada sabemos e por isso seu poder se realiza como manipulação e intimidação social e cultural.
Um dos aspectos mais terríveis desse duplo poder dos meios de comunicação se manifesta nos procedimentos midiáticos de produção da culpa e condenação sumária dos indivíduos, por meio de um instrumento psicológico profundo: a suspeição, que pressupõe a presunção de culpa. Ao se referir ao período do Terror, durante a Revolução Francesa, Hegel considerou que uma de suas marcas essenciais é afirmar que, por princípio, todos são suspeitos e que os suspeitos são culpados antes de qualquer prova. Ao praticar o terror, a mídia fere dois direitos constitucionais democráticos, instituídos pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789 (Revolução Francesa) e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, quais sejam: a presunção de inocência (ninguém pode ser considerado culpado antes da prova da culpa) e a retratação pública dos atingidos por danos físicos, psíquicos e morais, isto é, atingidos pela infâmia, pela injúria e pela calúnia. É para assegurar esses dois direitos que as sociedades democráticas exigem leis para regulação dos meios de comunicação, pois essa regulação é condição da liberdade e da igualdade que definem a sociedade democrática.

III.
Faz parte da vida da grande maioria da população brasileira ser espectadora de um tipo de programa de televisão no qual a intimidade das pessoas é o objeto central do espetáculo: programas de auditório, de entrevistas e de debates com adultos, jovens e crianças contando suas preferências pessoais desde o sexo até o brinquedo, da culinária ao vestuário, da leitura à religiosidade, do ato de escrever ou encenar uma peça teatral, de compor uma música ou um balé até os hábitos de lazer e cuidados corporais.
As ondas sonoras do rádio e as transmissões televisivas tornam-se cada vez mais consultórios sentimental, sexual, gastronômico, geriátrico, ginecológico, culinário, de cuidados com o corpo (ginástica, cosméticos, vestuário, medicamentos), de jardinagem, carpintaria, bastidores da criação artística, literária e da vida doméstica. Há programas de entrevista no rádio e na televisão que ou simulam uma cena doméstica – um almoço, um jantar – ou se realizam nas casas dos entrevistados durante o café da manhã, o almoço ou o jantar, nos quais a casa é exibida, os hábitos cotidianos são descritos e comentados, álbuns de família ou a própria são mostrados ao vivo e em cores. Os entrevistados e debatedores, os competidores dos torneios de auditório, os que aparecem nos noticiários, todos são convidados e mesmo instados com vigor a que falem de suas preferências, indo desde sabores de sorvete até partidos políticos, desde livros e filmes até hábitos sociais. Não é casual que os noticiários, no rádio e na televisão, ao promoverem entrevistas em que a notícia é intercalada com a fala dos direta ou indiretamente envolvidos no fato, tenham sempre repórteres indagando a alguém: “o que você sentiu/sente com isso?” ou “o que você achou/acha disso?” ou “você gosta? não gosta disso?”. Não se pergunta aos entrevistados o que pensam ou o que julgam dos acontecimentos, mas o que sentem, o que acham, se lhes agrada ou desagrada.
Também tornou-se um hábito nacional jornais e revistas especializarem-se cada vez mais em telefonemas a “personalidades” indagando-lhes sobre o que estão lendo no momento, que filme foram ver na última semana, que roupa usam para dormir, qual a lembrança infantil mais querida que guardam na memória, que música preferiam aos 15 anos de idade, o que sentiram diante de uma catástrofe nuclear ou ecológica, ou diante de um genocídio ou de um resultado eleitoral, qual o sabor do sorvete preferido, qual o restaurante predileto, qual o perfume desejado. Os assuntos se equivalem, todos são questão de gosto ou preferência, todos se reduzem à igual banalidade do “gosto” ou “não gosto”, do “achei ótimo” ou “achei horrível”.
Todos esses fatos nos conduzem a uma conclusão: a mídia está imersa na cultura do narcisismo.
Como observa Christopher Lash, em A Cultura do Narcisismo, os mass media tornaram irrelevantes as categorias da verdade e da falsidade substituindo-as pelas noções de credibilidade ou plausibilidade e confiabilidade – para que algo seja aceito como real basta que apareça como crível ou plausível, ou como oferecido por alguém confiável Os fatos cedem lugar a declarações de “personalidades autorizadas”, que não transmitem informações, mas preferências e estas se convertem imediatamente em propaganda. Como escreve Lash, “sabendo que um público cultivado é ávido por fatos e cultiva a ilusão de estar bem informado, o propagandista moderno evita slogans grandiloqüentes e se atém a ‘fatos’, dando a ilusão de que a propaganda é informação”.
Qual a base de apoio da credibilidade e da confiabilidade? A resposta encontra-se num outro ponto comum aos programas de auditório, às entrevistas, aos debates, às indagações telefônicas de rádios, revistas e jornais, aos comerciais de propaganda. Trata-se do apelo à intimidade, à personalidade, à vida privada como suporte e garantia da ordem pública. Em outras palavras, os códigos da vida pública passam a ser determinados e definidos pelos códigos da vida privada, abolindo-se a diferença entre espaço público e espaço privado. Assim, as relações interpessoais, as relações intersubjetivas e as relações grupais aparecem com a função de ocultar ou de dissimular as relações sociais enquanto sociais e as relações políticas enquanto políticas, uma vez que a marca das relações sociais e políticas é serem determinadas pelas instituições sociais e políticas, ou seja, são relações mediatas, diferentemente das relações pessoais, que são imediatas, isto é, definidas pelo relacionamento direto entre pessoas e por isso mesmo nelas os sentimentos, as emoções, as preferências e os gostos têm um papel decisivo. As relações sociais e políticas, que são mediações referentes a interesses e a direitos regulados pelas instituições, pela divisão social das classes e pela separação entre o social e o poder político, perdem sua especificidade e passam a operar sob a aparência da vida privada, portanto, referidas a preferências, sentimentos, emoções, gostos, agrado e aversão.
Não é casual, mas uma conseqüência necessária dessa privatização do social e do político, a destruição de uma categoria essencial das democracias, qual seja a da opinião pública. Esta, em seus inícios (desde a Revolução Francesa de 1789), era definida como a expressão, no espaço público, de uma reflexão individual ou coletiva sobre uma questão controvertida e concernente ao interesse ou ao direito de uma classe social, de um grupo ou mesmo da maioria. A opinião pública era um juízo emitido em público sobre uma questão relativa à vida política, era uma reflexão feita em público e por isso definia-se como uso público da razão e como direito à liberdade de pensamento e de expressão.
É sintomático que, hoje, se fale em “sondagem de opinião”. Com efeito, a palavra sondagem indica que não se procura a expressão pública racional de interesses ou direitos e sim que se vai buscar um fundo silencioso, um fundo não formulado e não refletido, isto é, que se procura fazer vir à tona o não-pensado, que existe sob a forma de sentimentos e emoções, de preferências, gostos, aversões e predileções, como se os fatos e os acontecimentos da vida social e política pudessem vir a se exprimir pelos sentimentos pessoais. Em lugar de opinião pública, tem-se a manifestação pública de sentimentos.
Nada mais constrangedor e, ao mesmo tempo, nada mais esclarecedor do que os instantes em que o noticiário coloca nas ondas sonoras ou na tela os participantes de um acontecimento falando de seus sentimentos, enquanto locutores explicam e interpretam o que se passa, como se os participantes fossem incapazes de pensar e de emitir juízo sobre aquilo de que foram testemunhas diretas e partes envolvidas. Constrangedor, porque o rádio e a televisão declaram tacitamente a incompetência dos participantes e envolvidos para compreender e explicar fatos e acontecimentos de que são protagonistas. Esclarecedor, porque esse procedimento permite, no instante mesmo em que se dão, criar a versão do fato e do acontecimento como se fossem o próprio fato e o próprio acontecimento. Assim, uma partilha é claramente estabelecida: os participantes “sentem”, portanto, não sabem nem compreendem (não pensam); em contrapartida, o locutor pensa, portanto, sabe e, graças ao seu saber, explica o acontecimento.
É possível perceber três deslocamentos sofridos pela idéia e prática da opinião pública: o primeiro, como salientamos, é a substituição da idéia de uso público da razão para exprimir interesses e direitos de um indivíduo, um grupo ou uma classe social pela idéia de expressão em público de sentimentos, emoções, gostos e preferências individuais; o segundo, como também observamos, é a substituição do direito de cada um e de todos de opinar em público pelo poder de alguns para exercer esse direito, surgindo, assim, a curiosa expressão “formador de opinião”, aplicada a intelectuais, artistas e jornalistas; o terceiro, que ainda não havíamos mencionado, decorre de uma mudança na relação entre s vários meios de comunicação sob os efeitos das tecnologias eletrônica e digital e da formação de oligopólios midiáticos globalizados (alguns autores afirmam que o século XXI começou com a existência de 10 ou 12 conglomerados de mass media de alcance global). Esse terceiro deslocamento se refere à forma de ocupação do espaço da opinião pública pelos profissionais dos meios de comunicação. Esses deslocamentos explicam algo curioso, ocorrido durante as sondagens de intenção de voto nas eleições presidenciais de 2006: diante dos resultados, uma jornalista do jornal O Globo escreveu que o povo estava contra a opinião pública!
