Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Galinheiro. Adminstração: raposas

Através do Dcreto Nº54, publicado ontem no Diário Oficial, Lorota criou um programa que chamou de "Programa de Municípios Verdes(PMV)" para, entre outras coisas, "dinamizar a economia local em bases sustentáveis", sendo objetivos, entre outros, dessa empulhação sombria e pintada de verde para ludibriar a população, a intensificação da pecuária, o fomento ao agronegócio e a regularização fundiária a cargo de municípios que historicamente promoveram a grilagem.
Para consolidar o modelo agroescravocrata, Simão nomeou um conselho gestor do qual fazem parte, entre outros "ambientalistas", Helder Barbalho pela FAMEP, ícone da degradação ambiental através da proliferação de lixões em Ananindeua; Sidnei Rosa, notório praticante do trabalho escravo pelo que responde à justiça; Antônio José, boneco de ventríloquo de Jader Barbalho, este até hoje respondendo processo por negociação de terras públicas no Polígono dos Castanhais, quando foi Ministro da Reforma Agrária; Carlos Xavier, defensor perpétuo do modelo escravocrata tão a gosto de tucanos e jaderistas, além de "conselheiro" de Almir para assuntos de desocupação de estradas, ainda que isso resulte em chacinas.
E há, também, o Fundo Vale. Certamente, colocado sob a perspectiva de que quem ia indicar era(?) o amigo dessa tchurma Agnelli. Com a defenestração deste, pode ser que haja "desconvite". Ou, se o bicho não for tão feio, que fique tudo como está.
Eis aí a agenda ambiental do governo lorota e seus ambientalistas históricos. Vejamos como IMAZON, coadjuvante nessa encenação, desempenhará seu papel.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Doctoratus Lulae

O clímax da cerimônia de concessão do título a Lula simbolizado por, dentre outros objetos, um anel de ouro de 13 gramas com rubi, é quando o da Universidade de Coimbra pergunta, em latim, "Quid petis?" e Lula respondeu, em latim, "Gradum doctoratus", tornando-se Honoris Causa.
Depois de tantas voltas na língua, só tomando uma.

Detonando a jagunçagem

Dois fatos alvissareiros podem dar início a um processo definitivo de resgate da democracia no Brasil, com a devida punição a ícones do regime autoritário, proporcionando que mesmo tarde possamos praticar aquilo que sinalizamos concordar ao assinar tratados internacionais civilizatórios.
A representação feita à Comissão de Direitos humanos e Minorias da Câmara Federal, assinada por 18 parlamentares contra o deputado Jair Bolsonaro, que manifestou-se de forma racista e homofóbica em um programa de televisão; bem como a perspectiva do pedido de prisão preventiva, feito por entidades da sociedade civil, contra o carniceiro Curió, notório torturador e o principal jagunço no extermínio dos guerrilheiros do Araguaia, até hoje impune, são fatos que contribuem para que o país repare os erros cometidos no passado e que significam verdadeira vergonha nacional. Que assim seja!

Lixo metropolitano

Ao assumir a prefeitura de Belém, em 2005, D. Costa fez pouco caso do que recebeu para transformar o chamado lixão do Aurá em um aterro sanitário. Esvaziou a cooperativa de catadores, acabou com o programa Sementes do Amanhã que dava assistência sócio-pedagógica aos filhos desses catadores na Granja Modelo e deixou novamente o solo do lixão deteriorar-se ao não mais impermeabilizá-lo.
Com a entrada em vigor, em agosto do ano passado, da lei que criou a Política Nacional de resíduos Sólidos o prefeito de Belém virou um fora-da-lei, pois as notificações que o IBAMA fazia à SESAN, desde de 2009, passaram a ser baseadas naquele instrumento legal.
Resultado: multa diária para D. Costa de R$4 mil e pra prefeitura de R$40 mil. Deveria ser o inverso, já que é D. Costa quem concorre decisivamente para que a água que abastece nossa Região Metropolitana seja contaminada pelo chorume que escorre daquele lixão; o poder em si, se não houvesse alguém tão nefasto fingindo ocupá-lo, certamente ensejaria que outros agentes públicos, até o próprio IBAMA, tomassem providência para evitar esse desastre ambiental. Providência, aliás, que deveria ser estendida aos demais prefeitos da região, o de Ananindeua, de Marituba, de Benevides, Santa Bárbara e Santa Izabel que também despejam lixo na área e não movem uma palha para tentar melhorar as condições do local. Uma lástima!

Zé Alencar( o vice dos sonhos)

"Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida", chorou Lula

Foi em prantos que a presidenta Dilma e Lula falaram da morte de José Alencar, pouco depois de serem informados pelo médico do ex-vice-presidente.

"Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida", chorou Lula.

A visita de ambos a Portugal foi encurtada. Lula dedicará a Alencar o título de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra, na manhã de quarta-feira, e ambos voltam ao Brasil em seguida. A presidenta cancelou a agenda oficial em Portugal que deveria ocorrer na quarta-feira à tarde.

A presidenta informou que a família de Alencar aceitou que ele seja velado no Palácio do Planalto. O governo decretará luto oficial de sete dias. (com informações do Valor).

Defensoria Privada

"Anônimo disse...O Estado do Pará precisa de defensores.

Deu no blog da ASCONPA hoje pela manhã, divulguem também.
terça-feira, 29 de março de 2011
Defensoria Pública do Estado não nomeia novos defensores, mas paga super salário ao chefe

Enquanto milhares de cidadãos do Estado sofrem pela falta de defensores públicos concursados, a Defensoria Pública do Estado, que alega não ter dinheiro para nomear novos defensores, paga ao titular do órgão salário de R$ 30.279,40. Isso mesmo, trinta mil e duzentos e setenta e nove reais e quarenta centavos.
A origem desta informação está no Demonstrativo de Remuneração de Pessoal – Ativo 2011 - Folha de janeiro de 2011 - Número de Publicação: 21.5401. Valor muito acima do teto constitucional.

Alguns salários de comissionados da Defensoria Pública do Estado:
Defensor Público Geral R$ 30.278,40
Subdefensor R$ 27.482,11
Assessor R$ 17.448,77
Coord. de Finanças R$ 4.816,04
Coordenador Política Cível Metropolitana R$ 14.821,35
Coordenador Política Criminal Metropolitana R$ 19.710,99
Coord. De Política Cível e Criminal do Interior R$ 14.147,65
Corregedor Geral R$ 26.744,98
Diretor do Centro de Estudos R$ 22.172,7
Diretor do Interior R$ 17.421,48
Diretor Metropolitano R$ 29.905,50
Chefe de Gabinete R$ 24.534,70
Sec. Geral de Diretoria Metropolitana R$ 19.710,95
Total de salário pagos aos DAS da Defendoria Pública do Estado em fevereiro: R$ 649.684,24.

Postado por ASCONPA

Diversas notícias sobre a defensoria já foram postadas em diversos blogs.
No blog do Dep. Parsifal as postagens sobre esse assunto chegam a 500.

PELA NOMEAÇÃO DE MAIS DEFENSORES PARA TODO O ESTADO DO PARÁ............"
E pela quantidae de diarias pagas, pode-se deduzir que o programa Defensoria Itinerante virou "Defensoria Mamante", cevando ainda mais a casta de privilegiados que imediatamente formou-se ali.

terça-feira, 29 de março de 2011

Quero um Senado decente

A respeito dos nossos senadores, tão festejados na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), mas de comportamentos tão pouco afeitos aos princípios éticos, eis o que disse um anônimo,
"Supremo analisa inquéritos contra parlamentares

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem analisar na próxima quinta-feira (31) inquéritos contra dois parlamentares do Congresso. Caso os integrantes da mais alta corte do país considerem os elementos suficientes, o deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG) e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) passarão de investigados a réus em ações penais. O caso do peemedebista é o segundo item da pauta, enquanto o do tucano é o sétimo. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF).
Fonte: Congresso em Foco
A cadeia os espera.
O Pará merece ter representantes dignos.
CADEIA NELES!"

Doutor LULA

Correio da Manhã

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva vai receber hoje na Assembleia da República, em Lisboa, o Prémio Norte-Sul, atribuído pelo Centro Norte-Sul do Conselho da Europa. A homenagem, que Lula receberá ao lado de Louise Arbour, presidente do International Crisis Group, a outra galardoada, antecederá outra importante distinção, a de doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra.

O Prémio Norte-Sul distingue anualmente personalidades que, pela sua acção e exemplo, contribuem para a promoção da solidariedade e interdependência mundiais. Lula foi escolhido este ano, segundo o Centro Norte-Sul, pelo dinamismo que imprimiu às relações Sul-Sul e por ter conduzido uma política externa apostada em promover à escala mundial a luta contra a pobreza, o desenvolvimento económico e a igualdade social.

Amanhã, Lula receberá em Coimbra o doutoramento honoris causa pela Faculdade de Direito, uma honra que, há anos, seria inimaginável para um operário pobre e pouco instruído. Um dos símbolos dessa ligação definitiva que Lula passará a ter com uma das mais antigas universidades europeias é um anel de ouro português. Criado pelo joalheiro António Cruz, o anel, maior do que o usual para estes casos, tem 13 gramas de ouro e um rubi cor de sangue de pombo, remetendo para as insígnias vermelhas do Direito.

A seu lado, amanhã, Lula terá outra mulher que faz história no mundo, a actual presidente do Brasil. Dilma Rousseff efectua uma visita de três dias a Portugal, a convite do homólogo Cavaco Silva. A presidente visita hoje, a título particular, a Universidade Coimbra, estando também presente amanhã na cerimónia de doutoramento do seu antecessor. De regresso a Lisboa, Dilma encontra-se com o presidente da República e com o primeiro-ministro José Sócrates.

Jumentalidade ciclópica

Se Jader foi à Brasília pedir RATIFICAÇÃO é porque está satisfeito com o resultado do primeiro julgamento. Agora, se ele foi pedir RETIFICAÇÃO obviamente significa que movimenta-se para destronar Marinor Brito, a quem superou em número de votos na última eleição senatorial.
Se o Trapezista Escrotal, do alto da sua jumentalidade ciclópica, tivesse ido ao Ver O Peso consultar qualquer um trabalhador da nossa maior feira saberia a diferença; ou se oportunamente tivesse lido o "Infância Brasileira". Em São Paulo já existe lei punindo essas atrocidades vernaculares, se chega por aqui o serelepe performático dos "países baixos" alheios estaria em maus lençóis. Égua!!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

No escurinho do cinema...

