Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 30 de abril de 2011

Quando o treinador faz a diferença

O São Paulo dava sufoco no Santos marcando a saida de bola do Peixe e beneficiando-se da pouca mobilidade da meiuca do adversário, tanto para defender quanto para atacar. Dagoberto, Jean e Ilsinho tiveram à sua frente uma avenida deserta e por ali criaram uma penca de chances não aproveitadas.
Para o 2º tempo do jogo, Muricy Ramalho sacou do time Zé Love e colocou o zagueiro Bruno Aguiar, adotando claramente o 3-5-2. Adiantou Arouca, Danilo e Elano pelo meio; Jonathan e Léo pela laterais e posicionou Paulo Henrique Ganso fazendo uma espécie de "pião" entre o centro do campo e a intermediária sãopaulina.
Resultado, um segundo tempo primoroso santista ante um tricolor inerte, que foi sendo golpeado indefeso até ir a nocaute. A dupla Ganso e Neymar, revival suis generis da Pelé/Coutinho, soube suportar com dignidade monástica os momentos de sufoco, ah... como é gostoso ver o Neymar quando está focado apenas em brindar o público com aquilo que provoca enlevo, sem aquelas encenações marrentas e detestáveis; e como é prazeiroso ver o Ganso surgir das trevas de uma atuação apagada e, de repente, iluminar o palco do espetáculo como uma espécie de Orson Welles dos gramados, gerando luz nos espaços mais sombrios.
É o tipo do jogo em que o torcedor vencedor fica igual a pinto no lixo, o perdedor consolado pela qualidade do vencedor e o indiferente(como eu) querendo mais e lamentando que o tempo de acréscimo tenha sido de apenas três minutos. Égua do jogão!

O passado condena, o presente é sombrio e o futuro depende da ação policial

A cada dia que passa, deputados do conluio Barbatene tornam-se mais petulantes na defesa dos malfeitos cometidos naquele Poder, sem importar-se com a gravidade da situação. Vale tudo na defesa da impunidade, certos de que esta é garantidora do cometimento de delitos futuros.
E quando se pensava que o banditismo estava limitado à juventude, constatamos perplexos na reportagem da jornalista Jalília Messias, ontem na TV Liberal, que o assalto explorava seres indefesos em idade ainda mais tenra. É o caso do jovem Ricardo Rafael Moreira, que desde o seu primeiro ano de vida era usado para que um mafioparlamentar embolsasse criminosamente mais de R$15 mil mensais. A propósito, segundo o promotor que investiga o caso, há o uso de pessoas de origem humilde como doceiras, costureiras, domésticas, entre outras, tinham o nome incluido na folha da AL permitindo que esses assaltantes repugnantes se locupletassem com dinheiro com o dinheiro público.
A situação é insustentável, embora notórios gatunos insistam em tirar por menos. Quem assistiu a matéria da TV Liberal e viu o ar de espanto do jovem deve perguntar:e agora? Entre os inúmeros efeitos produzidos por essa artimanha, um é bizarro. Será que isso vai gerar contagem de tempo de serviço?
Certamente não na medida em que ato ilegal não gera direito. Mas, caso fique comprovado que o outrora bebê e hoje jovem foi usado à sua revelia, poderá o mesmo ser beneficiário de uma indenização, obviamente paga com dinheiro público. Trata-se, então, de condenar o meliante que urdiu tal patifaria a ressarcir o Estado por conta dessa despesa. É o mínimo que se espera da justiça.

Saúde tucana

IBGE REVELA: FHC CHOVEU NO MOLHADO, PSDB ESQUECEU O "POVÃO" FAZ TEMPO.

A maior taxa de mortalidade infantil do país, conforme os dados do Censo de 2010, divulgado pelo IBGE nesta 6º feira, ocorre no Estado mais rico da federação. Há 17 anos conduzido pelo 'modo tucano de governar' - os últimos três sob a batuta do 'gestor' José Serra, São Paulo registrou 6.111 óbitos de crianças com menos de 1 ano em 2010, um recorde funesto na radiografia do IBGE. A Bahia ocupa a 2º colocação: 3.083 mortes.

Regionalmente, o Sudeste também se sobressai no ranking sombrio: 11.984 crianças menores de um ano morreram na região entre agosto de 2009 e julho de 2010, a maior taxa do Censo. O Nordeste paupérrimo aparece logo atrás: 11.349 mortes. O Sudeste tem a maior fatia da população brasileira (42%), o que mecanicamente o absolveria.

Ocorre que a região também abocanha a maior proporção do PIB (56,5%), um contraste chocante que se repete no caso do Estado paulista: com 21,5% da população brasileira, SP é a unidade da feredação que detém a maior parcela do PIB (33,9%). Por que tanta riqueza e 'eficiência' não se traduz em maior saúde neonatal? Com a palavra a mídia e o colunismo isentos.

Do site Carta Maior

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sandices

O deputado Megale, no afã de abafar o escândalo público da roubalheira de dinheiro público na Assembléia Legislativa, porque atinge alguns de seus parceiros, saiu-se com a lorota que o deputado Puty, quando era chefe da Casa Civil, impediu a instalação de inúmeras CPIs na AL.
Tudo mentira que se soma a operação abafa. Os tucanos tinham uma numerosa bancada que, somada a do PMDB, instalaria quantas comissões quisesse. Se não o fez foi por incompetência e por saber que os inúmeros factóides criados, se fossem postos à minúcia, desmascarariam mais os investigadores do que aos investigados, daí o trapalhão parlamentar passar quatro anos fazendo apenas barulho inconsequente.
Agora, diante da confrontação com investigação séria sobre roubos confessadamente cometidos, só faltando saber quantos e quais são efetivamente os ladrões, vem o tucano sugerir sutilmente que se faça um mutirão pela impunidade. Quanta canalhice!

Tiro no pé

"Dilma e Lula dão nó tático na oposição midiática

Dilma e Lula gravam juntos a propaganda partidária do PT na TV e no rádio.

As inserções vão ao ar na semana que vem.

Como disse Lula, a imprensa demo-tucana ficou de "namorico" com Dilma, na vã esperança de achar que elogiando ela, estariam rebaixando Lula, e semeando discórdia.

Deu tudo errado para a oposição. A imagem de Lula continua inabalável e prestigiadíssima no Brasil e no mundo todo. E Dilma já conquistou a admiração de boa parte do eleitorado que votou em Serra influenciado por preconceito e por medo.

Agora vão ter que engolir os dois juntos, como as grandes lideranças mais influentes nas eleições de 2012, para desespero da oposição."
É o que dá ser burro e achar que todo mundo é igual ao conluio demotucano, sem convicção ideológica.
-Extraido do blog Amigos do Presidente Lula.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Prioridades tucanas

Chegam informações de todo o Estado que o transporte escolar sofre pesadas perdas dos repasses do Estado às Prefeituras, que diminuíram consideravelmente, como é o Caso de Igarapé Açu. Lá, o custo do transporte é de R$ 85 mil mensais. Na época de Ana Júlia o Estado repassava para Igarapé Açu R$ 45 mil, no último ano estava em R$ 50 mil. Portanto o município ficava com o custo de R$ 35 mil até ano passado. No entanto, o governo que assumiu reduziu o repasse para R$ 17.500 mensalmente. Só que a prefeitura não tem como cobrir essa despesa, que subiu para R$ 67.000, o que ocasionou a paralisação do transporte dos alunos e, consequentemente, a ausência dos alunos nas escolas.
Com essa perversa economia, Simão paga todas as mensalidades da casa que alugou do presidente da Unimed, preço anual de R$308 mil; e ainda sobra um trocado para ajudar a pagar a casa do vice Helenílson. Como dizia um slogan do tempo dos milicos, "Tudo pelo social". Égua!!!

Naufragou

Segundo moradores da área e observadores a cena da cidade, o Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una afundou junto com a administração D. Costa e levou junto todo o maquinário que Simão protelou passar à Prefeitura, assim que as obras daquele projeto foram concluidas porque a prefeitura era comandada pelo Partido dos Trabalhadores, só o fazendo depois que o petebista assumiu e este, em pouco tempo, deixou sucatear todo aquele caro aparato que fora adquirido para a manutenção do projeto.
Agora, além da postura reparadora da população, resta a perspicácia do Ministério Público de cobrar legalmente dos responsáveis por esse crime que expliquem o porquê do seu cometimento. Após oito anos de assaltos e desatinos, claro que sabemos a resposta, mas é claro que isso precisa de enquadramento legal a fim de que não termine impune.

Sem sigilo, sem manobras.