O caso mais interessante é, sem dúvida, o do jornalismo impresso. Em tempos passados, cabia aos jornais a tarefa noticiosa e um jornal era fundamentalmente um órgão de notícias. Sem dúvida, um jornal possuía opiniões e as exprimia: isso era feito, de um lado, pelos editorais e por artigos de não-jornalistas, e, de outro, pelo modo de apresentação da notícia (escolha das manchetes e do “olho”, determinação da página em que deveria aparecer e na vizinhança de quais outras, do tamanho do texto, da presença ou ausência de fotos, etc.). Ora, com os meios eletrônicos e digitais e a televisão, os fatos tendem a ser noticiados enquanto estão ocorrendo, de maneira que a função noticiosa do jornal é prejudicada, pois a notícia impressa é posterior à sua transmissão pelos meios eletrônicos e pela televisão. Ou na linguagem mais costumeira dos meios de comunicação: no mercado de notícias, o jornalismo impresso vem perdendo competitividade (alguns chamam a isso de progresso; outros, de racionalidade inexorável do mercado!).
O resultado dessa situação foi duplo: de um lado, a notícia é apresentada de forma mínima, rápida e, freqüentemente, inexata – o modelo conhecido como News Letter – e, de outro, deu-se a passagem gradual do jornal como órgão de notícias a órgão de opinião, ou seja, os jornalistas comentam e interpretam as notícias, opinando sobre elas. Gradualmente desaparece uma figura essencial do jornalismo: o jornalismo investigativo, que cede lugar ao jornalismo assertivo ou opinativo. Os jornalista passam, assim, o ocupar o lugar que, tradicionalmente, cabia a grupos e classes sociais e a partidos políticos e, além disso, sua opinião não fica restrita ao meio impresso, mas passa a servir como material para os noticiários de rádio e televisão, ou seja, nesses noticiários, a notícia é interpretada e avaliada graças à referência às colunas dos jornais.
Os deslocamentos mencionados e, particularmente, este último, têm conseqüências graves sob dois aspectos principais:
1) uma vez que o jornalista concentra poderes e forma a opinião pública, pode sentir-se tentado a ir além disso e criar a própria realidade, isto é, sua opinião passa a ter o valor de um fato e a ser tomada como um acontecimento real ;
2) os efeitos da concentração do poder econômico midiático. Os meios de comunicação tradicionais (jornal, rádio, cinema, televisão) sempre foram propriedade privada de indivíduos e grupos, não podendo deixar de exprimir seus interesses particulares ou privados, ainda que isso sempre tenha imposto problemas e limitações à liberdade de expressão, que fundamenta a idéia de opinião pública. Hoje, porém, os conglomerados de alcance global controlam não só os meios tradicionais, mas também os novos meios eletrônicos e digitais, e avaliam em termos de custo-benefício as vantagens e desvantagens do jornalismo escrito ou da imprensa, podendo liquidá-la, se não acompanhar os ares do tempo.
Esses dois aspectos incidem diretamente sobre a transformação da verdade e da falsidade em questão de credibilidade e plausibilidade. Rápido, barato, inexato, partidarista, mescla de informações aleatoriamente obtidas e pouco confiáveis, não investigativo, opinativo ou assertivo, detentor da credibilidade e da plausibilidade, o jornalismo se tornou protagonista da destruição da opinião pública.
De fato, a desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários nos jornais, no rádio e na televisão, pois, de modo geral, as notícias são apresentadas de maneira a impedir que se possa localizá-la no espaço e no tempo.
Ausência de referência espacial ou atopia: as diferenças próprias do espaço percebido (perto, longe, alto, baixo, grande, pequeno) são apagadas; o aparelho de rádio e a tela da televisão tornam-se o único espaço real. As distâncias e proximidades, as diferenças geográficas e territoriais são ignoradas, de tal modo que algo acontecido na China, na Índia, nos Estados Unidos ou em Campina Grande apareça igualmente próximo e igualmente distante.
Ausência de referência temporal ou acronia: os acontecimentos são relatados como se não tivessem causas passadas nem efeitos futuros; surgem como pontos puramente atuais ou presentes, sem continuidade no tempo, sem origem e sem conseqüências; existem enquanto forem objetos de transmissão e deixam de existir se não forem transmitidos. Têm a existência de um espetáculo e só permanecem na consciência dos ouvintes e espectadores enquanto permanecer o espetáculo de sua transmissão.
Como operam efetivamente os noticiários?
Em primeiro lugar, estabelecem diferenças no conteúdo e na forma das notícias de acordo com o horário da transmissão e o público, rumando para o sensacionalismo e o popularesco nos noticiários diurnos e do início da noite e buscando sofisticação e aumento de fatos nos noticiários de fim de noite. Em segundo, por seleção das notícias, omitindo aquelas que possam desagradar o patrocinador ou os poderes estabelecidos. Em terceiro, pela construção deliberada e sistemática de uma ordem apaziguadora: em seqüência, apresentam, no início, notícias locais, com ênfase nas ocorrências policiais, sinalizando o sentimento de perigo; a seguir, entram as notícias regionais, com ênfase em crises e conflitos políticos e sociais, sinalizando novamente o perigo; passam às notícias internacionais, com ênfase em guerras e cataclismos (maremoto, terremoto, enchentes, furacões), ainda uma vez sinalizando perigo; mas concluem com as notícias nacionais, enfatizando as idéias de ordem e segurança, encarregadas de desfazer o medo produzido pelas demais notícias. E, nos finais de semana, terminam com notícias de eventos artísticos ou sobre animais (nascimento de um ursinho, fuga e retorno de um animal em cativeiro, proteção a espécies ameaçadas de extinção), de maneira a produzir o sentimento de bem-estar no espectador pacificado, sabedor de que, apesar dos pesares, o mundo vai bem, obrigado.
Paradoxalmente, rádio e televisão podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo. Como desconhecemos as determinações econômico-territoriais (geográficas, geopolíticas, etc.) e como ignoramos os antecedentes temporais e as conseqüências dos fatos noticiados, não podemos compreender seu verdadeiro significado. Essa situação se agrava com a TV a cabo, com emissoras dedicadas exclusivamente a notícias, durante 24 horas, colocando num mesmo espaço e num mesmo tempo (ou seja, na tela) informações de procedência, conteúdo e significado completamente diferentes, mas que se tornam homogêneas pelo modo de sua transmissão. O paradoxo está em que há uma verdadeira saturação de informação, mas, ao fim, nada sabemos, depois de termos tido a ilusão de que fomos informados sobre tudo.
Se não dispomos de recursos que nos permitam avaliar a realidade e a veracidade das imagens transmitidas, somos persuadidos de que efetivamente vemos o mundo quando vemos a TV ou quando navegamos pela internet. Entretanto, como o que vemos são as imagens escolhidas, selecionadas, editadas, comentadas e interpretadas pelo transmissor das notícias, então é preciso reconhecer que a TV é o mundo ou que a internet é o mundo.
A multimídia potencializa o fenômeno da indistinção entre as mensagens e entre os conteúdos. Como todas as mensagens estão integradas num mesmo padrão cognitivo e sensorial, uma vez que educação, notícias e espetáculos são fornecidos pelo mesmo meio, os conteúdos se misturam e se tornam indiscerníveis. No sistema de comunicação multimídia a própria realidade fica totalmente imersa em uma composição de imagens virtuais num mundo irreal, no qual as aparências não apenas se encontram na tela comunicadora da experiência, mas se transformam em experiência. Todas as mensagens de todos os tipos são incluídas no meio por que fica tão abrangente, tão diversificado, tão maleável, que absorve no mesmo texto ou no mesmo espaço/tempo toda a experiência humana, passada, presente e futura, como num ponto único do universo.
Se, portanto, levarmos em consideração o monopólio da informação pelas empresas de comunicação de massa, podemos considerar, do ponto de vista da ação política, as redes sociais como ação democratizadora tanto por quebrar esse monopólio, assegurando a produção e a circulação livres da informação, como também por promover acontecimentos políticos de afirmação do direito democrático à participação. No entanto, os usuários das redes sociais não possuem autonomia em sua ação e isto sob dois aspectos: em primeiro lugar, não possuem o domínio tecnológico da ferramenta que empregam e, em segundo, não detêm qualquer poder sobre a ferramenta empregada, pois este poder é uma estrutura altamente concentrada, a Internet Protocol, com dez servidores nos Estados Unidos e dois no Japão, nos quais estão alojados todos os endereços eletrônicos mundiais, de maneira que, se tais servidores decidirem se desligar, desaparece toda a internet; além disso, a gerência da internet é feita por uma empresa norte-americana em articulação com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, isto é, gere o cadastro da internet mundial. Assim, sob o aspecto maravilhosamente criativo e anárquico das redes sociais em ação política ocultam-se o controle e a vigilância sobre seus usuários em escala planetária, isto é, sobre toda a massa de informação do planeta.
Na perspectiva da democracia, a questão que se coloca, portanto, é saber quem detêm o controle dessa massa cósmica de informações. Ou seja, o problema é saber quem tem a gestão de toda a massa de informações que controla a sociedade, quem utiliza essas informações, como e para que as utiliza, sobretudo quando se leva em consideração um fato técnico, que define a operação da informática, qual seja, a concentração e centralização da informação, pois tecnicamente, os sistemas informáticos operam em rede, isto é, com a centralização dos dados e a produção de novos dados pela combinação dos já coletados.
(Palestra proferida pela professora Marilena Chauí no Sindicato de Jornalistas de São Paulo, debatendo o tema Ley dos Medios/via Conversa Afiada)