Ao contrário do que pensam muitos desmemoriados, a exibição de filmes aos finais de semana no horário matinal não começou na São Pedro com os cinemas do falecido crítico Alexandrino Moreira. Bem antes disso era parte da programaçaõ de todos os cinemas da cidade e até do interior.
Nem a programação conhecida como "cinema de arte" teve início na São Pedro. Quando ainda nem o shopping existia e a São Pedro nem era asfaltada, o Olímpia exibia aos sábados pela manhã os chamados filmes de arte, com afluência espetacular de público, como nos casos de Teorema(Pier Paolo Pasolini) e Satyricon(Federico Fellini), com as filas dobrando o quarteirão da Gama Abreu.
É verdade que, depois, essa sessão passou a ser exibida as sextas-feiras, às 22hrs, no saudoso Cine Palácio, mas isso demorou uns três anos, quando a plateia já era cativa da programação, fosse onde fosse(havia todo um circuito alternativo que exibia esses filmes, inclusive pela manhã). É isso!

A CMB pode ter alterações

A justiça federal condenou o vereador Ademir Andrade a perder seus direitos políticos por ter sido considerado culpado de desvio de recursos públicos na CDP.
Com isso Ademir deve perder o mandato, assumindo em seu lugar a primeira suplente Milene Lauande(PT), aumentando um pouquinho a atualmente minguada bancada feminina.

Canalhices no trapézio

E o trapezista escrotal publicou uma charge hedionda a respeito daquilo que imagina que acontecerá imediatamente. O patrão dele, Ali Barbalho, o que não bate em portas, com uma espada na mão decepando a cabeça da senadora temporária Marinor Brito.
Desgraçadamente, para os padrões da Rede Barbálhica de Aleivosias(RBA), uma imagem chocante dessas é a coisa mais normal na medida em que se trata do carro-chefe de sua programação local, baixarias sem limites e exploração do bizarro como forma de angariar audiência. É o "mundo cão" vendido como um produto popular. Lamentável!

domingo, 27 de março de 2011

Matéria vencida

Chegou tarde a manifestação do escriba de alcunha planaltina, alugado aos tucanos cá da planície, em favor da permanência de Roger Agnelli na presidência da Vale. Conforme o próprio jornal em que trabalha o indigitado, o martelo já foi batido e aquele burocrata que sempre laborou contra os interesses do Pará terá que cantar em outra freguesia.
Quanto a recorrer à oposição para manter-se no cargo, isto tem tanta serventia quanto atrasar o relógio para que não anoiteça, dada a inexpressividade da atual bancada do contra. Vejamos se o próximo é presidente é mais acessível, tanto na questão do ritmo que deve ter a construção das instalações da Alpa quanto na dicussão do justo preço que aquela companhia deve pagar ao nosso estado, como compensação da fábula que fatura e transfere para acionistas privados, desde que a privataria tucana a doou de mão beijada.

Égua da musculatura!

O festejo do conluio tucano/pemedebista pela bancada que o Pará pode vir a ter no Senado, com a provável ascensão barbálhica, só falta manifestar-se com rajadas de metralhadora para o alto.
Agora, teremos dois ex-detentos com direito a algemas e demais apetrechos do kit xadrez; e um outro que durante muito tempo viveu(?) à margem da lei, explorando a contravenção penal e na companhia de um notório bandido de Nilópolis, por sinal, também habitué do Complexo Bangu. Credo!

No meio do caminho há um Sarney, há um Sarney no meio do caminho

Há quase uma década que o coronelão maranhense, José Sarney, senador pelo Amapá, tenta impedir que João Capeberibe assuma o mandato para o qual foi eleito, mas teve seu registro cassado por alegada prática de Caixa 2, ao gastar R$26,00 na compra de votos. Não é erro, não. A acusação contra Capi, um ex-preso político da ditadura militar da qual Sarney foi vassalo, foi cassado por ter gasto R$26,00 ilegalmente.
Com a decisão da última 4ª feira, Capeberibe pode retomar novamente seu mandato, mandando pra casa o sarneysta Gilvan Borges, que completou o mandato do senador do PSB na legislatura passada e exerce outro nesta legislatura pelos mesmos motivos.
Resultado, Sarney já deve estar se mexendo para protelar a publicação do Acordão do STF que propiciará os recursos para a volta dos beneficiados com a decisão de quarta. Se, como previam alguns, esse Acordão só seria publicado daqui a um ano, com a "forcinha" sarneycomarimbôndica isto poderá atravessar tempos ainda mais extensos. Vai daí que, em um outro estado da Região Norte, deve haver alguém que não gostará nada dessa movimentação do estadista do Pericumã. Paciência!

Cinismo

Não se trata de opinião, mas de deboche com a opinião pública e com a decência, tanto do deputado tucano Megale, do Repórter Futrica(Diário) e de quem mais na Assembléia Legislativa foge de suas responsabilidades usando esse torpe argumento, de que não adianta instalar CPI porque o convocado pode muito bem ficar mudo diante dos questionamentos.
Essa patifaria argumentativa está publicada hoje na famigerada coluna citada, tendo como motivo o fato da ex-servidora Mônica Pinto ter ignorado a convocação que lhe fez a Comissão de Sindicância, instalada para protelar a criação da necessária CPI, e expõe toda a inapetência de grande parte dos parlamentares em apurar a fundo os malfeitos cometidos provavelmente por seus pares.
Todo mundo sabe que uma Comissão Parlamentar de Inquérito tem, por determinação legal expressa, força para convocar qualquer envolvido e dar-lhe voz de prisão, caso perceba que o intuito é atrapalhar as investigações. E isso o maroto Megale sabe, assim como sabe também o Repórter Futrica(Diário), logo, mais uma semana se passa e cada vez fica mais claro que o intuito do conluio tucano/pemedebista é não apurar nada.

sábado, 26 de março de 2011

Combate à obesidade

Depois de cortar em 100% o vale alimentação dos servidores da educação, o inoperante alcaide ananin inova outra vez no combate ao pecado da gula. Acaba de fechar para o almoço o Restaurante Popular que atendia cerca de duas mil pessoas diariamente.
Agora, se aquela freguesia deseja novamente alimentar-se a preços módicos, terá primeiro que passar lá pelos aparelhos de ginástica do prefeito para recuperar a boa forma. Talvez, depois disso, possam voltar a pecar. Impressionante!

As voltas que o colonialismo dá

Financial Times sugere que Portugal seja anexado ao Brasil para sair da crise

Redação Portal IMPRENSA

Em artigo publicado na edição desta sexta-feira (25), a equipe de colunistas da seção Lex do Financial Times sugere que Portugal seja anexado ao Brasil para sair da crise econômica e política em que vive: "Aqui vai uma maneira 'out-of-the-box' para lidar com o problema: anexação pelo Brasil (uma década de 4% de crescimento anual do PIB, muito mais elevado recentemente). Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB", lê-se na coluna mais influente do jornal britânico de negócios e finanças.

O premiê José Sócrates renunciou ao cargo, na última quarta-feira (23), após ver seu plano de austeridade ser rejeitado pela Assembleia Nacional Portuguesa, pela quarta vez. De acordo com o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Juncker, Portugal precisaria de um empréstimo de 75 bilhões de euros (cerca de R$ 175 bilhões) para solucionar os elevados endividamento e déficit públicos. Antes de renunciar, Sócrates resistia aceitar ajuda externa.

Para o FT apesar da perda de status, Portugal sairia ganhando caso tornar-se uma província brasileira: "A antiga colônia tem algo a oferecer, mesmo para além da diminuição dos 'spreads' de crédito e, proporcionalmente, déficits e contas correntes governamentais muito mais baixos. O Brasil é um dos BRIC, o centro emergente do poder mundial. Isto soa melhor lar que uma cansada e velha União Europeia", escreve o FT, em tradução feita pelo portal luso Económico.

Para o diário britânico, a União Européia vê em Portugal um membro problemático: "Sem governo, elevada resistência à austeridade e crônico desempenho econômico"
Extraído do blog Esquerdopata

Papo furado

O medíocre diretor howllyoodiano James Cameron declarou à imprensa brasileira que, se tivesse conhecido os caiapós antes de filmar Avatar, teria feito um filme melhor.
Conversa fiada! O filme não é ruim apenas pela flagrante ignorância de Cameron a respeito do modus vivendi dos povos da floresta. O filme é incontornavelmente ruim porque segue o padrão da superprodução que não têm personagens, mas estereótipos; não tem uma trama verossímil, mas uma miscelânea de clichês repetitivos que poderiam ser expostos em qualquer cenário ou em qualquer civilização que não passaria de um dramalhão maniqueísta, a bater na surrada tecla da luta do bem contra o mal.
O melhor que esse bufão da Sétima Arte faria agora era voltar ao seu país e começar uma campanha pela limitação do uso de combustíveis fósseis. Seria colocar o ex-parceiro de outro enganador de origem anglo-saxônica , o cacique Raoni, debaixo do braço e lutar pela consolidação do biocombustível como principal matriz energética do século XXI.
Evidentemente, ele não cometerá tal gesto tresloucado( para os padrões conservadores dos estúdios cinemaográficos de sua pátria) pois sabe que as portas dos grandes produtores fecharão e ele não mais poderá aporrinhar as platéias do mundo com os seus intragáveis blockbusters. Daí vir fazer marketing na Amazônia e passar a inusitada ideia de que está lutando para que a humanidade respire no futuro um ar mais puro, embora combatendo um empreedimento que produzirá energia limpa, apesar das velhacarias dos responsáveis(?) pela construção desse empreendimento. Uma lástima!

Produção indecorosa

Pode alguém que desrespeita a lei, legislar? Como é possível "produzir" tanta contaminação, seja em refrigerantes seja em água para beber por anos a fio e só agora ver essa produção embargada pelo orgão competente?
Apesar de podermos nos consolar com o antes tarde que nunca, ainda assim, é lamentável que o tráfico de influência proteja malfeitores travestidos de empresários, enquanto a saude da população é colocada em risco com o consumo daquelas imundícies, criminosamente propagandeadas por boquirrotos e irresponsáveis apresentadores de iniquidades televisivas, como se fossem algo de interesse da sociedade. É o fim!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Incrível confissão

Entrevistado por um dos seus áulicos basbaques, na Rede Barbálhica de Aleivosias(RBA), Jader cometeu este irremediável ato falho, " Eu não preciso bater em portas..."
Isto sabemos desde priscas eras, quando aprendeu os truques dos espertos mestres e saiu pela vida exclamando "Abre-te Sésamo!" e combalindo as finanças de bancos públicos, orgãos estatais, ministérios e similares ao mesmo tempo em que amealhava incauculável fortuna.