É fundamental o pedido de quebra do sigilo bancário da Assembléia Legislativa, a partir de 1994, solicitada pelo juiz Elder Lisboa Ferreira da Costa, da 1ª Vara de Fazenda da Capital, na medida em que passará a limpo um amplo período da história daquele Poder, inclusive permitindo entender o porquê de certos "formadores de opinião", em algum momento, defenderam coisas que hoje soariam tão insólitas.
Mas é preciso que isso não vire um baile da saudade, tão a gosto de certos nostálgicos ávidos para desviar o foco do principal dessa investigação, evitando a evolução no tempo da investigação a respeito do uso doloso da folha de pagamento da AL para pendurar despesas privadas, aí incluidas aquelas gastas em campanhas políticas.
Outrora, essa mesma Assembléia já deu mostras que corta na carne despesas de origem ilegal, quando puniu com rebaixamento de categoria funcional, e até demissão, servidores que utilizaram-se de documento de escolaridade falsificado para usufruir gratificações.
Agora surge outra oportunidade de se passar novamente a Casa a limpo. Só que agora a coisa é mais grave porque há indícios da participação de muitos parlamentares beneficiando-se de esquemas criminosos tocados por funcionários.
Lamentavelmente, temerosa de que ocorra um racha que a imploda, a maioria governista prefere fazer proselitismo contra abertura de uma CPI deixando os deputados estaduais à margem do processo. Inusitadamente Polícia Federal, Polícia Civil, ministérios públicos, Estadual e Federal, Câmara Federal e Receita serão atores nessa investigação, porém, os representantes do próprio poder investigado, não. Uma pena, afinal, tudo aquilo que está sendo anunciado como providência tomada pela presidência pode não ser suficiente e virar letra morta assim que a poeira desse tufão sentar, principalmente por tratar-se de medida autocrática, perdendo-se ótima oportunidade de tomar medidas conjuntas, a partir de um esforço conjunto. Paciência!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tortura é crime imprescritível

Justiça condena RS a indenizar por tortura durante o regime militar
Elder Ogliari, de O Estado de S.Paulo

PORTO ALEGRE - A 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça considerou a tortura como crime imprescritível e condenou o Estado do Rio Grande do Sul ao pagamento de R$ 200 mil, por danos morais, a um homem preso e agredido pelo regime militar em 1970.

A decisão, tomada por unanimidade no dia 20 de abril, foi vista como "inovadora" pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul. "Abriu-se uma porta e um precedente", avalia o conselheiro da organização não governamental, Jair Krischke. "A Justiça começa a entender que é preciso reparar esses males".

O autor da ação, Airton Joel Frigeri, foi preso em abril de 1970, aos 16 anos, quando estava empregado como auxiliar de escritório do Sindicato dos Metalúrgicos e estudava no Ginásio Noturno para Trabalhadores, em Caxias do Sul, na serra gaúcha. Acusado de ter ligação com o grupo guerrilheiro VAR-Palmares, foi levado para delegacias de Caxias do Sul e Porto Alegre e, ainda, para a Ilha do Presídio, no Lago Guaíba, sofreu choques elétricos, golpes com pedaços de madeira e borracha e ouviu outros presos sendo torturados. Solto em agosto daquele ano, foi proibido de estudar e passou a ser visitado por agentes do SNI, Dops e Polícia Civil até 1978, mesmo tendo sido julgado e absolvido pelo Superior Tribunal Militar.

Em 1998 Frigeri recebeu R$ 30 mil de indenização prevista por lei estadual a presos ou detidos por motivos políticos entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979. Em 2008, considerando a reparação insignificante diante dos danos que sofreu, levou o caso à Justiça. No julgamento de Primeiro Grau, a ação foi considerada extinta, por prescrição. Decidiu então recorrer ao Tribunal de Justiça.

A farsa dos direitos humanos dos EUA

Jovens presos em Guantánamo não eram ameaça para os EUA, diz jornal

O governo americano parece ter cometido violações dos direitos humanos ainda mais graves ao encarcerar na prisão de Guantánamo, em Cuba, crianças e adolescentes que depois foram considerados inocentes e libertados. Segundo novos documentos divulgados pelo site WikiLeaks e publicados pelo jornal espanhol "El País" nesta terça-feira, dos 14 jovens detidos no presídio apenas um ofereceu informações relevantes para a segurança dos Estados Unidos.

Entre as histórias pessoais está a de um menino de 14 anos que se ofereceu para trabalhar como pedreiro e acabou sendo cooptado por um grupo de talibãs, de onde passou para mãos americanas. Outro caso é de um afegão que trabalhava para um senhor de guerra fazendo trabalhos manuais e quando chegaram os americanos foi levado para Guantánamo.

"Não nos consta nenhuma razão para que o detento tenha sido enviado para as instalações de Guantánamo", diz um dos documentos.

"Não é membro da al Qaeda nem um líder talibã. Não oferece ameaça para os interesses dos EUA e de seus aliados", afirma outro.

O único detento menor de 18 anos que as autoridades atribuíram um alto valor para os serviços de inteligência foi o canadense Omar Ahmed Jader, filho de um tenente de Osama bin Laden, o único dos mais jovens que permanece até hoje na base militar. Outros cinco detentos as autoridades reconheceram que não podiam extrair qualquer informação, sete foram classificados com "baixo" valor, e dois com "médio".

Apesar da linguagem protocolar nos documentos, em alguns casos os agentes chegaram a mostrar compaixão, como na ficha de Naqib Ullá, um afegã que ingressou em Guantánamo com 14 ou 15 anos.

"É um menino que foi recrutado à força pelos talibãs. Mesmo que possa ter algum valor para nossos serviços de inteligência, a informação que dispõe não é tão importante como a necessidade de tirar o jovem deste ambiente atual e dá-lo a oportunidade de crescer fora do extremismo radical", escreveu o general Geoffrey Miller em um memorando.

Todos os menores ingressaram na prisão entre 2002 e 2003, e a maioria saiu por volta de 2006, mas algumas transferências se estenderam até 2009. Em média, os detentos permaneceram três anos e meio em Guantánamo.

É difícil, porém, quantificar o número exato de crianças e adolescentes que passaram pela base militar em Cuba. Além dos 14 presos que tinham menos de 18 anos antes de entrar na prisão - quatro deles com 15 anos ou menos -, outra dezena estava a ponto de completar a maioridade ou acabara de fazer 18 anos.
Da Agência O Globo

Fique de olho no apito!

Já que as coisas caminham para a imolação de Robgol e Juvenil Cítrico, usemos uma metáfora futebolística para tentar entender a situação em seu atual estágio.
Há uma jogo entre um time "grande"(parlamentares) e um time "pequeno"(servidores comissionados). De repente, ocorre um desentendimento generalizado e o pau canta. Fora a turma do deixa-disso, todos brigam até os ânimos serenarem. É quando o árbitro da partida(comissão de sindicância), que a tudo assistiu, resolve expulsar apenas aquele(a) que ele, árbitro, julga ter sido o pivô da confusão.
De tão escandalosa, a decisão é contestada e entra em cena o tribunal desportivo(Polícia Civil e Ministério Público). Este assiste fitas, colhe depoimentos e apreende a "súmula" do jogo e descobre que havia nesta uma série de anotações que, por algum motivo, foram ocultadas na hora de se tomar uma decisão.
Retoma-se o julgamento, mas, por enquanto, é nítida a (má) intenção de punir o menor número possível de envolvidos naquele rififi, embora esteja difícil porque podem entrar em cena observadores do tribunal desportivo superior(Comissão Externa da Câmara Federal). É bom ressaltar que essa tendência, de aplicar suspensão apenas a Robgol e Juvenil, pode despertar a mesma ira que a farsa da sindicância despertou, provocando uma reação que atinja proporções ainda mais corrosivas aos interesses dos que querem tirar por menos esse imbroglio. Não está fácil, mas é bom a opinião pública não cochilar, pois que senão o cachimbo cai e muitos bandidos acabam impunes.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Consequências

Nesse momento, blogueiros muito bem informados, como Ana Célia Pinheiro e Hiroshi Bogéa, aventam a possibilidade da bancada tucana na Assembléia Legislativa assinar o requerimento do deputado psolista Edmilson Rodrigues, propondo abertura de CPI que apure a ladroagem cometida naquele Poder.
A instalação dessa CPI pode antecipar o fim da lua de mel política entre o governador e Jader Barbalho. Assim, Simão antecipa-se a golpe que o dono do PMDB paraense fatalmente lhe dará, a quando da disputa da prefeitura da capital, ano que vem. E de quebra ainda pode atrapalhar os planos de volta ao Senado de Barbalhão, desde que seja encontrado algum vestígio de que ele tenha se beneficiado pelo "festival juvenil" com dinheiro público.
E a decisão tucana ainda pode reforçar o protagonismo de Edmilson, primeiro subscritor do requerimento e provável candidato à PMB, criando dificuldades ao Partido dos Trabalhadores nessa próxima disputa na medida em que é o partido que mais perde com a ascensão de Ed, dada a identificação e simpatia que este goza junto a uma boa parte da militância petista.
Não se sabe se isto explica a inexpicável docilidade sinteppiana com Simão, até aqui demonstrada, mas deixa evidente que faz todo sentido o pesar e medir das consequências advindas do episódio, revelando-se uma característica até aqui desconhecida da troupe psolista: o pragmatismo. Afinal, como são acordos feitos sob os panos, sempre haverá um furibundo militante pra tentar fazer crer que Marinor e Edmilson não fazem esse tipo de acordo com a burguesia. Humhum, pois sim.