Apesar de você

O governo federal entregou ontem, com um dia de antecedência, a proposta orçamentária para o ano que vem ao presidente do Congresso Nacional, José Sarney. Destaque para a previsão de gastos na ordem de R$38 bilhões com educação, bem longe dos R$3 bilhões dos tempos de FHC; e o reajuste de 7,9% no valor do salário mínimo, que será de R$670 reais, mantendo-se no patamar de mais de U$300 dólares.
São dados que mostram claramente a disposição do governo em não se desviar daquilo que considera prioritário ao nosso desenvolvimento, mesmo diante de uma conjuntura internacional adverso e 'conselhos' dos já manjados especialistas de uma nota só, que fecham os olhos para o bom momento vivido pelo país, aos olhos da comunidade internacional, e continuam receitando o mesmo remédio amargo, que tem levado à extinção da doença pela morte do paciente mundo afora. Credo!

Adèle H, D. Judith e a obsessão piguiana


Decididamente, a obsessão do PIG(Partido da Imprensa Golpista) em dar uma força à "oposição fraquinha" o levou à demência completa. Tal e qual a história de Adèle Hugo, filha do escritor Victor Hugo, que abandonou a própria vida e viajou pelo mundo à procura do tenente inglês Albert Parrinson, que a havia abandonado, o PIG abandonou a realidade dos fatos mundanos e busca diariamente o grande acontecimento que destruirá, perante a opinião pública, a credibilidade de Lula, Dilma abrindo caminho pra volta triunfal da elite reacionária ao comando do estado brasileiro.
O clímax do surto de Adèle é magistralmente descrito no filme de François Truffaut, quando a personagem, depois de percorrer várias cidades em busca do amor perdido passa pelo tenente, mas, já dominada pela esquizofrenia e com os olhos fixos no nada, não consegue ve-lo.
Já o do PIG pode ser exemplificado com o noticiário a respeito do depoimento do ex- Superintendente do DNIT, que declarou ter sido procurado pelo tesoureiro da campanha de Dilma, José de Filippi, pedindo ajuda na indicação de empresas que financiassem a campanha da candidata petista, procedimento normal e de acordo com as regras eleitorais vigentes. No entanto, esse fato rotineiro virou no noticiário insinuação de captação de recursos sob o signo da troca de favores, mesmo com as contas da campanha de Dilma aprovadas no TSE e os fatos narrados por Pagot serem de conhecimento público.
Desconfio que, como Adèle, o PIG sucumbirá à doença sem alcançar seu objetivo, sendo incerto o que virá após essa 'morte', afinal, um corpo físico, ao extinguir-se, de alguma forma perdura na memória daqueles que com ele conviveram. Já um 'corpo' institucional, ao fenecer, abre ao menos a possibilidade de dar vez a algo renovado, melhor e mais útil. Será?

Curió denunciado


A Justiça Federal acatou denúncia do Ministério Público Federal e vai abrir investigação contra o 'carrasco' Curió, responsável pela brutal repressão à Guerrilha do Araguaia. Agora, o marginal em tela terá que prestar contas do sumiço de dezenas de militantes políticos cujos corpos, quatro décadas depois do desfecho sangrento daquele episódio, ainda encontram-se desaparecidos.
Ao que parece, está cada vez mais próximo o dia que muitos desses bandidos, travestidos de agentes da lei, pagarão pelos crimes de lesa-humanidade que cometeram. Após a condenação do celerado Brilhante Ustra, agora é a vez dessa ave de rapina pagar pelos crimes que cometeu, sendo grande a probabilidade que acabe seus dias atrás das grades. Um patife!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Monopólio fecal

Cão nas praçasApós a fixação dessa placa nas praças, espera-se que o cleptoalcaide edite um ucasse mais explícito ainda determinando ser seu(dele, D. Costa) o monopólio para fazer cagadas em público. Égua!!!
(Foto extraída do Blog do Zé Carlos)

O pijama de Peluso já vem 'borrado' de medo da Globo!