É o Lula, É o Lula, É o Lula...E quem não aguentar, pode ir pescar(Parte II)

O Brasil de Lula

Destaque da capa do novo ""London Review of Books", o historiador Perry Anderson publica em dez páginas o ensaio "Lula's Brazil". Abre dizendo que, "contra o ditado inglês, nem todas as vidas políticas terminam em fracasso", mas é fato "raro":"Hoje, há um só governante no mundo que pode reivindicar a realização, o ex-operário que em janeiro deixou de ser presidente do Brasil, com popularidade de 80%. Por qualquer critério, Luiz Inácio da Silva é o político mais bem-sucedido de seu tempo."Atribui ao "conjunto excepcional de dons pessoais, uma mistura de calorosa sensibilidade social e frio cálculo político". Mas "nunca foi só triunfo pessoal" -citando "a extraordinária insurgência sindical que criou o primeiro -e único- partido político moderno do Brasil", uma "organização de massa".O historiador marxista afirma que, no Brasil, "se a melhoria passiva virasse intervenção ativa, a história teria outro fim".
-Do blog "Amigos do Presidente Lula".

Casuísmo tucano

O fim da reeleição

Os oposicionistas Aécio Neves e Itamar Franco foram os principais inspiradores da proposta aprovada na comissão de reforma política do Senado, que propõe o fim da regra da reeleição, criada a peso de ouro, em 1997, em benefício do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nada contra a reeleição. A restrição fica por conta do uso do poder para aprová-la em benefício próprio.
Com o fim da reeleição, que vai ter difícil tramitação no Congresso, a presidenta Dilma Rousseff seria a última pessoa, na Presidência da República, a ter o direito de tentar a reeleição, em 2014, com o novo mandato dilatado para cinco anos. Tempo que passaria a vigorar sem a reeleição.
Essa vitória daria a ela o direito a ocupar a Presidência por nove anos. Seria, assim, o mais longo período da história republicana, obtido dentro das regras constitucionais.
Ao destacarem a questão do corpo de uma reforma que se pretende mais ampla, os senadores mineiros conduziram um movimento ousado no tabuleiro do processo sucessório presidencial de 2014.

A proposta parece vantajosa. Guarda semelhança, porém, com o histórico Cavalo de Troia. Ao esticar um eventual segundo mandato de Dilma, ela conduz, internamente, as condições para tentar encurtar o ciclo do PT no poder que, pelas regras em vigor, pode alcançar 24 anos: oito anos iniciais de Lula, mais oito de Dilma e, idealmente para os petistas, outros oito anos de Lula. Uma ambição maior do que a ambição tucana que buscava uma sequência de 20 anos a partir da eleição de FHC em 1994.
O prolongamento do mandato dos quatro anos atuais com reeleição para cinco anos que beneficiaria Dilma, se reeleita a presidenta encontraria Lula um ano mais velho, de 74 para 75 anos, e, caso disposto a concorrer mais uma vez, e eleito, com mandato de apenas cinco anos.
A experiência da reeleição, dois mandatos de FHC e dois de Lula, é bem-sucedida do ponto de vista eleitoral. Antes dela, o eleitor premiava as administrações que considerava ótimas, boas ou até mesmo “as mais ou menos”, como lembra o sociólogo Francisco Meira, do instituto Vox Populi.
“Na impossibilidade de reeleger esses administradores, o eleitor votava no candidato que eles indicavam. Há centenas de exemplos pelo País afora. Dois casos emblemáticos e mais conhecidos foram os de Maluf, em São Paulo, que elegeu Celso Pitta, e o de Cesar Maia, no Rio, que elegeu Luiz Paulo Conde.

Pesquisa feita pelo Vox Populi, em 2008 (tabela), mostra o apoio que o sistema recebe do eleitorado. Incontestável.
O que efetivamente está em jogo é a reeleição. O resto é perfumaria: lista fechada, distrital, distritão etc. É bem verdade que, nesse jogo, também estão aqueles que buscam construir um sistema político-eleitoral perfeito. Expressam o esforço inútil de tentar moldar a realidade à legislação.
De qualquer forma, mesmo os que miram somente a reeleição manifestam um progresso democrático no comportamento recente da oposição. O modo udenista de agir contra Lula por meio de um “golpe branco”, o impeachment, por exemplo, fermentado no episódio do chamado mensalão, foi substituído pela articulação política sensata, mas equivocada. É a diferença do golpismo udenista pela artimanha mineira.

-Publicado na Carta Capital que, ao contrário da infame Não-Veja, só chegará às bancas de Belém na próxima 2ªfeira.

Os Intocáveis

Eis a carta que a jornalista e blogueira Ana Célia Pinheiro mandou à juiza que a censurou, por sinal, contando com a omissão daqueles furibundos que deram tiro no pé a quando da encenação do Mentes, como se este tivesse sido vítima de perseguição política.
"Ilustríssima cidadã Danielle de Cássia Silveira Burnheim, juíza substituta da 1 Vara do Juizado Especial Cível:


A senhora me perdoe a franqueza, mas essa sua decisão é uma afronta impressionante à Constituição Federal, que a senhora, em verdade, deveria defender.


Em mais de 30 anos de Jornalismo, poucas vezes vi algo tão chocante quanto o mandado que a senhora cometeu.


E a sua violência, douta magistrada, não atinge apenas a mim, não. Atinge é toda a sociedade brasileira e até o próprio Estado Democrático de Direito.


Na sua triste, infeliz decisão, a senhora não busca apenas me condenar antecipadamente: a senhora tenta, simplesmente, me amordaçar.


A senhora por acaso imagina que a Lei não impõe limites a sua atuação, douta magistrada?


A senhora acha mesmo que pode amordaçar um cidadão, espancar a liberdade de expressão – e permanecer impune?


Ontem mesmo o nosso STF deu uma extraordinária demonstração de coragem, ao defender a nossa Constituição, com o AMOR que todos os cidadãos deveriam demonstrar.


E a senhora vem agora violentar essa mesmíssima Constituição, com um mandado que mais parece produzido dos porões da ditadura militar?


A senhora abusa do seu poder, douta magistrada. A senhora abusa da confiança que lhe foi depositada pela sociedade paraense.


E tenha certeza de uma coisa: vou levar ao conhecimento do CNJ, do órgão de controle da Magistratura, o seu comportamento.


E não só o seu comportamento, não: vou levar ao CNJ a IMORALIDADE, a PROMISCUIDADE, que a senhora, apesar de paga com o dinheiro dos cidadãos, tenta evitar que a sociedade tome conhecimento.


Vou ao Supremo, douta magistrada, se preciso for, para defender a Constituição que eu amo e que a senhora, vergonhosamente, pisoteia.


Condene-me, se quiser. Como milhões de cidadãos brasileiros, não tenho nada mesmo.


Faça-me prestar serviços à comunidade e eu considerarei isso uma bênção, eis que já faço isso todo santo dia – e de graça! – ao denunciar maracutaias com o dinheiro público e defender a liberdade de informação.


Cale-me, se puder: se a Lei Maior, o STF, o CNJ e a sociedade o permitirem.


E procure se atualizar, douta magistrada: nós não vivemos na Idade Média. E muito menos num senzalão."

Receita médicopenal

Falando para seus vassalos jurídicorradialistas exultantes, tudo obviamente reproduzido pelo Trapezista Escrotal, Coronel Barbalho recomenda que seus adversários tomem remédio pra verme e deixem a vida alheia em paz.
Será que não é ele que precisa de doses cavalares de um medicamento chamado "Honestol" para curá-lo dessa mania de mexer no que não lhe pertence, por isso está nessa situação?

Enigma lorótico.

Anônimo disse...

Em 07 de janeiro deste ano, o Diário Oficial do Estado publicou um estranho aditivo, o décimo, ao contrato “2006-017” da Secretaria Estadual de Administração (Sead).
A publicação só mencionava o valor do aditamento: mais de R$ 22 mil, para uma vigência de três meses (de 1 de janeiro a 31 de março). Nada dizia, porém, acerca do objeto contratual.
O que mais chamava a atenção, no entanto, era o ilustre contratado: o desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Pará e integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o órgão de controle da Magistratura brasileira.
O contrato 17/2006 já rendeu a Milton Nobre pelo menos R$ 375 mil, nos últimos cinco anos: trata-se do aluguel de uma casa onde funciona a Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado, na travessa Apinagés, 270, entre Tamoios e Mundurucus, no centro de Belém.
Segundo apurou o blog, o valor original do contrato era de R$ 75.600,00, mas hoje gira em torno de R$ 7.500 por mês – ou quase R$ 90.000,00 anuais, o equivalente a um bom carro zerado.
Em 2006, quem governava o Pará era o tucano Simão Jatene, hoje pela segunda vez à frente do Executivo. Milton Nobre era, então, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
Por coincidência, também em 2006 um dos filhos do desembargador acabou nomeado subprocurador cível da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj), da Prefeitura de Belém.
Marcelo Augusto Teixeira de Brito Nobre teria sido aprovado em 25 lugar, em concurso realizado pela Prefeitura em 2004.
A Perereca, no entanto, só conseguiu localizar a nomeação dele para o cargo, mas não a homologação do resultado do concurso, que teria sido publicada no Diário Oficial do Município em 21 de dezembro de 2004, ano cuja consulta não está disponível via internet.

25 de março de 2011 09:54

quinta-feira, 24 de março de 2011

Fogos à toa?

Eis o comentário que anônimo mandou a respeito da postagem anterior, "Calma, Lá!"; provavelmente, também, uma ducha de água fria na euforia dos juriconsultos Nonato Cavalcanti, Amauri Silveira, Trapezista Escrotal e outros mais.
Anônimo disse...

Informamos aos incautos que: O recurso que o Jáder Barbalho impetrou, logo após ser barrado pelo TJE, já foi apreciado e negado pelo STF. Agora, após a decisão de ontem, para que efetivamente retorne ao Senado, ele tem que recorrer ao Embargo de Declaração, com efeito modificativo, o que é muito difícil de ser aprovado pelo STF. Este Embargo também, somente poderá ser impetrado após a publicação do Acordão, sobre aquele recurso que já lhe foi negado. Enquanto isso, o tempo vai passando. Após, resta-lhe apenas se valer de um Mandado de Segurança, remédio jurídico que assegura Direito liquido e Certo de um indivíduo que se julga prejudicado, mas que no caso do Barbalho, vai ser negado, devido sua vida pregressa, pois está respondendo inúmeros processos que não o credencia de se valer deste benefício jurídico.Neste caso, o grande beneficiado vai ser o Paulo Rocha, que foi o terceiro colocado.

Calma lá!