Cinismo desmedido

Acabo de assistir na TV Senado uma das encenações mais torpes com que dois patifes podem afrontar toda uma população impunemente(até quando?).
O ex-contraventor penal Mário Couto e o ex-detento Flexa Ribeiro deitando falação contra o não menos ordinário prefeito de Salinas, este acusado de embargar uma obra na localidade de Cuiarana, bancada com o dinheiro da comunidade, segundo o ex-parceiro de Aniz Abraão Davi, mas, provavelmente, algum malfeito para beneficiar Mário, acusado pela colônia de pescadores daquela comunidade da prática de pesca predatória.
O que espanta é a petulância de ambos, principalmente em momento tão delicado, quando um(Flexa) está com data marcada, depois de amanhã, para sentar no banco dos réus no STF, acusado de formação de quadrilha, corrupção(ooohhh!) e sonegação de tributos; enquanto Mário vê sua mão(leve) direita, Sérgio Duboc, sofrer o constrangimento da busca e apreensão policial no orgão que dirige(DETRAN) de documentos de possíveis licitações fraudadas, ainda quando era o homem forte do canastrão Mário na Assembléia Legislativa. Como se recorda, Mário comprava fio elétrico, a preços superfaturados, diga-se, no tapioqueiro e essa documentação ao que parece agora foi apreendida.
Resumo da ópera: dois salafrários apontando o dedo sujo na cara de outro meliante. Curioso é que, na última eleição, estavam todos juntos no mesmo palanque pedindo votos para Simão Lorota. Deve ter havido algum problema na hora da divisão de algum buttim. Que a cadeia seja leve aos três...ou quatro... ou quantos forem.

Duas "obras" diametralmente opostas

A ESCOLA MODELO


No lugar onde o governo do PSDB fez o Massacre de Eldorado do Carajás, o governo do PT construiu uma escola que é considerada modelo pelo MST do Pará e pelas famílias do assentamento 17 de Abril, onde moram quase de 6 mil pessoas.

Em seu blog, o movimento descreve algumas qualidades da estrutura física da escola Oziel Alves Pereira, que atende mais de 1.500 alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio: “12 salas equipadas com ar condicionado, um auditório para aproximadamente 150 pessoas, uma biblioteca, sala de informática, um laboratório multidisciplinar de biologia, ciências e química e sala de vídeo, empregando cerca de 60 funcionários, além de quatro microônibus que buscam e deixam os estudantes em suas casas”.
O movimento lembra que a escola foi projetada desde quando surgiu o acampamento e já tem “em seu quadro de professores, aproximadamente 32 pessoas que estudaram na própria escola”. Até a direção e coordenação da escola, antes de competência do município, já passou a ser da própria comunidade. A mudança foi possível depois da formação profissional de membros da comunidade no curso de Letras, oferecido em parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPA), o Programa Nacional de Educação de Reforma Agrária (Pronera), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O movimento lembra que a política educacional aplicada na escola também é qualificada: tem “a preocupação de estabelecer um currículo que valorize a educação no campo, em detrimento dos currículos enviados pelo município, que muitas vezes estão fora da realidade dos alunos”.

-Extraido do blog dos Educadores(CSD)

Protesto do escritor e jornalista Alfredo Garcia

Os senhores vereadores da Câmara Municipal de Belém (CMB) perderam uma
grande oportunidade de permanecerem calados. Deram uma no cravo e
outra na ferradura. Repondo os fatos para quem – grande parte dos
(e)leitores – os desconhece: recentemente, em acordo conchavado, os
senhores edis decidiram denominar – com todo louvor, diga-se – a
extensão da atual Avenida Independência que vai da Rodovia Augusto
Montenegro (em Belém) até “aos limites do município de Ananindeua”
como Avenida Jornalista Laércio Wilson Barbalho. Esta proposta, vale
assinalar, foi feita pelo vereador José Scaff Filho (PMDB), a quem
parabenizo, inicialmente.

A graciosidade veio na sequência: para homenagear o centenário da
Assembleia de Deus, cuja história está intrinsecamente ligada ao Pará,
sem dúvida, os senhores parlamentares do legislativo municipal
resolveram denominar a outra extensão da Avenida Independência como
Avenida Centenário da Assembleia de Deus, em detrimento do escritor
Dalcídio Jurandir, que até a presente data nomeava a avenida na
extensão que vai da Rodovia Augusto Montenegro até a Avenida Júlio
César.

Justifica-se, naturalmente, a decisão dos senhores vereadores por dois
fatos: a) Total desconhecimento de quem foi Dalcídio Jurandir, de sua
importância para a história cultural e política do Pará; b) Desejo de
agradar aos nobres integrantes da Assembleia de Deus, no que vai um
nada louvável toque eleitoreiro na votação.

Senhores vereadores: como escritor paraense lastimo muito a decisão de
Vossas Excelências, o que somente prova o total divórcio desse
Legislativo, que deveria ser um dos primeiros a legislar em defesa de
tal iniciativa, com a nossa Cultura, com a nossa Literatura. Sim,
senhores, sabemos que nós, escritores paraenses, somos quase uma raça
em extinção, mas ainda somos formadores de opinião, temos famílias e
influência entre o eleitorado, especialmente o mais esclarecido, o
qual, faço lembrar, votará na eleição do ano que vem.

Atenciosamente,

ALFREDO GARCIA

Escritor e Jornalista

Sócio Nº 6 da Ass. Paraense de Escritores (A.P.E)
N.B.Como não houve repercussão à altura da iniciativa, de resto desastrada, na medida em que havia alternativas outras para homenagear o centenário da Assembléia de Deus, essa é a prova de que o desrespeito à memória de Dalcídio Jurandir, na sociedade, ficou longe da unanimidade burra que tanto incomodava Nelson Rodrigues.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O gordinho tá certo!

DELFIM : QUEM CONTROLA A MÍDIA IMPÕE SUA VISÃO
ECONÔMICA E COLOCA EM XEQUE A DEMOCRACIA

"...Há opiniões de gente do governo (e também de fora) de que o momento não é propício a uma ampla discussão do problema (o desafio da inflação e suas intercorrências na questão dos juros e a relação destes com a valorização cambial), porque isso poderia deteriorar ainda mais as expectativas inflacionárias. Concordo que essa é uma preocupação importante, mas a ampliação do debate hoje é necessária para que não prevaleça o pensamento único imposto à imprensa por grupos restritos que se julgam portadores de uma ciência econômica que, na verdade, não existe. 'Cientificamente', os vastos recursos do sistema financeiro influem decisivamente na construção das expectativas da inflação. São elas que dão o suporte necessário à elevação das taxas de juro. Nosso papel é insistir em questionar esse mecanismo das expectativas que o Banco Central acaba sancionando. No final, oficializa a estimativa de inflação que é a do próprio sistema financeiro (...) este é um processo perverso que pode por em xeque a própria democracia: quem controla a mídia acaba impondo a sua vontade. Vivemos um período relativamente longo (nos anos que antecederam a eleição de Lula) em que o debate econômico esteve interditado. Com a 'virada da agenda' em favor do crescimento com inclusão social, parece ter renascido o interesse em discutir a política econômica de forma ampla, sem restrições" (Delfim Netto/ Carta Capital)

(Carta Maior; 2º feira, 25/04/2011)

domingo, 24 de abril de 2011

"Cupim" rides again

Parece que vem aí mais uma obra da lavra de Paulo "Cupim", curiosamente a um custo inicial bem modesto, de acordo com os parâmetros da Futrica Barbálhica(Diário do Pará), os mesmos R$6 milhões projetados para serem gastos com a adaptação dos galpões que viraram o complexo turístico Estação das Docas.
Espera-se que a tardia era do aquário cupínico não sofra tantos reajustes em seus preços como ocorreu com a Estação, cujo preço final até hoje não se sabe se foi três, quatro, cinco, seis vezes maior do que o anunciado inicialmente, burlando acintosamente a lei Nº8.666/96. E viva a Operação Rêmora!