No julgamento do chamado "mensalão", o ministro Peluso alegou que a agência de publicidade no contrato com a Câmara dos Deputados fez apenas papel de office-boy ao pagar R$ 7 milhões do valor do contrato para a TV Globo, Editora Abril, Grupo Folha, Estadão, Zero Hora, etc.

Alguém decidiu como dividir essa verba entre os veículos de comunicação. Geralmente é a agência de publicidade que faz esse papel. Se não foi, então quem foi? Será a própria Globo?

Essa pergunta tem que ser respondida, pois se o objetivo do contrato fosse só desviar dinheiro, como alegou o ministro, então, seguindo o caminho desse dinheiro, o grosso foi para a Globo e as demais empresas de mídia.
(Os Amigos do Presidente Lula)

A miss e o mister truculência

Quer dizer que a fazenda 'Água Amarela', de onde a DRT libertou 56 trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão, pertence ao irmão da senadora Kátia Abreu, esta também presidenta da Confederação Nacional da Agricultura?
A outra pergunta fatal é: não caberia intervenção na tal CNA na medida em que a presidenta não consegue qualificar para viver republicanamente ao menos o irmão?
O mais certo é que não há vontade política daquela entidade em conviver civilizadamente com aqueles que estigmatiza, logo, a solução é rédea curta em cima dessa jagunçada truculenta. Inclusive o irmão da miss Desmatamento.

Jogada ensaiada

Na televisão, o candidato tucano à PMB promete concluir as obras deixadas no caminho pelo cleptoalcaide D. Costa. No abominável Repórter da Ditadura(70) é divulgado o boato de que as obras do BRT estão devagar, quase parando.
E assim caminha a imundície liberal tentando obter êxito na árdua missão de dar verossimilhança à pesquisa publicada no domingo último em que o tucano respira sem a ajuda de aparelhos quando, na verdade, não passa da represcrição de panacéia inútil, cuja última vitma ainda está bem viva na memória dos belenenses. Credo!

Factoides, lorotas e trapaças

Ausente, alheio e refratário ao Senado Federal, que deveria ser o seu local cotidiano de trabalho, "coronel" Jader Barbalho sobrevive de factoides e pregação de peças na população, tentando fazer crer que honra o mandato que deveria exercer com mais dignidade, em vez de encenações baratas de péssimo gosto.
O factoide que está publicado hoje na Futrica Barbálhica(Diário do Pará) chama a atenção pela miséria mental que significa. E oportunisticamente, como se fosse atitude desassombrada, o "coronel" chama pra si(desinteressadamente?) a missão de correr atrás dos R$2 bilhões que Simão Lorota e Adenauer 'Cara de Paisagem' anunciaram como disponíveis para o setor de turismo, na ocasião em que criaram mais uma sinecura em prol de asseclas, a inútil Secretaria Estadual de Turismo.
No entanto, não fizeram o dever de casa, que consistia em apresentar a documentação em tempo hábil para habilitar a tal secretaria a realizar os convênios referentes a essa bolada em que estão de olho. Não deu outra, foram barrados nesse baile e atingiram o cume do vulcão: deixaram na mão do 'maroto' Barbalho a incumbência de lutar por essa dinheirama. Como diz o brega, vai dar merda, qualquer que seja o desfecho. Aliás, já está dando, conforme podemos constatar pelo elenco envolvido nessa epopéia mambembe. Credo!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Clinton corta os pulsos do FHC




Um grande banco de São Paulo reuniu nesta 3ª feira três vigas chamuscadas do incêndio neoliberal que ainda arde no planeta: Clinton, Blair e FHC. Que um banco tenha promovido um megaevento com esses personagens a essa altura do rescaldo diz o bastante sobre a natureza do setor e da ingenuidade dos que acreditam em cooptar o seu ‘empenho’ na travessia para um novo modelo de desenvolvimento. Passemos.

As verdades às vezes escapam das bocas mais inesperadas. Clinton e Blair jogaram a toalha no sarau anacrônico do dinheiro com seus porta-vozes. Coube ao ex-presidente norte-americano sintetizar um reconhecimento explícito: ‘Olhando de fora, o Brasil está muito bem. Se tivesse que apostar num país, seria o Brasil’.

Isso, repita-se, vindo de um ex-presidente gringo que consolidou a marcha da insensatez financeira em 1999, com a revogação da lei de Glass-Steagall.

Promulgada em junho de 1933, três meses depois da Lei de Emergência Bancária, que marcou a posse de Roosevelt, destinava-se a enquadrar o dinheiro sem lei, cujas estripulias conduziram o mundo à Depressão de 29.

A legislação revogada por Clinton submetia os bancos ao rígido poder regulador do Estado. Legitimado pela crise, Roosevelt rebaixou os banqueiros à condição de concessionários de um serviço sagrado de interesse público: o fornecimento de crédito e o financiamento da produção. Enquanto vigorou, a Glass Steagall reprimiu o advento do supermercado financeiro, o labirinto de vasos comunicantes dos gigantes financeiros em que bancos comerciais agem como caixa preta de investimento especulativo, com o dinheiro de correntistas.

O democrata que jogou a pá de cal nas salvaguardas do New Deal elogiou o Brasil, quase pedindo desculpas por pisotear o ego ao lado do grande amigo de consensos em Washington e de corridas de emergência ao guichê FMI.

Mas FHC é um intelectual afiado nas adversidades.

A popularidade contagiante do tucano, reflexo, como se sabe, de seu governo, poupa-o da presença física nos palanques do PSDB, preferindo seus pares deixá-lo no anonimato ocioso para a necessária à defesa do legado estratégico da sigla.

É o que tem feito, nem sempre dissimulando certo ressentimento, como nessa 3ª feira mais uma vez.

Falando com desenvoltura sobre um tema, como se sabe, de seu pleno domínio sociológico, ele emparedou Clinton, Blair e tantos quantos atestem a superioridade macroeconômica atual em relação à arquitetura dos anos 90.

Num tartamudear de íngreme compreensão aos não iniciados, o especialista em dependência – acadêmica e programática – criticou a atual liderança dos bancos públicos na expansão do crédito, recado oportuno, diga-se, em se tratando de palestra paga pelo banco Itau; levantou a suspeição sobre as mudanças que vem sendo feitas – ’sem muito barulho” – na política econômica (“meu medo é que essa falta de preocupação com o rigor fiscal termine por criar problemas para a economia”) e fez ressalvas ao ” DNA” das licitações – que não reconhece, ao contrário de parte da esquerda, como filhas egressas da boa cepa modelada em seu governo.

Ao finalizar, num gesto de deferência ao patrocinador, depois de conceder que a queda dos juros é desejável fuzilou: ‘houve muita pressão para isso’.

O cuidado tucano com os interesses financeiros nos governos petistas não é novo.

Há exatamente um ano, em 31 de agosto de 2011, quando o governo Dilma, ancorado na correta percepção do quadro mundial, cortou a taxa de juro pela primeira vez em seu mandato, então em obscenos 12,5%, o dispositivo midiático-tucano reagiu indignado. A pedra angular da civilização fora removida por mãos imprevidentes e arestosas aos mercados.

O contrafogo midiático rentista perdurou por semanas.

Em 28 de setembro, Fernando Henrique Cardoso deu ordem unida à tropa e sentenciou em declaração ao jornal ‘Valor Econômico’: a decisão do BC fora ‘precipitada’.

Era a senha.

Expoentes menores, mas igualmente aplicados na defesa dos mercados autorreguláveis, credo que inspirou Clinton a deixar as coisas por conta das tesourarias espertas, replicaram a percepção tucana do mundo:”não há indícios de que a crise econômica global de 2011 seja tão grave quanto a de 2008″, sentenciou, por exemplo o economista de banco Alexandre Schwartzman,indo para o sacrifício em nome da causa.