Pelas contas da senadora temporária, Marinor Brito, e do Repórter da Ditadura(70), o modelo "que desfila pelo Código Penal com sua biografia" continuará por um bom tempo a olhar pros astros e pisar na lama dos seus malfeitos porque um Acordão do Supremo Tribunal Federal demora, em média, oito meses para ser publicado.
Como nem o Acordão que permitiu a posse de Marinor parece já ter sido publicado, então, ainda teremos muitos capítulos dessa situação, que tende a virar novela.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Foi o Lula, estúpido!

101 milhões na classe C

Pelo menos 19 milhões de pessoas reforçaram a classe C em 2010, que hoje é a maior do país, com 101 milhões de cidadãos ou 53% da população. Ficou mais ampla que as classes A e B (42,19 milhões de pessoas e 21,9% do total) e as D e E (40 milhões) somadas. Os dados fazem parte da pesquisa O Observador 2011, encomendada pela financeira Cetelem GN ao Instituto Ipsos Affairs, e reforçam o processo de mobilidade social vivido pelo país. O temor é de que esse quadro se reverta com a atual disparada da inflação.

Segundo Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem GN, o fortalecimento da classe média vem ocorrendo há cerca de seis anos, em consequência do crescimento da renda e do acesso ao crédito. Ele ressaltou que passou a sobrar mais dinheiro no caixa das famílias (rendimento total menos os gastos) em todas as camadas sociais e regiões do país. Em 2009, sobravam, para as classes A e B, R$ 680. Em 2010, restavam R$ 991. Na classe C, o saldo passou de R$ 205 para R$ 246. E na D, a mais beneficiada, pulou de R$ 61 para R$ 104, valor 48,44% superior ao de quando a pesquisa foi feita pela primeira vez, em 2005. "A pirâmide social virou um losango. Um número maior de pessoas está se alimentando bem e tendo experiências que antes pareciam um sonho", ressaltou. Gastos médios com supermercado aumentaram para R$ 375, em 2010. Com aluguel, o desembolso subiu para R$ 299. Com educação, foi para R$ 274.

"Pela primeira vez, o gasto médio com telefone fixo foi superior ao do celular", destacou Etchegoyen. A internet também deu um salto. Foi utilizada por 58 milhões de pessoas maiores de 16 anos, em geral, para informações sobre compras, sendo que 20% afirmaram já ter feito aquisições virtuais. Mas do total dos entrevistados, apenas 26% comparam taxas de juros, especialmente os da classe D, que continuam se preocupando apenas se o valor da prestação cabe no bolso.

A pesquisa indica que 60% dos brasileiros estão otimistas, que 53% querem consumir mais, 52% desejam mais crédito e 39% acreditam em alta do Produto Interno Bruto (PIB). Mas, segundo o levantamento, 79% dos entrevistados desejam economizar e 48% vão gastar mais em 2011.

Conforto

Entusiasmados com o conforto no orçamento, os brasileiros, em 2011, declararam que vão investir mais no bem-estar, com destaque para móveis, decoração, entretenimento, viagens e lazer. De acordo com a Cetelem BGN (um dos maiores conglomerados financeiros do mundo), que divulgou o estudo O Observador 2011, foram consideradas como renda média (família de quatro pessoas) R$ 2.983 para as classes A e B; R$ 1,338, para a C; e R$ 809, para as D e E.Correio.
Extraido do blog Amigos do Presidente Lula.

Idiotice futriqueira

O Repórter Futrica(Diário) não abre mão da idiotice que o caracteriza. Hoje, por exemplo, o reles escrevinhador daquela porcaria resolveu fustigar a bancada petista na Assembléia Legislativa, que não teria ido prestar apoio à manifestação feita pela intersindical na frente da AL.
Pura vigarice manipulatória. Quem retirou da pauta da Assembléia os projetos que traziam melhorias para os servidores foi Simão Lorota, com o suporte do ajuntamento tucano/pemedebista; quem empurra com a barriga o PCCR é o governo lorota, com o suporte do ajuntamento tucano/pemedebista e quem se faz de mouco às reivindicações do funcionalismo é o governo lorota, sempre com o suporte do ajuntamento tucano/pemedebista.
Contra fatos não há argumentos, daí ser inglória a tarefa daquele papelucho de tentar colocar no mesmo patamar partidos que têm histórias diferentes. E não há idiota que mude isso. Mesmo supondo que o leitor é tão parvo como os escrevinhadores o que evidentemente não é verdade.

terça-feira, 22 de março de 2011

Questão de peso e medida, hora e lugar...

Integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado prenderam ontem o ex-vereador e ex-deputado estadual Aparecido Custódio da Silva (PR), condenado a 9 anos e 2 meses de prisão por ter, segundo a sentença, "se apropriado por 233 vezes de parte da remuneração destinada a servidores nomeados para cargos em comissão em seu gabinete na Câmara de Curitiba, entre 1993 e 2000".
Pois é, em alguns lugares essa prática é considerada crime e até leva à cadeia; mas, em outros, trata-se de procedimento tão rotineiro que, quando denunciado, acaba levando a chamarem o denunciante de "doido".
-Com informações retiradas do blog Amigos do Presidente Lula.

Falando para o espelho

Decididamente, o deputado e aspirante biônico à prefeitura, José Priante, não é o mais indicado a criticar a calamitosa gestão D. Costa na saude. Quem lembra a passagem do secretário Halmélio Sobral, indicação de Priante, na Sespa avalia o quanto essa foi ruim a ponto de faze-lo voltar correndo pra Brasília, de onde o pemedebista o importou, acusado de inúmeras ações suspeitas a tempo anuladas e que poderiam causar prejuízos até maiores dos que os causados na Sesma.
Tudo agravado pelo desempenho do adjunto, coincidentemente irmão de Priante, pego fazendo comando médico em populoso bairro de Belém, mas portando todo um kit típico do usado por candidatos a cargo eletivo, tais como carro som, panfletos e a lembrança repetida do nome do mano. Cáspite!

O anônimo está certo

Anônimo disse...

"Lembra que no inicio do governo toda a imprensa caiu de pau em cima da Ana Julia porque ela alugou uma casa no Cristalville? Até nota na pagina do PSDB saiu, criticando horrores e xingando mais ainda. Pois não é que hoje, o Gov. Jatene acaba de fechar um contrato de aluguel 120% mais caro que a Ana Julia, alugando uma casa do Cesar Neves por mais de 12.000 por mês? Isso mesmo, a ana alugou uma casa por 5.000 e o Jatene alugou agora por 12.500 . Nada como um dia após o outro, e como era de se esperar, a imprensa do estado, Liberal e Diario simplesmente ignoraram isso, claro que a 4 anos atras esses mesmos tabloides fizeram um escarcéu, mas como eles nao passam de imprensa marrom, hoje eles calaram, que vergonha de imprensa temos no nosso Estado."

Depois do célebre decreto da austeridade, o que mais se viu foi a porteira abrir generosamente para que os favores jorrassem no rumo das burras dos apaniguados.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Decepção

Leio no Esquerdopata que Protógenes Queiroz, o delegado da PF que botou o banqueiro bandido, Daniel Dantas, na cadeia esteve presente no ato de fundação do partido de Gilberto Kassab e que teria dito até que se filiaria a legenda kassabista, caso tenha garantida sua candidatura à prefeitura de São Paulo.
Agora, vamos esperar que o ex-delegado e deputado federal(PCdoB-SP) explique melhor sua estratégia política para o futuro, pois, assim como está, passa a ideia de alguém carreirista. Mas, como as perseguições a ele continuam, não se iludam, a fúria contra Tiririca tinha como alvo Protógenes, pode ser que ele apenas tente somar forças para melhor travar esse combate. Ainda há esperança,

Acabou! Aqui e alhures.

Por muitos dias, a imprensa local tentou glorificar o ex-detento e senador tucano, Flexa Ribeiro, como um baluarte na luta pela manutenção de um escritório da ANAC em Belém e, caso isso não ocorresse, o usuário local corria o risco de ficar ao Deus dará quando fosse viajar.
Um verdadeiro açaizal de lorotas. Na verdade, na 6ª feira, a presidenta Dima Rousseff editou uma Medida Provisória criando a Secretaria da Aviação Civil, com status de ministério e vinculada ao gabinete da Presidência da República. Assim, a aviação comercial passa a ser política de estado, abandonando definitivamente aquela anacrônica ideia de misturar-se a assuntos da Aeronáutica, evoluindo do Ministério da Defesa para uma pasta eminentemente civil. Além de deixar o senador tucano sem holofotes.

Nepotismo cruzado, debate enviesado

Que a atividade advocatícia é labiríntica, como dizia Osvaldo Serrão, isto é sabido até pelo reino mineral. Agora, inconcebível é que se recorra ao mise en scène da ingenuidade para fazer crer que se está inaugurando uma nova forma de proceder, agora sim pautada na esperteza, da entidade classista que representa os advogados. Aí é querer que os outros passem por ingênuos.
Posição política a OAB sempre teve, tanto nacional quanto localmente. Quando Sobral Pinto, mesmo sendo militante de organizações cristã, decidiu ser advogado do comunista Luiz Carlos Prestes o fez para posicionar-se politicamente contra o Estado Novo, imposto de forma castrense ao povo brasileiro e à revelia da democracia. Da mesma forma, quando Ophyr Jr. silencia a respeito da agressão de Ronaldo Maiorana a Lúcio Flávio Pinto é porque não queria atrito com o principal veículo de comunicação que tinha um relacionamento bem estreito com o governo do estado, à época tucano.
A direita costumava dizer que havia padres que desvirtuavam sua missão ao imiscuirem-se em política. Mas, isso só valia para aqueles do tipo dos franceses que Jader Barbalho em seu primeiro governo mandou espancar, para D. Pedro Casaldáliga, aqui Savino Mombelli, enfim, para quem colocava-se ao lado dos movimentos sociais. Vide a última campanha eleitoral, quando um sem número de padres simpatizantes da causa da direita apoiaram abertamente Serra, sem que a mídia fizesse qualquer tipo de acusação.
Retomar esse esfarrapado argumento não se sustenta nos dias de hoje, na medida em que já não mais restrição a se fazer política. O projeto de lei de iniciativa popular que levou à chamada Lei da Ficha Limpa foi assinada por centenas de entidades da sociedade civil, algo impensável há décadas atrás. O próprio conselheiro que contestou a ação foi membro de um movimento jovem ligado ao coronel Passarinho, bem como era assessor jurídico de Simão, durante a campanha eleitoral. Assim, não há ideia mais fora do lugar do que essa que tenta desqualificar uma denúncia importante , e que obteve repercussão nacional, porque foi feita por alguém que tem posição política.

domingo, 20 de março de 2011

007 sorteou um demogatuno

Evidentemente que isso não é obra do célebre agente secreto da Coroa inglesa, mas o número do sorteio feito pela Controladoria Geral da União para analisar as contas da Prefeitura de Cametá, referentes ao Programa Assistência Farmacêutica do Ministério da Saude.
A fiscalização ocorreu de 4 de agosto de 2010 a 26 de novembro do mesmo ano e constatou, dentre tantas outras falcatruas cometidas pelo prefeito cametaense, a utilização indevida de recursos do Piso da Atenção Básica; realização de despesas sem emissão de Notas de Empenho; movimentação do Fundo Municipal de Saúde pelo prefeito do município; Plano Municipal de Saude e Relatório de Gestão(2009) não submetidos ao Conselho Municipal de Saude; pagamento de fornecedores com cheques nominais à Prefeitura Municipal de Cametá. Há inúmeras outras irregularidades cometidas, das quais voltarei a falar, por hora essa é a introdução de uma história do mau uso de R$1.325.349,03 destinados à aquisição de medicamento para a população mais pobre que, sabe-se lá de que forma o prefeito usou.