Apologia da impunidade

Patética, nota publicada hoje na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), mais precisamente no Repórter Futrica(Diário), em que faz-se pouco caso da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) que investigue o assalto praticado por figurões aos cofres da Assembléia Legislativa, diz a depravada nota "Aliás, na CPI da Pedofilia, muitos criminosos foram esquecidos, inclusive um notório empresário e político de Barcarena, que só foi preso após investigação policial e interferência do MP. Curiosamente, o empresário foi ignorado pelo relatório assinado por conhecido deputado auto-intitulado "ficha limpa", após longo almoço no restaurante Cantina Italiana..."
Ou seja, acusa tardiamente o relator da citada CPI da Pedofilia, então deputado estadual, hoje deputado federal, Arnaldo Jordy, de ter recebido propina do dito empresário para mante-lo fora do alcance das denúncias feitas pela comissão.
Com essa revelação, o jornal é réu confesso da prática de pelo menos um delito, pois, se sabia em detalhes da tramóia de Jordy, seu papel era o de fazer a denúncia e não omitir-se contribuindo para a impunidade de tão abjeto crime; além de defensor intransigente de que nada se apure agora, quando todas as evidências apontam a existência de uma quadrilha, comandada pelo pemedebista Domingos Juvenil, pelo petebista Robson Nascimento, pelo senador tucano Mário Couto e muito provavelmente mais alguns pemedebistas, pelo menos. Assim, defende a Futrica(Diário) que a recompensa pelo silêncio no suposto episódio Jordy é apurar a bandidagem praticada na Assembléia até um ponto em que não incomode o candidato laranja do dono do jornal.
Completando esse quadro surrealista, mais adiante, sob Jader Barbalho, artigo do sindicalista Charles Alcântara condenando a corrupção. Credo!!

sábado, 23 de abril de 2011

Ecos de Eldorado do Carajás

Semana de festa no assentamento 17 de abril. Ainda que para homenagear as vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás, um dos episódios mais trágicos na história do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o clima era de confraternização e os convidados, recebidos com alegria.

O assentamento leva o nome da data do massacre, que ocorreu a 21 quilômetros dali, quinze anos atrás. Em marcha rumo a Belém, mais de mil sem-terra reivindicavam a desapropriação do complexo Macaxeira, terreno que hoje o assentamento ocupa. O ato culminou na morte de 19 camponeses, executados pela Polícia Militar em operação ordenada pelo governador Almir Gabriel (PSDB) e reforçada pelo secretário de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara, que autorizou o uso da força policial para retirar os manifestantes da rodovia.

Os sem-terra reagiram às bombas de gás lacrimogêneo com paus e pedras, ao que a PM respondeu disparando tiros. Segundo a perícia, no entanto, a maior parte das mortes ocorreu instantes depois do enfrentamento, quando os manifestantes já estavam rendidos. Fora os mortos, cerca de 70 manifestantes foram gravemente feridos e mutilados por armas brancas utilizadas pela polícia. Dos 154 policias denunciados pelo Ministério Público, apenas dois foram condenados: o coronel Mario Collares Pantoja e o major José Maria Pereira. Ambos aguardam em liberdade o fim do processo.

Desde então, o mês da tragédia é chamado de abril vermelho e tornou-se principal período de lutas e ocupações do MST.

Durante os dias da semana do 17 de abril, foram organizadas oficinas de artes, plenárias e debates. Na praça central do assentamento, houve shows de música todas as noites. Foi inaugurada a biblioteca José Saramago, com fotos de Sebastião Salgado decorando as paredes. Saramago fazia parte da grande rede informal de apoiadores do MST no mundo, que inclui de Chico Buarque ao grupo Rage Against the Machine, do fotógrafo Salgado ao linguista Noam Chomsky.

No dia seguinte à inauguração da biblioteca foi lançado o livro de poesias de Diva Lopes, militante do movimento.

A programação encerrou-se no domingo, 17, dia em que centenas de sem-terra refizeram a marcha pela rodovia PA-150, até a curva do “S”, local do massacre. Quase todos jovens militantes, caminharam por aproximadamente três horas sob o sol, entoando palavras de ordem e cantorias.

O palanque na curva do “S”, onde os convidados fizeram seus discursos e dois shows foram apresentados, foi montado diante do monumento que marca o lugar da tragédia. Ali ficam dezenove troncos de castanheiras queimados, um para cada vítima fatal do massacre.

Para abrir o ato foi celebrada missa pelo bispo diocesano de Marabá, dom José Foralosso. Em seguida, diversos políticos discursaram, entre eles a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), a deputada estadual Bernadete ten Caten (PT)e o prefeito de Eldorado dos Carajás, Genival Diniz Gonçalves.

“Na história de luta dos povos, foram se consolidando lugares sagrados. Lugares até os quais se caminha para abastecer-se de energia e continuar a luta. Esse é um lugar sagrado, junto a essas castanheiras. Lembramos do momento em que mataram à queima roupa nossos companheiros. Não podemos esquecer, não vamos descansar. Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”, declarou João Pedro Stédile, da direção nacional do MST.


José Sebastião de Oliveira é um dos muitos sobreviventes que vivem no assentamento 17 de abril. No dia do massacre, foi ferido na perna.

“Achava que eles estavam de brincadeira, só querendo nos assustar dando tiros para o alto. Foi quando vi meu colega deitado no chão, com a boca aberta. Foi o primeiro a cair e era do meu grupo”, conta. José não gosta de falar no assunto.

Segundo ele, recordar é sofrer duas vezes. Reclama que já falou muito a jornalistas, que insistem em contar a história com erros factuais. “Já vi jornal dizendo que o tiroteio começou à noite. Foi às cinco da tarde! Estava claro! Mas eles continuam dizendo isso…”

Quando perguntei a José sua idade, ele respondeu incerto. Seriam 53 ou 54 anos. Ao conferir com a esposa, ao lado, foi corrigido: na verdade, são 63. Ele reluta, mas relembra. As vítimas que conseguiram alguma indenização receberam menos do que tinham direito. O tratamento médico oferecido pelo governo também é considerado insuficiente.

Ao longo dos anos, cinco vítimas morreram entre um consulta e outra, em decorrência dos ferimentos recebidos no dia do massacre. Mas os danos mais graves muitas vezes são psicológicos. E persistem.

José diz que vai vai trabalhar esperando o dia em que os policiais voltarão para matá-lo. “Eram pistoleiros vestidos de policiais. Eu sei, olhei bem nos olhos deles, assim de pertinho! Outro dia encontrei um e voltei a olhar nos olhos dele. Como que não tem vergonha? Ele acha que eu não vou lembrar?”, se pergunta, emocionado.

“A escravidão nunca acabou, se não é no pão de cada dia, é no tratamento. Os fazendeiros continuam aí empregando trabalho escravo. Falo mesmo, a gente é tratado feito lixo”, esbraveja.

Josimar Pereira de Freitas preside há quatro anos a associação dos mutilados do massacre de Eldorado dos Carajás. Estava presente no dia 17 de abril e levou um tiro que lhe custou a perna direita.

Três levantamentos foram feitos para averiguar o número de mutilados. O Ministério Público chegou a 69, a Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Catíolica, contou 75. Mas, segundo os cálculos do MST, são mais de cem.

Entre as vítimas, vinte receberam uma indenização que varia de 25 a 93 mil reais. Essas pessoas foram cadastradas e seus pedidos encaminhados à Justiça. Com o passar do tempo, mais vítimas procuraram ajuda financeira, mas o prazo para que a Justiça analisasse os casos já tinha expirado.

“A gente nunca achou que isso pudesse acontecer: o próprio Estado partir para cima do povo. Também não acreditamos que depois conseguiríamos alguma coisa de indenização, por isso as pessoas foram se organizando aos poucos”, explica Josimar.

A governadora Ana Júlia Carepa, do Pará, reabriu o caso por decreto e mais 30 pessoas puderam receber indenização de 20 mil reais, valor acordado com a Justiça. Todas as vítimas devem receber também uma pensão vitalícia de 308 reais.