Nesta 4ª feira, o BC brasileiro completa um ano de cortes sucessivos na Selic com um esperado novo recuo de meio ponto na taxa, trazendo-a para 7,5% (cerca de 2,5% reais).

Ainda é um patamar elevado num cenário de crise sistêmica, quando EUA e países do euro praticam juros negativos e mesmo assim a economia rasteja.

Uma pergunta nunca suficientemente explorada pela mídia, que professa a mesma fé nas virtudes do laissez-faire, quase grita na mesa: ‘Onde estaria o Brasil hoje se a condução do país na crise tivesse sido obra dos sábios tucanos?’

As ressalvas feitas por FHC no evento de banqueiros desta 3ª feira deixa a inquietante pista de que seríamos agora um grande Portugal, ou uma gigantesca Espanha – um superlativo depósito de desemprego, ruína fiscal e sepultura de direitos sociais, com bancos e acionistas solidamente abrigados na sala VIP do Estado mínimo para os pobres.

Em tempos de eleições, quando candidatos de bico longo prometem fazer tudo o que nunca fizeram, a fala de FHC enseja oportuna reflexão.
( Saul Leblon- Carta Maior/via Paulo Henrique Amorim)

Jornal Estadão não sabe falar inglês


No dia 25 de agosto, o jornal New York Times publicou entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva onde, apesar de deixar planos para o futuro em aberto, o jornal concluiu que, com 72 anos em 2018, o ex-presidente ainda seria candidatíssimo a retornar à presidência do Brasil, já que afirmou apoiar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff em 2014.

Essa foi uma uma parte relevante da matéria. Mas, como não poderia deixar de ser no momento em que é realizado o julgamento, também teve pergunta sobre o chamado "mensalão". A imprensa, especialmente o jornal O Estado de São Paulo, declaradamente tucano, usou da malandragem para fazer a sua tradução, do jeito que interessa a oposição

A frase em inglês que foi publicada no jornal New York Times, dizia:“I do not believe there was a mensalão” que traduzida é: "Eu não acredito que houve um mensalão", foi colocada pelo jornal O Estado como: "Nunca houve um mensalão".

O Estadão, também não colocou que Lula disse que irá respeitar o veredicto e que se alguém for considerado culpado, deve ser punido, e se for considerado inocente (como foi Luis Gushiken) deve ser absolvido.

A velha imprensa repercutiu com manchetes debochadas numa clara tentativa de ligar o ex presidente Lula ao mensalão

Com esse comportamento a nossa imprensa, parece que já deflagrou campanha de 2018 preventiva contra o ex-presidente, com 6 anos de antecedência, mesmo que Lula não tenha declarado plano nenhum neste sentido, pois como já afirmou em outras ocasiões, o futuro a Deus pertence.

E a nossa imprensa brasileira que por anos questionou Lula por não falar inglês parece, mais por má fé do que por ignorância, "desaprender" o idioma quando lhe convém.
(Os Amigos do Presidente Lula)

Dilma comemora 1 milhão de casas do programa Minha Casa, Minha Vida



A presidente Dilma Rousseff anunciou segunda-feira (27) que o governo federal atingiu, em agosto, a marca de 1 milhão de casas e apartamentos construídos através do programa Minha Casa Minha Vida. Em seu programa semanal de rádio “Café com a Presidenta”, Dilma prometeu investir R$ 150 bilhões no programa até 2014, com o objetivo de contratar 2,4 milhões de moradias.

“O Minha Casa Minha Vida é uma das nossas prioridades, porque está garantindo moradia digna às famílias brasileiras que nunca tiveram a chance de comprar a casa própria. Investir em moradia digna para a população é investir na proteção e na segurança das famílias. A casa própria contribui para que as famílias tenham uma vida melhor, para que as crianças e os jovens se sintam protegidos, para que os laços familiares e as amizades se desenvolvam, para que as famílias construam um lar”, afirmou a presidente.

De acordo com a presidente, o governo federal está atualmente trabalhando para atingir a construção de 3,4 milhões de moradias. Destas, 1 milhão já foram contratadas no governo Lula e 2,4 milhões estão sendo contratadas no governo Dilma. Em um ano e meio de governo, Dilma afirma que seu governo já contratou 860 mil novas casas e apartamentos do programa.

ÁREAS DE RISCO

A presidente Dilma Rousseff também comentou a construção de casas, através do Minha Casa Minha Vida, para famílias que vivem em áreas de risco, como encostas de morros. O objetivo é retirar as famílias de locais que possam ser atingidos por desastres naturais, como deslizamentos e enchentes.

“O programa está transformando a vida de muitas famílias que viviam nas encostas dos morros, na beira dos córregos ou nas palafitas construídas em cima dos mangues e igarapés. Essas famílias que sofriam com deslizamentos, com enchentes, e muitas vezes tinham suas casas destruídas, hoje são atendidas com prioridade no Minha Casa Minha Vida”, explicou a presidente.

ECONOMIA

Durante o programa, Dilma afirmou ainda que o Minha Casa, Minha Vida ajuda a movimentar a economia do país.

“Toda casa, para ser construída, precisa de cimento, de tijolo, areia, fios, torneiras, cerâmica, tinta e outros materiais. Para fornecer esses materiais, as indústrias de todo o país tem de contratar mais trabalhadores e aumentar a produção de suas fábricas. Isso sem contar que na construção de todas essas casas muitos empregos são gerados diretamente. Assim o Minha Casa Minha Vida ajuda toda a população do Brasil, porque faz a roda da economia brasileira girar”, avaliou.

(Folha de São Paulo)

Jumentalidade liberal

Cada cidadão/cidadã paraense paga, por minuto, R$13,3 mil de impostos, segundo conta feita no abominável Repórter da Ditadura(70), que conseguiu descer ao detalhe de quanto é pago por segundo, provavelmente inspirado no saudoso personagem do falecido ator Marcos Plonka, na escolinha do Professor Raimundo, o judeu Samuel Blaustein.
É o indisfarçável ato falho de quem adora a sonegação e orgasma com notícias como aquela veiculada recentemente, dando conta da existência de trilhões de reais depositados em paraisos fiscais, certamente por brasileiros que pensam tal e qual o escrevinhador da salafrária nota acima citada. Credo!

P$$$$$$iiiiiiiiuuuuuuuuu

Até agora a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) continua caladinha, como se tivesse comido uma bandeja de abiu, em relação à inversão de pauta ocorrida na Câmara Municipal de Belém a fim de votar o malsinado projeto de Gervásio 'Cerveja em Plenário' Morgado, que altera o Plano Diretor da cidade permitindo construções acima do que é hoje permitido, máximo de cinco andares, no bairro do Souza, prejudicando a população em benefício de interesses particulares.
Como já foi dito em post anterior, a inversão que Gervásio buscava há mais de três meses só foi possível ontem quando a pemedebista Vanessa Vasconcelos presidia interinamente a sessão e, rápida no gatilho, colocou em votação a famigerada inversão imediatamente acolhida pela bancada duciomariana, não sem o apoio de pemedebistas 'desinteressados'. Triste!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Exclusivo: Serra entre os diálogos de Cachoeira


Um diálogo, obtido com exclusividade pelo Brasil 247, aponta agora, pela primeira vez, o nome de José Serra nas conversas de Cachoeira. É num telefionem dela ao ex-senador Demóstenes Torres. Cachoeira quer uma audiência do governador para um personagem chamado Dino. E Demóstenes promete marcá-la.