Truculência

Com a usual truculência e escudado em uma chicana ofírica, o jagunço do asfalto Paulo "Cupim" Chaves resolveu destituir os membros do Conselho Estadual de Cultura, nomeados pelo governo anterior, e do qual não faziam parte os vassalos e parentes que ele agora nomeou intempestiva e ilegalmente.
Pelo que se sabe, alguns integrantes destituídos pretendem ir à justiça para reparar seus direitos e mostrar ao dedo duro da Faculdade de Odontologia que a lei está acima da vontade eventual de tiranetes de meia tigela. É isso!

Esperteza "fiscal"

O enorme espaço concedido a Charles Alcântara, na Futrica Barbálhica(Diário do Pará) de hoje, é o desnudar da instrumentalização de um segmento tão importante da sociedade organizada, no caso o Sindicato do Fisco do Pará, na tentativa de impedir que uma investigação urgente se instale a fim de chegar a quadrilha que assaltou os cofres da Assembléia Legislativa.
A malsinada matéria, assinada pelo mafiorrepórter Carlos Mentes, não avança um milímetro em relação ao que já havia sido veiculado há alguns domingos, a respeito de um suposto favorecimento ao Grupo Leolar por ação do então Cefe da Casa Civil, Cláudio Puty, e pelo prefeito de Parauapebas Darci Lermen, sem que qualquer fato concreto tenha sido exposto para justificar tão espetaculosa encenação.
Mais grave é Charles declarar que têm documentos, mas só os apresentará se a uma CPI for instalada. Ora, se fatos graves há e se estão documentados, o denunciante poderia muito bem fornece-los ao salafrário repórter proporcionando mais conteúdo à matéria; bem como encaminhá-los aos orgãos competentes para que apurem imediatamente os possíveis delitos e punam seus responsáveis.
Do jeito que está, dá a entender que Charles sacrificou a luta pela implantação do plano de carreira da categoria da qual é a maior liderança, recebendo em troca a notoriedade dada por um papelucho sensacionalista descompromissado com a verdade dos fatos, até mesmo porquê se compromisso houvesse seu proprietário estaria em lençóis ainda piores do que está atualmente. E tudo para inviabilizar que se chegue aos quadrilheiros que assaltaram os cofres da Assembléia Legislativa. Lamentável!

Pega ladrão!

Estranho, muito estranho. O Navegapará funcionou por cerca dos quatro anos do governo passado, sem que se tivesse registro consistente dando conta de furtos sistemáticos dos seus equipamentos inviabilizando seu funcionamento.
Só agora, quando é notório o desdém lorótico pelo programa, é que surgem "fatos" narrados pelo titular da Secom desses furtos e juras de amor ao programa. E que sua extinção é boato plantado por petista, bem como a interrupção de seu funcionamento coisa de larápios.
Claro que um programa tão útil ao povo paraense tem que ter sua sua suspensão denunciada não só por petistas, mas, principalmente, pela população mais humilde maior usuária daquele equipamento. Quanto a larápios, será que o governo lorota é tão incompetente que não consegue colocar um escoteiro perto dos pontos de internet gratuita para gritar simplesmente "pega ladrão"? Ou isso soa estranho?

Mosca na sopa

A matéria publicada hoje na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), assinada pela competente repórter Rita Soares, não passa de prato deliberadamente requentado com o intuito de amortecer o impacto devastador de outra publicada pelo Liberal, domingo passado, que colocava o ex-presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Juvenil, no centro do escândalo da folha de pagamento da casa.
No fundo, é um indicativo de que o PMDB sugere esse roteiro para as investigações, centrado na servidora Mônica Pinto, outros possíveis 140 servidores beneficiários da adulteração de contracheques e uns quinhentos estágiários contratados além da capacidade da AL em absorve-los. Conforme já esperado, um promotor público estadual declara que "até o momento não há investigação em torno de deputados..." sabe-se que historicamente o MP estadual sempre foi muito compreensivo com tucanos e pemedebistas.
Ora, com tantos depoimentos a tomar, além das investigações em torno deles, calcula-se que assim vários anos passarão e as diligências não chegarão aos que planejaram e ficaram com a maior fatia do produto desse assalto. Se dá certo com Jader Barbalho que, salvo uma breve estada no xilindró do Tocantins, até hoje consegue protelar a finalização de todos os processos a que responde, por que não daria certo em uma instância em que muitos dos envolvidos têm o poder da investigação, como a deputada Simone Morgado, por exemplo, citada na matéria de O Liberal?
Por tudo isso é que só uma Comissão Parlamentar de Inquérito terá poderes de ir fundo nas investigações que precisam ser feitas. E esta, tudo está a indicar, só sairá se a sociedade se mobilizar para exigir sua instalação. Se continuarmos vendo os fatos desenrolarem-se intramuros da AL, certamente o rolo compressor tucano/pemedebista passará por cima da investigação necessária e servirá à sociedade a pizza da empulhação. E com direito a loas da Futrica(Diário) ao processo de "higienização" promovido. Não à armação!

sábado, 19 de março de 2011

Protestos pertinentes

PRESIDENTE DOS EUA DÁ ULTIMATO A KADAFI MAS
SILENCIA SOBRE MASSACRES NO BAHREIN E IÊMEN.

" todos os ataques contra civis têm que parar. (...) Se Kadafi não cooperar haverá consequências" (Barack Obama, horas antes de embarcar para o Brasil). Enquanto isso, no Bahrein, ocupado por tropas da Arábia Saudita e submetido à lei marcial, milhares de pessoas tomaram as ruas da capital na 6º feira, no enterro de líder oposicionista morto pelo regime que ontem também demoliu a praça Pérola, ponto de encontro dos manifestantes nas últimas semanas. Governado por uma autocracia sunita, o Bahrein fica a 25 quilômetros da Arábia Saudita funcionando como uma espécie de guarita de segurança dos poços de petróleo do Golfo e estacionamento da V Frota norte-americana. No Iêmen, outro aliado carnal da Arábia Saudita e dos EUA, 41 civis foram mortos nas últimas horas. A ONU não autorizou uma zona de exclusão aérea ali; Obama não falou grosso com as autocracias locais, tampouco considerou pertinente o uso de 'todas as medidas' para proteger os civis e os direitos humanos nesses países.

(Carta Maior; Sábado, 19/03/2011)

Segurança seletiva

Espalhados por toda a mídia barbálhica e até em painéis afixados em ônibus, apresentadores de programas sensacionalistas da RBA(Rede Barbálhica de Aleivosias) são saudados como campeões de audiência na mídia paraense.
O apelo é o autoproclamado desassombro que os programas têm em comum, nas notícias a respeito da criminalidade no estado. Faltou, obviamente, dizer que o combate é somente à criminalidade de assaltantes pés de chinelo, pois, quando se trata de notórios assaltantes de colarinho branco, o comportamento mais parece com o de um cordeirinho diante do lobo. Credo!

Sai FHC e entra JK

Pelo que informam os jornais, o novo nome do partido a ser fundado pelo prefeito paulistano, Gilberto Kassab, não mais será o PDB, mas o PSD. Assim, o neotucanato sem o "S" preferiu optar por outro "S": o do velho PSD, cuja maior estrela foi o mineiro JK.
Como será sigla com prazo de validade determinado, depois fará fusão sabe-se lá com que partido, resta saber quem será o seu primeiro Cristiano Machado; ou com quantos cristianos se faz uma legenda passageira.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Os beneficiários do assaltante Arruda

Arruda disse que deu "panetone" para Agripino, Demóstenes, ACM Neto. Veja escondeu.

A revista Veja publicou uma entrevista com José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF), onde ele diz que dinheiro do mensalão do DEM alimentou campanhas de José Agripino Maia, Demóstenes Torres e ACM Neto.

O blog do Nassif informa que os advogados de Arruda disseram que a entrevista foi dada à VEJA em setembro passado e, portanto, a revista esperou as eleições passarem para publicar só agora.

Arruda diz que ajudou líderes do DEM a captar dinheiro

Segundo o ex-governador, dinheiro da quadrilha que atuava em Brasília alimentou campanhas de ex-colegas como José Agripino Maia e Demóstenes Torres

José Roberto Arruda: "Joguei o jogo da política brasileira" (Agência Brasil)

José Roberto Arruda foi expulso do DEM, perdeu o mandato de governador e passou dois meses encarcerado na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de realizada a Operação Caixa de Pandora, que descobriu uma esquema de arrecadação e distribuição de propina na capital do país. Filmado recebendo 50 mil reais de Durval Barbosa, o operador que gravou os vídeos de corrupção, Arruda admite que errou gravemente, mas pondera que nada fez de diferente da maioria dos políticos brasileiros: “Dancei a música que tocava no baile”.

Em entrevista a VEJA, o ex-governador parte para o contra-ataque contra ex-colegas de partido. Acusa-os de receber recursos da quadrilha que atuava no DF. E sugere que o dinheiro era ilegal. Entre os beneficiários estariam o atual presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), e o líder da legenda no Senado, Demóstenes Torres (GO). A seguir, os principais trechos da entrevista:

O senhor é corrupto?
Infelizmente, joguei o jogo da política brasileira. As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso. É preciso de muito dinheiro para aparecer bem no programa de TV. E as campanhas se reduziram a isso.

O senhor ajudou políticos do seu ex-partido, o DEM?
Assim que veio a público o meu caso, as mesmas pessoas que me bajulavam e recebiam a minha ajuda foram à imprensa dar declarações me enxovalhando. Não quiseram nem me ouvir. Pessoas que se beneficiaram largamente do meu mandato. Grande parte dos que receberam ajuda minha comportaram-se como vestais paridas. Foram desleais comigo.