Ainda restam desaparecidos. Para Josimar existem duas hipóteses: os corpos foram esquartejados e escondidos por policiais ou as pessoas que faziam parte da manifestação fugiram da região para sempre. “Nesses dias, como 17 de abril ou 7 de setembro, sempre aparece alguma mãe procurando um filho ou um filho em busca da mãe”, conta.

Josimar tira o sustento do lote de terra que cultiva no assentamento. Cria porcos, galinhas e bezerros. Cultiva milho, cana, arroz, entre outros produtos. Sem a perna, diz que sente terríveis dores nas costas.

“Imagina quando eu tenho de carregar um saco de 70 quilos de terra. Uma perna é falsa, então apóio todo o peso na outra e aí atrapalha o corpo inteiro. Como as minhas costas, por exemplo. A sequela física é horrível e vai piorando com os anos, mas a psicológica é muito maior”.

No assentamento 17 de abril vivem hoje 45 mutilados. “Muitos espalharam-se pela região, tiveram medo de voltar para cá. Eu não tenho medo. Para mim, foi aí que a luta começou”, declara Josimar.


Extraído do blog Viomumdo, de Luiz Carlos Azenha- matéria assinada por Manuela Azenha

O ritmo das plumas

Há cerca de 40 anos, Brasil e México começaram a construir suas malhas metroviárias. Hoje a do México tem 201km de vias; enquanto São Paulo mal chegou aos 64,9km. Nesse ritmo, precisará de mais 80 anos para chegar ao nível mexicano.
E olha que os populistas que governaram o México nesse período não são nada excepcional, porém muitos pontos acima dos governantes nomeados por esbirros, seguidos por uma longa plutocracia tucana, tendo no meio a grife pemedebista. Que dureza!

O bombom de cupuaçu de Lula e o bafômetro do Aécio.

A cara da mídia do Brasil
Sem dúvida o fato mais chocante no episódio da blitz da Lei Seca, no Rio, que flagrou Aécio Neves dirigindo com habilitação vencida e metabolicamente impossibilitado de soprar o bafômetro, não foi o fato em si , mas o comportamento da mídia demotucana. Os blindados da 'isenção' entraram em cena para filtrar o simbolismo do incidente, 'um episódio menor', na genuflexão de um desses animadores da Pág 2 da Folha. Menor? Não, nos próprios termos dele e de outros comentaristas do diário em questão. Recordemos. Em 24 de novembro de 2004, Lula participou da cerimônia de inauguração de turbinas da Usina de Tucuruí, no Pará. No palanque, sentado, espremido entre convidados, o presidente comeu um bombom de cupuaçu, jogou o papel no chão. Fotos da cena captada por Luiz Carlos Murauskas, da Folha, saturaram o jornalismo isento ao longo de dias e dias. Ou melhor , anos e anos. Sim, em 2007, por exemplo, dois colunistas do jornal recorreriam às fotos de Tucuruí para refrescar o anti-petismo flácido do eleitor que acabara de dar um novo mandato a Lula. O papel do bombom foi arrolado por um deles como evidencia de que o país caminhava a passos resolutos para a barbárie: "Só falta o osso no nariz', arrematava Fernando Canzian (23-07-2007) do alto de sofisticada antropologia social. Sem deixar por menos, Fernando Rodrigues pontificaria em 09-04-2007: "...Respira-se em Brasília o ar da impunidade. Valores republicanos estão em falta. Há exemplos em profusão (...) em 2004, Lula recebeu um bombom. ... O doce foi desembrulhado e saboreado. O papel, amassado. Da mão do petista, caiu ao chão. Lula seguramente não viu nada de muito errado nesse ato. Deve considerá-lo assunto quase irrelevante. ...Não é. No Brasil é rara a punição -se é que existe- para pequenas infrações como jogar papel no chão. Delitos milionários também ficam nos escaninhos do Judiciário anos a fio (...) Aí está parte da gênese do inconformismo de alguns, até ingênuos, defensores de uma solução extrema como a pena de morte. Gente que talvez também jogue na calçada a embalagem do bombom de maneira irrefletida. São "milhões de Lulas", martelava o jingle do petista. São todos a cara do Brasil..."

(Carta Maior; Sábado, 23/04/2011

A velha mão do Estado

Depois de devastar a Fundação Padre Anchieta(SP), com demissão em massa de servidores e corte profundo de investimentos, bem de acordo com o figurino neoliberal, eis que agora os jornais noticiam que João Sayad, presidente da TV Cultura de São Paulo, busca junto a orgãos públicos da estrutura federal patrocínios para manter a programação da tv estatal paulista.
É lamentável que essa visão completamente desmoralizada no mundo todo de gestão da coisa pública ainda faça a cabeça do tucanato, embora tenha provado apenas uma coisa: que Raymundo Faoro estava coberto de razão quando desconstruia a visão do papel histórico que nossas elites desempenharam, apropriando-se do aparelho estatal e desenvolvendo um modelo que nos deixou para trás como uma das nações mais desiguais do planeta.

É fisiologismo

Se esses que estão sendo expulsos do PPS não tivessem manifestado intenção de migrar para o PSD de Gilberto Kassab, certamente não seriam expulsos do partido de Roberto Freire. Logo, fica claro que o "socialista" cravado no nome da legenda é mais acerto nostálgico com o passado remoto, do que um princípio ideológico que se via presente na vida orgânica do Partidão.
De qualquer modo, a impressão que passa é que a direção do PPS está dando palmada no bumbum errado. Até as botas dos bandeirantes expostas em algum museu de São Paulo sabem que tudo que Kassab faz tem o aval do seu criador, José Serra, este preocupado com o protagonismo de Aécio Neves que, bem ao estilo do avô, faz uma espécie de oposição consentida, algo que proporciona ter um pé nos limites do oficialismo planaltino; daí a tática usada por Serra a fim de também manter uma asa arrastada para as bandas do Planalto.
Quando Ciro Gomes, candidato bem votado pelo PPS à Presidência da República em 2002, demonstrou ter mais afinidade com o projeto petista do que com o tucanato foi convidado a procurar outra legenda, pois a de propriedade de Freire(é presidente nacional desde a fundação) já havia firmado posição como linha auxiliar do neoliberalismo fernando/serrista. Ciro contribuiu, no Ceará, para o crescimento vertiginoso de sua nova legenda, principalmente no Nordeste, onde governa dois dos três mais importantes estados daquela região; enquanto os ex-comunistas migraram para São Paulo assumindo resignadamente esse papel secundário.
Com o kassabismo posto no centro desse projeto, sobrou para o antigo PCB resolver o mesmo dilema que vive o outrora poderoso DEM, outra decadente linha auxiliar do tucanato. Como a criatividade e a militância não os fortes dessas legendas, é provável que em breve tenhamos algumas fusões. Não resolve, mas acalma alguns ânimos aparentemente exaltados.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O filtro da patifaria

Se não houvesse membros do conluio Barbatene envolvidos na ladroagem da Assembléia Legislativa, certamente que a manchete de hoje da Futrica Barbálhica(Diário do Pará) seria a chamada para uma reportagem candente, escrevinhada por um dos vários "Mentes" da equipe.
Porém, como a orientação é pisar em ovos, tudo que está dito resume-se a tópicos do Repórter Futrica(Diário), com a clara finalidade de convocar envolvidos a pensar em bloco no procededimento que deve ser adotado diante das gravações feitas por nossa Durval Barbosa.
Uma senha foi lançada: há tucanos de farta plumagem entre os envolvidos na chantagem documentada, logo, segundo a senha, é hora de unir esforços aos feitos por Pioneiro, segundo o Repórter, para evitar que uma CPI seja instalada e toda a famiglia que roubou unida seja posta em cana unida, daí a necessidade da força dessa união em defesa da impunidade.
O fato novo desse imbroglio foi a Comissão Externa da Câmara Federal, talvez um fator importante para que o PPS mudasse de postura, sinalizando que vai assinar o requerimento do psolista Edmilson Rodrigues, o que pode provocar uma repentina mudança de hábito em outras bancadas para que a comissão possa finalmente ser instalada. Se demorar muito, corre o risco de ter partido impossibilitado de indicar membro por força da ação policial do Ministério Público e da Polícia Civil. É bom pensar nisso, antes de continuar com essa dança de rato e sapateado de catita.