"Ocê vai tá com o Serra aí hoje?", pergunta Cachoeira. Com naturalidade, Demóstenes diz que não. Afirma ter estado na Companhia Siderúrgica Nacional, do empresário Benjamin Steinbruch. Cachoeira faz então uma brincadeira dizendo que quem gosta muito de Steinbruch é o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

E, depois, insiste para que Demóstenes, que foi cassado por ser uma espécie de despachante de luxo do bicheiro, marque uma audiência com Serra. "Vou marcar com ele e venho aqui", atende o ex-senador.
.Numa outra conversa, de 26 de abril de 2009, Cachoeira também liga a Demóstenes para tratar de negócios em São Paulo. O ex-senador estava no apartamento 1.105 do Hotel Meliá, no bairro do Itaim-Bibi de São Paulo. O bicheiro, que representava interesses da Delta em São Paulo, pede para o senador se encontrar com um espanhol chamado Carlos Sanchez. Trata-se do chefe do Departamento de Engenharia do Metrô de Madri – o modelo usado é o mesmo usado em São Paulo.

Na terceira conversa, Cachoeira fala com o próprio Sanchez sobre o encontro no Hotel Meliá. Onde? Na rua João Cachoeira, em São Paulo.

Neste diálogo, Cachoeira sugere a Sanchez que entre na página da internet do Senado para reconhecer a face de Demóstenes Torres. O espanhol, pelo tom de voz, já festeja um negócio que será "muy bueno".

Há ainda um último diálogo em que um homem não identificado conversa com um certo Geovane, ligado ao grupo de Cachoeira, sobre um encontro com Serra.

Brasil 247 entrou em contato, via telefone e e-mail, com o assessor de imprensa da campanha de José Serra à Prefeitura para conhecer a opinião do candidato sobre as revelações. Ele tem memória sobre a audiência que o senador Demóstenes Torres iria pedir? Ocorreu? O que foi tratado? Sem dúvida, a palavra de Serra sobre o assunto pode ser esclarecedora. Até 14h..., o retorno ainda não havia ocorrido.

Vendas nos supermercados sobem 5,8% em 2012

As vendas nos supermercados apresentam alta de 5,8% no acumulado de 2012, de janeiro até julho, na comparação com o mesmo período de 2011. Os dados foram divulgados hoje (28) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

“Em julho, as vendas apresentam resultado negativo (menos 0,51% em relação a junho), abaixo do forte desempenho apresentado no início do ano. Mas o nível de emprego continua positivo e a expectativa para o restante do ano é de maior aquecimento da economia, contribuindo para manter as vendas no patamar de 5% em 2012”, avalia o superintendente da Abras, Tiaraju Pires.

Em julho, o índice AbrasMercado, que analisa os preços de uma cesta de 35 produtos de largo consumo, apresentou queda de 0,12%, em relação a junho deste ano. Na comparação com julho de 2011, o índice apresentou inflação de 8,05%, passando de R$ 295,98 a R$ 319,82.

(Agência Brasil)

Voto de Rosa Weber criminaliza rotina de milhares de microempresas honestas

No julgamento do chamado "mensalão", os ministros Rosa Weber e Luiz Fux acompanharam, quase na íntegra, o relator Joaquim Barbosa, até agora. Não vou repetir o que já foi dito sobre o voto de Barbosa, em que ele ignorou provas da defesa, no caso do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), mas a ministra Weber agregou um argumento particularmente infeliz para justificar seu voto.

Ela disse que ajudou a formar sua convicção com base em notas fiscais sequenciais de uma pequena empresa de pesquisa eleitoral, jogando na fogueira do inferno das suspeições centenas de milhares de microempresas no Brasil.

É comum pequenas empresas de serviços, durante certo período de tempo, só atender a um único cliente, justamente por ser microempresa. Além não ter estrutura para dispor de uma diretoria comercial para captação de clientes na escala de uma grande empresa, não tem recursos para atender vários clientes ao mesmo tempo.

Em muitas destas empresas, algumas familiares, outras individuais, o dono é um faz-tudo ou quase tudo, e quando pega um trabalho maiorzinho, se desdobra para dar conta de atender e nem pensa em pegar outro serviço simultaneamente – simplesmente porque não conseguiria atender.

No caso em julgamento, tratando-se de uma empresa de pesquisa sobre intenção de voto, parece óbvio que o maior volume de serviço seja em ano eleitoral. Também parece razoável acreditar que nos anos não eleitorais, no caso de uma empresa pequena, fazer apenas quatro pesquisas para um mesmo cliente num período de cerca de três meses não configura, por si, qualquer indício de ilícito.

Se o Procurador Geral ou o juiz relator tivessem dúvida quanto à licitude destas notas, deveriam pedir mais diligências durante o processo. Se não o fizeram, deveriam se abster desse tipo de argumentação na hora do voto, para não prejudicarem milhares de microempresários honestos.

Sim porque, com esse clima de inquisição, o voto do STF induz gestores públicos e privados a temerem contratarem microempresas no futuro, com medo de virem a ser condenados por simples comprovação de serviços através de notas fiscais com números em sequência.

(Rede Brasil Atual)

Escrevinhador omitiu 2/3 da missa



O Bigode de Escovar Cu de Defunto em Necrotério contou, em sua coluna global, que Aécio (hic hic) havia sido generoso com os garçons do bar em que se encontrava domingo, fornecendo-lhes gorjetas de cem reais.
Porém, omitiu cinicamente aquilo que vídeos ora circulando na internet revelam. Que o tucano presidenciável(hic hic) estava trêbado, tropeçando nas pernas e com a barriguinha(?) de fora, tamanho era seu desalinho e luta contra a lei da gravidade. Um presidenciável digno do PIG(Partido da Imprensa Golpista). Credo!

Priante e Duciomar unem suas bancadas na CMB em favor da especulação imobiliária

Sob a presidência da pemedebista Vanessa Vasconcelos, a Câmara Municipal de Belém inverteu sua pauta de trabalho para colocar como primeiro item a ser votado o nefasto projeto, de autoria do não menos nefasto cleptovereador Gervásio Morgado, que altera o gabarito da área do bairro do Souza a fim de permitir construções acima dos cinco andares.
O referido projeto enquadra-se em típica quebra do decoro parlamentar, pois é a colocação de um mandato parlamentar a serviço de determinados interesses particulares e contra o interesse público. Nesse caso, os beneficiários serão incorporadoras que pretendem erigir construções naquela área tirando proveito financeiro da descaracterização de uma área já bastante conturbada, em função do intenso trânsito lá verificado.
Infelizmente, prevaleceu o conluio em detrimento do interesse social, em forma de deletério mutirão da semvergonhice parlamentar, algo que une gente aparentemente tão distante, porém muito próxima na defesa de interesses escusos dessa natureza. Lamentável!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Nos tempos da brilhantina


Evidentemente, FHC usava a brilhantina do título deste post em outro local, principalmente quando se tratava de servidores públicos. Todos sabem que durante seus oito anos de desgoverno não procedeu a nenhum reajuste da tabela do Imposto de Renda, sendo essa nefasta não-medida um somatório ao arrocho salarial de quase uma década, às terríveis demissões voluntárias, às deletérias terceirizações resultando disso um quadro macabro que culminou em um massacre, cujo troco foi dado nas eleições, repúdio que até hoje a mídia tucana continua fingindo não compreender.
Some-se a tudo isso, um outro tipo de remuneração que foi também brutalmente tungada e agora veio à tona, por conta de estudo divulgado por uma certa Associação de Pós-Graduação de Engenharia Elétrica da Universidade de Campinas. Trata-se da referente as bolsas de pesquisas de doutorado e mestrado, portanto, área que FHC teria a obrigação moral de olhar com mais carinho, entretanto, congelou, de 1994 a 2002, seus vencimentos sendo o principal responsável por suas defesagens, que hoje chegam a 55% do que valiam até o advento do tucanato, e mesmo após serem reajustadas nos anos de 2004, 2006 e 2008, por sinal, necessitando urgentemente de outro reajuste, ao menos para amenizar a brutal defasagem citada.
Se já está na lata de lixo o algoz, nada mais natural do que atirar junto o "instrumento de trabalho" com o qual ele judiava dos servidores. E que o use da maneira que melhor achar conveniente!