Como o senhor ajudou o partido?
Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os estados. Todos os pedidos eu procurei atender. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.

O que senhor quer dizer com “pequenos favores”?
Nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários.

E o financiamento?
Deixo claro: todas as ajudas foram para o partido, com financiamento de campanha ou propaganda de TV. Tudo sempre feito com o aval do deputado Rodrigo Maia (então presidente do DEM).

De que modo o senhor conseguia o dinheiro?
Como governador, tinha um excelente relacionamento com os grandes empresários. Usei essa influência para ajudar meu partido, nunca em proveito próprio. Pedia ajuda a esses empresários: “Dizia: ‘Olha, você sabe que eu nunca pedi propina, mas preciso de tal favor para o partido’”. Eles sempre ajudaram. Fiz o que todas as lideranças políticas fazem. Era minha obrigação como único governador eleito do DEM.

Esse dinheiro era declarado?
Isso somente o presidente do partido pode responder. Se era oficialmente ou não, é um problema do DEM. Eu não entrava em minúcias. Não acompanhava os detalhes, não pegava em dinheiro. Encaminhava à liderança que havia feito o pedido.

Quais líderes do partido foram hipócritas no seu caso?
A maioria. Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. Via aquilo na TV e achava engraçado: até outro dia batiam à minha porta pedindo ajuda! Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei, e até a Micarla veio aqui me agradecer depois de eleita. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.

O senhor ajudou mais algum deputado?
O próprio Rodrigo Maia, claro. Consegui recursos para a candidata à prefeita dele e do Cesar Maia no Rio, em 2008. Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.

Mais algum?
Foram muitos, não me lembro de cabeça. Os que eu não ajudei, o Kassab (prefeito de São Paulo, também do DEM) ajudou. É assim que funciona. Esse é o problema da lógica financeira das campanhas, que afeta todos os políticos, sejam honestos ou não.

Por exemplo?
Ajudei dois dos políticos mais decentes que conheço. No final de 2009, fui convidado para um jantar na casa do senador Marco Maciel. Estávamos eu, o ex-ministro da Fazenda Gustavo Krause e o Kassab. Krause explicou que, para fazer a pré-campanha de Marco Maciel, era preciso 150 mil reais por mês. Eu e Kassab, portanto, nos comprometemos a conseguir, cada um, 75 mil reais por mês. Alguém duvida da honestidade do Marco Maciel? Claro que não. Mas ele precisa se eleger. O senador Cristovam Buarque, do PDT, que eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei.

Então o senhor também ajudou políticos de outros partidos?
Claro. Por amizade e laços antigos, como no caso do PSDB, partido no qual fui líder do Congresso no governo FHC, e por conveniências regionais, como no caso do PT de Goiás, que me apoiava no entorno de Brasília. No caso do PSDB, a ajuda também foi nacional. Ajudei o PSDB sempre que o senador Sérgio Guerra, presidente do partido, me pediu. E também por meio de Eduardo Jorge, com quem tenho boas relações. Fazia de coração, com a melhor das intenções.
Extraído do blog-Amigos do Presidente Lula

Onde está o alcaide?

Impressionante como o noticiário(?) da Futrica Barbálhica(Diário do Pará) concede ao inoperante alcaide ananin o dom da ubiquidade, embora, sensatamente, resguarde o leitor da inverdade de veicular que ele estava no município que ele finge governar.
Se você pega os exemplares dos dias 16 e 17, pensa que ele estava em Brasília em audiências com os ministros Alexandre Padilha(Saúde); Wagner Rossi(Agricultura) ou Mário Negromonte(Cidades), em intensas agendas para tratar dos colossais problemas enfrentados pelo município desgovernado(por falta de "piloto", repita-se).
Mas, ao folhear o exemplar, constata-se que, dos dias 14 a 16, o inoperante estava no Rio de Janeiro como convidado do Seminário de Políticas Públicas da Juventude pemedebista, quando visitou centros de referência, upps e talvez outros lugares que o jornal achou por bem não noticiar. Portanto, nos dias das agendas em Brasília, parece que Helder estava mesmo era no Rio.
Curioso é que a única das três notícias que têm fotos é exatamente a da juventude pemedebista. Incrível, né?

O buraco é(sempre) mais embaixo!

Impressionante como o Repórter da Ditadura(70), recorrentemente, fala das ocupações do MST na ilha do Mosqueiro, como se estas fossem responsáveis por todo o cenário de decadência que acomete aquela belíssima localidade. Curioso é que, aquele pedaço ocupado apresenta bom aspecto, apesar de ser uma paisagem composta por casinhas de madeira, obviamente refletindo o poder aquisitivo de seus moradores, mas, constata-se a existência de uma atividade agrícola permanente, capaz de prover o sustento daquela comunidade, sem que isso agrida a visão de quem por lá passa.
Deprimente é ver a orla, principalmente no trecho que vai do Chapéu Virado ao Farol, esta sim agredindo a visão dos frequentadores, dado o imenso número de mansões abandonadas e que há anos transformam-se em escombros, sem que a sensibilidade da nossa coluna castrense publique uma linha sequer, ao menos insinuando a necessidade de se pensar alguma política pública capaz de revitalizar aquele pedaço outrora encantador.
Quando o Partido dos Trabalhadores era governo municipal, a elite da cidade, inclusive incentivada por aquela coluna fardada, migrava para Salinas e dizia que a causa era o abandono a que foi relegada a ilha pela incúria petista. Quase uma década depois, nota-se que a movimentação obedecia muito mais a um fator econômico do que a eventual desobediência civil de amantes eternos do Mosqueiro.
Está aí o abandono que não deixa ninguém mentir, embora ainda tenha quem teime brigar com os fatos e fazer crer que há uma ilusão de ótica coletiva. Verdadeira esquizofrenia jornalística. Credo!

Jogando nos dois times

O deputado Jordy vai levar a Comissão de Direitos Humanos a Belo Monte. Não se sabe se convidará o secretário sem secretaria, Nicias Ribeiro. Mas, vai para constatar os impactos que a obra causará nas populações ribeirinhas, por sinal, algo que vem sendo debatido amiúde e tem feito engrossar o movimento contra a construção daquela usina, principalmente depois que os responsáveis negligenciaram algumas obrigações pactuadas.
Certamente, como deputado membro daquela comissão, Jordy terá que adotar uma postura francamente contrária a obra, em consonância com a postura que a oposição nacional ao governo Dilma vem adotando.
No entanto, se estiver ao lado do secretário sem secretaria, terá que assumir outra postura na medida em que o titular da pasta vazia é ferrenho defensor da construção da Hidrelétrica de Belo Monte, conforme expôs em inúmeros artigos, publicados em O Liberal.
É mais um teste ao ecletismo pepessista, reconheça-se, não dos mais árduos. Afinal, já houve época em que o partido de Jordy era governo federal, estadual e municipal. E olha que essas esferas eram dirigidas por PT e PSDB. É isso!

O que vem por aí

Nada no trânsito de Belém é tão ruim que não possa piorar. No próximo domingo, D. Costa manda abrir um tal binário nos cruzamentos das avenidas Duque de Caxias, Almirante Barroso e 1º de Dezembro com as travessas Mariz e Barros e Mauriti. Aliás, é impressionante como o inoperante alcaide belenense trata binários como panacéias para todos os males do trânsito de nossa capital. Tudo muito fácil... na retórica, tal e qual sua lábia em 2004, quando passou a imagem de que tinha solução para todos os problemas da cidade e hoje comporta-se como um não prefeito ao transferir para a população a responsabilidade pela criação desses problemas. Se o povo nada fizer, aí não tem problema pra resolver, logo, prá que prefeito? talvez aí resida a razão de ele transferir a titularidade da administração municipal a um popular sorteado. Na visão de D. Costa, quem lá estiver, se o povo não atrapalhar, sair-se-á muito bem.
Claro que essa miopia pauperrimamente acaciana tem outro sentido na prática. E isto, mais uma vez, teremos comprovação a partir de domingo quando o malsinado binário entrar em funcionamento e estrangular o trânsito no perímetro que vai da Mauriti à Mariz e Barros, onde dois sinais funcionarão em um perímetro menor do que 200 metros e com um tráfego intenso.
Evidentemente, a saída será a de sempre: a culpa é da população, que teima em passar no local.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lorota é "figurinha" nacional

Segundo o blog da Tia Carmela, há novas figurinhas da direita em evidência. vejam só quem está presente.

Ser UDN é… – as figurinhas da UDN são a nova sensação!

Para você que colecionou as Figurinhas dos Amiguinhos do Zezinho, e ficou triste porque o álbum acabou, temos uma maravilhosa notícia: tem álbum novo na praça!

São as figurinhas “Ser UDN é…”. Você vai se divertir mais ainda, colecionando as figurinhas sobre os udenistas mais bacanas e sua vida cheia de glamour!

Grátis, o pacotinho n. 1:

Ser UDN é…

Manual ilustrado para os seguidores do Almirante do Tietê

25 - ... trocar de partido, mas não de caráter.

18 - ... achar que a culpa das enchentes de S. Paulo é dos pobres que jogam lixo na rua.

933 - ... ter bons conselheiros e gostar muito de laranjas de Campinas.

7 - ... indignar-se porque o teatro precisa de apoio e as verbas da cultura não ficam mais concentradas nos bolsos dos artistas da globo.

4 - ... achar que os professores de S. Paulo choram de barriga cheia.

2 - ... ter 300 mil motivos para ser amigo do Sr. Paulo Caixa Preta 2.

169 - ... ser muito emotivo e chorar porque levou uma surra na eleição e vai ter que voltar a trabalhar.

450 - ...arrumar uma boquinha para os parentes dos juízes e desembargadores da turma.

2 - ... ter 300 mil motivos para ser amigo do Sr. Paulo Caixa Preta 2.

13 - ... fazer vodu em bonequinho do usurpador do planalto.

É o bicho...

Dessa vez, parece que nem Agripino Maia salva. O deputado Anthony Garotinho(PR-RJ) apresentou requerimento solicitando a criação de uma CPI para investigar os gastos da Copa do Mundo. Segundo Garotinho, Ricardo Teixeira montou uma quadrilha para assaltar os cofres públicos, superfaturando os custos das obras.
Já Romário, mais comedido, mas não menos eficiente, apresentará requerimento convidando o presidente da CBF a explicar esses gastos. Segundo o parlamentar socialista, caso Teixeira não convença, aí a CPI torna-se inevitável.
Chegamos à situação limite, em que a CBF fica entre o céu e o inferno. Se conseguir convencer os deputados, provavelmente estará fortalecido e cacifado para organizar a copa com toda a autonomia; se não, viverá novamente o pesadelo de sair do Congresso algemado, agora sem a possibilidade do socorro do senador Agripino Maia. Até mesmo porquê as sedes da copa já foram escolhidas.