Um pesoescrotal e duas medidas calhordas

Dilma entre as cem pessoas mais influentes do mundo é motivo de desdém. Agora, o "patrão" entre os dez larápios mais ativos do país, e qiçá do mundo, é motivo de orgulho.
Não tarda e o lacaio pergunta, se é que já não perguntou, "Chefinho, roubar é afrodisíaco?" Como é divertida essa troupe da Futrica Barbálhica(Diário do Pará).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Lobby tucano deu com os burros nágua

De nada adiantou o lobby pseudo bairrista, verdadeiramente tucano, para ungir o tucano parauara Reinaldo Silveira ao Superior tribunal de Justiça. Prevaleceu a máxima de que mãe é mãe, vaca é vaca e tucano é tucano. E tucano com toga é algo extremamente danoso à realização da justiça. Vide o caso do Gilmar.

A volta da velinha de Taubaté

Não, não é $ubserviência aos ditames barbálhicos que cimenta a crença inarredável da professora, parece que formada em Taubaté, na honestidade inatacável de Parsifal, Simone, Juvenil e outros probos. Sua crença, desde de priscas eras, nessa nobre causa resulta da convicção de que o país ainda não completou o ciclo da transição lenta, gradual e segura.
Imagine o drama dos alunos dessa professora, que usa como fonte de informação factual a Futrica Barbálhica(Diário do Pará). Credo!!

E haja híbrido fértil.

O carnívoro Asdrúbal, anunciou ontem uma novidade para a Feira do Peixe Vivo deste ano. O cruzamento de algumas espécies que resultaram em uma terceira espécie, segundo o anúncio, bastante acessível ao bolso do povo. Assim, o cruzamento do tambaqui com o pirarucu resultou no tambacu(êpa!) e por aí vão outros cruzamentos.
Curioso que, no mesmo dia, Polícia Civil e Ministério Público também "pescaram" na contabilidade da Assembléia Legislativa uns cruzamentos algo bandalhos, que também resultaram em umas espécies bastante indigestas para o consumo popular, tipo o "ro(u)bnil", "tapiorro(u)b", "cambada", "hagesim"(parece nome de remédio pra cleptomania), "falcatrua" e por aí vai.
Espera-se que, daqui pra frente, dado o grande risco à saúde de quem os consome, que só se reproduzam em "cativeiro". Credo!!

Fuga de Tucanolândia

Diminuiu o êxodo para São Paulo.
Esse Nunca Dantes …

Na foto, um torneiro mecânico conversa com colegas de estaleiro em Suape

Saiu na Agência Brasil:

Nos últimos dez anos, mais pessoas saíram do que chegaram à Grande SP


Entre 2000 e 2010, região metropolitana teve êxodo migratório: -30,3 mil pessoas por ano


Agência Brasil


SÃO PAULO – Tradicional centro de atração de migrantes, a região metropolitana de São Paulo registrou um êxodo migratório na primeira década deste século. De 2000 a 2010, o número de pessoas que saíram da Grande São Paulo é maior do que o das que chegaram. Nesse período, deixaram a região 303 mil pessoas a mais do que o total das que se estabeleceram, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 19, pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).


A pesquisa SP Demográfico cruza taxas de natalidade e mortalidade com os primeiros dados do Censo 2010, já disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir desses números, já é possível saber se a população de alguns locais do país cresceu e se esse crescimento foi causado pelo nascimento de pessoas ou pela chegada de migrantes.


Na região metropolitana de São Paulo, a população cresceu 0,98% de 2000 a 2010, segundo a pesquisa. Isso foi causado pelo crescimento vegetativo da população (diferença entre os nascimentos e as mortes), já que o saldo migratório desse período foi negativo para a região: -30,3 mil pessoas por ano.


Esse número corresponde a uma taxa de migração de -1,62 para cada mil habitantes da Grande São Paulo. No caso da capital paulista, mais especificamente, a taxa de migração é ainda mais baixa: -3,03.


O resultado da Grande São Paulo impactou também no fluxo migratório de todo o estado de São Paulo. Na primeira década do século 21, apesar de o saldo de migrantes ter sido positivo no estado, ele caiu 67% na comparação com o registrado de 1991 a 2000.


De 2000 a 2010 chegaram no estado, por ano, 47,9 mil pessoas a mais do que saíram. Já de 1991 a 2000, o saldo migratório anual foi de 147 mil.

_Extraído do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim.

As fases da lua

terça-feira, 19 de abril de 2011

Paráfrase.

A partir de amanhã, é a seguinte a situação na Assembléia Legislativa: a CPI não deve ser instalada; se for, que não atinja o cardume; se atingir, que limite-se aos "bagrinhos"; se não limitar, que não sejam "fritos"; se...bem, depois disso só Deus sabe o desfecho. Credo!!

A propósito da "Escolinha da Band(idagem)"

Enquanto a cidade ferve com a a ação do MP e da Polícia Civil na Assembléia Legislativa, que levou quatro servidores daquela Casa de Leis(?) à cadeia, bem como à divulgação de que existem doze deputados envolvidos naquela roubalheira; áulicos barbálhicos, na tela da RBA(Rede Barbálhica de Aleivosias) , continuam babando de ódio e esculachando ladrõezinhos de periferia, como se estes fossem o grande problema da criminalidade que nos assola.
Agora ficou definitivamente flagrante o porquê de a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) ser terminantemente contra a abertura de uma CPI que investigue aquele festival de ladroagem. Como, tudo leva a crer, o assalto era patrocinado pelo ex-presidente Domingos Juvenil, é provável que uma parte daqueles recursos tenham sido usados na última campanha eleitoral, daí...

À margem


Otto Lara Resende, criador da frase "O mineiro só é solidário no câncer", adorada por Nelson Rodrigues, certamente não conheceu uma família de políticos paraenses que traduziram para o dialeto papachibé sua sentença, adaptada de um ditado popular também muito usado: "Pro nosso pirão, qualquer farinha é pouca". Credo!!

Enquadrando o "fujão"

Parece que o presidente da Câmara Municipal de Belém reconvocou o assaltante que atormenta os cofres da SESMA a prestar novo depoimento, marcado para o próximo dia 26. Caso o meliante empreenda nova fuga, resta à Câmara entrar com uma ação civil pública enquadrando-o na prática de crime de responsabilidade.
Já está passando da hora de vermos a lei punindo esse que é um símbolo do deboche e da impunidade, por sinal, de tão petulante e reincidente, já é protagonista semanal de escândalos dando conta de desvios de recursos da saúde. Credo!!

Açai biruta

O ex-detento e atual senador Flexa Ribeiro deve estar tereré com o julgamento do próximo dia 28, quando o STF apreciará o processo em que o indigitado é acusado de corrupção, formação de quadrilha e sonegação de tributos, pelos quais foi em cana.
Só isso explica seu posicionamento contrário ao trem bala, que fará a linha Rio-Campinas em três horas. Flexa condiciona seu voto a favor da autorização do financiamento ao empreendimento pelo BNDES se for garantido o asfaltamento da BR-163(Santarém/Cuiabá).
Detalhe: o asfaltamento da rodovia está em andamento e, ao contrário dos tempos tucanos, tem data para sua conclusão, no final deste ano. Claro que o ex-detento é sabedor desse fato, porém, tomado de inveja fernandohenriqueana, prefere posicionar-se gratuitamente contrário na vã tentativa de iludir incautos. Só o Repórter da Ditadura(70) para dar trela à essa balela.

Candidatura Avulsa

Pelo que posta em seu blog, Zé Carlos diverge de sua companheira de partido, Marina Silva, a respeito da proposta de incluir na reforma política a permissão de candidaturas avulsas nos próximos pleitos eleitorais. De antemão ressalto que considero essa divergência saudável, desde que siga essa trilha: debate respeitoso, transparente e civilizado.
Da minha parte, acho que o Zé Carlos está correto na medida em que a tradição brasileira nos mostra que duas mazelas sempre assombraram nossas escolhas, por sinal, todas duas nefastas ao que deveria ser a livre manifestação do eleitor. Falo da idolatria e do poder econômico, fatores que muito contribuem para a despolitização do processo e o enfraquecimento dos partidos, não por acaso mais de 70% dos eleitores não recordam em quem votaram nas últimas eleições; e ainda convivemos com um grande número de coronéis da política, detentores de mandatos há décadas e sócios do poder, independentemente de quem o exerça.
Nesse sentido, mais do que respeitar a livre manifestação cidadã, penso que a candidatura avulsa contribuirá bastante para o surgimento do nada de "salvadores da pátria". Pior ainda se não chegarmos à consolidação do financiamento público das campanhas, pois aí veremos consolidado o triunfo dos "fantasmas" anteriormente citados: poder econômico e idolatria.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Inabilitado

Uma semana depois de fazer pronunciamento no plenário do Senado Federal, quando foi saudado como o ressucitador da oposição brasileira, Aécio Neves tem sua carteira nacional de habilitação confiscada em uma fiscalização por estar com sua validade vencida. Pior, recusou-se a fazer o teste do bafômetro e passou a viver sob suspeita de ser um presidenciável que não vê problemas em agir à margem da lei.
Ao durar apenas uma semana a tão festejada condução de pessoa, que depois se soube estar inabilitado, só resta à oposição seguir a sugestão de uma comédia que fez muito sucesso há tempos: apertar o cinto até que surja um novo piloto.