Vampiro mentiroso!



José Serra (PSDB) afirmou, na TV, ser o criador do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT – e do Seguro Desemprego. O locutor do programa do PSDB repetiu várias vezes: “Foi o Serra que criou o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, o FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele criou também o Seguro desemprego”. Um levantamento feito com dados da Câmara dos Deputados revela que Serra mentiu.

A campanha de José Serra (PSDB) tem batido na tecla de que foi ele o responsável pela emenda à Constituinte que propiciou a criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e que ele também teria sido o grande responsável pela criação do Seguro Desemprego. “Foi o Serra que criou o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, o FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele criou também o Seguro desemprego”, repetiu várias vezes o locutor do programa do PSDB, levado ao ar esta semana na TV.

Ele mesmo também não se cansa de alardear aos quatro cantos. “Fui o autor da emenda à Constituição brasileira que instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT”. “O Fundo, hoje, é o maior do Brasil e é patrimônio dos trabalhadores brasileiros, e financia o BNDES, a expansão das empresas, as grandes obras, os cursos de qualificação profissional, o salário dos pescadores na época do defeso”, diz. “Graças ao FAT, também, tiramos o Seguro Desemprego do papel e demos a ele a amplitude que tem hoje”, repetiu o tucano na Convenção Nacional do PTB.

Mas, a realidade dos fatos não confirma as afirmações de José Serra e nem as de sua campanha. O Seguro Desemprego não teve nada a ver com sua atuação parlamentar. Ele foi criado pelo decreto presidencial nº 2.283 de 27 de fevereiro de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. O seguro começou a ser pago imediatamente após a assinatura do decreto presidencial. O ex-presidente José Sarney já havia desmentido as declarações do tucano em relação ao Seguro Desemprego. “Não sei de onde ele [Serra] tirou que criou o seguro-desemprego. O seguro foi criado no meu governo. Na época, ele [Serra] era secretário de Economia e Planejamento do governador Franco Montoro”, explicou o senador.

Depois, a Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, determinou em seu art. 239, que os recursos provenientes da arrecadação das contribuições para o PIS e para o PASEP fossem destinados ao custeio do Programa do Seguro Desemprego, do Abono Salarial e, pelo menos quarenta por cento, ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico, esses últimos a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

Fomos então pesquisar a data exata da criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) já que Serra diz que foi uma emenda sua que propiciou a criação do fundo. Está lá nos anais da Câmara. O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). O projeto diz textualmente: “DISCIPLINA A CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NOVA EMENTA: REGULA O PROGRAMA DO SEGURO DESEMPREGO, O ABONO SALARIAL, INSTITUI O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR – FAT, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS”.

Como José Serra seguia insistindo em afirmar que foi ele o autor da lei que criou o FAT, fizemos então uma extensa pesquisa nos arquivos da Câmara dos Deputados da década de 80 e 90. Lá confirmamos que José Serra não está falando a verdade. Ele apresentou o projeto de lei nº 2.250, de 1989, com o objetivo de criar o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Foi apresentado em 1989. Portanto, não foi na Constituinte, como ele diz. O seu projeto tramitou na casa e foi considerado PREJUDICADO pelo plenário da Câmara dos Deputados na sessão do dia 13 de dezembro de 1989. O resultado da tramitação pode ser visto no link abaixo, da Câmara Federal: (www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=201454) . Os deputados consideraram o projeto prejudicado pelo fato de já ter sido apresentado o PL 991/1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB). Ou seja, um ano antes de Serra já havia a proposta de criação do FAT.

Nem o FAT foi criado por Serra e nem o Seguro Desemprego “saiu do papel” por suas mãos, como afirma a sua propaganda. A campanha tucana sobre Serra ter criado o FAT e “vestir a camisa do trabalhador” está, portanto, toda ela baseada numa farsa e numa mentira.

Fonte: Hora do Povo/via ContrapontoPIG

O "bom pagador"

Por toda esta semana, talvez esteja pronto um tal de plano de transição da Rede Celpa, o King-Kong tucano que aporrinhou a vida dos paraenses por uma década e meia, para a Empresa Equatorial Energia S/A, com promessa de investimentos, pela nova empresa, de R$700 milhões(em quanto tempo?) e mais 14 cláusulas ainda negociadas com a ANEEL.
Quanto aos R$400 milhões de débitos em ICMS com o Tesouro Estadual, não foi informado se será pago, como será e quando a dívida será saldada. Enquanto isso. Simão Lorota continua encenando estar apertando as torneiras do estado, por conta da queda de arrecadação das receitas provenientes do FPE, por sinal, uma queda que significa menos da metade do que tem pra receber do Grupo Rede, mas Lorota não cobra e vai mais além: ainda paga débitos da Celpa com o dinheiro público, pois como avalista e patrocinador do carnaval do Rio de Janeiro, Simão já mostrou que é bamba. Lamentável!

Série C


Após a conclusão da 1ª fase da série C, a tendência é que duas vagas já estão no papo para Luverdense e Fortaleza, que precisam conquistar menos de dez pontos para consolidar suas respectivas classificações à segunda fase. Com isso, sobram duas vagas em disputa, estando cinco postulantes a lutar por elas, Santa Cruz, Salgueiro, Paissandu, Águia e Icasa, este mais um que vinha caindo pelas tabelas e o Papão reanimou.
O Águia levou a incrível quantidade de onze gols fora de casa, nos últimos dois jogos; e o Papão, em cinco jogos como mandante, ganhou apenas dois, muito pouco para quem precisa de pelo menos mais quinze pontos para garantir uma vaga e só disputará doze em casa.
Como assisti todos os jogos do Bicolor em Belém, conheço melhor seu time que o do Azulão de Marabá que, por sinal, fará cinco jogos em casa onde tem se saido muito bem. Já o Paissandu precisa urgentemente de um atacante que preocupe os adversários, pois Rafael Oliveira é uma torrente de boa vontade desacompanhada de talento, discernimento e faro. Além disso, o goleiro não inspira confiança e a lateral esquerda tem sido ocupada por um jogador que não tem o espírito da competição, logo, todo jogo são oito disputando fora os que não estão nos seus melhores dias.
Tá ruço, porém ainda tem jeito. Basta que Givanildo aposte em outro goleiro e efetive Pablo ou Leandrinho na lateral-esquerda, neste caso, abrindo vaga para Ricardo Capanema ao lado de Vanderson. O duro vai ser encontrar um atacante. A não ser que abandone a ideia do grandalhão lá na frente e adote ou o Héllinton, jogador de 2º tempo; o Bartola ou Leléu. Quem sabe?

“Por que defendemos o Wikileaks e Assange”

Se Assange for extraditado para os Estados Unidos, as consequência repercutirão por anos, em todo o mundo. Assange não é cidadão norte americano, e nenhuma de suas ações aconteceu em solo norte americano. Se Washington puder processar um jornalista nessas circunstâncias, os governos da Rússia ou da China poderão, pela mesma lógica, exigir que repórteres estrangeiros em qualquer lugar do mundo sejam extraditados por violar as suas leis. O artigo é de Michael Moore e Oliver Stone.