A Velha mestra solta o verbo

"Obama foi anulado pelo conservadorismo de bordel dos EUA"

Em entrevista exclusiva à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a visita de Obama ao Brasil, a situação dos Estados Unidos e da economia mundial. Para ela, a convalescença internacional será longa e dolorosa. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, diz. E acrescenta: "a sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”.

Quando estourou a crise de 2007/2008, ela desabafou ao Presidente Lula no seu linguajar espontâneo e desabrido: “Que merda, nasci numa crise, vou morrer em outra”. Perto de completar 81 anos – veio ao mundo numa aldeia portuguesa em 24 de abril de 1930 - Maria da Conceição Tavares, felizmente, errou. Continua bem viva, com a língua tão afiada quanto o seu raciocínio, ambos notáveis e notados dentro e fora da academia e esquerda brasileira. A crise perdura, mas o Brasil, ressalta com um sorriso maroto, ao contrário dos desastres anteriores nos anos 90, ‘saiu-se bem desta vez, graças às iniciativas do governo Lula’.

A convalescença internacional, porém, será longa, adverte. “E dolorosa”. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, dispara Conceição que não se deixa contagiar pelo entusiasmo da mídia nativa com a visita do Presidente Barack Obama, que chega o país neste final de semana.

Um esforço narrativo enorme tenta caracterizar essa viagem como um ponto de ruptura entre a ‘política externa de esquerda’ do Itamaraty – leia-se de Lula , Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães - e o suposto empenho da Presidenta Dilma em uma reaproximação ‘estratégica’ com o aliado do Norte. Conceição põe os pingos nos is. Obama, segundo ela, não consegue arrancar concessões do establishment americano nem para si, quanto mais para o Brasil. ‘Quase nada depende da vontade de Obama, ou dito melhor, a vontade de Obama quase não pesa nas questões cruciais. A sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”. O entusiasmo inicial dos negros e dos jovens com o presidente, no entender da decana dos economistas brasileiros, não tem contrapartida nas instâncias onde se decide o poder americano. “O que esse Obama de carne e osso poderia oferecer ao Brasil se não consegue concessões nem para si próprio?”, questiona e responde em seguida: ‘Ele vem cuidar dos interesses americanos. Petróleo, certamente. No mais, fará gestos de cortesia que cabem a um visitante educado’.

O desafio maior que essa discípula de Celso Furtado enxerga é controlar “a nuvem atômica de dinheiro podre” que escapou com a desregulação neoliberal – “e agora apodrece tudo o que toca”. A economista não compartilha do otimismo de Paul Krugman que enxerga na catástrofe japonesa um ponto de fuga capaz, talvez, de exercer na etapa da reconstrução o mesmo efeito reordenador que a Segunda Guerra teve sobre o capitalismo colapsado dos anos 30. “O quadro é tão complicado que dá margem a isso: supor que uma nuvem de dinheiro atômico poderá corrigir o estrago causado por uma nuvem nuclear verdadeira. Respeito Krugman, mas é mais que isso: trata-se de devolver o dinheiro contagioso para dentro do reator, ou seja, regular a banca. Não há atalho salvador’.

Leia a seguir a entrevista exclusiva de Maria da Conceição Tavares à Carta Maior.

CM- Por que Obama se transformou num zumbi da esperança progressista norte-americana?

Conceição - Os EUA se tornaram um país politicamente complicado... o caso americano é pior que o nosso. Não adianta boas idéias. Obama até que as têm, algumas. Mas não tem o principal: não tem poder, o poder real; não tem bases sociais compatíveis com as suas idéias. A estrutura da sociedade americana hoje é muito, muito conservadora –a mais conservadora da sua história. E depois, Obama, convenhamos, não chega a ser um iluminado. Mas nem o Lula daria certo lá.

CM- Mas ele foi eleito a partir de uma mobilização real da sociedade....

Conceição - Exerce um presidencialismo muito vulnerável, descarnado de base efetiva. Obama foi eleito pela juventude e pelos negros. Na urna, cada cidadão é um voto. Mas a juventude e os negros não tem presença institucional, veja bem, institucional que digo é no desenho democrático de lá. Eles não tem assento em postos chaves onde se decide o poder americano. Na hora do vamos ver, a base de Obama não está localizada em lugar nenhum. Não está no Congresso, não tem o comando das finanças, enfim, grita, mas não decide.

CM - O deslocamento de fábricas para a China, a erosão da classe trabalhadora nos anos 80/90 inviabilizaram o surgimento de um novo Roosevelt nos EUA?

Conceição - Os EUA estão congelados por baixo. Há uma camada espessa de gelo que dissocia o poder do Presidente do poder real hoje exercido, em grande parte, pela finança. Os bancos continuam incontroláveis; o FED (o Banco Central americano) não manda, não controla. O essencial é que estamos diante de uma sociedade congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada...

CM- É uma decadência reversível?

Conceição – É forçoso lembrar, ainda que seja desagradável, que os EUA chegaram a isso guiados, uma boa parte do caminho, pelas mãos dos democratas de Obama. Foram os anos Clinton que consolidaram a desregulação dos mercados financeiros autorizando a farra que redundou em bolhas, crise e, por fim, na pasmaceira conservadora.

CM - Esse colapso foi pedagógico; o poder financeiro ficou nu, por que a reação tarda?

Conceição - A sociedade americana sofreu um golpe violento. No apogeu, vendia-se a ilusão de uma riqueza baseada no crédito e no endividamento descontrolados. Criou-se uma sensação de prosperidade sobre alicerces fundados em ‘papagaios’ e pirâmides especulativas. A reversão foi dramática do ponto de vista do imaginário social. Um despencar sem chão. A classe média teve massacrados seus sonhos do dia para noite. A resposta do desespero nunca é uma boa resposta. A resposta americana à crise não foi uma resposta progressista. Na verdade, está sendo de um conservadorismo apavorante. Forças e interesses poderosos alimentam essa regressividade. A tecnocracia do governo Obama teme tomar qualquer iniciativa que possa piorar o que já é muito ruim. Quanto vai durar essa agonia? Pode ser que a sociedade americana reaja daqui a alguns anos. Pode ser. Eles ainda são o país mais poderoso do mundo, diferente da Europa que perdeu tudo, dinheiro, poder, auto-estima... Mas vejo uma longa e penosa convalescença. Nesse vazio criado pelo dinheiro podre Obama flutua e viaja para o Brasil.

CM – Uma viagem cercada de efeitos especiais; a mídia quer demarcá-la como um divisor de águas de repactuação entre os dois países, depois do ‘estremecimento com Lula’. O que ela pode significar de fato para o futuro das relações bilaterais?

Conceição - Obama vem, sobretudo, tratar dos interesses norte-americanos. Petróleo, claramente, já que dependem de uma região rebelada, cada vez mais complexa e querem se livrar da dependência em relação ao óleo do Chávez. A política externa é um pouco o que sobrou para ele agir, ao menos simbolicamente.

CM – E o assento brasileiro no Conselho de Segurança?

Conceição - Obama poderá fazer uma cortesia de visitante, manifestar simpatia ao pleito brasileiro, mas, de novo, está acima do seu poder. Não depende dele. O Congresso republicano vetaria. Quase nada depende da vontade de Obama, ou dito melhor, a vontade de Obama quase não pesa nas questões cruciais.

CM - Lula também enfrentou essa resistência esfericamente blindada, mas ganhou espaço e poder...

Conceição - Obama não é Lula e não tem as bases sociais que permitiriam a Lula negociar uma pax acomodatícia para avançar em várias direções. A base equivalente na sociedade americana, os imigrantes, os pobres, os latinos, os negros, em sua maioria nem votam e acima de tudo estão desorganizados. Não há contraponto à altura do bloco conservador, ao contrário do caso brasileiro. O que esse Obama de carne e osso poderia oferecer ao Brasil se não consegue concessões nem para si próprio?

CM – A reconstrução japonesa, após a tragédia ainda inconclusa, poderia destravar a armadilha da liquidez que corrói a própria sociedade americana ? Sugar capitais promovendo um reordenamento capitalista, como especula Paul Krugman?

Conceição - A situação da economia mundial é tão complicada que dá margem a esse tipo de especulação. Como se uma nuvem atômica de dinheiro pudesse consertar uma nuvem atômica verdadeira. Não creio. Respeito o Krugman, mas não creio. O caminho é mais difícil. Trata-se de devolver a nuvem atômica de dinheiro para dentro do reator; é preciso regular o sistema, colocar freios na especulação, restringir o poder do dinheiro, da alta finança que hoje campeia hegemônica. É mais difícil do que um choque entre as duas nuvens. Ademais, o Japão eu conheço um pouco como funciona, sempre se reergueu com base em poupança própria; será assim também desta vez tão trágica. Os EUA por sua vez, ao contrário do que ocorreu na Segunda Guerra, quando eram os credores do mundo, hoje estão pendurados em papagaios com o resto do mundo –o Japão inclusive. O que eles poderiam fazer pela reconstrução se devem ao país devastado?

CM – Muitos economistas discordam que essa nuvem atômica de dinheiro seja responsável pela especulação, motivo de índices recordes de fome e de preços de alimentos em pleno século XXI. Qual a sua opinião?

Conceição - A economia mundial não está crescendo a ponto de justificar esses preços. Isso tem nome: o nome é especulação. Não se pode subestimar a capacidade da finança podre de engendra desordem. Não estamos falando de emissão primária de moeda por bancos centrais. Não é disso que se trata. É um avatar de moeda sem nenhum controle. Derivam de coisa nenhuma; derivativos de coisa nenhuma representam a morte da economia; uma nuvem nuclear de dinheiro contaminado e fora de controle da sociedade provoca tragédia onde toca. Isso descarnou Obama.

É o motor do conservadorismo americano atual. Semeou na America do Norte uma sociedade mais conservadora do que a própria Inglaterra, algo inimaginável para alguém da minha idade. É um conservadorismo de bordel, que não conserva coisa nenhuma. É isso a aliança entre o moralismo republicano e a farra da finança especulativa. Os EUA se tornaram um gigante de barro podre. De pé causam desastres; se tombar faz mais estrago ainda. Então a convalescença será longa, longa e longa.

CM – Esse horizonte ameaça o Brasil?

Conceição - Quando estourou a crise de 2007/2008, falei para o Lula: - Que merda, nasci numa crise mundial, vou morrer em outra... Felizmente, o Brasil, graças ao poder de iniciativa do governo saiu-se muito bem. Estou moderadamente otimista quanto ao futuro do país. Mais otimista hoje do que no começo do próprio governo Lula, que herdou condições extremas, ao contrário da Dilma. Se não houver um acidente de percurso na cena externa, podemos ter um bom ciclo adiante.