Assumindo o que faz

A respeito de matéria publicada hoje em O Liberal, mostrando os estragos causados pela chuva em ruas do Conjunto Cidade Nova, agravados por obras realizadas pela prefeitura daquele município, de uma coisa os moradores não podem queixar-se: em quase todas as ruas que foram à pique, há uma placa de tamanho razoável com os seguintes dizeres, "A Prefeitura está aqui".
No caso, e ao contrário do que diz o ditado, aqui o que abunda é que prejudica, ou seja, é motivo de todos os temores a ameaça contida nas placas com os dizeres acima referidos. Égua!!!

Vigarice tucana

Uma nota publicada hoje no Repórter da Ditadura(70), não passa de vigarice de quem dá o coice em quem foi vítima de queda.
Informa que o "bondoso" filhote da ditadura, Zenaldo Coutinho Jr., atual chefe da Casa Civil do Estado, propôs atualizar(?) as pensões dos sobreviventes de Eldorado do Carajás em um salário mínimo. Pior, que a proposta teria agradado.
Tão veraz quanto uma nota de três reais. Atualmente, por força de lei aprovada em cima de mensagem enviada a AL pela ex-governadora Ana Júlia, os sobreviventes do massacre físico imposto por um governo tucano recebem dois salários, enquanto descendentes dos que foram assassinados recebem um salário mínimo vigente no estado, portanto, a bondade zenaldista não passa de intenção de promover outro massacre contra aqueles trabalhadores, dessa vez pela condenação à fome. lamentável!!

Numerologia tucana não passa de empulhação.

Pobreza, Desenvolvimento e Políticas Públicas: As diferenças entre o PT e os Tucanos

Na última quinta-feira (14/04) o Idesp divulgou números referentes a indicadores sociais, inclusive pobreza, no estado do Pará. Vamos desenvolver breve análise sobre os números e fazer a necessária comparação entre políticas de governo, considerando uma série histórica maior que aquela divulgada pelo Idesp.

O quadro apresentado e divulgado no endereço do Serviço de Informação do Estado (SIE) apresenta somente os dados de 2006/2009, seja de forma proposital, ou não, os técnicos do Idesp foram orientados a não revelar dados mais amplos e que possibilitam a tela de comparação com o primeiro governo Jatene. Do mesmo modo, pelo mesmo motivo, a orientação política foi no sentido de analisar 2009 como ano típico, o que todos, mesmo o mundo mineral, sabem que não foi, tanto assim que os dados referentes a emprego refletem o ano de crise, que somente não foi mais grave pelas políticas estaduais e federais implementadas.

Podemos fazer um recorte mais amplo e observar e analisar como os números da pobreza evoluem para o Pará em um período de quatorze anos (1995/2009), sendo que esse ciclo mais longo nos permite retirar deduções mais condizentes com a real evolução dos indicadores de pobreza.

Antes, vale observar, que a pobreza é claramente um problema transversal, ou seja, diversas políticas públicas devem agir afim de que possamos superá-la: ações de transferência de renda, como os programas Bolsa Família (governo federal) e Bolsa Trabalho (governo estadual), convergem com políticas educacionais e de desenvolvimento econômico para construção de uma trajetória permanente de elevação da renda média da sociedade e inclusão social e econômica.

A tabela abaixo ressalta que quando Jatene assumiu seu primeiro governo em 2002, o número de paraenses abaixo da linha de pobreza era de 2.109.407, ao deixar o governo em 2006, o número de paraenses na pobreza tinha se elevado para 2.846.062 pobres, aumentando em 35% o número de pobres, ou 737 mil pessoas passaram a viver na pobreza.


Deve-se ressaltar que somente entre os anos de 2003 para 2004, o número de paraenses na pobreza subiu de 2.234.251 para 3.270.370, ou seja, uma variação absoluta de 1.036.119 pessoas, ou em termos relativos, uma elevação de 46,37%. Convém ressaltar que naquele ano não houve crise, porém a ausência de políticas públicas provocou aquele infeliz quadro.

Quando Ana Júlia recebeu o governo em 2007, eram 2.725.845 paraenses abaixo da linha de pobreza e, segundo os dados do IPEADATA (base PNAD), são hoje 2.631.946, representando uma redução de 7,5 % em relação a 2006 e 3,57% em relação a 2007, o que significou que 214 mil paraenses saíram da pobreza, apesar da crise de 2009 e seus enormes impactos não somente no Pará como no mundo inteiro.

Os resultados (atípicos) da pobreza em 2009 podem ser explicados basicamente pelo mau momento que passou a economia internacional nesse ano, e que impactou também a economia paraense, sobretudo na geração de empregos. Em 2009 foram gerados 7.380 novos postos de trabalho, quantidade menor que em 2008.

Ressalta-se que em 2010 o quadro melhorou, tanto que a economia paraense gerou mais de 54 mil novos postos de trabalho, o que significa que presenciaremos resultados muito positivos quando das estatísticas do ano de 2010.

Vale também ressaltar que o nível de pobreza observado em 2008 foi o menor de toda a série de pobreza para o Pará. Isso merece ser frisado. Enfatiza-se também que os bons resultados foram frutos de uma busca conjunta do governo estadual com o governo federal no período 2007-2010.

No gráfico ilustrativo abaixo é possível visualizar que a taxa de pobreza da série de quatorze anos (1995/2009) alcançou seu menor ponto no ano de 2008, ano no qual as políticas públicas dos governos estadual e federal, ambos do PT, estavam em pleno funcionamento e não havia, ainda, sinais da crise internacional de 2009.



Quando fecharmos os dados sobre pobreza para todo o período 2006-2010, o que veremos é um quadro bastante positivo que, mesmo com o ano atípico de 2009, significou uma melhoria para a população paraense, principalmente quando comparado com períodos anteriores.

Sabemos que estamos longe de chegarmos a um cenário satisfatório para os paraenses, mas as conquistas dos últimos anos foram significativas o suficiente para nos dar a energia de continuar buscando e cobrando por melhorias, por um crescimento econômico responsável, sustentável e que preze pela busca de uma maior equidade social.

Nos parece que as condições de desenvolvimento e as políticas públicas de transferência de renda estabelecidas pelo programa democrático popular do PT ainda não foi colocado a prova. Provavelmente as políticas vinculadas a expansão econômica arrojadas, tais como a atração e fixação do maior empreendimento produtivo privado no Pará para os próximos dez anos, a construção da “Aços Laminados do Pará (ALPA)”, fruto da pressão, que levou inclusive, a defenestração de Agnelli da presidência da Companhia Vale, aliado as políticas, também arrojadas de Parques Tecnológicos e a transferência de renda via Bolsa Trabalho e do governo federal o Bolsa Família, continuaram a definir o futuro do Pará pelas próximas décadas, contanto que a sina e sanha tucana não seja pelo descalabro e pela incapacidade de governar.
Extraído do blog Proposta Democrática

sábado, 16 de abril de 2011

Agência Estado, uma organização mafiosa

Durante muito tempo, o jornalista Luís Nassif foi colunista da Folha de São Paulo. Hoje não sei se continua, pois não leio mais aquela imundície. O que sei é que Nassif tem uma empresa de consultoria e uma postura bastante crítica sobre o PIG(Partido da Imprensa Golpista), e que agora foi contratada pela Empresa Brasileira de Comunicação, por R$660 mil anuais, para fazer análises a respeito dos vários cenários econômicos nacionais e internacionais, certamente com uma visão diferente das fontes que abastecem nossa mafiomídia tucana.
Por isso causou desgosto na camarilha dos mesquitas e levou a Agência Estado a colocar pitadas de maledicência na notícia que deu a respeito do contrato firmado entre a EBC e a Dinheiro Vivo Consultoria Ltda.
Seguramente, muito dessa mágoa tem a ver com o livro "Cabeças de Planilha", de autoria de Nassif, em que é estabelecido um paralelo entre o encilhamento do ministro Rui Barbosa e o populismo cambial verificado na travessia do primeiro para o segundo mandato de FHC, ambos causadores de quebradeira na nossa economia, inclusive resultando em endividamento brutal do país, daí a antipatia que provoca nesses escrevinhadores desonestos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pranto insistente das velhas carpideiras