Passamos as nossas carreiras de cineastas sustentando que os media norte-americana são frequentemente incapaz de informar os cidadãos sobre as piores ações do nosso governo. Portanto, ficamos profundamente gratos pelas realizações do WikiLeaks, e aplaudimos a decisão do Equador de garantir asilo diplomático a seu fundador, Julian Assange – que agora vive na embaixada equatoriana em Londres.

O Equador agiu de acordo com importantes princípios dos direitos humanos internacionais. E nada poderia demonstrar quão apropriada foi a sua ação quanto a ameaça do governo britânico, de violar um princípio sagrado das relações diplomáticas e invadir a embaixada para prender Assange.

Desde sua fundação, o WikiLeaks revelou documentos como o filme “Assassinato Colateral”, que mostra a matança aparentemente indiscriminada de civis de Bagda por um helicóptero Apache, dos Estados Unidos; além de detalhes minuciosos sobre a face verdadeira das guerras contra o Iraque e Afeganistão; a conspiração entre os Estados Unidos e a ditadura do Iemen, para esconder a nossa responsabilidade sobre os bombardeios no país; a pressão do governo Obama para que outras nações não processem, por tortura, oficiais da era-Bush; e muito mais.

Como era de prever, foi feroz a resposta daqueles que preferem que os norte-americanos não saibam dessas coisas. Líderes dos dois partidos chamaram Assange de “terrorista tecnológico”. E a senadora Dianne Feinstein, democrata da Califórnia que lidera o Comitê do Senado sobre Inteligência, exigiu que ele fosse processado pela Lei de Espionagem. A maioria dos norte-americanos, britânicos e suecos não sabe que a Suécia não acusou formalmente Assange por nenhum crime. Ao invés disso, emitiu um mandado de prisão para interrogá-lo sobre as acusações de agressão sexual em 2010.

Todas essas acusações devem ser cuidadosamente investigadas antes que Assange vá para um país que o tire do alcance do sistema judiciário sueco. Mas são os governos britânico e sueco que atrapalham a investigação, não Assange.

As autoridades suecas sempre viajaram para outros países para fazer interrogatórios quando necessário, e o fundador do WikiLeaks deixou clara a sua disposição de ser interrogado em Londres. Além disso, o governo equatoriano fez uma oferta direta à Suécia, permitindo que Assange seja interrogado dentro de sua embaixada em Londres. Estocolmo recusou as duas propostas.

Assange também se comprometeu a viajar para a Suécia imediatamente, caso o governo sueco garanta que não irá extraditá-lo para os Estados Unidos. As autoridades suecas não mostraram interesse em explorar essa proposta, e o ministro de Relações Exteriores, Carl Bildt, declarou inequivocamente a um consultor jurídico de Assange e do WikiLeaks que a Suécia não vai oferecer essa garantia. O governo britânico também teria, de acordo com tratados internacionais, o direito de prevenir a reextradição de Assange da Suécia para os Estados Unidos, mas recusou-se igualmente a garantir que usaria esse poder. As tentativas do Equador para facilitar esse acordo entre os dois governos foram rejeitadas.

Em conjunto, as ações dos governos britânico e sueco sugerem que sua agenda real é levar Assange à Suécia. Por conta de tratados e outras considerações, ele provavelmente poderia ser mais facilmente extraditado de lá para os Estados Unidos. Assange tem todas as razões para temer esses desdobramentos. O Departamento de Justiça recentemente confirmou que continua a investigar o WikiLeaks, e os documentos do governo australiano de fevereiro passado, recém-divulgados afirmam que “a investigação dos Estados Unidos sobre a possível conduta criminal de Assange está em curso há mais de um ano”. O próprio WikiLeaks publicou emails da Stratfor, uma corporação privada de inteligência, segundo os quais um júri já ouviu uma acusação sigilosa contra Assange. E a história indica que a Suécia iria ceder a qualquer pressão dos Estados Unidos para entregar Assange. Em 2001, o governo sueco entregou à CIA dois egípcios que pediam asilo. A agência norte-americana entregou-os ao regime de Mubarak, que os torturou.

Se Assange for extraditado para os Estados Unidos, as consequência repercutirão por anos, em todo o mundo. Assange não é cidadão norte americano, e nenhuma de suas ações aconteceu em solo norte americano. Se Washington puder processar um jornalista nessas circunstâncias, os governos da Rússia ou da China poderão, pela mesma lógica, exigir que repórteres estrangeiros em qualquer lugar do mundo sejam extraditados por violar as suas leis. Criar esse precedente deveria preocupar profundamente a todos, admiradores do WikiLeaks ou não.

Invocamos os povos britânico e sueco a exigir que os seus governos respondam a algumas questões básicas. Por que razão as autoridades suecas se recusam a interrogar Assange em Londres? E por que nenhum dos dois governos pode prometer que Assange não será extraditado para os Estados Unidos? Os cidadãos britânicos e suecos têm uma rara oportunidade de tomar uma posição pela liberdade de expressão, em nome de todo o mundo.

(*) Artigo publicado originalmente em português em Outras Palavras. Aqui, no site Carta Maior.

Tradução: Daniela Frabasile

domingo, 26 de agosto de 2012

Trapaça em nome das crianças

Circula na Internet um e-mail cuja mensagem vem causando arrepios à Rede Globo:
Criança Esperança:Você está pagando imposto da Rede Globo!Quando a Rede Globo diz que a campanha Criança Esperança não gera lucro é mentira!!!
Porque no mês de ABRIL do ano seguinte, ela (TV Globo) entrega o seu imposto de renda com o seguinte desconto:doação feita à Unicef no valor de... aqui vem o valor arrecadado no Criança Esperança. Ou seja, a Rede Globo já desconta pelo menos 20 e tantos milhões do imposto de renda graças à ingenuidade dos doadores!
Agora se você vai colocar no seu imposto de renda que doou R$7,00 R$15,00 R$30,00 ou mais para Criança Esperança, não pode, sabe por quê?Porque Criança Esperança é uma marca somente e não uma entidade beneficente. Já a doação feita com o seu dinheiro para o Unicef é aceito. E não há crime nenhum.
Assim funciona o golpe...
Pelo telefone:
Para doar R$ 7,00
0500 2011 007
Para doar R$ 15,00
0500 2011 015
Para doar R$ 40,00
0500 2011 040
e... pasmem, sem contar os impostos... pagos por você!
Telefone Fixo: R$ 0,39 + impostos
Telefone Celular: R$ 0,71 + impostos
Aí, você doou à Rede Globo um dinheiro que realmente foi entregue à Unicef, porém,por que descontar na Receita Federal como doação da Rede Globo e não na sua?

Do jeito que somos tungados pelos impostos, bem que tal prática contábil tributária poderia se chamar de agora em diante de Leão Esperança.
Lição:

Se a
Rede Globotem o poder de fazer chegar a mensagem dela a tantos milhões de televisores,também nós temos o poder de fazer chegar a nossa mensagem a milhões de computadores!

AGORA, A
REDE GLOBODIZ QUE O DINHEIRO VAI DIRETO PARA UMA CONTA DA UNICEF, MAS, POR QUEELA NÃO DÁ O NÚMERO DA CONTA???
LEMBRANDO SEMPRE: O QUE PESA MESMO SÃO OS IMPOSTOS SOBRE NOSSO CONSUMO, EXERÇAMOS ESTE PODER - DEVER, ENVIANDO ESTE TEXTO À LISTA DE AMIGOS E CONTATOS !!!
A DECISÃO É SUA!!!
"DEPENDE DE NÓS..." NÃO BANCARMOS MAIS OS TROUXAS!!!
Do e-mail enviado por Roberto Gomes Queiroz/via Blog do Saraiva.