CM – A inflação é a pedra no meio do caminho da Dilma, como dizem os ortodoxos?

Conceição - Meu temor não é a inflação, é o câmbio. Aliás, eu não entendo porque o nosso Banco Central continua subindo os juros, ainda que agora acene com alguma moderação. Mas foram subindo logo de cara! Num mundo encharcado de liquidez por todos os lados, o Brasil saiu na frente do planeta... Subimos os juros antes dos ricos, eles sim, em algum momento talvez tenham que enfrentar esse dilema inflacionário. Mas nós? Por que continuam a falar em subir os juros se não temos inflação fora de controle e a prioridade número um é o câmbio? Não entendo...

CM - Seria o caso de baixar as taxas?

Conceição - Baixar agora já não é mais suficiente. Nosso problema cambial não se resolve mais só com inteligência monetária. Meu medo é que a situação favorável aqui dentro e a super oferta de liquidez externa leve a um novo ciclo de endividamento. Não endividamento do setor público, como nos anos 80. Mas do setor privado que busca lá fora os recursos fartos e baratos, aumentando sua exposição ao risco externo. E quando os EUA subirem as taxas de juros, como ficam os endividados aqui?

CM – Por que o governo hesita tanto em adotar algum controle cambial?

Conceição - Porque não é fácil. Você tem um tsunami de liquidez externa. Como impedir as empresas de pegarem dinheiro barato lá fora? Vai proibir? Isso acaba entrando por outros meios. Talvez tenhamos que implantar uma trava chilena. O ingresso de novos recursos fica vinculado a uma permanência mínima, que refreie a exposição e o endividamento. Mas isso não é matéria para discutir pelos jornais. É para ser feito. Decidir e fazer.

CM - A senhora tem conversado com a Presidenta Dilma, com Lula?

Conceição - O governo está começando; é preciso dar um tempo ao tempo. Falei com Lula recentemente quando veio ao Rio. Acho que o Instituto dele está no rumo certo. Deve se debruçar sobre dois eixos fundamentais da nossa construção: a questão da democracia e a questão das políticas públicas. Torço para que o braço das políticas públicas tenha sede no Rio. O PT local precisa desse empurrão. E fica mais perto para participar

quarta-feira, 16 de março de 2011

Contra a dança

Vejam essa dança macabra que o blog "Amigos do Presidente Lula" revela hoje.
José Serra (PSDB/SP) é apreciador de balet. Sua esposa era bailarina no Chile.

Quando foi governador resolveu realizar um sonho de Cinderela: construir uma sede faraônica para a "São Paulo Companhia de Dança".

Para fazer o projeto, o demo-tucano contratou SEM LICITAÇÃO um famoso escritório de arquitetura suíço, remetendo divisas para pagar os serviços.

A maquete ficou pronta e o projeto era a "menina dos olhos" do ex-governador.

Já a obra, estimada em cerca de R$ 300 milhões (orçamento inicial, antes dos tradicionais aditivos) ficou para o sucessor fazer.

Quando soou as 12 badaladas da meia-noite do fim do governo, o sonho de Cinderela virou abóbora, e a sapatilha de Serra ficou perdida nas escadarias do Palácio dos Bandeirantes.

O projeto virou mais um foco de desavença entre os dois tucanos.

A equipe econômica que assumiu o governo Alckmin (PSDB-SP) enxerga um elefante branco no projeto. Caro para construir, caro demais para manter, e com expectativa de servir apenas a um público seleto e pequeno para tamanho espaço e investimento.

A última incursão demo-tucana de um projeto semelhante, aconteceu no Rio de Janeiro, quando o ex-prefeito Cesar Maia (DEMos/RJ) construiu a "Cidade da Música", uma pretensa casa de ópera e música clássica (apesar do Rio dispor de pelo menos 3 espaços do gênero, subutilizados), que causou um rombo de mais de meio bilhão nos cofres públicos, não conseguiu acabar as obras, está parada e inacabada, e levou o ex-prefeito a virar réu em ação movida pelo ministério público.
E o nailharga conclui: estas é que são as verdadeiras óperas dos malandros!

Heldertur

Na próxima 6ª feira, o município de Ananindeua conhecerá a feliz empresa de venda de passagens aéreas que atenderá a prefeitura de Ananindeua. Isto não significa, em hipótese alguma, que o inoperante alcaide ananin intensificará suas ausências daquele município, por um motivo muito simples: é impossível que ele consiga viajar mais do que faz hoje por não ter o dom da ubiquidade.
Provavelmente, ele deve ter sido convencido que seu séquito de áulicos ainda é insuficiente nesses inúmeros deslocamentos, daí ser preciso a licitação para que sua "histórica" assessoria sinta-se mais eficiente.
Enquanto isso, a "concorrência" deita e rola dispensando uma página diária às desditas da população ananin, transmitindo a sensação de que, se quisesse, poderia editar até um caderno semanal, tamanha é a quantidade de problemas que Barbalhinho não demonstra nenhum apetite pra resolver. Credo!!!

Mostrando serviço

Como advogado de Simão durante a campanha eleitoral, talvez Mauro Santos não devesse deixar que a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) o usasse para contestar a ação do presidente da OAB-seção Pará, contra as quase cinco centenas de assessores especiais nomeados pelo governo do estado, em apenas dois meses e meio de governo.
Por mais que seus argumentos sejam plausíveis, principalmente quando cobra maior debate no interior daquele conselho, embora isto não tenha sido cobrado com a mesma veemêmcia do direitista Ophyr Jr., o fato de Mauro já ter lado só expressa uma coisa: ele quer mostrar serviço pro patrão.

terça-feira, 15 de março de 2011

Ampliando a participação popular

Cláudio Puty propõe a criação de Conselhos Gestores nas Praças do PAC

O deputado federal Cláudio Puty apresentou indicação ao governo federal propondo a instituição de Conselhos Gestores nas Praças do PAC.

Pela proposta, um dos critérios para seleção de projetos de construção do equipamento, seria o compromisso dos municípios beneficiados, constituírem conselhos gestores com participação da comunidade, em especial de jovens, e do poder público.

As Praças do PAC fazem parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e são equipamentos que integrarão em um mesmo local atividades e serviços culturais, práticas esportivas e de lazer, núcleo de formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital.

Está prevista a construção de 800 Praças, até 2014. Em dezembro de 2010, foi divulgado a lista dos 400 primeiros projetos selecionados. Na primeira etapa de seleção foram contemplados 400 projetos. No Pará, foram selecionados 19 projetos em 17 municípios do estado.

Para Puty, “a presença da comunidade na gestão dos equipamentos públicos, através de instrumentos de participação popular, como os conselhos gestores, é fundamental para a consolidação da democracia brasileira”.

O presidente do Conselho Nacional de Juventude, Gabriel Medina, apóia a ideia, para ele “a criação de Conselhos Gestores em equipamentos públicos, como as praças do PAC, contribui para aproximar as demandas da comunidade à gestão da política que se realizará” e ainda, “favorece a apropriação da comunidade que ajudará na gestão e preservação do espaço além de construir novos sujeitos políticos nos territórios atendidos”.

Só aqui é pior

No blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, é revelado que vários delegados da Polícia Civil de São paulo estão migrando para outros estados, por conta dos baixos salários que recebem nesses dezesseis anos de tucanato no governo do estado mais rico do Brasil. O delegado Marcos Araguari de Abreu, por exemplo, que ganhava R$4 mil líquidos, migrou para Foz do Iguaçu(PR) e hoje recebe um salário de R$11 mil e até voltou a acalentar o sonho da casa própria.
Lá pelo meio do post, PHA informa que no Brasil todo só o Pará paga piores salários que São Paulo. Obviamente, isto também é fruto de 12 anos de tucanato, que impôs perdas para todo o conjunto do funcionalismo estadual de cerca de 70%, apenas interrompidas, ressalte-se, nos quatro anos de governo petista, que não deixou qualquer perda.
Por sinal, arrocho que está de volta conforme constatamos com a recente retirada da pauta da Assembléia Legislativa de várias mensagens enviadas pelo governo passado, pelo governador Simão, inclusive um que criava a gratificação de dedicação exclusiva para os delegados de nossa Polícia Civil, que, sem esse benefício, continuam, como bem ressalta Paulo Henrique Amorim, detentores do pior ganho salarial dessa categoria em todo o país. Triste!

O nepofisiologismo é ofensivo.

Indiferente ao ti ti ti nacional envolvendo seu nome como patrocinador de escandaloso nepofisiologismo, Lorota mantém sua média diária e hoje nomeia mais 9 assessores especiais. Talvez tenha estabelecido como parâmetro só estancar tais nomeações quando a defesa do Paissandu parar de levar gols.
Como Sérgio Cosme aposta mais na eficiência do ataque bicolor do que na incolumidade da zaga alvi-celeste, desgraçadamente corremos o risco de chegar aos 5 mil assessores especiais projetados para quatro anos, mantida a média atual. Credo!

Ouvidos de mercador

Como membro titular da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, o deputado Arnaldo Jordy continua fazendo ouvidos de mercador ao barulho que a sociedade faz contra o governador que ele ajudou a eleger, por ter nomeado um praticante do trabalho escravo como Secretário de Estado.
Agora mesmo, é informado que ele vai realizar uma audiência pública aqui no Pará, pois teria recebido trinta novas denúncias de abuso sexual contra crianças, um crime tão ou mais grave do que a prática do trabalho escravo, pois envolve seres indefesos. É louvável que ele não abandone essa luta, que em grande escala o ajudou a eleger-se e com a qual ele tem compromisso político.
Ocorre que, a partir do relatório feito pelo próprio deputado, já há um processo tramitando o que facilita a tomada de providências contra novos, ou só agora descobertos, casos de pedofilia apensando esses novos casos aos que já estão na esfera judicial, sem a necessidade de uma audiência pública que vai deliberar exatamente mandar ao poder julgador, o Judiciário, aquilo que ao Legislativo só cabe investigar e denunciar, então, por que a perda de tempo?
Ademais, tanto a pedofilia quanto o trabalho escravo são crimes que contam muito, para ficarem à sombra, com a impunidade para se perpetuarem, daí, talvez, fosse mais eficaz Jordy realizar essa audiência tratando dessa impunidade, ilustrando sua abominável vigência na sociedade com esses dois fatos concretos, afinal, não é o monotematismo que determina se o comportamento de um parlamentar é hígido ou não, mas, quanto maior for sua capacidade de combater as diversas mazelas que afligem uma sociedade desigual como a nossa.