Pelo visto, ainda não cessou o chororô pela queda do queridinho do tucanato Roger Agnelli, que caiu em desgraça com os principais acionistas da empresa que presidia( o governo e os fundos de pensão) quando demitiu 1300 funcionários, no limiar da crise eclodida em 2008, "sentado num lucro de R$30 bilhões" como resumiu Lula, à época tentando tranquilizar a população brasileira a respeito dos estragos que aquela crise causaria; bem como por ter feito todos os esforços para impedir a instalação de uma fábrica que produzisse aço em Marabá, pois desdenha da agregação de valor aos produtos minerais que possam levar ao desenvolvimento regional, preferino vender minério de ferro como commoddity, afinal, em 2000, a tonelada custava US$28,79, e, em 2010, já custava US$182. Hoje, com o episódio superado e o emplumado já na condição de ex-presidente da Vale, resta aproveitar o ensejo para manter viva a discussão sobre os royalties pagos por ela, provavelmente os mais baixos do mundo, por conta de sua histórica relação promíscua com sucessivos governos, ao tempo em que ainda era estatal e mandava e desmandava em prepostos travestidos de governantes, que se regalavam com as famosas Antecipações de Receitas Orçamentárias, as famigeradas AROs. Segundo matéria da revista Carta Capital desta semana quase finda, todos os grandes produtores de minério debatem o aumento das alíquotas dos royalties à medida que sua extração impacta o meio ambiente. Ainda, segundo a referida matéria, o Canadá, que já possui uma alíquota de 15%, estuda aumentá-la ainda mais; indo no mesmo rumo África do Sul, Zâmbia, Colômbia, Indonésia e Austrália. Portanto, à margem de qualquer malandragem autopromocional de algum senador, urge que se desencave projetos estagnados na burocracia daquela Casa de Leis fazendo-os voltar à discussão e deliberação. O povo brasileiro penhorado agradeceria.

Regime do mínimo

Quando assumiu o governo, em 2007, a governadora Ana Júlia Carepa concedeu aumento de mais de 9% ao conjunto dos servidores estaduais. Aquela altura, a inflação estava em 4,5% ao ano, o que permitiu que os servidores tivessem um considerável ganho real, após doze anos de arrocho brabo promovido pelo tucanato, inclusive Simão, naquele momento, o maior percentual de reajuste concedido por um governo estadual dentre todos do país. Nessa sua reentré, Lorota concedeu 6,30% e já declarou que é o máximo que o estado pode dar para esse conjunto do funcionalismo, este que é o percentual que reajustou o salário mínimo nacional. Lembremos que, no início deste ano, já sob a vigência do ucasse lorótico pseudo moralizante, a Assembléia Legislativa do Estado aprovou para o governador, seu vice e secretários reajustes na ordem de 60%, sob o olhar cúmplice do empavonado Ophir Jr, que brigava contra a concessão de pensão para ex-governadores. A propósito, o desproporcional aumento para Simão o colocou recebendo proventos iguais ao valor da pensão, pela qual ele tinha optado, em detrimento do que é pago a um governador da ativa. Com a volta do salário mínimo como política salarial para os servidores, tomara que não apareça um tucanocrata que invente um mecanismo de surrupiar dos servidores o vale alimentação concedido pelo governo passado, embora, a prática de dar com uma para retirar com a outra mão, prática corriqueira entre tucanos, seja ameaça real. Credo!!!

O IDESP dos sonhos

Quando os tucanos, inclusive Simão Lorota, extinguiram o IDESP o fizeram porque não gostaram dos números apresentados aquela altura pelo instituto a respeito da situação sócio econômica do Estado. Depois, veio o governo petista, sem medo dos números, e exumou o dito instituto para que colaborasse com radiografias consistentes a respeito dessa realidade. Lamentavelmente, tudo leva crer que os atuais dirigentes do orgão estão ressabiados com o infausto fechamento anterior, por isso optaram em fazer alquimia sórdida, desprezando os dados reais de atual situação do Pará. Apenas para pegar um exemplo mais flagrante dessa depravação pseudocientífica, no ano passado o Pará criou cerca de 60 mil postos de trabalho, mais que o dobro do segundo colocado e um recorde histórico para o estado. No entanto, a camarilha tucana empoleirada no IDESP resolveu filtrar dados da passsagem de 2008 para 2009, quando eclodiu a crise mundial proveniente da quebra do Lehman Brothers, e concluiu que o Pará foi o estado onde ocorreu a maior de desemprego. Outro dado importante, em 2006, o DIEESE fez um estudo e mostrou que 49,6 da população paraense viviam com meio salário mínimo. Mais uma vez, os tucanos resolveram o problema do adultério jogando a cama fora. Promoveram o distrato do contrato que mantinham com aquele departamento intersindical e rsolveram jogar todas as suas fichas na manipulação dos dados, como diz o intragável FHC, bem ao gosto de nossa imprensa, desde que remunerada. No entanto, ainda em 2010, o próprio IDESP, em parceria com o IPEA, divulgou um estudo em que era detectada a redução do número de paraenses naquela condição. Uma redução de cerca de 700 mil pessoas para pouco mais de 200 mil, por sinal, dados divulgados nos debates durante a campanha eleitoral, sem que Simão fizesse qualquer contestação. Claro que a situação a que chegamos não é nada que se leve a soltar foguetes, no entanto, se formos comparar com a situação deixada por Lorota I é cristalino que houve melhora acentuada. Apesar da vigarice pseudocientífica.

Clima de terror no Banpará.

Anônimo disse...

Caro Blogger
Por favor faça uma matéria sobre a denuncia do Sindicato dos bancários, reproduzida abaixo.
Clima no banco é de medo, atitude da direção do banco e do governo é do tempo da ditadura:

Direção do Banpará instala o terror e persegue funcionários por motivos políticos
Qui, 14 de Abril de 2011 11:45 Banpará
Está lançada a temporada do terror no Banpará. Sem outra motivação, que não seja a mais abominável perseguição política, a direção da empresa determinou que todos os funcionários que foram cedidos ao Governo da bancária Ana Júlia Carepa fossem destituídos da função e transferidos para as agências, de preferência uma agência bem distante de sua residência.

Segundo relatos de bancários que não querem se identificar (por óbvio temor de represálias por parte da direção da empresa), a determinação da perseguição teria partido diretamente do Palácio dos Despachos, do Gabinete do Governador Simão Jatene. Seja de onde partiu a ordem, não restam dúvidas de que a diretoria do Banpará deve uma explicação aos seus mais de mil funcionários.

A presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, e a diretora de saúde, Érica Fabíola, estão buscando contato com a diretoria do Banco na tentativa de reverter essa decisão, que se constituiria em um precedente perigosíssimo para a empresa, visto que todos os atingidos por essa inaceitável retaliação política são funcionários antigos, com excelentes serviços prestados ao banco e que disponibilizaram seus nomes para participar do Governo no intuito de servir ao povo do Pará.

Convém lembrar que o próprio presidente do Banco, Augusto Costa, que atuou como diretor do Banpará no primeiro governo do tucano Simão Jatene, foi nomeado diretor da CAFBEP no Governo Ana Júlia, mantendo assim seu padrão de vida e contribuindo com sua experiência profissional para a consolidação do BANPARÁ, sem revanchismos que caracterizam os ditadores. Esperamos que seu próprio exemplo sirva para que reconheça o erro e volte atrás.

ESSE PODE SER APENAS O PRIMEIRO PASSO

O Sindicato posiciona-se contrário a essa atitude da diretoria do banco em defesa dos interesses maiores da própria empresa e de seu funcionalismo. “Se deixarmos que se instale a perseguição por motivos políticos, estará aberta a porta para o fracasso de qualquer tentativa de manter o BANPARÁ no ritmo de crescimento que vem experimentando nos últimos anos, o que coloca em risco o futuro da empresa e de seus funcionários”, afirma Rosalina Amorim, Presidenta do Sindicato.

Para a diretora de saúde do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola, “o que a direção do Banco acaba de fazer representa um recado claro: o que valerá de agora em diante não será a competência profissional, mas a bajulação e o adesismo político ao governo de plantão, o que não pode nortear as ações da direção de uma Instituição Financeira que se pretenda digna deste nome.”

Para reflexão de todos, deixamos um trecho conhecido do poema “No Caminho com Maiakovski”, de Eduardo Alves da Costa:

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”


Fonte: Bancários PA

14 de abril de 2011 14:59

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